A Lenda dos Santos de Atena escrita por Krika Haruno


Capítulo 53
Embates I


Notas iniciais do capítulo

Sem criatividade para inventar um titulo melhor...

Golpes dos guerreiros de Hell:
Kalisha - Stillestand: Paralisação / Atom Förstörelse: Destruição Atômica / Stopptid: Paralisação do Tempo

Andrasta - Ionsú: Absorção

Aryeh - Bylgja eyðingu: Onda de Destruição / Málmur hjarta: Coração de Metal

Einlin - Vaiheessa Illuusioita: Palco das Ilusões / Tuhoaminen tulipalo: Destruição do fogo

Seren - Spelj: Espelho / Destruktion: Destruição

Erda - Tordenvaer: Tempestade de raios / Bli Straler: Tornado de raios

Alfarr - Llafnau o Ddioddefaint: Laminas de Sofrimento / Llafnau Marwol: Laminas Mortais



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O quinteto desceu as escadas em silêncio. A medida que desciam a luz da lua dissipava, até que tudo escureceu. De repente, observaram uma luz prateada bem ao fundo. Pisaram no último degrau e a luz intensificou, revelando o cenário. As terras semelhavam a Asgard. Completamente cobertas por neve e gelo, pareciam não ter fim. Um vento ainda mais frio soprava e o céu era acinzentado.

– Deveriam ter mandado o Kamus. - disse Miro. - odeio frio.

Não fizeram comentário, continuando a andar. Passaram por um vale.

– Lembra muito o Cocyto. - lembrou Mu.

– Nem me lembre daquele lugar! - exclamou o escorpião.

Logo que passaram o vale, viram no alto de uma montanha, uma gigantesca construção num formato de tridente. A cosmo energia que emanava dela era poderosíssima.

– Chegamos. - disse Dite parando no portão principal. - Shion nos disse para... - fitou Ares que continuava a andar. - Ares!

– Não estou sob ordens de ninguém. - respondeu sem se virar, abrindo o portão.

– Me deixa acabar com esse cara! - Miro queria fura-lo.

– Não é hora. - Afrodite soltou um longo suspiro. - deixe-o, vai até servir como distração para nós. Ele vai manter quem está no castelo entretido.

– Qual é o plano Dite? - indagou Shura.

– Vamos nos separar em duplas. Atena não quer lutas então, vamos tentar descobrir onde está o selo e o livro.

– Certo.

Ares já tinha sumido no meio da escuridão. Cada dupla seguiu um caminho.

Do alto...

– Estão aqui. - disse Erda.

– Deixe-me vê-los.

Hell pegou o espelho vendo os cinco. Einlin que estava ao lado dela ficou surpreso ao ver o geminiano.

– Está muito negra... não estava assim da ultima vez- murmurou. - é dele que te falei senhora.

– O cavaleiro de pontos negros... - sorriu. - Atena tem entre sua elite um homem com a alma corrompida.

– Quando o vi, eram poucos pontos, agora...

– São duas personalidades num corpo só. - disse a deusa. - na sua luta anterior, quem estava na sua frente deveria ser a alma boa. A outra está no comando agora.

– Ele foi capaz de destruir a barreira. - disse Alfarr.

– Interessante. - a deusa sorriu ainda mais. - Einlin cuide dele. Erda fique responsável pelo loiro. Alfarr pelo de cabelo em tom lilás.

Os três fizeram uma reverencia, partindo.

O.o.O.o.O

Quando a porta abriu completamente, Isa levou as mãos ao rosto. Kalisha trazia Kamus arrastado.

– É decepcionante. - disse, jogando a aquariano.

– Kamus! - Isa correu até ele. - Kamus!

Os brasileiros estavam assustados. Rodrigo não acreditava, Kamus era um dos cavaleiros mais fortes e tinha sido derrotado?

– Vocês devem ser os moradores da vila. - sorriu.

– Não vou permitir que faça nada a eles. - Marin tomou a posição de ataque.

– Ora... não sabia que existia guerreiras de Atena. - disse de forma simpática. - mas você é diferente... não é tão forte.

– É o que veremos. Lampejo da águia!

Kalisha não se mexeu. O ataque de Marin dissipou no ar.

– Esse é seu poder?

A amazona não teve tempo de responder, quando deu por si estava com o corpo contra a parede. Os moradores e os brasileiros olharam assustados. Não tinha visto nada!

– Marin! - gritou Fernando.

Do outro lado Kamus abriu os olhos. Ficou preocupado ao enxergar quase nada com o olho direito.

– " Mas que droga de lente!"

– Kamus.

Ergueu o rosto, deparando com o rosto semi turvo de Isabel.

Marin saiu do meio dos escombros. Estava machucada, felizmente nada quebrado. O adversário era forte e com certeza ele mediu forças para ataca-la do contrário estaria morta. O fitou fixamente, precisava encontrar uma brecha.

– Renda-se. - disse. - eu não gosto de lutar contra mulher.

– Tem medo? - Marin provocou.

– Não. Só não é do meu feitio levantar a mão contra uma mulher.

– Quanta consideração.

Fernando olhou imediatamente para ela. Era louca de provocar o inimigo?

– Se não quer meu respeito tudo bem. - elevou seu cosmo.

Kamus não se mexeu. Fechou o olho direito, concentrando a visão no esquerdo, precisava ver como Kalisha agia.

– Diga adeus guerreira. - abriu a palma da mão, formando uma bola de energia negra. - suma!

Marin elevou seu cosmo, na tentativa de parar o ataque, mas algo saiu errado. Quando percebeu o ataque de Kalisha estava sobre ela. Kamus arregalou os olhos. Foi por segundos, nem isso nano segundos. O guerreiro sussurrou "Stillestand" e o corpo de Marin parou.

– "Ele pode parar o tempo do inimigo?" - pensou o aquariano surpreso, não era isso... - "ele não para o tempo, ele retarda o tempo do adversário."

Marin voltou a mexer, contudo o ataque estava em cima dela. A japonesa bateu violentamente contra a parede.

– Marin! - Fernando correu até ela.

– Quem será o próximo? - olhou para os moradores. As meninas estavam paralisadas. - ou os próximos?

– Não vamos permitir que macule o santuário de Atena. - alguns moradores portavam facas.

– Recuem! - gritou Kamus, levantando com a ajuda de Isabel.

– Tarde demais. - Kalisha sorriu.

Tudo foi muito rápido. Marcela soltou um grito, ao ver suas roupas manchadas de sangue. Julia paralisou ao ver o corpo de um homem caído a sua frente. Paula e Helu se abraçaram... O guerreiro tinha matado cinco moradores a sangue frio.

– Quem será o próximo?

– Seu canalha. - Kamus o olhou friamente. - como pôde matar inocentes?

– Se tivessem ficado quietos...

A medida que o sangue de Kamus fervia de raiva, o espaço esfriava. Um ar congelante começou a espalhar, foi inevitável todos encolherem devido ao frio. Isa por estar mais perto era a que mais sentia.

– Eu não tenho problema com frio, já eles.... - murmurou Kalisha.

– Pó de diamante!

O aquariano disparou seu ataque, Kalisha o parou usando seu "Stillestand".

– É inútil...

– Não é.

Kalisha recebeu um soco de Kamus com tamanha intensidade que o jogou para fora do abrigo.

– Não saiam daqui! - gritou, batendo a porta atrás de si.

O silencio do recinto foi quebrado por choros. Mulheres, crianças e outros homens cercaram os corpos dos cinco moradores mortos.

– Limpa isso de mim! Limpa isso de mim! - berrava Marcela, passando a mão pelos braços.

– Calma Marcela. - Juliana tentava acalma-la.

– O cacete! É sangue! Limpa!!!

Julia não se mexia, os olhos estavam vidrados no corpo cercado por duas crianças.

– Julia... - Sheila aproximou, ainda meio anestesiada. - vem Julia.

– Ele está morto.... morto.... morto....

O som de um estrondo assustou a todos. Gabe agarrou-se a Ester.

– "Aioria... Aioria..."

O estrondo nada mais era que Kamus lançando contra Kalisha seu "pó de diamante". O guerreiro não segurou o ataque.

– "Droga..." - limpou o sangue que escorria pela boca. - "até que esse cavaleiro é forte." Não vai me derrotar Kamus. - levantou.

O francês respirava ofegante, a cabeça não demoraria a doer pois estava forçando a vista esquerda. Tinha que derruba-lo de uma vez só.

O guerreiro de Hell elevou seu cosmo, assim como o francês.

– Atom Förstörelse! - sobre ele formou uma grande bola de energia negra.

– Pó de Diamante!

As duas energias se chocaram no meio, mas Kamus levava ligeira vantagem.

– Stopptid... - murmurou.

Kamus ficou paralisado, assim como os ataques. Kalisha destruiu o de Kamus e suspendeu o seu, andando calmante até o francês.

– Foi bom brincar com você.

O tempo voltou a correr e Kamus foi acertado por uma bola de energia.

– Adeus. - Kalisha deu as costas.

O.o.O.o.O

Andrasta deu as costas, indo em direção a estátua. Na parte de trás havia uma grande porta de madeira protegida por vários selos de Atena.

– Um monte de papéis tolos. - O guerreiro foi para arrancar um, mas sentiu uma onda de choque na mão. - acha que isso vai me deter?

– Isso vai.

Tudo que o irlandês sentiu foi a força do punho de Mask em seu rosto. Com o impacto Andrasta foi arrastado a alguns metros.

– Não pense que me derrotou com golpes simples. - disse o italiano.

– Vou fazer como você quer. - Andrasta limpou a boca. - vou te bater de um jeito que não vai se levantar.

O cosmo do guerreiro começou a ascender, deixando o cavaleiro surpreso. Até segundos atrás não sentia nada vindo dele.

– Ionsú.

Dezenas de raios negros saíram do corpo de Andrasta indo em direção ao italiano. Giovanni tentou corta-los, mas não estava tendo resultado. Seu corpo foi envolvido.

– Que droga é essa... - No mesmo instante sentiu suas energias esvaindo, como se estivessem sendo sugadas. - Droga...

– Muita petulância em achar que pode me vencer... seu nível não chega nem aos pés de Shion.

Andrasta voltou a aproximar da porta. Num golpe rápido arrancou todos os selos, mesmo sendo ferido pela energia dos mesmos. Com um chute arrebentou a porta.

– Isso... - sorriu.

Mask tentava se livrar daquilo, estava se sentindo muito fraco e a qualquer momento poderia perder os sentidos. Usou toda a força para arrebentar os raios, conseguiu, mas foi de joelhos ao chão devido ao cansaço.

Dentro do local, o guerreiro de Hell arrancou as correntes que prendiam a arma.

– Quanto poder. – sorriu. – imagine em minhas mãos...

Giovanni levantou devagar, deu uma cambaleada, mas tinha que conter Andrasta. Andou até a porta.

– Não vou permitir que leve isso.

– Ainda está vivo? – olhou para trás.

– Vou te mandar direto para o inferno.

O italiano elevou seu cosmo, erguendo o braço direito. Não tinha certeza se seu golpe funcionaria, mas tinha que para-lo a qualquer custo.

– Sekishiki...

O local foi assolado por uma forte ventania. Andrasta sentia sendo arrastado, mas não se preocupou. O nível de energia que emanava do cavaleiro, não era nada. A ventania não durou mais que alguns minutos cessando.

– Já terminou?

O cosmo de Andrasta explodiu de uma vez, Mask foi acertado em cheio, caindo ferido.

O.o.O.o.O

Isa não ouvindo mais sons de explosões correu para fora, mesmo sobre os protestos de Marin. Ficou temerosa ao ver o aquariano no chão.

– Kamus!

Ele acordou, sentando.

– Kamus. - Marin aproximou acompanhada pelos outros.

– Precisamos ir para o templo. Agora!

O.o.O.o.O

Atena estava impressionada. O cosmo de Shaka parecia imune aos efeitos de Hades. Ele continuava a ser o cavaleiro mais poderoso de sua elite.

Dentro da "ilusão" a luz dourada começava a dissipar. Shaka sabia que havia atingido Aryeh com um ataque poderoso, mas longe de mata-lo. E era verdade. O guerreiro de Hell estava de pé, sem ter sofrido um único arranhão.

– Tem um grande nível de poder Shaka.

– Digo o mesmo. - levantou saindo da posição de lótus. - me obriga a usar mais força.

Shaka queria ser rápido. Uma luta mais prolongada, começaria a ter os efeitos da elevação do cosmo.

– É um adversário digno de mostrar a minha capacidade, não a máxima, mas uns noventa por cento, pois não tenho a intenção de mata-lo. - O cosmo de Aryeh cobriu o templo, era uma energia poderosíssima. - Bylgja eyðingu.

A energia propagou como numa onda, destruindo assim que tocava toda a ilusão criada por Shaka. As paredes do templo começaram a rachar. Com tamanho poder destrutivo, o indiano foi até Atena criando sua barreira.

O impacto foi violento, muito mais forte, obrigando Shaka a despender mais energia.

– Shaka...

Já começava a sentir os efeitos do ataque, sentiu um filete de sangue descer pela boca.

– "Droga." - não tendo alternativa abriu os olhos.

A proteção de Shaka dobrou, entretanto não foi suficiente. A energia de Aryeh encobriu-os. O indiano fez de tudo para proteger Atena e Aioria e por causa disso sofreu vários ferimentos médios. Era a primeira vez que teve mais de um machucado.

– Já brincou o suficiente Aryeh?

A voz de Andrasta preencheu o ambiente.

– Já cumpriu sua missão? - indagou friamente.

– Eu não cometo falhas. - mostrou a Megas.

Atena fitava-os temerosa. A Megas estava nas mãos deles e não sentia muito bem os cosmos de Mask e Kamus. Não era possível que eles... Olhou para trás, ao sentir o cosmo de Giovanni. Ele estava bem ferido.

– Giovanni. - foi até ele.

– Estou bem Atena. - não estava nada bem, ainda sentia fraqueza.

– Está vivo. - zombou o irlandês. - não esperava...

– Voltei.

Kalisha teleportou para perto de Aryeh.

– Onde estava garoto? - indagou Andrasta.

– Fazendo o meu serviço. - respondeu seco. - enquanto fazia o seu. - ironizou.

– Não posso permitir que leve a Megas. - Atena tomou a dianteira.

– Atena. - Shaka passou a frente dela.

– Eles não vão levar Shaka.

Olharam para trás, era Aioria.

– Não vão sair vivos daqui. - elevou seu cosmo ao máximo. - Relâmpago de Plasma!

– Não Aioria!

O ataque do grego partiu em direção a eles, formando pelo caminho centenas de raios de luz em todas as direções.

– Patético... - murmurou Andrasta.

Foi tudo muito rápido. Quando Aioria percebeu, Andrasta passou por ele, como em câmera lenta. Como se o tempo voltasse a correr, Aioria foi suspenso no ar, recebendo em seu corpo vários feixes de luz negra, semelhante ao seu ataque.

– Aioria! - gritou Atena.

O cavaleiro bateu com força no chão.

– Aioria!

– É um verme, querendo ser deus. - Andrasta estava novamente ao lado de Aryeh. - seus cavaleiros não passam de vermes Atena.

Shaka cerrou o punho. Andrasta deveria ser um dos mais fortes, para derrubar Aioria num só ataque.

– Acha que somos vermes? - Kamus parou na porta. Usando a velocidade da luz, havia subido na frente.

– Sim.

– Em que nível ele está? - Shaka dirigiu a pergunta a Aryeh sobre Andrasta. Precisava descobrir.

– Um é o mais forte e sete, o mais fraco. Ele está no nível três.

Os guerreiros de Hell estavam tão seguros de si, que nem se importaram com a aproximação de Kamus aos amigos.

– Já que quer as respostas cavaleiro de Virgem, - iniciou Aryeh. - a nossa hierarquia é a seguinte. Kalisha, Alfarr, Erda, Seren, Andrasta, Einlin e eu.

Kamus ficou puto. Lutou com o mais fraco e nem ao menos o feriu gravemente.

– Está satisfeito. - disse Andrasta. - não podem nada contra nós. Aceitem a derrota.

Marin que seguia na frente parou na porta do salão do trono. O que eram aquelas energias hostis que sentia? Eram poderosas.

– Fiquem aqui. - disse entrando.

– Não mesmo. Vamos dar a volta. - disse Sheila aos demais.

Correram dando a volta pelo templo, passariam pelos fundos para alcançar a sala do trono e quando chegaram ficaram amedrontados. O templo estava danificado. Aioria estava no chão, sendo amparado por Atena. Mask estava muito ferido e Shaka também parecia machucado.

– Aioria! - Gabe correu até ele. - Aioria.

– O que fazem aqui??? - Atena arregalou os olhos.

– Kamus, Marin e Mask. - Shaka fez um sinal.

Os três cercaram o grupo de brasileiros.

– Vai lutar sozinho contra nós três? - indagou Kalisha animado.

– Contenha os ânimos Kalisha. - disse Aryeh de forma baixa. - não conseguiria derrotar Shaka. Ele é superior a você.

O indiano aproveitou a chance e elevou seu cosmo. Tinha que destruí-los o quanto antes.

– Não se mexa Shaka...

O indiano olhou para trás surpreso.

– Aioria?

O estado do cavaleiro era critico, mesmo assim levantou.

– É questão de honra. - cerrou o punho.

– Não tem condições de lutar. - disse Gabe desesperada, ele sangrava muito. - Atena. - olhou para ela.

– Ela tem razão Aioria.

– Está na hora de ir. - disse Andrasta. - temos que entregar isso a Hell, só estamos perdemos tempo com esse lixo.

– Não vamos deixar.

Marin e Kamus elevaram seus cosmos. Aioria deu um empurrão em Gabe, também elevando seu cosmo.

– Lampejo da Águia!

– Pó de Diamante!

– Relâmpago de Plasma!

Os três ataques combinaram partindo em direção ao trio.

– Acabe logo com eles Kalisha. - a voz de Andrasta saiu tediosa.

– Será um prazer.

– Não há necessidade. - Aryeh ergueu o indicador direito. - Málmur Hjarta.

Um raio negro saiu da ponta do dedo de Aryeh, atravessando o ataque dos três. Rapidamente Shaka tomou a dianteira, Mask passou a frente de Gabrielle para proteger ela e Atena que estava mais atrás. O raio negro atravessou o peito de Shaka, de Mask e Gabe, mas não chegou ao de Atena.

– Gabe!! - gritou o leonino.

Os três piscaram algumas vezes sem entender. Sentiram apenas um formigamento, mas depois era como se nada tivesse atingindo-os.

– Hell não queria ataques fatais... - Aryeh desfez facilmente do ataque do trio - mas não disse sobre uma lenta. Atena. - a fitou. - se preza a vida de seus cavaleiros, convoque-os novamente, pois não sairão vivos dessa missão.

Os três foram encobertos por uma luz negra sumindo.

O corpo de Atena estava todo rígido. Rodrigo a amparou. Mask deixou o corpo ir ao chão.

– Giovanni! - Helu correu até ele.

– Estou bem, só um pouco cansado e irado. Eu juro que mato aquele cara!

Isa amparou Kamus. Assim como Juliana que estava muito preocupada com o sangramento na boca do indiano.

– Aioria. - Gabe foi até ele. - você...

– Estou bem... e você? - a segurou pelos ombros. - aquele cara fez alguma coisa.

– Eu não sinto nada. Nada mesmo.

– Que bom... - ele não terminou a frase, tombando para o lado. Shaka o segurou.

– Marin, ache-os - referia-se aos demais santos. - e ordene que eles voltem.

O.o.O.o.O

A luta entre Aiolos e Seren parecia empatada, entretanto o guerreiro aumentou a força. O grego acabou sendo acertado indo ao chão.

– Confesso que estou surpreso. Sem armadura consegue ter uma boa desenvoltura.

– Batalhas não se ganham apenas com a armadura. - limpou a boca de sangue.

– Bom discurso, mas vazio. Sem a sua proteção, não passa de um homem comum.

– Vou provar que não preciso dela.

Aiolos partiu para cima de Seren, elevou seu cosmo e a curta distancia soltou o "Trovão Atômico". Seren defendeu-se, criando uma espécie de escudo feito de energia. O punho dourado forçava o escudo.

– Desta distancia vai acabar morrendo. Seu corpo não vai aguentar a força do seu golpe.

– Já estive em situações piores. - aumentou ainda mais seu poder. Como Seren havia dito, o corpo de Aiolos não aguentaria. Ele já estava machucado em vários lugares.

– Idiota. - Seren ouviu um estralo. No escudo apareceu uma trinca. - "não é possível." Spelj!

O escudo emitiu um brilho e o ataque todo de Aiolos voltou-se contra ele. O cavaleiro foi atingido em cheio e cairia violentamente no chão, se não tivesse sido amparado.

– Doh..ko...

O libriano o fitava surpreso. Aiolos tinha um grande poder. Estava lutando com as mãos nuas e mesmo assim tinha força. Não era atoa que ele seria o patriarca.

– Deixe o resto comigo, mestre. - sorriu. - cuide dos outros.

Dohko o levou para perto dos outros.

– Pensei que estava morto. - disse Seren.

– Só me aquecendo. Eu serei seu adversário agora. - o fitou.

– E qual o seu nome?

– Dohko de Libra.

O.o.O.o.O

Ares caminhava lentamente por um corredor amplo. Não sentia cosmo algum, mas o castelo emanava uma áurea negra. Era a mesma sensação de quando Saga estava no inferno. Chegando ao final do corredor abriu a porta no chute. O salão era enorme tanto em tamanho quanto em altura. Nas paredes superiores enormes vitrais coloridos. Seu formato era quadrado e no final havia uma grande escada.

– Não pensei que fossemos nos encontrar novamente.

Ares voltou a atenção para o alto da escada, não escondendo o sorriso.

– Não tivemos oportunidade de conversar. - disse o geminiano.

– Noto que seu cosmo está mais fortalecido e negro. Ao contrário daquele dia.

– Naquele dia... - Ares parou no meio do salão. - não estava muito bem. Sou Ares.

– Ares, cavaleiro de Gêmeos.

– Não, apenas Ares. - disse frio. - não me compare aos capachos de Atena.

Einlin ficou surpreso com a resposta.

– Então está agindo por conta própria.

– Tenho meus próprios interesses. Pode ser Hell, Atena ou qualquer outro deus, passo por cima se atrapalhar meus objetivos.

– Se diz... eu não tive o prazer de ver todo seu poder.

– Não seja por isso. - Ares tomou posição.

– Ótimo! - o guerreiro também tomou posição. - Vaiheessa Illuusioita. - deu um soco no chão.

Uma luz azulada partiu do punho de Einlin propagando como uma onda. Quando passava pelo lugar, o cenário mudava. Ao final, não "estavam" no castelo de Hell e sim numa ponte estreita tendo ao fundo um rio de lava.

– Não está querendo me assustar com isso? - Ares sorriu cinicamente. - parece as ilusões baratas do Shaka.

– Não, apenas tornar as coisas mais divertidas.

Einlin partiu para cima de Ares, o cavaleiro revidava os socos e chutes, mas distraiu quando o pé tocou a beirada da ponte. O guerreiro aproveitou dando um de esquerda no queixo do grego. Ares foi ao chão.

O grego cuspiu o sangue, levantando. Não perderia tempo com um reles guerreiro, seu objetivo era chegar até Hell.

– Vamos acabar logo com isso. - elevou seu cosmo.

O finlandês ficou surpreso com o poder dele, mas não temeu. Era de um nível inferior.

– Se quer acabar com isso...

– Explosão Galáctica!

– Tuhoaminen tulipalo!

As duas cosmos energias explodiram.

xxxxxxxx

Miro, Mu, Afrodite e Shura tinham parado diante de um corredor com ramificações.

– E agora? - indagou o espanhol.

– Ares seguiu em frente. - respondeu o sueco. - vamos pela esquerda e vocês pela direita.

– Você que manda Dite. - Miro bateu continências.

– Nada de lutas. - frisou. - descubram apenas onde fica o selo.

Dividiram-se. Mu e Miro seguiam em silêncio, totalmente apostos para um possível ataque. Andaram por alguns minutos até atingirem uma porta. Mu a abriu.

Deram num espaçoso salão, com uma escada ricamente trabalhada.

– Está sentindo algum cosmo? - indagou Miro.

– Não. Mas sinto que estou sendo observado.

– Eu também.

Pararam no meio do salão. Primeiro houve um estrondo.

– Cuidado!

Miro e Mu deram um salto, no lugar onde estavam passou uma rajada de energia negra que abriu uma fenda no chão.

– Está tudo bem Miro?

– Sim. - respondeu o grego fitando o estrago. - foi por pouco.

– Apareça logo. - ordenou o ariano.

Viram o brilho negro. Um guerreiro de Hell descia calmamente a escada.

– Quem é você? - Miro já tomou posição.

– Alfarr. E vocês devem ser o cavaleiro de Escorpião e de Áries.

Ficaram surpresos.

– A entrada nesse castelo é proibida a inimigos de Hell.

– E se quisermos passar vamos ter que derrota-lo. - o grego elevou o braço direito.

– Sim.

xxxxxxxx

Afrodite e Shura tomaram o rumo contrário da outra dupla. Eles atravessaram vários corredores e salões sem notar movimento algum.

– Está muito quieto... - murmurou Shura.

– Nossa missão é achar o selo. Apenas isso.

– E aquela claridade? - o espanhol apontou para uma luz que saia da fresta de uma porta negra.

– Temos que olhar.

Caminharam para a porta, Afrodite girou a maçaneta devagar, Shura estava a postos se algo acontecesse. Ficaram surpresos com a grandiosidade daquele salão. Ele era amplo, bem decorado e com uma grande escadaria que levava ao segundo piso.

Tudo estava silencioso...

– Cuidado! - gritou o pisciano.

Do alto da escada partiu em direção a eles dois discos feitos de luz amarela. Conseguiram desviar a tempo.

– Apareça! - gritou Shura.

– São corajosos rapazes.

O som do salto espalhou pelo local, os dois voltaram a atenção para a mulher que descia de forma graciosa a escada. Os olhos vermelhos eram cínicos e os longos cabelos da mesma cor desciam até o meio das costas. Sua armadura era negra e vermelha semelhante a de Phantasos deusa da fantasia.

– Quem é você? - Dite já tomou posição na defensiva.

– Sou Erda, guerreira Ragnarok do Precipício. E vocês?

– Sou Afrodite de Peixes.

– Shura de Capricórnio.

– Tem sorte que não tenho a ordem de mata-los.

– Você se acha hein garota? - Dite não gostou nada dela.

– Me acho? - sorriu.

Shura começou a ouvir alguns estalos, olhou para os lados, mas não havia nada que pudesse indicar de onde provinha o som. Até que olhou para cima.

– "Que droga é essa?" - pensou.

O teto estava tomado por raios, semelhante a uma nuvem carregada.

– Tordenvaer... - Erda murmurou baixo.

Foi apenas o tempo de Shura empurrar Afrodite. O espanhol funcionou como um para-raios sendo atingido por várias descargas elétricas.

– Shura!!

O cavaleiro foi ao chão.

– Não se preocupe, ele ainda não morreu.

Milênios atrás

Território onde atualmente é a Noruega

Erda estava jogada na cama, os cabelos vermelhos estavam espalhados pelo lençol claro. Sua mente só tinha um objetivo: voltar a ser livre. Mas para que isso acontecesse ele teria que morrer. As mãos calejadas e ásperas passavam de forma bruta pelo corpo alvo. Com as mãos amarradas, tinha que esperar o momento certo para agir. Ainda naquela noite mandaria aquele homem para o inferno...

Meses atrás...

Erda era a filha mais velha, de um casal de posses da sua vila. O pai vendia armas e passava a maior parte do tempo em sua oficina e loja. Erda sempre estava ao seu lado, mesmo com os protestos da mãe. A jovem ruiva tinha mais duas irmãs mais novas e todas já estavam com idade para casar...

Um homem de meia idade revirou os olhos, ao ver os cabelos vermelhos.

– Sua mãe vai brigar comigo. - murmurou.

– Ela não viu que eu fugi. - a jovem pegou uma espada. - é nova, pai?

– Sim. Fiz para o comerciante de tecidos. Pode largar. Armas são para homens.

– Se o senhor pensa que vou ficar em casa bordando, está enganado. - começou a manejar a espada. - não nasci para linhas.

O pai de Erda não disse mais nada, não adiantava e no fundo também não se importava. Como não teve varões e Erda desde pequena mostrava aptidão para o mundo das armas, depositou nela todos os seus conhecimentos, mas sabia que o mundo não funcionava assim.

– Me dê isso. - foi até ela, que a contragosto entregou o objeto. - vá para casa e avise sua mãe que amanha daremos um jantar.

– Para quem? Algum comerciante?

– Sim. Da vila vizinha. Faremos negocio ao mesmo tempo em que vamos acertar o seu casamento.

– O que??

– Ele tem um filho. Será uma união bem vinda para as duas famílias.

Erda tinha um temperamento explosivo e mesmo com as tentativas de acabar com o jantar e com sua reputação diante do futuro noivo, o jovem se apaixonou por ela. O casamento seria em menos de um mês, mas os rumores da guerra entre os deuses chegaram a vila. Muitos moradores fugiram, mas não houve tempo para a família de Erda. As tropas de Odin, queimaram a cidade. Mataram os homens, inclusive os meninos, deixando as mulheres, das crianças as mais velhas. Erda foi separada de sua mãe e irmãs não as vendo nunca mais. Foi levada para as terras de Ruten virando concubina de um general. Com a derrota dele, foi parar nas terras de Loren, virando amante de outro general importante.

Dias atuais...

Erda ficou em silencio durante todo o ato.

– Se comportou bem. - disse o homem saindo de cima dela, amarrando as calças. - algum problema?

– Não, mas pode me soltar?

– Como premio pelo bom comportamento.

O homem tirou as algemas, dando as costas para encher um copo de vinho. Erda aproveitou o momento passando seu punhal pelo pescoço dele. A noticia da morte do general chegou aos ouvidos de Hell e seus subordinados. Erda amordaçada e presa por correntes foi levada até o castelo.

– Então essa é vadia que matou o Glin. - disse Andrasta sentado numa cadeira. - ele era um bom homem.

Erda o fitou com ódio.

– Pensei em condena-la a morte, mas é bonita demais para morrer. - olhou de forma maliciosa para o corpo dela.

A norueguesa balbuciou algo.

– Tirem a mordaça.

– Prefiro morrer! - gritou ao ter a boca livre.

– Vadia abusada... - levantou indo em direção a ela. - vou te ensinar que deve me respeitar. - agachou diante dela.

– Andrasta.

Os dois olharam para voz. Andrasta recuou na hora. Erda fitou a mulher de cima abaixo. Deveria ser a dona de algum bordel, pois estava acompanhada por mais dois homens.

– O que ela fez?

– Matou Glin. - respondeu seco.

– Como?

– Cortou o pescoço.

Hell a fitou. O olhar da ruiva era seguro e firme. Deveria ser uma mulher de gênio muito forte.

– Qual é o seu nome?

– Erda. Se vai me matar faça logo.

– Abusada! - gritou Andrasta. - como ousa falar assim com a senhora Hell?!

A jovem arregalou os olhos. Aquela mulher era a deusa Hell?

– Perdoe-me eu não quis... - não se sujeitava a ninguém, mas estava diante de uma deusa.

– Não se preocupe Erda. - sorriu. - não me apresentei devidamente. Sua vila foi destruída, seu pai morto e suas irmãs e mãe feitas de escravas.

– Como... sabe disso...?

– Sabendo. Infelizmente elas morreram.

Os olhos de Erda encheram d'água, mas se segurou. Não derramaria uma lagrima sequer.

– Tem um espirito forte. - disse. - quero que seja minha general.

Aryeh e Alfarr ficaram surpresos, mas não demonstraram, já Andrasta....

– Ela é uma escrava vadia senhora!

– Não olho as origens e sim a força. - o fitou, as vezes Andrasta esquecia seu lugar. - ela comandará com punhos de ferro as terras da Noruega, não é Erda? - esticou a mão.

– Sim. - aceitou a ajuda. - todos ficaram ao meu julgo.

E foi assim até a batalha final. A lealdade a Hell a acompanhou até a morte.

O.o.O.o.O

– Eu pensei que tinha morrido. - disse Seren relaxando o corpo.

– Faz pouco caso de nós. - Dohko estralou os dedos. - eu começo ou você?

Seren sorriu, elevando seu cosmo. Disparou inúmeras rajadas de cosmo negro. O libriano ascendeu sua energia conseguindo parar todos.

– Minha vez.

O chinês partiu para cima de Seren. Os dois lutavam mano a mano e ambos eram bons, pois atacavam e esquivavam rapidamente da mesma forma que levavam socos e chutes. Estava empatado. Seguraram as mãos medindo poder.

– Eu pensei que apenas aquele garoto salvava, mas vejo que também é forte.

– Você também tem seu mérito Seren.

Dohko girou o corpo, passando uma rasteira em Seren que acabou desequilibrando e antes que ele caísse o libriano lhe deu um soco com muita força. O guerreiro de Hell caiu longe.

– Muito bom... - o guerreiro limpou o sangue da boca. - há anos não sentia o gosto de sangue.

– Vou fazê- lo lembrar. Cólera do Dragão! - Dohko disparou seu ataque.

– Spelj!

Uma barreira surgiu diante de Seren parando o ataque de Dohko. Por causa disso o libriano colocou mais força e isso fazia o guerreiro recuar centímetros.

– Não ache que vai me vencer!

Seren criou uma bola de energia disparando contra o libriano. Dohko conseguiu segura-la.

Os dois afastavam- se na mesma proporção, seguindo tecnicamente empatados. Desfizeram os ataques.

– Onde estão os pedaços do tridente?

– Estão juntos. - Seren sorriu. - Hell já recuperou seu tridente há muito tempo. A vinda de vocês até aqui foi inútil.

Dohko ficou em silêncio. Precisava reportar a Atena o quanto antes.

– Obrigado pela informação.

A energia dourada do libriano começou a aumentar e preencher o ambiente. Não muito longe, Aiolos, Kanon e os outros despertavam.

Seren olhava aquele cosmo com apreensão. Certamente Dohko estava no seu nível.

– Será o primeiro guerreiro a morrer! - aumentou ainda mais seu cosmo.

– Não tenha tanta certeza! - O cosmo negro de Seren cresceu.

Shion observava os dois.

– “Eles têm praticamente o mesmo poder."

– Cólera do Dragão!

– Destruktion!

A grande bola de energia que Seren disparou partiu em direção ao ataque de Dohko. O libriano liberou mais poder para conseguir conter, contudo nesse momento sentiu uma forte dor na cabeça, levando-o de joelhos ao chão. Foi atingido em cheio. Seren também não saiu ileso, mesmo sem a injeção de poder o "cólera do dragão" o atingiu lançando-o longe.

– Dohko! - gritou Kanon correndo até ele. - Dohko! - o chinês estava bem machucado.

– Dohko. - Aldebaran aproximou.

– Vamos voltar. - ordenou Shion. - não há mais nada a fazer aqui.

Do outro lado Seren levantou. Estava bem ferido.

– Maldito... - murmurou com o punho cerrado. - eu vou acabar com você. - disse sumindo

O.o.O.o.O

Marin no escritório de Shion andava de um lado para o outro. Não tinha como acha-los! O máximo que conseguiria era contato com Hilda e rezar para que eles ainda estivessem lá. Fernando acompanhava os passos da namorada.

A comunicação com a representante de Odin foi rápida e sem sucesso.

– E então Marin? - indagou o mineiro.

– Eles já saíram de lá. - suspirou. - só nos resta esperar e rezar para que nada aconteça.

– E enquanto isso, vamos olhar seus ferimentos.

Na biblioteca...

Mask e Aioria foram levados para lá. O caso mais grave era de Aioria sendo devidamente cuidado por Heluane. Mask estava deitado. Sentia o corpo todo mole e sem forças.

– Ele vai ficar bem Helu? - indagou Gabe limpando o rosto dele.

– Vai. Apesar do sangue perdido, não haverá necessidade de fazer transfusão. Logo ele estará bem.

– Obrigada. - sorriu aliviada.

Salão do trono...

Kamus contava tudo que tinha acontecido no abrigo, inclusive as mortes de civis. Atena sentou desolada em seu trono, tendo Rodrigo ao seu lado.

– O que fará Atena? - indagou Shaka.

– Eles foram atacados porque eu estava lá. - disse o francês. - eles ficaram seguros se nenhum de nós aproximar do local.

– Tem razão.

As meninas estavam num canto, muito assustadas. Até aquele momento não tinham se dado conta de como era uma guerra e agora cinco inocentes tinham morrido. Elas seriam as próximas? Julia não tinha aberto a boca ainda. A cena das mortes repassava e repassavam em sua mente. Já Marcela subira para o quarto, esfregaria seu corpo até o sangue sair.

– Atena. - Marin apareceu na porta. - eles não estão mais em Asgard.

A expressão da deusa endureceu.

– Tentarei fazer contato. - Shaka tomou a posição de lótus, quando começaria elevar seu cosmo... - chegaram.

Quase que instantaneamente Shion apareceu com os demais.

– Aiolos! - berrou Sheila ao ver o estado dele.

Alias o estado do restante não era melhor. Mabel foi amparar Deba, Suellen Kanon, Jules Dohko e Paula a Shion.

– O que aconteceu...? - Paula tocou no rosto dele.

Atena continuou sentada, ver o estado de seus guerreiros a deixou paralisada. Mesmo ferido o grande mestre ajoelhou diante dela.

– Não havia mais fragmentos. Hell conseguiu junta-los. Fomos atacados por um de seus guerreiros.

– Heluane está cuidando de Mask e Aioria. Também fomos atacados. Eles levaram a Megas Depranon.

– O que?? - arregalou os olhos.

– Tentamos impedir, mas não conseguimos. - disse Shaka. - eles também atacaram o abrigo.

– Desgraçados. - Deba cerrou o punho.

– Houve vitimas. - o indiano continuou. - e descobrimos que eles também têm níveis entre si.

Shaka relatou a contagem. Dohko e Aiolos ficaram temerosos por saberem que Seren era apenas do quarto nível e mesmo assim não conseguiram vencê-lo. Kanon sentiu-se um fraco, mal conseguira ferir alguém de nível tão baixo. Shion ficou em silêncio. Andrasta era o terceiro da lista. Kamus estava revoltado! Lutara com o mais baixo e não conseguiu fazer nada.

Em silêncio deixou o recinto.

– Kamus... - murmurou a deusa.

Ele não respondeu tomando o rumo da entrada do templo. Isabel só esperou alguns minutos para ir atrás dele.

– Mas nem tudo foi ruim Atena. - o grande mestre tomou a palavra. - o cosmo de Aldebaran está voltando.

– Sério? - animou-se um pouco.

– Foi só um relance Atena. - disse triste não queria ficar empolgado. - não creio que ele irá voltar.

– Claro que vai. - Bel segurou sua mão. - eu tenho certeza.

– Já é a segunda vez Deba. - disse Dohko. - no dia que Saga tomou os remédios conseguiu nos chamar daqui do templo.

O taurino ficou surpreso. Nem se lembrava disso, então havia esperança?

– Tenho certeza que vai recuperar sua força Aldebaran. - disse Atena. - será questão de tempo. - sorriu.

– Outra coisa Atena. - o ariano olhou para Aiolos. - ele fez uma luta excepcional.

– Eu?

– Sim. Mesmo sem usar armadura, seu cosmo é poderoso. Isso prova que fiz uma ótima escolha.

– Obrigado mestre Shion. - sorriu sem graça.

– Sigam para a biblioteca. - pediu a deusa. - precisam cuidar desses ferimentos.

Kamus estava sentado na porta do templo. O olhar estava opaco. Sempre foi considerado um dos cavaleiros mais fortes, no entanto caiu diante do inimigo. Sentia-se um inútil. Estava tão abatido que nem disse algo quando Isa sentou ao seu lado. Ela não puxou conversa, deixaria-o falar.

– Sempre tive controle de tudo. - disse, mas sem olha-la. - mas o que aconteceu hoje... eu sou um cavaleiro de ouro, não um moleque de gangue.

– Kamus. - segurou o braço dele. - não se culpe por isso. Ao contrario deveria ficar feliz.

Ele a fitou sem entender.

– Durante a luta seus pensamentos estavam no abrigo. Estava preocupado que algo acontecesse a nós e por isso não deu tudo de si. Ao contrário do inimigo que pouco se importa com a vida dos outros. Da próxima vez tenho certeza que vai ganhar facilmente. Tenha fé em você.

– Obrigado. - pegou nas mãos dela. - por tudo. - a abraçou mais esperançoso.

Shaka não quis ir para a biblioteca, preferindo descansar na cozinha do templo. Não tinha ferimentos ou algo parecido.

– Tem certeza que não quer que a Heluane te examine?

– Estou bem Juliana. Sente-se aqui. - apontou para o colo. - no abrigo não te aconteceu nada?

– Não. - abaixou o rosto.

– O que foi?

– Aqueles homens... eles só queriam...

– Não pense nisso. - a aconchegou nos braços. - isso não vai mais acontecer. Eu prometo.

Shion refugiou-se em seu escritório. Apesar dos ferimentos, não queria se tratar. Paula tentava fazer a vez de enfermeira.

– Já é a segunda vez que se machuca assim. - disse.

– Nem me lembre. Me sinto um impotente.

– Você não deveria ir para o fronte. É muito arriscado sem armadura.

– É o meu dever Paula.

– Está bem. - terminou de limpar um corte no rosto. - e quanto a nós? Eu não volto para aquele abrigo.

– Atena ainda irá decidir. - tocou o rosto dela. - quer descansar um pouco?

– Você que precisa descansar. Vem. - pegou na mão dele. - deite um pouco no sofá.

Shion não se importou, estava cansado.

Aiolos recebia os cuidados de Sheila em silêncio. Pensava nos dizeres de Shion e Shaka. Seu poder poderia ser o mesmo, mas o inimigo era mais forte. Seria difícil fazer frente a eles.

– Um beijo por seus pensamentos.

– Só estava pensando lindi... Sheila. - parou a tempo. Será que ela nunca deixaria ele chama-la de Lindinha? - a situação está contra nós.

Aioria, Deba, Kanon e Mask pensaram a mesma coisa.

– Mas não está perdida. - Sheila deu um selinho nele. - não conseguiu lutar?

– Sim.

– Então? Em vista da primeira vez já conseguiram alguma coisa.

Aioria não pensava assim. Foi derrotado logo no primeiro golpe.

– Pare de pensar nisso. - Gabe brincou com os cabelos loiros. Sabia que ele pensava na batalha. - Deba já está recuperando o cosmo dele. Isso é um bom sinal.

– É sinal que a maldição de Hades é reversível. - disse Bel. - vocês podem sarar completamente.

Era que Giovanni mais desejava. Queria lançar seu ataque em Andrasta e puni-lo por ter colocado a vida de Heluane em risco.

– Sente-se melhor? - a fluminense tocou o rosto dele, para ver se não estava com febre.

– Sim. - pegou a mão dela, dando um beijo casto. - estou bem. - no fundo não estava, sentia algo diferente no peito, mas pensou que era apenas aflição pela situação.

– O outro grupo deu noticias? - indagou Kanon. A situação não era boa e Saga ainda estava como Ares. Tudo poderia acontecer.

– Não, mas sei que terão sucesso. - disse Suellen. - no final tudo vai dar certo.

Ester e Cris levaram Julia para o quarto. Ela ainda estava em estado de choque e lhe deram um calmante.

Também no andar de cima, Dohko descansava no colo de Jules. A brasileira brincava com as madeixas negras e aquilo fazia a dor do chinês diminuir.

– A Helu precisa olhar seus ferimentos.

– Estou bem. – disse com os fechados. – só continuem o que está fazendo...

– Tigre manhoso... – deu um selinho na testa dele.

– Eu me sinto melhor quando faz isso. Seu toque aplaca um pouco a dor.

– Não quer tentar dormir?

– Se Shion ou Atena chamar me acorda?

– Sim... descanse.

Fernando e Marin saíram. A deusa encarregara a amazona para verificar os estragos ocorridos no abrigo e a devida homenagem aos mortos.

E falando em Atena, ela continuava sentada no trono. A pele estava pálida e o olhar perdido. Niké sempre permanecia ao seu lado e isso era responsável por parte de seu otimismo, mas hoje ela não estava ali e nem as coisas eram favoráveis.

– Não quer descansar um pouco Saori?

Rodrigo insistiu pela segunda vez, mas a deusa sequer o escutou. O baiano não arredou o pé.

O.o.O.o.O

Gustavv correu até Shura.

– Shura. Shura.

– Estou bem... - sentia alguns músculos repuxarem.

– Se morresse com apenas isso seria decepcionante. - Erda chegou ao ultimo degrau. - os dois querem atacar juntos? Eu não me importo.

– Maldita...

Shura levantou avançando sobre ela. Desferia socos e chutes, mas a norueguesa defendia-se sem problema.

– São muito lentos. - deu um de direita em Shura.

– Não se esqueça de mim.

Dite surgiu atrás dela, com uma bola de energia na mão. Ele disparou a queima roupa.

– Chama isso de ataque? - Erda não sofreu nem um arranhão. - isso sim é um ataque. - Seu cosmo elevou rapidamente. - Bli Straler!

Um tornado formado por raios partiu em dois tomando o rumo dos cavaleiros. Foram atingidos em cheio.

– "Essa mulher é forte." - pensou Dite. - "preciso agir." - Ele olhou para Shura, que se levantava apesar dos ferimentos. - "mantenha ocupada." - disse por cosmo.

– "Está bem."

– Os dois vão tentar novamente?

– Sim. - o espanhol levantou o braço esquerdo. - Excalibur!

O corte de energia partiu em direção a ela, que conseguiu desviar. Por segundos Shura a perdeu de vista e quando percebeu ela estava ao seu lado.

– Se eu quebrar seu braço, a brincadeira acaba.

Shura ficou tenso, se ela mobilizasse sua esquerda, anularia suas chances de usar a espada sagrada pelo menos pela metade. Girou o corpo para dar-lhe um chute, mas foi contido. Erda ao invés de segurar o esquerdo pegou o direito, torcendo-o para trás.

– Que tal começar com esse?

– Sua...

– Vamos ver o que acontece quando...

Erda tocou no ombro direito, liberando uma pequena descarga elétrica. A dor que Shura sentiu foi alucinante e de tão violenta o fez fraquejar, indo de joelhos ao chão.

– Brinquedo com defeito. - pegou pela mão arremessando-o contra a parede. - pronto, cadê...

A guerreira ficou surpresa. O chão do salão estava coberto por rosas vermelhas.

– Gostei do mimo.

Afrodite em posição trazia uma rosa vermelha na mão.

– Foi engenhoso em trazer essas flores, pelo menos seus corpos poderão repousar em algo bonito.

O sueco não disse nada. O plano era usar o veneno das rosas para deixa-la mais lenta, já que vence-la em definitivo seria uma tarefa árdua.

– Quem começa? - ao redor de Erda começou a forma pequenos raios.

– Primeiro as damas.

– Obrigada. Tordenvaer.

Dite olhou para cima, os raios partiram em sua direção. Ele deu um salto evitando o choque. Pensou que os raios cessariam, mas eles mudaram a posição indo a sua direção. Novamente saltou, mas na terceira vez acabou sendo atingido.

– É inútil tentar desviar. O inimigo funciona como para-raios.

O cavaleiro levantou. Precisava de mais tempo para o veneno começar a fazer efeito.

– Rosas Diabólicas Reais!

–Bli Straler

Os dois golpes se chocaram, mas o tornado criado por Erda começou a dissipar as rosas e isso não era bom para os planos de Afrodite. Começou a atirar inúmeras bolas de energia contra ela, fazendo o ataque dela cessar. Ao final Erda rebateu uma.

– Até quando vai brincar? - deu um passo, mas parou. Sentia o corpo pesado e lento. Estava rodeada por um forte cheiro de rosas. - que perfume é esse?

O cavaleiro sorriu, notou que os movimentos dela começaram a ficar mais lentos.

– As minhas rosas são venenosas. Seu corpo vai ficar pesado, até perder a consciência.

– Como?

– Rosas Piranhas!

Aproveitou a chance para atacar. Lenta por causa do veneno, Erda foi acertada indo ao chão.

– Shura... - Dite foi até ele. - Shura.

O cavaleiro se contorcia de dor.

– Vamos embora, precisamos olhar seu ferimento.

– Não. - o espanhol segurou o braço do amigo. - nossa missão em primeiro lugar... – suava frio.

– Mas se não olharmos seu ombro perderá todas as chances de empunhar a Excalibur.

– A missão é mais importante Afrodite. - disse firme. - estou bem. Agora vamos.

Afrodite concordou, ajudando-o a levantar.

– Seus vermes! - cosmo de Erda explodiu. - Bli Straler!

O tornado partiu em direção a eles, rapidamente Afrodite colocou-se na frente, formando uma barreira feita de rosas. Por alguns segundos ela suportou o ataque, contudo foram atingidos indo ao chão.

– Uma pena que não posso mata-los.

Deu as costas indo embora.

O.o.O.o.O

Mu observava de forma atenta o guerreiro. Era ele é quem lutara contra Kanon.

– Não haja com impulsividade Miro.

– Não temos tempo para isso. - a unha ficou vermelha. - Agulha Escarlate!

O cavaleiro disparou cinco agulhas que partiram em alta velocidade contra Alfarr, o guerreiro não conseguiu se defender recebendo-as. Foi ao chão, mas levantou. Suas pernas, braços e barriga estavam com os furos da agulha.

– Eu vou passar por cima de você.

Miro apontou a unha. Mu continuava em silencio, deveria ter algo errado, Alfarr recebeu as agulhas muito facilmente.

– Nem será preciso da Antares. - o cosmo do grego elevou. - mais cinco e não vai se levantar mais. - Agulha Escarlate!

Miro nem chegou a disparar, quando percebeu Alfarr estava diante dele.

– Llafnau o Ddioddefaint.

A luz negra transformou-se em laminas afiadas que cortaram todo o corpo de Miro. O cavaleiro foi ao chão.

– Miro! - Mu correu ate ele.

– Eu pensei que fosse você o cavaleiro que tem o veneno. - Alfarr fitou a dupla. - isso que fez em mim não é nada.

– "Está falando de Afrodite?" - pensou o ariano.

– Desapareçam. Llafnau o Ddioddefaint

– Muralha de cristal!

O ataque de Alfarr bateu de forma violenta na barreira. Mu sabia que ela não aguentaria muito, mas era o tempo de levar com sua telecinese Miro para longe. E foi isso que aconteceu. Mal deixou o escorpião, a barreira se desfez.

– Você é pertencente a raça lemuriana.

– Sim.

– Foi uma raça muito forte. Pena que os deuses gregos a destruíram. Há mais de vocês?

– Só restou três. Como sabe sobre nós?

– Eu me tornei servo de Hell antes deles serem destruídos. Tive o prazer de conhecê-los. Habilidosos em confeccionar e consertar armas.

Mu queria fazer mais perguntas sobre seus ascendentes, mas estava diante do inimigo e ele poderia usar isso contra si.

– Mostre-me lemuriano seu poder. - Alfarr tomou a posição de ataque.

– Como queira.

Os dois começaram a elevar suas energias.

– Revolução Estelar!

– Llafnau Marwol!

Os dois ataques chocaram-se no meio do salão, a energia de Mu era forte, mas a de Alfarr levava vantagem, contudo... Mu sentiu uma forte dor na cabeça. Na hora os vitrais do salão espatifaram.

– O que...

Alfarr protegeu o rosto. A atenção foi chamada pelos objetos que decoravam a sala saírem flutuando. Assim como as energias dos ataques. Elas ficaram completamente instáveis. O guerreiro fitou o cavaleiro que estava agachado com as mãos na cabeça.

– "Sua telecinese está fora de controle... por quê?" - ele começou a se sentir leve. - o que...

O corpo de Alfarr flutuava a alguns centímetros, inclusive o de Miro. O guerreiro ficou surpreso quando as energias começaram a desintegrar, assim como outros objetos.

– "Tem algo errado com ele." - elevou sua energia. - "e se não para-lo é capaz de matar a todos." Não me aproveito das situações mas você me obriga lemuriano. Llafnau Marwol!

O ataque foi em direção ao ariano que impossibilitado pela dor, não esquivou. Mu foi acertado em cheio.

Na hora, os objetos pararam de voar. Alfarr caminhou até Mu.

– Você tem poder, isso deveria ser treinado.

Nos andares acima, Hell contemplava o pentagrama. Aryeh, Kalisha e Andrasta surgiram diante dela.

– Senhora, - Andrasta aproximou. - trouxe a arma.

– Parabéns Andrasta, não esperava menos de você.

A deusa pegou a Megas, os olhos azuis brilharam diante do poder.

– Querida Atena obrigada pelo presente. - sorriu.

Nesse momento Erda e Alfarr chegaram e minutos depois Seren. Andrasta não perdeu a oportunidade ao vê-lo ferido.

– Foi ferido por aqueles lixos?

– Cala a boca! - gritou nervoso.

– Que espécie de guerreiro é você? Até Kalisha foi mais forte!

Normalmente o jovem sempre era contrário aos dizeres do irlandês, mas desta vez sorriu.

– Foi muito fácil. - abriu ainda mais o sorriso.

– Não foi. - disse Hell olhando-o friamente.

Os seis fitaram-na. Kalisha que a olhava, foi de joelhos na hora. Sentiu uma forte dor na perna esquerda. Quando reparou sua perna estava congelada.

– Quando...? - indagou incrédulo.

– Quero me contem como foram as lutas. - a deusa deixou a Megas de lado.

– Eu não tive problema com o cavaleiro de Câncer. - disse Andrasta.

– O moreno é um lixo, mas o loiro não deve ser menosprezado. Sinto o veneno dele em meu corpo. - disse Erda.

– O cavaleiro de Virgem tem um enorme poder Hell. - Aryeh pronunciou. - ele trará problemas.

– É um reles cavaleiro! - bradou Seren.

– Capaz de matar cinco guerreiros. - disse frio.

Ficaram em silencio.

– Seren. - Hell o fitou.

– Aiolos e Dohko de Libra.

– Alfarr?

– O lemuriano. Na primeira invasão pensei que eram simples descendentes, mas o cavaleiro que enfrentei tem um grande poder.

– Ao contrário do outro. - Andrasta revirou os olhos.

– O que eu enfrentei é o cavaleiro de Aquário. – disse Kalisha.

A deusa ficou em silêncio por alguns segundos.

– Atena conta com quatorze guardiões. Destes o que merecem atenção são Virgem, Peixes, Libra, Sagitário, Áries e Aquário.

– E o cavaleiro que está lutando com o Einlin? - indagou Erda.

– Eles não terão chance quando o selo abrir, mas podem atrapalhar um pouco. - disse sem se importar com a pergunta. - merecem nossa atenção.

– Hell, mas e o outro? - Alfarr queria saber. Ele tinha sido capaz de destruir a barreira de Einlin.

– Vamos esperar o fim da batalha e ver se ele pode entrar na nossa seleta lista. Os outros quatros?

– Estão desacordados.

Deixe-os então.


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