A Lenda dos Santos de Atena escrita por Krika Haruno
Notas iniciais do capítulo
E os encontros continuam...
Leão x Libra
Resolveu dar uma de exploradora e agora estava no meio do mato, não tendo a menor ideia de onde estava, era a situação de Jules.
– Nossa Jules, a sua inteligência às vezes me espanta! - disse para si mesma. - está perdida! E pior se Atena descobrir está ferrada!
Há quinze minutos estava parada num bifurcação. Havia placas, mas sem entender grego não tinha noção do que elas informavam. Escolheu o caminho da direita, andando por quinze minutos e nada de uma alma viva. Só via árvores e mais árvores.
Soltou um longo suspiro desanimado, recomeçando a andar. Aquela trilha tinha que dar em algum lugar.
– Nunca mais vou me render a minha curiosidade...
Andou mais um pouco, até perceber em meio às árvores sinais de uma construção. Apressou o passo e quando a construção despontou no olhar dela, soltou um alto...
– Uau...
Era um ginásio grego, semelhante ao Coliseu romano, contudo em menores proporções, mas não menos grandioso. Não pensou duas vezes dando a volta para ver a parte interna. Ele erguia-se a metros de altura e estava devidamente ornamentado.
– Atena tem um coliseu próprio... no que estou pensando. - bagunçou os cabelos. - tenho que voltar... mas em que parte do santuário estou?
Jules desviou o olhar, vendo um homem passar por de trás de algumas pilastras.
– "O jeito é arriscar..." Ei você! - foi atrás do homem.
Ele por sua vez ao escutar a voz parou, guardando um papel enviado por Shion no bolso da calça preta.
– Será que pode me ajudar? - indagou a paulista. - estou um pouco perdida...
O homem a fitou de cima a baixo, principalmente nas roupas, só depois reparou nela. Era baixa, os cabelos castanhos lisos e olhos escuros, encobertos por óculos retangular. A pele era morena clara, nariz redondinho e meio avermelhado. Tinha busto e quadris largos.
– Andou muito longe senhorita. - colocou a mão na cintura.
Jules o fitou. Ele era pouco mais alto que ela. Pele morena do sol, os cabelos eram escuros, pouco ondulados batendo nos ombros. Os olhos eram verdes e tinha músculos. Pode perceber, pois o homem estava sem camisa e inevitavelmente olhou.
– Pode me indicar o caminho até o templo de Atena? - indagou, desviando o olhar para não fitar o peito trabalhado do homem.
– A pouco recebi um aviso que pessoas tinham passado pelo vértice.
– Ah... - disse sem graça, na certa ele já sabia das ordens da deusa. - pois é... preciso voltar.
– Qual caminho fez?
– Não sei explicar bem...
– Passe por aquele. - o homem indicou um caminho oposto. - na metade dele encontrará uma fonte, continue pelas escadas e sairá ao lado do templo de Atena.
– Obrigada. - sorriu. - meu nome é Juliane, mas pode me chamar de Jules.
– Prazer Jules, meu nome é Hian.
Ela achou o nome diferente, mas ao fitar diretamente os olhos dele, notou-os ligeiramente puxados.
– É por acaso oriental?
– Sim. Sou da China.
– Que interessante... - nem se deu conta. - Marin é do Japão e você da China... - teve um estalo. - como disse que era seu nome?
– Hian. Hian Hohko. (pronúncia: Rian Rohko)
Jules arregalou os olhos.
– Você disse Hohko, mas pode ser Dohko?
– Sim, é o meu sobrenome. A pronúncia correta é com H, mas aqui pronunciaram com D, então deixei.
O queixo caiu...
– Posso toca-lo? - temeu a própria pergunta.
– Po-de... - estranhou.
A garota tocou-o no braço.
– É real... como no anime...
– Leu Saint Seiya?
– Sim...
Sorriu, lembrando-se de Shion.
– "Ele deve está puto da vida.... vou torrar a paciência dele um pouco." - riu.
A paulista ficou contemplando aquele sorriso.
– Você tem uma tatuagem de tigre nas costas?
Dohko virou-se mostrando as costas.
– Uau...
– Bom senhorita Jules, é melhor você voltar, se Shion descobrir que está na arena dourada, ele te mata.
– Arena dourada?
– Existem dois ginásios aqui. Esse é exclusivo para o treino dos cavaleiros de ouro, o que fica a metros daqui, é para o uso dos cavaleiros de prata e bronze. Claro que nós podemos usar qualquer um, mas aqui é vetado aos cavaleiros de patente menor.
– Entendi... então é melhor eu ir mesmo, não quero conhecer a ira do Shion.
– Não imagina o quanto ele pode ser cruel quando está irritado.
– Imagino. Obrigada por me ajudar.
– As ordens. - sorriu.
Jules caminhou rapidamente para o caminho que o libriano tinha indicado, quando percebeu que ele não podia, mas vê-la...
– Como ele é lindo!!!! Maravilhoso!!! Como diz a Luisa: Tigrão dilicia!!!
O.o.O.o.O
Heluane andava de um lado para o outro preocupada. Isabel tinha saído há muito tempo e sequer deu noticias.
– Marcela. - cutucou a amiga.
– Hum...
– Marcela acorda.
– Me deixe dormir... - virou para o outro lado.
– COMO CONSEGUE DORMIR ESTANDO NO SANTUÁRIO!! ACORDA LOGO! - berrou.
– Tomar #$%¨Helu. Não precisa gritar. - sentou na cama. - nossa eu tive um sonho muito louco.
– Que sonho?
– Estávamos no santuário de Atena.
Helu revirou os olhos. Ela só poderia está fazendo hora...
– Levanta, vamos procurar a Isa.
Marcela a fitou sem entender.
– Não sonhou. - puxou o braço dela. - andou pegando as drogas do Saga?
– Brincadeira. - deu um sorriso lavado. - espero que a Isa não nos coloque em apuros.
– Pior não pode ficar.
As duas saíram em busca de Isa, indo para fora do templo.
– Por onde começamos? - indagou Marcela.
– Será que podemos passar pelas doze casas?
– È melhor não, apesar de querer muito. Vai que nos pegam.
Elas andaram por toda a lateral do templo, encontrando perto da escadaria que levaria a Peixes uma escada feita de pedras.
– Vamos?
Helu concordou. As duas começaram a descer as escadas que antes tinham sido percorridas por Isabel. Na primeira encruzilhada, não sabiam qual caminho seguiriam.
– Esquerda ou direita?
– Eu vou pela esquerda. - disse Helu.
– Está certo.
– Tome cuidado.
– Pode deixar.
As duas separaram.
Áries x Câncer
Heluane percorria o caminho com medo de ser pega, num determinado local encontrou mais uma bifurcação.
– E agora? Direita ou esquerda?... Comecei pela esquerda termino na esquerda.
A garota andou mais um pouco de forma despreocupada, nem imaginando que alguém subia. Estava tão distraída com a vegetação que quando fez a curva da escada trombou numa pessoa.
– Desculpe. - pediu.
– Olha por onde anda garota!
– Desculpe.
– Lesada.
Helu respirou fundo, para não soltar um palavrão.
– Já pedi desculpa... - ergueu o olhar, ficando calada ao fitar o homem.
Ele era alto, bem alto. A pele morena do sol, os músculos bem visíveis devido a camisa colada. Os olhos eram azuis escuros e cínicos, as sobrancelhas eram bem claras, mas mais escuras em comparação com os cabelos, loiros platinado, mais brancos que loiros, cortados de forma repicada.
– Pensa que é só pedir desculpas?
– É o que se diz numa situação como essa.
O homem a fitou cinicamente, olhando metricamente cada centímetro do corpo dela. Era mais baixa que ele, portando fácil de dominar. Fitou o volume dos seios por baixo da camiseta branca, eram grandes. Não tinha bunda, mas nada relevante quanto ao tamanho dos seios. Os olhos eram castanhos e cabelos lisos e negros. Olhou para as coxas vendo que eram bem grossas.
– "Gostosinha. - pensou. - pela roupa deve ser do tal grupo que Shion mencionou. - ele havia recebido o recado. - interessante..."
Helu não estava gostando nada do silêncio dele, ainda mais o olhar inquisidor que ele lançava para si, mas não podia negar que estava gostando.
– Precisa muito mais de desculpas, para que eu a perdoe, afinal trombou em mim.
– Só tenho para oferecer as desculpas, se quiser. - rebateu.
– Atrevida. - deu um sorriso dúbio. - não tem noção com quem está falando.
– Tenho sim. - cruzou os braços sobre o peito. - um sujeito grosso e sem educação.
– Vai mudar de opinião... - aproximou bem do rosto dela, ficando a poucos centímetros de distância. - quando souber que está discutindo com o cavaleiro de ouro de câncer.
Helu perdeu a cor. Só poderia ser brincadeira, aquele cara, não poderia ser o Mask.
– Máscara da Morte...?
– Sim... - aproximou ainda mais.
Ela ficou em silêncio processando a informação, para depois...
– Como é ser cavaleiro? Como é a relação com os demais dourados? O que fazem nas horas vagas? Quando recebe os golpes dói mesmo? Como é o Yomotsu? Você tem família? - disparou a perguntar.
Mask afastou arqueando a sobrancelha. Helu continuou a enumerar mais perguntas, deixando-o irritado.
– Cala boca mulher, que irritante!
– E seu nome? Qual é? - não se importou com o xingamento.
– Giovanni, mas apenas para os íntimos, o que não se aplica a você. Além de trombar em mim, fica fazendo um monte de perguntas.
– É que...
– E que nada. - cortou-a. - já disse que desculpas não é suficiente.
– Mas eu trombei sem querer.
– Por muito menos eu matava alguém. – disse sério.
– É brincadeira, não é? - sorriu sem graça.
A resposta dele foi o silêncio.
– "Não é...." - pensou. - desculpe oh grande cavaleiro de Câncer.
– Sem babação. - disse seco.
– Quer que eu faça o que então? – já estava ficando nervosa.
– Para uma mulher insolente como você, só tem uma coisa a fazer.
Helu jamais esperaria por aquilo, nem nos seus mais absurdos sonhos, imaginaria aquilo. Mask, a enlaçou pela cintura, beijando-a.
A brasileira primeiro arregalou os olhos, para depois deixar se envolver, mas antes que aprofundasse, o canceriano a soltou, trazendo um sorriso safado nos lábios.
Helu ainda atordoada, não conseguia articular palavra alguma.
– "Esse santuário vai ficar interessante... já enjoei das servas, nada que carne nova." Por enquanto aceito esse beijo como pedido de desculpas. - aproximou. - pela trombada, mas pelas perguntas cobrarei mais tarde.
Passou por ela.
A brasileira continuou parada completamente atônica.
– "Ele me beijou? Fui beijada pelo Mask?"
Escorpião x Escorpião
Marcela seguia em silêncio e teve o mesmo problema de Heluane. Parou numa bifurcação sem saber por onde seguir. Acabou optando pela esquerda. A escada ficou mais íngreme e só acabou perto de um grande prédio em moldes gregos.
– Que lugar deve ser esse?
– Um lugar que não pode entrar. - disse uma voz masculina.
Marcela olhou para o lado, vendo um homem caminhar em sua direção. Ele estava sem camisa, esta pendurada no seu ombro. A pele era morena de sol, o peitoral definido, assim como o restante do corpo. Era alto, os olhos eram azuis, assim como o cabelo curto. Usava franja frontal.
– Desculpe eu...
– Pelo jeito faz parte do grupo que passou pela barreira. - Miro amassou o papel enviado pelo grande mestre.
– Sim.
O homem a fitou. Era baixa e branquinha. Os cabelos desciam lisos até a cintura com mechas californianas. Os olhos eram escuros. O corpo condizia com a altura.
– "Gatinha." - pensou. - "até que enfim passou mulher por essa barreira."
– Desculpe... é porque fiquei perdida.
– Tudo bem. Este santuário é mesmo muito grande. Qual o seu nome?
– Marcela.
– Pois então Marcela, é melhor você voltar para o templo. Shion não irá gostar de te ver andando por aí sem autorização.
– Eu sei. Trabalha aqui?
– Posso dizer que sim. Há anos.
– Fazendo o que?
– Leu Saint Seiya, não leu?
– Sim.
– Eu sou o mais foda e bonito cavaleiro. Permita que me apresente de forma mais adequada. - ele ajoelhou diante dela, pegando sua mão. - Cavaleiro de ouro Miro de Escorpião. Ao seu inteiro dispor. - beijou-lhe as costas da mão.
– Como?
– Miro. - sorriu.
Ficou calada por longos minutos.
Miro não se importou, sabia que ela estava encantada com sua beleza.
– Ai meu Deus! Ai meu Deus! Você é o Miro??? - o fitou de forma idolatrada. - "como ele é lindo, gostoso e todos os adjetivos possíveis..."
Ele levantou.
– É melhor você ir, não iria gostar de encarar a ira do Shion. Ele consegue ser bem chato às vezes. Falta de sexo, por isso ele é assim.
– Eu posso te tocar? - tinha que ter certeza que ele existia.
– Onde você quiser. - deu um sorriso pervertido.
Vontade não faltou por parte dela, mas contentou-se em passar a mão pelo braço dele.
– Existe mesmo...
– Quem é o seu "personagem" favorito?
– Gosto de todos, mas... eu preciso tirar uma foto com você. - o fitou. - "ele é perfeito."
Miro sorriu, pelo jeito ele deveria ser um dos preferidos dela. Como aquilo fazia bem ao seu ego.
– Marcela, gostaria de acompanha-la até o templo, afinal deixar uma moça bonita como você, andando nesse lugar cheio de lobos vorazes, seria um crime, mas responsabilidades me aguardam. Importa-se?
– Não...
– Vá em segurança. Depois farei o possível para ir visita-la. Quem sabe te mostrar meu templo.
– Alguém já te disse que é um conquistador?
– O que posso fazer se meu magnetismo é grande. - disse como se aquilo fosse normal.
– Entendo muito bem. Também sou de escorpião.
– Agora explica porque me senti atraído. - sorriu.
– Acho melhor eu ir. - sabia que tinha que ir mesmo, senão era bem capaz de pular no pescoço dele, como uma boa tiete.
– Encantado por conhecê-la. - piscou.
– Igualmente.
Marcela tomou o rumo da escada, sendo observava atentamente pelo escorpião.
O.o.O.o.O
Dois homens subiam pela escadaria de Peixes.
– Shion deve está uma fera. - disse um. - quantas pessoas mesmo?
– Quinze. – o outro respondeu seco. - dois homens e treze mulheres.
– Uau... até que enfim entrou mulher nesse santuário.
– Nada de gracinhas.
– Só estou comentando... - ergueu as mãos. - até porque certa vez li que todas as mulheres morrem de amores por você. - disse cinicamente.
– De onde tirou esse absurdo?
– Logo quando o japa publicou a história. Fui ao Japão com a Mitsui e pude ver de perto a sua fama.
O outro apenas limitou-se a olha-lo ferino.
– Vou entrar pela lateral para ir a biblioteca e você comporte-se na frente do Grande mestre. - parou no ultimo degrau.
– Como quiser comandante.
O.o.O.o.O
Suellen sentada numa cadeira lia um dos livros comprados em Delphos. Cris olhava a paisagem.
– Elas não estão demorando? - Cris voltou o olhar para Suellen.
– No mínimo se perderam. - guardou o livro. - acha melhor ir procura-las?
– Acho.
– Vamos avisar aos demais?
– Melhor não, seremos rápidas.
– Ok.
As duas desceram não encontrando ninguém.
– Eu olho aqui dentro e você vá lá fora.
– Esta certo Cris.
As duas separam, foi a conta de sumirem no corredor. Fernando apareceu na porta indo para o quarto. Assim que ele sumiu, Rodrigo saiu do escritório de Atena tomando rumo da cozinha. Mal fechou a porta da cozinha, Paula saiu do escritório de Shion indo para seu quarto. Devido aos vários corredores, Sheila não topou com nenhum deles, indo para seu quarto direto.
Aquário x Gêmeos
Suellen lembrava vagamente o percurso para sair do templo. Não teve dificuldades encontrando logo a entrada. Fechou a porta com cuidado, para não fazer barulho e quando se virou, viu um homem se aproximando.
O homem já tinha lhe visto. Ele reparou bem nela. Era branca, baixa para seu tamanho, mas alta em comparação as servas que trabalhavam no templo. Os cabelos cacheados eram avermelhados e batiam nos ombros. Os olhos eram castanhos claros e usava óculos. Não tinha um corpo sarado como estava acostumado a ver e pelo fato de ser um pouco gordinha, se não fosse pelas vestes acharia que era uma das servas.
– "Treze mulheres..." - suspirou.
Suellen ajeitou os óculos para ver melhor. Ele era alto, bem alto. Com porte, ombros largos, braços musculosos. Usava uma calca branca, sandálias de tiras. A camisa era azul e batia nas coxas presa a cintura por cinto marrom. Rosto com traços marcantes, os cabelos bem repicados desciam azuis esverdeados até os ombros. A franja era partida no meio e os olhos eram verdes.
Ele subiu as escadas parando em frente a ela. Suellen não disse nada.
– Não sabia que o Shion permitiu que saíssem do templo. - cruzou os braços sobre o peito.
– Estava indo procurar uma amiga.
– Então quer dizer que estão dando voltinhas?
– Mais ou menos... – sabia que estava encrencada.
– Como é o seu nome?
– Suellen.
– Sabe com quem está falando?
Ela ficou em silêncio, sabia exatamente quem ele era, pois aquela roupa era inconfundível e se o anime era real... mas quem disse que lembrava o nome? Não lembrava do nome do irmão, muito menos dele.
– Eu sei quem você é... o cavaleiro de Gêmeos... - apenas lembrou qual armadura ele usava. - " Qual é o nome dele mesmo??? Como pude esquecer???"
Kanon arqueou a sobrancelha. Ela sabia quem ele era, no entanto não deu um grito, ou pulou no pescoço dele.
– " Sabe que sou o Kanon.. De certo que se fosse o Saga.... já estaria com um sorriso bobo.Sempre o Saga... " É melhor você entrar, se Shion te pegar aqui fora. - disse seco. Estava certo que ela não o atraia nem um pouco, mas o fato dela o "ignorar" em favor do irmão o deixou irritado.
– Preciso acha-las... Com licença. – disse saindo, antes que piorasse mais as coisas.
Kanon ficou puto, por ela ter saído deixando o a ver navios.
– "Quem ela pensa que é?"
Suellen desceu rapidamente as escadas, com o coração na mão.
– "Como é o nome dele... como é..." - somente quando tomou rumo do jardim... - por Deus é o Kanon!!! Suellen sua idiota como esqueceu o nome do Kanon???!!!
Ela olhou para trás.
– “Eu topo com Kanon e nem me apresento direito... como eu sou burra!! E se foi a primeira e última vez que o vi?? Como posso embora sem ao menos toca-lo... Eu sou burra!! Suellen sua tapada!!!”
Gêmeos x Gêmeos
Cristiane andava pelo corredor, quando passou por uma porta que estava meia aberta. Parou alguns passos a frente, pois achava que tinha visto algo que muito lhe interessava, voltando de ré. Bem devagar aproximou da porta, sorrindo ao ver, o que tinha naquele local.
– "Uau..."
Pensou ao ver estantes e mais estantes de livros. Era uma biblioteca. Deu uma olhada para ver se tinha alguém, afinal estava no templo de Atena, aquele lugar poderia ser proibido, mas...
– "Não vou perder a oportunidade."
Entrou, aparentemente não tinha ninguém. Começou a olhar as prateleiras. Alguns livros tinham os títulos em inglês, outros em francês, grego, etc.
– "Que acervo."
Abaixou para ver os livros da prateleira de baixo. Quando levantou, correu os olhos num livro grosso, lendo na lateral "Hole Biblic"
– "Eles tem uma bíblia aqui?"
Puxou o volume e quando ergueu um pouco o olhar, viu um par de olhos verdes do outro lado. Cris gelou, tinha sido pega. A pessoa estranhou, dando a volta. A brasileira abaixou o rosto, já pensando numa boa desculpa por estar ali.
– O que faz aqui?
Engoliu a seco ainda olhando para o chão.
– Desculpa... por...
Ergueu o rosto, arregalando os olhos. Parado na frente dela um homem a olhava sério com seus olhos verdes. Era alto, provavelmente nos seus 1.90 de altura. Com porte, ombros largos, braços musculosos. Usava uma calca branca, sandálias de tiras. A camisa era azul e batia nas coxas presa a cintura por cinto preto. Rosto com traços marcantes, os cabelos bem repicados desciam azuis até os ombros.
– Quem é você? - indagou.
Cristiane ficou olhando para ele sem ação, o que fez com que o homem arqueasse a sobrancelha.
– Não pode entrar sem autorização.
– Desculpe... mas... - tinha que tirar a prova. - com licença
A garota tocou no braço dele, apertando e dando um grande sorriso.
– É real...
O homem arqueou ainda mais a sobrancelha.
– “É real... - voltou a atenção para ele. - se for como no anime... - fitou o cabelo azul. - cabelo azul...e os olhos verdes e nessa característica...." - continuou a fita-lo. - " Saga ou Kanon...." Saga? - foi pelo que mais gostava.
– Como sabe o meu nome? - estranhou.
– Por Deus! SAGA?????!!!!!!!! - berrou.
– Afinal de contas quem é você? - a fitou desconfiado.
– Cristiane... você existe...
O cavaleiro entendeu na hora.
– Você é do grupo que entrou no santuário e que provavelmente leu a obra do Kurumada. - fechou a cara. - se eu soubesse que tomaria essa proporção... - suspirou desanimado, ainda mais por se lembrar que a historia da sua traição estava escancarada aos quatro cantos do globo e agora mais uma a saber sobre ela. - leu tudo?
Cris balançou a cabeça afirmando. Saga sentiu-se mal.
– É mais bonito ainda... - deixou escapar. Não conseguia parar de olha-lo.
– Como?
– Nada. - se recompôs. - peço desculpas por entrar aqui, mas a tentação foi grande. Essa biblioteca é o máximo!
– Temos bons acervos.
– Acho melhor eu voltar... - colocou a bíblia no lugar. - foi um enorme prazer conhece-lo. - estendeu-lhe a mão, mas na verdade queria agarra-lo.
– Igualmente. - retribuiu.
– Então Shaka e Mu realmente existem???
– Como na história publicada.
– Eu preciso conhecer o Mu... - murmurou. - ele é tão...
– Cumpridor de seus deveres e devotado a Atena. - disse cruzando os braços sobre o peito. - ele foi bem retratado. Alias a maioria foi bem retratada. - disse amargurado. O escritor japonês descreveu bem a traição dele, alias muitos detalhes ele nem citou, pois Saga fizera coisas piores. - é melhor você voltar para o quarto, caso Atena precise de vocês.
– Sim.
– Atena restringiu lugares a vocês?
– Só podemos ficar aqui dentro e no jardim. - continuava com a atenção nele.
– Sendo assim, fique a vontade em usar a biblioteca.
– Obrigada. Acho melhor eu ir. Não é bom abusar da boa vontade.
– Vir nesse lugar nunca é abusar da boa vontade, almoçar todos os dias no templo é abusar da boa vontade. - disse Saga lembrando-se do irmão.
– Kanon? - arriscou.
– Sim.
Saga começou a andar em direção a porta, deu passagem para Cris, fechando-a atrás de si.
– Foi um prazer Cristiane.
– O prazer foi todo meu. - deu um sorriso todo bobo. - Saga....
O cavaleiro riu.
– Vocês gostam mesmo de nós?
– Não imagina o quanto....
– Quero ver quando conhecer os demais.
– Vou ter um enfarte, alias todas nós mais os meninos. O Fernando ficou uns cinco minutos atônico ao ver a Marin.
Saga balançou a cabeça negativamente sorrindo.
– Até mais tarde.
– Até...
A morena ficou observando-o ate ele sumir no corredor.
– Eu conheci Saga de Gêmeos.... hohoho. – deu um sorriso bobo.
Até se esqueceu das amigas voltando para o quarto.
Kanon pisava duro, como ela tinha o ignorado daquele jeito? Estava tão incomodado que nem viu o irmão aproximar.
– Agora que está indo encontrar com o mestre?
– Não enche! - passou por ele.
– O que foi Kanon?
– Quer saber - virou-se. - fique com ela! Faça bom proveito.
Saga arqueou a sobrancelha, não entendendo nada. Kanon deu lhe as costas.
O.o.O.o.O
Mabel andava a passos rápidos. Ainda não acreditava que conhecera Aldebaran.
– Como devo chama-lo? Aldebaran ou Ricardo? Ai meu Deus como ele é lindo. Ele é muito lindo!!!
Andava com a cabeça nas nuvens e só voltou a realidade quando viu Gabe parada no meio do passeio fitando um ponto vago.
– Gabe.
A paulista não respondeu.
– Gabe. – parou na frente dela. – Gabe. Gabe. – estalou os dedos e nada.
Gabe completamente alheia soltou um suspiro.
– Gabrielle! – gritou.
– Oi... – a fitou ainda em estado suspenso.
– Não vai acreditar quem eu conheci! O Aldebaran! Você precisa vê-lo é lindo!!!
– Eu vi o Aioria... – murmurou.
– E ele é.... – Mabel ligou o nome a pessoa. – Aioria???
– Sim... e ele é lindo...
– Sério mesmo?
– Sim... – deu um sorriso bobo.
– Precisamos contar para as meninas, agora!
Mabel apertou o passo rebocando uma Gabrielle totalmente aérea, quase chegando ao final do passeio que levava a entrada principal do templo, avistaram Julia.
– Julia! – gritou Mabel.
A paulista olhou de forma contemplativa.
– Oi meninas...
– Você não sabe quem a Gabe e eu encontramos...
– Eu vi o Esdras...
– Quem? – indagou Mabel a Julia.
– Aioria... – murmurou Gabe, alheia a conversa.
– Aioria? – Julia voltou a terra. – você viu o Aioria?
– Sim...
– Eu vi o Deba. – disse Mabel.
– Sério?
– Sim e quem é Esdras?
– O nome verdadeiro do Shura.
– O QUE??
Não tiveram muito tempo para ficarem espantadas, pois viram Suellen aproximar-se resmungando baixo.
– O que foi Su?
– Acredita Mabel, que vi o Kanon e não me lembrei do nome dele? Sou muito burra!
– Você viu o Kanon?? - indagou Julia.
– Vi e posso dizer que ele é lindo...
– Como sabia que era ele?
– Pelas roupas.
– Precisamos contar para as meninas.
Julia passou as mãos das amigas e as puxou.
O.o.O.o.O
Juliana passou pela cozinha, pelos corredores e subiu em silêncio, completamente atônica por ter cruzado com Shaka de Virgem.
O.o.O.o.O
Isa andava a passos duros, era inacreditável que tinha conhecido Kamus de Aquário e precisava contar para alguém urgentemente. Andava tão afoita, que nem se deu conta que Marcela subia por outro caminho.
– Isa? – indagou Marcela. – o que faz aqui?
– Você não vai acreditar??? Sabe quem eu vi?
– Você que não vai acreditar!!! O Miro, eu vi o Miro e ele praticamente me cantou, e ele, ele é lindo!!!! E gostoso, como ele é gostoso!
– E Kamus não é? – Isa deu um sorriso safado. – já pegava quando achava que era apenas um desenho, agora que sei que é real, pego... em todas as posições.
As duas trocaram olhares, começando a rir.
– As meninas nem vão acreditar.
As duas subiam apressadas e na próxima bifurcação encontraram com Helu que estava branca que nem papel.
– Helu o que foi? – indagou Isa preocupada com a palidez dela.
– Ele me beijou...
– Quem te beijou? – Marcela a fitou imediatamente.
– O Mask....
– O QUE??? – berraram. - Ele fez o que?
– Me beijou... e que beijo...
– Do nada?
– Primeiro ele foi grosso e antes de ir embora me beijou.
– Precisamos contar para as outras imediatamente!
O.o.O.o.O
Jules subiu rapidamente, louca para contar para as demais que encontra Dohko e que de fato ele era “dilicia” Passou pela fonte e só diminuiu o passo quando viu pouco a frente, Ester. Ela por sua vez estava surpresa pela conversa tida com o ariano.
Correu para alcança-la e para que ela não assustasse tocou de leve no braço dela.
– Ester.
A menina não disse nada.
– Está tudo bem?
Ela apenas acenou positivamente.
– Vamos indo, pois tenho uma bomba para contar!
O.o.O.o.O
Fernando estava sentado numa poltrona olhando a paisagem, nem percebeu quando Rodrigo entrou.
– Olá.
– Oi... – respondeu no automático.
– A Saori está saindo com o Julian. – deixou o corpo cair na cama. – sem chances.
– Ela te disse isso?
– Nem precisou. Quando entrei no escritório dela, havia um buquê enorme de rosas.
– Se isso te serve de consolo, também acho que Marin e eu, não passa de um sonho utópico. Só mesmo no mundo das fics que eu fico com ela.
– Quando voltarmos me lembre de pedir uma para mim.
Escutaram batidas na porta.
– Entre. – gritou o baiano.
– Oi meninos. – era Paula. – viram as meninas? Não tem nenhuma no quarto delas.
– Procurando por mim? – Sheila parou atrás dela.
– Onde estava?
– No banheiro...
– As meninas sumiram.
Cris acabava de subir as escadas.
– Não sabem que eu encontrei!!!
– As meninas? – indagou Paula.
– Claro que não foi...
A frase foi interrompida por vozes vindo da escada.
– Terra, chamando Gabe, câmbio. – Mabel brincava.
– Eu estou aqui... – murmurou. – Aioria...
– Meninas não sabem quem eu encontrei. – Julia voltou-se para Sheila e Paula.
– Você que não imagina quem eu vi. – disse Sheila.
– Não é hora para isso. – disse Paula. – cadê as outras?
Juliana apontou na escada.
– Vocês não vão acreditar quem eu vi.
– Quem que vocês tanto viram? – indagou Paula.
– Aiolos!
– Saga!
– Aioria!
– Aldebaran!
– Shura!
– Shaka!
– Voces viram os cavaleiros de ouro? - indagou Fernando.
– Juliana você viu o Shaka? - Rodrigo aproximou. - sério?
– Sim.
– Meninas, o Deba é lindo! - exclamou Mabel. - alias Ricardo...
– Não entendi. - disse Cris.
– Ricardo é o nome verdadeiro.... ele usa black power e tem olhos azuis.
– Olhos azuis? Sheila a fitou. - mas na série...
– Também não entendi, só sei que ele é lindo.
– Ah.. Aioria... - murmurou Gabe.
– Eu não acredito que vocês viram os cavaleiros de ouro. - disse Fernando.
– Acredite. - era a voz de Jules. - eu vi o tigrão "dilicia" e ele realmente é uma delicia.... que corpo... - abanava-se.
– Então pelo jeito eles são todos lindos. - disse Juliana.
Estavam tão animadas falando de cada um do seus dourados que nem notaram que Ester estava num canto, quieta.
Helu, Marcela e Isabel subiam as escadas conversando sobre os dotes físicos do seus dourados e só foi interrompida pelas vozes alteradas que provinha de um dos quartos.
– Que carnaval é esse aqui? - indagou Isa. - está parecendo a vinte e cinco de março em época de Natal!
– O motivo é nobre cara amiga. - disse Jules. - muito nobre.
– Elas estão babando pelos dourados. - disse Fernando entediado. Escutar nove mulheres falando de homens não era um papo muito agradável.
– Vão ficar chocadas quando eu falar quem me cantou. - disse Marcela.
– Quem?
– Miro.
– Sério? - indagou Gabe.
– Mas quem levou a melhor foi a Helu. - disse Isa. - ela foi a primeira a provar o poder de um cavaleiro.
– Como assim? - Su fitou a fluminense.
– Fui beijada pelo Mask.
– O QUE??????? - berraram.
– Ele te beijou do nada? - Julia estava chocada.
– Sim...
– E como foi? - indagou Juliana.
– Ele tem pegada. Pu.. $%&#$. Como ele tem pegada! Se um beijo foi fantástico imagine o resto!
– Ele deve ser um máximo na cama. - disse Marcela.
– Ele deve te pegar de jeito.... - disse Paula. - com aquele olhar sanguinário....
– E praticamente te jogar na cama. - Jules ficou imaginando. - será que ele rasga as roupas?
– Tem cara de fazer isso. - disse Cris.
– Dominador... - murmurou Gabe.
– Será que o pau dele é grande? - Isa analisava o fato.
– Ei querem parar? - indagou Rodrigo. - não somos obrigados a ouvir detalhes.
– Tampe os ouvidos. - disse Suellen, voltando para as meninas. - claro que deve ser.
– Helu você tem que descobrir para nós. - Paula estava curiosa.
– E-u? - gaguejou.
– Quem mais? - indagou Mabel. - a não ser que você deixe uma de nós descobrir.
– Eu de preferência. - disse Marcela. - em nome da nossa amizade.
– Ah é? Então quero ver o do Miro.
– Miro é minha propriedade. Ninguém pode usufruir.
Alheia a discussão, Ester pensava na conversa tida com o ariano. Fernando percebeu que ela não estava prestando atenção na conversa pervertida das meninas. Aproximou tocando de leve o ombro dela.
– Tudo bem Ester?
Ela apenas sorriu.
– E seu app? - indagou Marcela.
Ela deu nos ombros. Voltou a atenção para o tablet nas mãos. Aquilo foi tão surreal... e o cavaleiro foi tão gentil em tentar se fazer entender, hora alguma achando-a anormal. Os olhos dela encheram de água...
– Ester o que foi? - Marcela e os demais ficaram preocupados.
A americana pegou o tablet, o app voltou a funcionar e ela começou a digitar, alias tentou...
– eeeeeeeeeeuuuuuuu vviiiiiiiiiiii....– por conta do nervosismo não conseguia digitar.
– Calma Ester. - Suellen aproximou.
Ela chorou ainda mais por não conseguir digitar. Foi tão simples a comunicação com o ariano que agora achava o uso do tablet o maior empecilho.
– Vem Ester senta aqui. - Sheila a amparou levando-a até a cama.
– Aconteceu alguma? - indagou Juliana.
Ester balançou afirmando.
– Respira fundo Ester. - pediu Julia.
Ela obedeceu. Com as costas da mão limpava o rosto.
– Agora nos conte o que aconteceu. - pediu Gabe ajoelhando diante dela.
Ester levou a mão direita tocando a testa.
– Está com dor de cabeça? - indagou o baiano.
– Acho que tem remédio na minha bolsa. - disse Jules.
Ester balançou a cabeça negativamente, fazendo novamente o gesto.
Heluane entendeu.
– Você viu o Mu???
Ela balançou a cabeça de forma afirmativa.
– Ele te fez alguma coisa?
Pegou seu tablet, agora mais calma conseguiria escrever.
– Fez e não fez. Ele percebeu que sou surda e tentou se comunicar comigo. Então ele usou os poderes dele para falar diretamente na minha mente. Pela primeira vez escutei outra "voz" sem ser a minha. Isso me deixou muito feliz.
– Mu como sempre muito fofo. - disse Mabel.
O papo voltou a esquentar, deixando Rodrigo e Fernando encabulados.
O.o.O.o.O
Assim que Paula acabou de subir as escadas, Aiolos parou na porta do escritório do grande mestre e escutando um "entre" adentrou. Shaka apareceu logo em seguida, assim como Kanon com a cara fechada. Aldebaran, Aioria, Mu e Mask foram para suas respectivas casas.
O.o.O.o.O
Miro pensava numa forma de aproximar de Marcela sem levantar muitas suspeitas das suas reais intenções. Passava pela trilha, quando viu Kamus pouco a frente. Usando a velocidade da luz para surpreendê-lo deu um pulo em cima do francês.
– Kamus!
– Pu $%#@ Miro! Parece criança!
– Queria fazer uma surpresa. - passou o braço pelo pescoço de Kamus como se estivesse fazendo uma chave.
– Como foi a missão?
– Simples, mas você não sabe da última. Conheci uma das meninas mais lindas que já vi.
Kamus rolou os olhos.
– Quem é a próxima vitima?
– Marcela.
– Marcela? É alguma serva nova?
– Não. Não sei se você sabe, mas a barreira abriu de novo.
– Miro, não vai me dizer que andou espiando os turistas que passaram pela barreira.
– Claro que não. Ela que estava andando pelo lado dos dormitórios dos aspirantes. Eu não fiz nada.
– Atena permitiu que eles andassem por aí? - estranhou, pois ela era tão precavida.
– Isso não sei, só sei que a menina é linda e que vou dar uns pegas nela.
– Miro, sabe que eu não me importo quem você leva para sua cama, muito menos de suas farras.
– Ainda bem que parou de pegar no meu pé.
– Pois é cansei, mas, por favor, não mexa com essa garota ou qualquer outra que esteja no templo. Não crie problemas para Atena. Ou se não vou voltar a te entregar para o Shion.
– Está certo. - levantou as mãos em sinal de rendição. - vou ficar no meu canto.
– É bom mesmo.
– Não se preocupe, - abaixou os braços. - prometo não fazer nada. - cruzou os dedos para que Kamus não visse.
– Assim espero.
O.o.O.o.O
– Entre. - disse Shion.
– Mestre Shion. - Saga fez um leve aceno.
– E então Saga descobriu alguma coisa? - indagou o ariano.
– Nada significante. - disse tendo a atenção de todos os cavaleiros que estavam na sala.
– Tentei encontrar alguma anomalia na barreira, mas ela está intacta. - disse Shaka.
– O que faremos Shion? - Aiolos estava sentado na cadeira antes ocupada por Paula.
– Tenho que conversar com Atena... - fitou o sagitariano. - esteja na reunião. Como futuro grande mestre, precisa saber enfrentar uma situação como essa.
Aiolos ficou calado. Já dissera mil vezes a Shion que ainda não era tempo de ser treinado. Afinal de contas o ariano gozava de excelente saúde, mas Shion era taxativo dizendo que o aprendizado deveria ser iniciado o quanto antes.
A conversa foi interrompida pelo sinal luminoso vindo do aparelho telefônico.
– Por falar nela... - Shion ligou o viva voz para que todos escutassem. - sim Atena.
– "Convoque todos os cavaleiros de ouro mais Marin para uma reunião no meu escritório dentro de meia hora."
– Está certo. Sabem se Shura, Miro, Dohko, Mu e Mask já chegaram da missão?
– Creio que sim mestre. - disse Kanon.
Usando o cosmo, Shion convocou o restante dos cavaleiros.
Aldebaran, Mu, Aioria e Mask que estavam conversando na casa de Leão receberam o comunicado de Shion. Assim como Shura que estava em Rodorio, Dohko no coliseu e Miro e Kamus que seguiam pela trilha que levava ao templo de Atena.
Meia hora depois estavam reunidos na sala de reuniões. A sala era ampla, bem ao centro uma enorme mesa de madeira com dezesseis lugares. Um pequeno armário de madeira e no teto um aparelho de datashow.
– Como foram nas missões? - indagou a deusa tomando o seu lugar na cabeceira da mesa.
– Tudo correu bem senhorita. - disse Shura.
– Vocês receberam o aviso que algumas pessoas passaram pela barreira.
– Sim Atena. - Dohko sentou em seu devido lugar.
A mesa estava disposta da seguinte forma: Atena na cabeceira com Shion na primeira cadeira a sua direita e Dohko a sua esquerda. Seguindo a fileira de Shion, estavam sentados Aiolos, Shaka, Kamus, Mu, Miro e Aioria. Na fileira de Dohko, Saga, Kanon, Shura, Marin, Deba e Mask.
– Convoquei-os para explicar como foi o ocorrido. - levantou, por achar que seria melhor escutada. - como ocorreu em 2002, a barreira abriu um vértice e passaram quinze pessoas.
– Quando foi isso Atena? - indagou Deba.
– Ontem de manhã. Não os avisei por achar que a permanência deles seria por pouco tempo, contudo acho que outro vértice só irá reabrir nos próximos dias.
Os dourados trocaram olhares.
– Quantos são Atena?
– Treze meninas e dois homens. São turistas brasileiros.
– Todos? - indagou Deba querendo conhece-los.
– Sim. - respondeu Marin. - chegaram há cinco dias a Athenas.
– Para agravar ainda mais a situação, - a palavra voltou a Atena. - eles sabem de Saint Seiya.
– Sabem de tudo? - perguntou Aioria.
– Sim. - disse Shion. - conversei, mas cedo com uma das meninas, Ana Paula, e ela me deu detalhes da história.
– Resumindo, - Atena retomou a palavra. - sabem de tudo.
Olhou para Saga, o geminiano estava com rosto sério e fitava um ponto qualquer da mesa de madeira.
– A Marcela ficou bem surpresa ao me ver. - disse Miro.
– Do que está falando Miro? - indagou a deusa surpresa. - você viu as meninas?
– Bem... - não sabia se devia falar, mas achou por bem falar principalmente depois que da cara que Shion fez. - no dormitório dos Aspirantes.
– A menina que vi se chama Julia. - disse Shura.
– Uma delas estava no templo de Niké. - disse Shaka.
Atena franziu o cenho, tinha dito que eram apenas para ficarem nos arredores do templo, mas também como manter quinze pessoas apenas dentro do templo?
– Atena, acha que eles ficaram aqui por quanto tempo? - indagou Saga.
– Não sei precisar, por isso peço que dobrem a atenção e fique atentos se sentirem algo de anormal.
– E como a senhorita vai fazer quando eles forem embora? - Kanon tomou a palavra. - a memória deles.
Todos olharam para a deusa. Se com Kurumada o estrago foi grande o que diria com quinze pessoas.
– Já cuidei desse assunto. O que eles verem ou ouvirem aqui no santuário, ficará no santuário.
Não disseram nada, o que Atena tenha planejado será uma solução eficiente. Ela não correria mais risco, como correu em 2002.
– Eles terão livre acesso as dependências? - indagou Mu.
– Preciso pensar sobre isso.
– Uma delas é surda, foi com dificuldade que consegui compreende-la.
– Onde Ester estava? - Atena estava surpresa, parecia que todos tinham dado "passeios" pelo santuário.
– Na fonte que fica perto do Coliseu.
– Como conversou com ela? - indagou Shion curioso.
– Pela mente. Ela usa um aparelho para se comunicar, mas parece que sofre interferência da barreira.
– Isso mesmo Mu. - disse Atena. - recolhi os celulares e câmeras de todos, mas deixei Ester com o tablet.
– Então se a tal perder o tablet está fudida - disse Mask de forma despreocupada.
– Giovanni. - Shion o fitou sério.
– Desculpe.
– Eles vão permanecer no templo Atena?
– Sim Kamus.
– E quanto a comemoração que se aproxima?
– Vou pensar numa solução Shaka. Bom, darei um jantar hoje a noite para que conheçam todos. Sabendo quem é quem será mais fácil para vigiar. Tem noticias do Gustavv? - olhou para Aiolos.
– Ainda não Atena.
– Assim que ele entrar em contato me avise. - virou-se para Saga. - continue com as pesquisas.
– Sim Atena.
Kanon olhou de rabo de olho para o irmão. Não gostava quando ele trancava-se na biblioteca do templo como pretexto para realizar pesquisas, pois sabia que o real motivo era se manter isolado.
– Marin, avise-os sobre o jantar.
– Sim.
– Peço ajuda de todos enquanto eles estiverem aqui.
– Não se preocupe Atena. - disse Deba por todos.
A reunião estava encerrada. Atena voltou para seu escritório, Marin foi cumprir as ordens, Saga voltou para a biblioteca, Shion e Aiolos foram tratar dos assuntos do santuário. Na porta do templo...
– Pensei que a barreira não traria mais problemas. - disse Mu.
– Passou um número muito grande dessa vez. - completou Dohko. - e se passar mais gente?
– Creio que não. - disse Shaka. - um vértice capaz de transportar um número grande de pessoas, acontece raramente. Não corremos risco de mais pessoas passarem.
– A quantidade de pessoas é o que menos importa, a questão é que sabem sobre nós. - disse Shura com o rosto grave. - será um perigo quando eles voltarem para o mundo "normal".
– Atena vai assegurar que isso não aconteça Shura. - disse Kanon. – vamos torcer que vão embora rápido.
– Vocês se preocupam demais. - Mask começou a descer as escadas do templo. - vamos nos divertir um pouco.
– Nem pense em fazer graçinhas Giovanni. - disse Kamus. - vou ficar de olho em você, Kanon e Miro.
– Eu? - o escorpião o fitou. - por que eu? - fingiu indignação.
– Teu passado te condena Miro. - Deba abafou o riso.
– Não sei porque entrei na rodada.
– Sabe não Kanon? - Aioria o fitou divertido. - quer que eu te lembre das saídas?
– Ninguém vai fazer nada. - a voz de Shaka saiu firme. - se eu descobrir que estão aprontando, tirarei um dos seus sentidos.
O.o.O.o.O
Marin da escada ouvia as vozes dos brasileiros. Apertou o pé, pois poderia está acontecendo alguma coisa.
– Está tudo bem? - chegou a porta. - escutei suas vozes.
– Elas que não param de falar Marin. - disse Fernando de forma serena.
A amazona o fitou, achando curioso o fato dele permanecer sereno, mesmo com a conversa alta das amigas, se fosse Aioria já tinha mandado-as calar a boca há muito tempo.
– Desculpe nossas vozes alteradas Marin. - disse Juliana com um sorriso tímido.
– Esse bando de mulher assanhadas. - Rodrigo aproximou da amazona. - só pensam em homens.
– Mas é claro. - disse Isa. - não é todo dia que encontramos, homens lindos e fortes. É para nos deixar no 220V.
Marin riu da observação e até concordou. As servas que trabalhavam no santuário morriam de amores pela elite de Atena.
– Só vim comunica-los que Atena dará um jantar para que conheçam os cavaleiros de ouro.
– Isso será interessante. - disse Gabe toda sorridente.
– Já que cada uma conheceu apenas um. - disse.
O silêncio preencheu o recinto, com as meninas olhando umas para as outras.
– Atena já sabe de tudo. - Marin queria sorrir da cara delas, mas não podia.
– Não fizemos por mal. - disse Mabel. - foi sem querer.
– Mabel. - Helu queria enforca-la, pois já estava prestes a inventar uma boa desculpa.
– Não queríamos criar problemas Marin. - Sheila tentava amenizar a situação. - desculpe.
– Tudo bem. Atena achou imprudente, mas relevou.
Ficaram caladas.
– "Bem feito" - pensaram Rodrigo e Fernando.
– O jantar será servido as oito na sala de jantar.
– Agradecemos o convite Marin. - disse Ester.
– Voltou a funcionar?
– Sim. Espero que continue.– sorriu.
– Espero vocês as oito.
Marin despediu-se.
– Viram, foram zanzar por aí achando que Atena não iria ficar sabendo, levaram ferro. - disse o baiano.
– Só demos uma voltinha. - Marcela protestou. - não arrancamos pedaço de ninguém.
– Bom, a Helu arrancou. - observou Isa com um sorriso no rosto.
– Será que ele contou para a Atena??!!
– Claro que não Helu. - disse Julia. - se tivesse contato Atena estaria te esfolando viva.
– Como será esse jantar? - Suellen ficou preocupada, pois viria Kanon. - será que tem que vestir de forma formal? Será que tem aquelas regras de etiqueta? Eu não sei nada daquilo.
– Formal deve ser. - disse Cris. - já que se trata de Atena.
– E Shion parece gostar de formalidades. - completou Paula.
– Diante disso acho melhor começarmos a nos aprontar, para não atrasarmos. - disse Jules. - cada para seu quarto agora.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!