– Então é isso! – falou Hermione, dando um muxoxo – Não sou mais do que sua prisioneira!

Harry sentou-se ao lado da esposa que vestia uma camisola etérea e graciosa.

– Sim, minha rainha... minha queria esposa... você será minha prisioneira para sempre! – disse Harry, colocando a mão suavemente sobre o ventre protuberante de Hermione.

– Ele vai ser um jogador de quadribol pelo jeito. – falou Hermione, colocando sua mão sobre a mão do seu marido.

– Ou uma bailarina. - revidou Harry, com um sorriso no canto dos lábios.

– Um jogador de quadribol

– Uma bailarina.

Harry aproximou-se de Hermione e deixou nos seus lábios um beijo.

– Tenho que ir.

– Não... Harry... você não pode abandonar sua esposa nesse estado.

– Você só está no quinto mês, querida.

– Então... quatro meses passam muito rápido sabia? É uma ordem... olha que eu sou a rainha!

Harry deu meia volta e se sentou ao lado de Hermione novamente.

– Minha rainha ordena e eu obedeço.

Dessa vez foi Hermione quem envolveu o pescoço de Harry para beijar seus lábios.

– Eu amo você....

– Mais do que eu a você?

– Não sabe que os sentimentos de uma rainha são mais nobres? – falou Hermione, sorrindo graciosamente.

– Ei, os de um rei também são! - reclamou Harry, segurando o rosto de sua esposa com a mão e fazendo-lhe uma pequena carícia com o polegar - E eu te amo, muito mais do que todos os grãos de areia do maior deserto do mundo.

Os dois sorriram alegremente, mas um segundo depois o sorriso morreu no rosto de Hermione.

– O que foi, Mione?

– Soube alguma coisa da Gina? – perguntou Hermione, parecendo preoupada.

– Ela resolveu ficar, Mione... não te disse não?

– Não... ela resolveu...

– Ficar no mosteiro! É... fazer o que? Ela vai fazer os votos no próximo mês. Convidou a gente. O padre Carter também. Eu o convidei para batizar o nosso bebê, se estiver tudo bem com você.

– Claro! Claro, Harry... eu já o perdoei faz tempo. E foi a melhor coisa que fiz. Acho que meus pais estão bem, sabe. Devem estar no paraíso.

– Sei que estão!

– Logo espero reencontrá-los. – falou Hermione, parecendo tristinha.

– Mas é um logo que vai demorar muito! – falou Harry, tentando tirar aqueles pensamentos da cabeça de Hermione.

– Harry! – disse Hermione, segurando as mãos do marido. – Meu querido, você sabe que a poção me enfraqueceu. Sabe que vou lutar mais do que tudo na minha vida para viver... para ficar com você e o nosso menino. Para sermos uma família. Mas você precisa aceitar que um dia eu vou...

– Schhh! – assoviou Harry, colocando os dedos suavemente sobre os lábios de Hermione. – Não fale! Eu sei... sei. Mas não vamos prever o futuro, minha amada. Viva e seja feliz... e quero faze-la tão feliz que a morte simplesmente não vai ter coragem de tirar você de mim e ficaremos para sempre juntos... para sempre... ou até o dia em que morrermos juntos... juntos para nos reencontramos onde seus pais agora a aguardam.Onde Snape deve estar pegando no pé de todos os trouxas e Dumbledore e Sirius...

Harry não pode evitar que uma lágrima se formasse no canto de seus olhos.

– meu amor! – disse Hermione, secando a lagrima com a ponta de seus dedos. – minha vida. Como eu pude resistir tanto a você...?

– Eu já perdi tantas pessoas que eu amava, minha esposa... não sei se suportarei perder você!

– Não se preocupe, querido... quando chegar a minha vez... Deus vai me transformar num anjo e eu voltarei para ajudar você... para que você sinta sempre a minha presença.

Harry segurou uma das mãos de Hermione e sentindo o bebe com a outra mao, beijou sua esposa, tentando passar naquele contato, todo a emoção que havia em sua alma.

– Nossa filha será tão linda quanto a mãe.

– Nosso FILHO será tão belo quanto o pai!

– E se forem gêmeos????

– Então será perfeito...