A nova garota escrita por Ahelin


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou quase morrendo do coração! Comecei a fic ontem e já tem quatro lindos acompanhando! Valeu mesmo, pessoal
Bom, sem mais delongas, aqui está o capítulo. Eu acho que esse ficou bom, mas vocês é que vão dizer...



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Cheguei à Casa Grande procurando por meu quarto, mas antes precisei procurar minha mochila. Estava tão empolgada com o passeio que a esqueci na sala de Quíron.

Depois de pegá-la, subi as escadas em direção ao segundo andar, como Percy me explicou. Eu ia ficar no último quarto do corredor, que era muito bonito, com cortinas cor de creme na janela e uma mesinha de cabeceira ao lado da cama. Fiquei observando tudo enquanto guardava minhas coisas, que não eram muitas: só algumas trocas de roupa, meu livro favorito e meu garfo de churrasco, que eu carregava na mão. "Acho que não vou mais precisar disso", pensei. E foi quando uma moça, uns dois anos mais velha que eu, parou na porta.

- Olá. - Ela disse, estendendo a mão. - Você deve ser a Juliet. Meu nome é Calypso, eu fico no quarto ao lado.

- Ahn... Oi. - Respondi, apertando a mão dela. Daí pensei em uma coisa: - Calypso? Tipo, A Calypso, da ilha?

- É, eu mesma. Longa história. - Ela falou, rindo, e me contou sobre como um filho de Hefesto tinha caído na ilha dela, ido embora e depois ajudado a salvar o mundo da deusa Gaia (será que ela tinha chifres?) e pediu aos deuses, como recompensa, que Calypso fosse libertada de Ogígia.

- Uau. - Eu disse, quando ela terminou. Ela riu, conversamos mais um pouco e eu senti que, pela primeira vez, seria aceita em algum lugar.

*****

Já tinha se passado uma semana desde o dia em que eu havia chegado. Eu descobri que era uma negação em arco-e-flecha e era péssima em canoagem (sem contar o fato de que eu pareço um prego nadando). A única coisa em que eu era razoável era esgrima. Percy estava me ensinando e o namorado da Calypso, Leo, estava me ajudando a fazer minha própria espada. Nem preciso contar que Annabeth teve um ataque de risos quando descobriu minha antiga arma.

E eu estava tentando praticar aquele negócio todo do meu talento. Foi incrível porque, nesse curto período de tempo, eu já conseguia olhar nos olhos de alguém sem que a pessoa desmaiasse e também conseguia provocar medo intencionalmente. Quíron me explicou que, numa guerra, eu poderia causar um surto de pânico no exército inimigo. Não sei por que, mas a ideia de centenas de soldados armados fugindo de uma adolescente como eu me fez ter vontade de rir. Vai saber...

Naquela tarde, no entanto, eu estava indo para a arena treinar com os garotos do chalé de Apolo, sabendo que iria apanhar e/ou ser apanhada. Quando cheguei lá, levei um susto: um cão infernal enorme veio correndo até mim.

Eu não sabia como ele tinha entrado no acampamento, mas tinha experiência suficiente com cães infernais para saber que eu estava frita, torrada, assada...

Não! Credo, assada não. Esquece essa parte.

Enfim, ele já estava chegando perto, e eu ia puxar a espada (que peguei emprestada no arsenal até que a minha ficasse pronta), quando...

Agora preciso interromper a ação para avisar que frequentemente eu interrompo a ação para mencionar coisas banais. Isso, somado ao fato de eu gosto mais de livros do que de gente, costuma irritar as pessoas. Mas eu culpo a sociedade. Pelos livros, quero dizer. O fato de eu interromper a ação é TOTALMENTE culpa minha.

Onde eu estava? Ah sim. Blá-blá-blá, cão infernal chegando, blá-blá-blá, vou morrer, blá-blá-blá, oh meus deuses. Ok. E foi quando eu ouvi uma voz dizendo:

- Hey, garota, venha aqui! Vamos lá, Sra.O'Leary, pegue o grego! - E Nico di Ângelo jogou um boneco, aparentemente na esperança de o cão ir buscá-lo. Mas, ao invés disso, "Sra.O'Leary" correu até ele, derrubou-o e... Começou a lamber a cara dele! E ele, rindo (n/Aut: Nico, rindo. Cena rara, essa, não é?) (n/Nico: Ei, não posso mais rir em paz?) (n/Aut: Pode, claro, mas a gente não vê isso todo dia.) (n/Percy: Não entendi.) (n/Aut: É que... Ah, esquece.) (n/Julie: Tá, tá, Nico é sério, Percy é lerdo, todos já entendemos, posso continuar?) (n/Todos: Pode.), disse: - Ai, Sra.O'Leary, eu não! O outro grego! - E ele ria como um doido.

Eu fiquei olhando, boquiaberta. E nem venha me dizer que sua reação foi diferente na primeira vez em que você viu um cão infernal domesticado. No seu mundo pode até não ser difícil, mas no meu é. Quando Nico finalmente conseguiu se livrar das lambidas, o cabelo dele estava todo espetado para cima, e eu quase comecei a rir também. Ele me viu olhando e sorriu.

- Gosto de cães. - Ele disse simplesmente.

E, naquele momento, eu tive certeza de duas coisas:

(n/Aut: Momento Crepúsculo total.) (n/Julie: Dá pra parar?)

1- Aquele "gosto de cães" me pegou direitinho e, apesar de todos os meus esforços, meu coração acelerou. Ele tá pensando que é o Speed Racer? Ah, não importa. O que eu sei é que, a partir de agora, eu tenho uma quedinha por Nico di Ângelo. (n/Aut: Quedinha vulgo precipício do alto do monte Olimpo até o fundo do Tártaro.) (n/Julie: Desisto.)

2- Eu sou maluca? Acho que sim. Tenho certeza que sim. E muito fraca também, afinal ele me fisgou com três palavras! Mas, dá um desconto, ele é realmente muito bonito e... Oh meus deuses. Não. Eu tenho que parar com isso. É só uma quedinha, só. Já vai passar.

- Tudo bem aí? - Ele perguntou chegando perto. Acho que eu ainda estava olhando. - Eu sou o Nico. - Oh meus deuses, será que ele não lembrava de mim? Tomara que não, por favor, tomara que não. - Você é aquela filha de Fobos, não é? Sabe, a que quase me matou outro dia. - Completou com um sorriso maroto. Oh meus deuses. Droga. Ele lembra sim.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Tentei fazer um bem grande hoje. Deixem comentários, beijos!