Lifetime escrita por IaGGo, Thiago
– Vamos. Quero sair logo desse local. Toda essa destruição está me afetando. Clots perdem força se estiverem perto de uma floresta completamente morta, é como se, o nosso guardião estivesse triste com tudo.
– Certo... Desculpa por te envolver nessa. – Ray disse enquanto abraçava Lia.
– Está tudo bem.
– Ao trabalho então. – Pegou o maquinário que a filha de Levar havia lhe dado.
– Ah. É. O que era aquilo que a menina tinha falado quando te deu isso? Mozart. O que ele tem haver?
– Am... Não sei. Eu a ouvi dizer uma vez sobre uma coisa chamada efeito Mozart. Mas não sei o que significa.
– Ah! Já sei. O estudo sobre o Efeito Mozart. Dizem que as músicas dele fazem um som parecido com as ondas cerebrais, fazendo com que aumente o desempenho do cérebro.
– Nossa... Como você sabe sobre isso?
– Muitas horas na frente do computador pesquisando coisas que quase ninguém sabe haha.
– Tipo...?
– A caneta esferográfica tem esse nome por que tem uma esfera em sua ponta. Algumas coisas assim... Idiotas por assim dizer. – Os dois riram.
– Bom que agora está tudo bem com você.
– Agora melhorou. – Lia concordou sorrindo.
Logo após isso Ray colocou os fones no ouvido e colocou Mozart para tocar. Ficou ouvindo a sinfonia No.25 em sol menor por cinco minutos até fazer depois de muito tempo, uma bola de energia com os Glatons recém tirados da Trogs. Lançou a esfera ao ar que logo rompeu o espaço-tempo criando uma fenda dimensional. Lia sentou um pouco atrás dele para não interromper sua concentração, olhando cada coisa que ele fazia.
O rasgo que a esfera deu origem ficou do tamanho de Ray, e após ele estender sua mão contra a fenda que havia criado, ela tomou a forma de um círculo ovalar. E até aqui, desde que Ray colocou os fones de ouvido e ficou ouvindo Mozart, fez tudo de olhos fechados. Só tentando visualizar uma fenda que o fizesse ir á onde queria. Ao pedaço de trem.
Então abriu os olhos.
– Vamos... Lia. – Disse animado voltando seu olhar alegre para Lia que se encontrava ainda sentada atrás dele.
– S-Sim. – Ela sorriu.
Passaram pela fenda e depois de um pequeno espaço de tempo, Ray novamente se encontrava no vazio branco. Pelo menos dessa vez não estava sozinho. Mas acompanhado de Lia a única pessoa com quem ele se importava direito.
A frente deles. O mesmo pedaço de trem apareceu. E logo o menino apareceu acenando para Ray pela porta do vagão.
– Todos abooordo!
Ray sorriu e acenou de volta. “Conseguimos”.
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