Na casa de Lia, uma casa aparentemente normal com um portão de correr verde que apesar de ser poucas, tinha
algumas brechas onde se podia ver lá dentro. Ray, que já tinha uma cópia da chave de lá, entra sem
hesitar e á encontra deitada em sua cama mexendo em seu celular, que, ao que parecia, era uma das únicas coisas
que ocupavam seu tempo enquanto não estava estudando.
–Que legal! Está tudo parado mesmo! Oi Lia.-Disse ele enquanto á olhava. E ficou por muitas horas só olhando ela até que decide
voltar para onde Holf o tinha deixado caso ele voltasse.
Quando voltou á frente de seu apartamento, Ray já cansado avistou Holf sentado olhando para ele com uma cara séria.
–Onde você foi? Estava fugindo de seu treinamento!- Holf disse enquanto
se levantava.
–Eu não estava conseguindo "limpar" minha mente, então fui aproveitar enquanto o tempo estava parado para ver Lia.
–Então vamos fazer uma coisa.-Agora Holf apontando para uma pessoa ao longe dali que parecia estar voltando para a casa depois de fazer compras
pois estava com sacolas em suas mãos.-Está vendo aquela mulher? Vou atirar nela depois de fazer o tempo voltar ao normal.
Então você vai ter que salva-la, parando o tempo e então tirando ela do caminho.
–O QUÊ?? Agora a vida de uma pessoa está em minhas mãos? Eu não consigo fazer isso não tem como!- Falou Ray quase que implorando
para Holf não fazer tal ato.
–Você vai ser forçado á isso! Tem coisas que nós temos que sacrificar para conseguir poder.- Disse Holf enquanto fazia o tempo voltar ao normal e uma
pequena arma aparecer depois de uma mini-explosão ocorrer na palma da mão.
Agora Holf apontando para a pessoa no outro lado da rua que se movia lentamente.
"Vamos pensar! Tenho que parar o tempo antes da bala atingir aquela pessoa." pensou Ray. "Então vamos pensar apenas nisso
e nada mais." Continuou pensando enquanto se sentava no chão com as pernas cruzadas e firmando as mãos contra a cabeça.
Ray fecha os olhos e continua analisando a situação. Depois de um pequeno intervalo de 5 minutos depois, Holf atira fazendo com que a única coisa que
Ray pensasse quando ouviu o estouro do tiro era: "Tenho que salvar..."
Então tudo começou á diminuir de velocidade. Holf percebeu isso mais Ray não, então Holf gritou para que Ray fosse logo tirar aquela pessoa do trajeto
da bala enquanto ela corria agora lentamente até seu alvo. Ray se levantou depressa e ainda cambaleando. A adrenalina
tomando de conta de seu corpo fazendo com que ele não tenha medo de acontecer algo pior do que salvar a pessoa. Salvar
a mulher. Era seu único pensamento enquanto corria, mais também estava se apossando de seus pensamentos o medo de que não
conseguiria, que ele iria falhar fazendo com que ele seja culpado por tal pessoa morrer, por ela não conseguir voltar em casa
com a comida de sua família. Então mesmo com mil pensamentos vindo á cabeça Ray continuou á correr e correr, sem pensar em
outra coisa á não ser sobre o que estava ocorrendo naquele instante e o que poderia ocorrer se falhasse. E ali perto
Holf só observando ainda esperançoso de que Ray ia conseguir.
Quando conseguiu tirar a pessoa da frente da bala, ele se tornou o alvo após ter um pensamento de alívio, e assim,
fazer o tempo voltar ao normal e a bala passar por entre sua cabeça.
Mais isso na visão da mulher que ele salvara, que ficou confusa depois do ocorrido. Já Holf antes com esperanças de
que Ray iria conseguir agora não pensava mais em nada após ver Ray no chão. Mais antes disso, quando o calor da bala
alcançou seu rosto, Ray por pouco conseguiu diminuir o tempo rapidamente até que em menos de um segundo a bala
parasse na ar. O tempo parou, mais assim o susto que Ray levou o fez cair, ainda inconsciente de que havia parado o tempo.
Depois de um tempo Ray acorda em sua cama. Já não se lembra mais de nada que havia ocorrido á algum tempo mais logo se lembra
de ter sido atingido pela bala mais não sabia mais distinguir realidade de sonho. Mais, mesmo não sabendo se o que acontecera era real
sabia que uma vontade enorme de ver Lia, então foi correndo até lá, Passando pela mochila Trogs sem ao menos notá-la.
Quando chegou no seu objetivo. Viu que o portão estava um pouco aberto, então entrou correndo pra ver se ela estava lá. Lá dentro
encontra Lia como de costume, deitada mais agora sem celular e depois que vê que tudo está bem logo se arrepende de ter pensado tal coisa, pois,
logo o tempo para e aparece Holf novamente só que coma arma agora apontada na cabeça dela de uma distancia de dois palmos, impossível de
parar á tempo. E disse:
–Agora ao teste final. Você terá que parar o tempo agora sem a máquina. Já que você já conseguiu pelo menos desacelerar o tempo, vou
te dar o poder de criar a matéria inversa mais terá que lutar dentro de si para controla-las. Vou dar um tempo... 10 minutos para
você controla-las e então depois desse tempo vou atirar sem cerimônia. Diretamente no cérebro de sua amada... será que ela é tão importante assim
para você?- Agora Holf com um jeito mais sombrio e assustador. Olhou para a palma de sua mão esquerda e então nela começa a se criar
uma fumaça azul. Logo que se teve mais ou menos o tamanho da mão esquerda de Holf ele lançou a fumaça em direção á Ray.
Agora Ray estava caído no chão tentando controlar aquela fumaça constituída de matéria inversa, se contorcendo, apertando com força
seu ombros enquanto gritava de dor. Seus olhos fitando o nada, seu rosto mostrando que havia uma batalha que estava sendo
traçada dentro de sua mente. A luta pela vida. A matéria estava tomando de conta de seu corpo até que ele se paralisasse aos poucos.
Agora depois de um tempo Ray estava totalmente paralisado com alguns fragmentos de matéria inversa ainda se propagando á sua volta.
–Parece que não conseguiu, vou ter que matar essa linda donzela.-Holf falava sorrindo, sabendo que Ray ainda escutava sua voz agora insandecída.
Quando Holf colocou o dedo no gatilho para matar Lia, ela desaparece, Holf se vira e fica espantado quando vê Ray ainda com algumas partes
de seu corpo paralisadas e fumaça de matéria inversa saindo de seu corpo enquanto segurava Lia agora desmaiada, a alta quantidade de matéria
inversa atingiu seu sistema cerebral fazendo com que ela fique desmaiada até que a matéria inversa á sua volta tenha desaparecido.
– Nunca mais, pense em tocar nela!- Disse Ray enquanto ainda á segurava em seus braços e saia de seu corpo fragmentos da matéria inversa que
aos poucos de extinguira.
Após um tempo ainda na casa de Lia, o tempo estava parado enquanto Ray se acalmava, Holf estava sentado em uma cadeira que havia
perto da mesa do computador de Lia que pelo visto, não estava funcionando. E Lia jazia deitada em sua cama.
Depois de mais dois minutos Ray se direciona á Holf:
–Então... próximo passo?
–Você já sabe ele, é só controla-lo.
–E qual seria?
–teletransporte. Mais á curta distância.
–Sério? Como eu sei isso?
–Você acabou de fazer isso quando tirou Lia da mira da minha arma.-Diz Holf olhando para seu cinto onde a arma estava embainhada.
–Agora me explique tudo isso, o teletransporte e parar o tempo.
–Curioso você... Quando eu vim para essa dimensão, os elementos químicos que compõem a maior parte do meu corpo reagiram com os elementos
contido no ar e criaram o Glaton, uma partícula que eu, e agora você, podemos controlar por ele ser instável ou se preferir chamá-lo
assim... a matéria inversa, então podemos fazer tanto ele acelerar as partículas dessa dimensão ou para-las fazendo com que pareça que
o tempo parou. Então você tem que aprender a controlar os Glatons.
–vamos então!-Agora Ray mais animado se direcionando á porta da casa de Lia que não estava nem um pouco disposto á sair dali
por querer saber se ela estaria bem.
Na rua em frente á casa de Lia ainda com o tempo parado, Holf pede para que Ray tente criar Glatons o que, depois de um tempo, ele consegue
mais logo se descontrola por liberar demais, até que decide treinar mesmo com a grande quantidade de fumaça azul saindo de seu corpo
como da outra vez que usou a matéria inversa o que complicou um pouco mais tarde.
–A tarefa é simples, você vai ter que controlar os Glatons para acelerar as moléculas á sua volta e te empurrar para certo ponto.
–Parece simples.
–Nem tanto no começo... Mais vamos ver no que vai dar. E concentre para ir até aquela esquina.- Havia perto dali uma esquina numa distância
de mais ou menos três metros onde se encontrava uma pedra que parecia ser parte de uma parede de concreto por ter duas partes lisas e retas.
–Ok...- Ray se concentrou...-Mais Glatons emanava de seu corpo enquanto estava com os olhos fechados e quando os abriu, sua perna esquerda
foi empurrada com tanta força pra frente que Ray caiu quando ela levantou muito alto. Na segunda tentativa Ray conseguiu que o todo o seu corpo
fosse empurrado, mais em um curto período de tempo só o seu torso estava sendo empurrado quando foi com o rosto de encontro ao chão. Depois de
4 tentativas Ray consegue fazer com que todo o seu corpo seja empurrado até perto da esquina, mais ainda não chegou nela por estar ainda devagar,
mais anda sim, um humano normal não conseguiria ver seus movimentos.Logo ele percebera que o que faltava agora era velocidade, então resolveu pular
quando fosse empurrado, agora só com a resistência do ar para diminuir sua velocidade, mais depois de testar fazer
isso ficou perplexo! Por que ele tinha pegado tanta velocidade que passou da esquina e não estava conseguindo parar até que se desconcentrou e
caiu rolando no chão. Mais levantou rapidamente com um sorriso no rosto ao ver o quanto tinha conseguido em apenas uma hora.
Na tentativa seguinte decide colocar seu pés no chão quando for parar, o que não foi uma boa idéia pois a velocidade com que
o atrito do asfalto agia na sola de seu tênis fez com que ele ficasse sem sola nos primeiros segundos. Depois de muitas tentativas de
parar, teve a ideia de fazer com que os Glatons agissem de forma contrária quando fosse parar, em vez de empurra-lo agora, estavam
puxando-o. No fim da tarde conseguiu controlar o teletransporte mais ainda não conseguia controlar o lugar onde ia parar, e ainda tinha
Glatons sando de seu corpo. Em dúvida decide perguntar:
–Tudo bem que você sabe fazer tudo isso com o tempo mais... Não tem nenhum ataque? Só defesa?
–Na verdade tem... Já que me lembrou vou ensiná-lo á você mais só use em caso de emergência.
–Está bem!
–O ataque que temos é nada mais que uma bola de energia seguida de teletransporte de objeto para fazer atingir locais que estão longe. Uma
bola de energia gerada á partir de duas partículas se chocando.
–Como vamos fazer duas partículas se chocarem?
–Criando Glatons e usando eles mesmo para se chocarem com o teletransporte. Mais está tarde agora, temos que ir dormir por que você
vai ter que acordar cedo amanhã para aprender o resto das coisas como viagem no tempo e ir para outras dimensões.
–Uou- Falou enquanto estava de boca aberta pensando que logo conseguiria fazer isso.-Espera... Amanhã não dá.
–O que você disse?
–Tenho um encontro com a Lia amanhã de noite.
–Deixa essas coisas de lado e vamos dormir! Amanhã vemos como fica isso.
–Está bem...-Agora Ray estava desanimado por pensar que talvez vai ficar sem ir se divertir com Lia como antigamente.