Ray ficou sem palavras depois que percebeu que, não se lembrava de nada da sua vida na sua “dimensão-natal”. - O que foi? Perguntou o menino. - Não... Nada. Eu só... Esqueci por que estou aqui. - Há! É só um efeito colateral de viajar entre universos paralelos. Quando você interage com seu Eu do outro universo perde um pouco de suas memórias, é um preço a se pagar. - E tem algum modo de recuperar as minhas memórias? - Tem. É só achar algo que seja do seu passado que sua memória voltará. - Simples... – Disse Ray. Mas nada o menino ouviu, tinha voltado a sua atenção para o computador. Ray foi dar uma espiada no que ele estava fazendo e viu uma rua vista de cima de uma cidade grande. Havia prédios, carros, postes e pessoas em todo o canto. Mas uma lhe despertou o interesse, ela usava uma camisa de manga grande com gatinhos na estampa e calça jeans azul clara, andava com pressa como se estivesse perdida... Mas estava! Era Lia! Logo Ray foi tomado por um turbilhão de lembranças ao ver ela mesmo que no computador. Todas as lembranças de Ray voltaram... - Lia! Onde fica esse mundo que você criou? - Esse? É só meu computador! Mas vou poupá-lo de tal agonia. Vi alguém como ela no S49. Foi a algum tempo, então acho que pelo menos vá achar algo sobre ela lá. - Preciso ir agora. Como posso ir lá se nem sei onde é aqui? - Eu cuido disso...
Depois de certo tempo o Trem estava se desintegrando junto com o menino e seu computador, deixando Ray no completo vazio novamente. Logo Ray acorda dentro de um lugar estranho que parecia um quarto. Mas não um quarto qualquer, ele estava em um hospital cercado de pessoas não mais a frente nem atrás de seu tempo normal, estava em um universo paralelo igual ao nosso se não fosse por uma coisa... Não existia governo.