Elemente escrita por Luana Yukari


Capítulo 7
O reino de Wasser e o Bebê. - Capítulo 7




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Minha mudança para o reino de Wasser foi bem tranquila. Passamos pelos guardas que protegiam a saída e entrada do reino de Feuer. Quando eles nos viram, se ajoelharam e mostraram que poderíamos passar. E foi aí que eu pensei. Se essa menina de 16 anos é uma rainha e se casou comigo, então agora eu sou um rei? Há sentido nisso? Não, não há. Um casal de adolescentes tentando governar um reino inteiro. É. Tomara que a Katherine tenha mais experiência.

Quando já tínhamos atravessado a estrada de cristais, chegamos a uma parte molhada. A água começava a invadir a estrada, e eu já estava apertando o braço da Katherine com força quando ela me lançou um olhar de desprezo como se dissesse: Pare, estúpido. É aqui a minha casa, e eu ainda posso te expulsar dela. Mas a verdade é que eu queria que ela me expulsasse. Mas tive que ser forte. Ouvi dizer que muitos magos do fogo se casam com Drakons e vem morar aqui, por causa das leis do Reino de Feuer. Todos eles já deviam ter passado por essa horrível experiência, afinal.

— Os magos não vem só aqui porque se casam com as Drakons. – Ela disse, como se lesse meu pensamento. - Há muito tempo, uma família de magos do fogo veio para cá. A família progrediu ao longo dos anos, os filhos se casando com Drakons ou com outros magos. Por isso, alguns magos não conseguem nem mesmo fazer magia do fogo, assim como algumas Drakons não conseguem magia da água.

Eu assenti e prosseguimos, silenciosamente, só com o barulho das nossas pegadas pisando na água. O clima lá era agradável, só um pouco molhado. Quando as ruas começaram, vi que todo o Reino de Wasser era ladrilhado com as mesmas pedras brilhantes.

— Nosso reino se estende até o fundo do mar. Até a área abissal serve de moradia para algumas Drakons. E não se preocupe. Nossa água tem oxigênio o suficiente para um mago morar lá por toda a sua vida.

As casas tinham dois andares, e pareciam bem mais confortáveis que as do reino de Feuer. Cristais de luz iluminavam todas as ruas, em cima de postes. Conchas e outras coisas enfeitavam casas e afins. Katherine entrou em uma das ruas, e uma multidão de Drakons e magos se via lá, todos gritando e dançando. Quando viram eu e a Katherine passar, toda a multidão ficou nas cercas e começou a olhar para nós, gritar, falar votos e cantarem canções de parabéns. Os magos brincavam com fogo, jogando ele como confete em minha direção e fazendo desenhos no ar com ele. Todo o fogo que chegava na água que estava na altura dos pés, desaparecia e nem uma faísca de fogo era encontrada lá. Aquela água parecia totalmente limpa e pura, sem nenhuma coisa ainda, parecia uma das primeiras águas a ser criada. Mesmo com tanta gente pisando nela. Crianças drakons e normais brincavam, jogando pedaços de neve, gelo e água no nariz das outras crianças. Conforme seguíamos as estradas, meu medo de água ia sendo sufocado cada vez mais. As lojas tinham começado a aparecer, e adultos e crianças, até mesmo adolescentes, paravam para observar a gente.

Quando atravessamos uma rua, um pedaço de um castelo começou a aparecer. O castelo era lindo, muito mais bonito que o castelo do reino de Feuer. Ele parecia ser todo de cristal, com detalhes xadrez de azul-escuro e azul-claro. Era um castelo um pouco menor do que o do Reino de Feuer. O castelo parecia ter pernas, com um formato de semicírculo nelas. Um túnel ligava o castelo a uma parte de trás, como um circo, que visto de cima era redondo.Provavelmente um estádio. Algumas casas ficavam por ali. Assim que chegamos, percebi que todas as ruas tinham um formato exótico, e que se visto de cima, daria uma flor de 6 pontas, e cada ponta atirando um raio que forma todas as ruas do reino. O miolo da flor era o castelo. Todas as ruas se ligavam uma as outras, eu percebi.

A entrada do castelo ficava em baixo dele, nas pernas. Enormes escadas, e chegávamos a um corredor com vários e vários quartos. O piso era todo de cristal, e era um pouco desenhado. O teto era azul-escuro e azul-claro, com contornos mudando de cor em zigue-zague. As paredes tinham várias faixas compridas que desciam e eram branco e roxo, e vários cristais ficavam dos lados das portas. Do lado da porta com escadas, uma escada ficava escondida do lado esquerdo.

— Você PRECISA ver o castelo de noite. Eu vou te mostrar a biblioteca daqui e outras coisas assim. Depois você conhece o castelo, okay?

Assenti e ficamos a tarde inteira vendo as bibliotecas, lojas, casas e outras coisas mais.

Quando foi de noite, Katherine me arrastou até um lugar onde dava para ver todo o Reino de Wasser e o castelo. Assim que começou a escurecer, o castelo começou a brilhar com a luz da lua, e a luz veio de cima para baixo, iluminando todas as ruas com vários tons de azul, roxo e branco. Era lindo.

— Allan. – Disse a Katherine, contemplando o reino.

— Sim? – Eu disse, já nervoso, porque ela sempre me chama de idiota, não de Allan.

— Vamos ter uma filha.

Respirei e tentei engolir um pouco de saliva.

— Como sabe que é uma menina? – Eu disse, tentando não parecer nervoso.

— Os sábios me disseram.

— Pois eu aposto que ela vai ser uma Drakon. – Eu disse, tentando fazer um pouco de humor.

— Como sabe?

— Um sábio chamado azar me disse. – Eu falei. – Aliás, qual vai ser o nome dela?

— Estou pensando em Kath.

— Você quer dizer, Kathallan?

— Não. Só Kath.

— Só Kath? É um nome um pouco estranho. - Apontei para a barriga dela – Oi, Só Kath. Tudo bem?

— Allan.

— Ah, e que tal Allakath? É um nome exótico e bonito, não?

— ALLAN.

— Talvez, se colocarmos All Kath também fique legal.

Ela me arranhou.

— Tudo bem, tudo bem. Só Kath.


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