A New Kind Of Narnian escrita por Witch Barnes


Capítulo 1
Procurando Suporte


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo! Essa é a história de Eleanor McReady



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A história em que aqui se encontra, aconteceu há muitos anos atrás, quando aquela terra que ficava ao mar oriental ainda era chamada de Nárnia, e não apenas uma expansão da Calormânia. Contudo, a história não narra um dos períodos mais gloriosos dos narnianos, e sim, uma época bem ruim. Há quem diga que esse fora o pior castigo de Nárnia, ganhando até dos cem anos de inverno, quando Jadis, a feiticeira, reinava.

Nárnia era, simplesmente, tida como “Terra não existente.” Os telmarinos dominavam o mundo, e a história dos quatro irmãos Pevensie da Idade do Ouro era tida como uma bonita lenda e crença unicamente narniana. Porém, havia três pessoas, além dos próprios narnianos, que acreditavam em tudo e estavam dispostos a trazer a misteriosa terra, que estava infestada de fantasmas (como diziam os outros), de volta aos seus bons e gloriosos anos. Duas dessas pessoas estavam no castelo de Telmar. Um era o velho professor Cornelius, cuja barba era extremamente grande e branca e seu tamanho era minúsculo (o que ficava desproporcional, mas o dava um ar de boa pessoa), e o outro era o jovem príncipe Caspian X, que estava prestes a tomar posse do trono, se seu tio (o príncipe regente Miraz), não tivesse acabado de ganhar um filho.

Miraz era ambicioso e malvado, não valia o pão que comia. Desfez-se do próprio irmão, Caspian IX, para conseguir o posto de rei de Telmar, e agora se desfaria do décimo, para conseguir reinar até sua morte, tendo seu próprio filho como sucessor. Mas Caspian fugiu e agora mora com um texugo e dois anões desconfiados. Mas isso não é importante pra nós agora. Nossa história começa mesmo é na Arquelândia, ex-aliada de Nárnia, que agora os abandonara.

No castelo de Anvar, nos jardins dos fundos, para ser mais exata, dormia a jovem filha da cozinheira, Eleanor McReady. Essa é a terceira pessoa que ainda acredita em Nárnia. Por puro descuido, acabou por adormecer tamanho seu cansaço, quando sentava-se durante a pausa de um treino. Enquanto dormia não se lembrava dos problemas.

Os jardins que ficavam ao fundo do castelo tinham grandes utilidades para todos os moradores reais e serviçais, mas ninguém aproveitava melhor o espaço que Eleanor. A jovem passava a maior parte do seu tempo de férias treinando com seu arco e sua flecha. Todavia, estava tão cansada no momento, que acabou por adormecer sobre a grama macia, deixando suas armas de lado.

Folhas secas ao chão apontavam o início do outono, e sempre que alguém caminhava pelo jardim, o som das passadas eram nitidamente ouvidos. E foi exatamente assim que aconteceu, quando o fiel escudeiro do rei andava por ali à procura da jovem. Eleanor levantou em um pulo enquanto posicionava o arco e a flecha em forma de ataque.

– Ah, é você! – Disse ela assustada, abaixando as armas.

O castelo estava em constante defesa, desde que os termarinos tomaram as terras narnianas. Os arquelandeses estavam muito assustados com a possibilidade de ter o reino atacado também, e então reuniam todas as forças que tinham para um suposto “contra-ataque”. Eleanor era a que mais se importava com tudo aquilo, pois era a única, além de sua mãe, que acreditava em uma Nárnia livre e não lutava apenas por sua própria defesa.

– Acalme-se, McReady, acho que está na hora de um descanço. Não sei porque o rei cisma em lutar quando os telmarinos não dão nem sinal de interesse em nos atacar. – Dizia John, o homem que havia acabado de chegar, informalmente.

– Talvez porque o rei queira ser atacado. – Sussurrou ela, mas pra si mesma do que para John.

– Vamos, Eleanor, não diga uma besteira dessas. Quem gostaria de perder o próprio reino? E, além do mais, parece que é você que tá procurando encrenca. – John, que vestia a armadura, empunhou sua espada e encarou-a insatisfeito. – Preciso limpá-la.

– O rei sabe que, ao invés de treinar, o senhor fica por aí deixando sua espada ser empoeirada?

Eleanor sorriu brevemente, recebendo olhares reprovadores do senhor à sua frente.

– O rei quer vê-la, está em sua sala.

E então ela se lembrou do que fazia antes de dormir. Estava treinando, como sempre, após ser interrompida na tentativa de falar com o rei sobre um assunto de extrema importância. Pôs a arma em suas costas e saiu correndo pelos largos corredores do castelo de Anvar. Mal sentia o esforço que fazia ao subir as inúmeras escadas grandiosas com o pesado arco às suas costas, tamanha sua ansiedade. Ao chegar a uma porta branca, enorme, de duas folhas que se abriam para dentro, ela bateu e esperou permissão para entrar.

– Com licença, majestade. – Disse após ser chamada para dentro.

O rei não olhava para ela, olhava para a janela principal do cômodo, que deixava os raios de sol iluminarem o local. Mas, assim que Eleanor entrou, sua atenção virou-se para ela.

– Olá, McReady. Soube que tem algo muito importante para falar comigo.

Eleanor limpou sua garganta, para que a voz saísse em alto som na presença real, e então começou a falar.

– Pois bem, tenho sim, majestade. E serei bastante direta, sem faltar com respeito, é claro. – Apressou-se a se explicar. - Acontece que, de forma que o reino da Arquelândia é mais rico que a antiga e destruída Nárnia, acho que vossa majestade deveria ajudar o povo que se encontra sem estrutura para lutar pelos seus direitos.

– Ora, Eleanor! – O rei parecia extremamente estressado com o comentário da menina a respeito de Nárnia. Ele não gostava nem um pouco de falar sobre o assunto. – Não pago um dos melhores colégios da Calormânia para a filha de uma simples serviçal, para que ela me diga como devo ou não governar meu próprio reino.

Eleanor achou aquilo um absurdo. Suas diferenças com o rei não eram novas, mas ela achava (e com toda razão), que ele estava passando do ponto com seu modo indiferente de governar a Arquelândia. Sempre tratou-o com todo respeito que uma figura de tamanha importância como ele merece, mas não ia aguentar um só segundo ouvindo tanta besteira.

– Olhe, meu caro rei – Começou ela, de forma sarcástica. – Nunca pedi para que vossa majestade pagasse ou fizesse algo por mim, pelo contrário. Inclusive, estudar na Calormânia é uma das piores coisas que existem! – Explodiu ela, sem perder a pose de boa dama.

– Não precisa ir se não quiser, minha “cara” McReady. – O rei deixou bem claro que o “cara” era apenas uma retribuição do sarcasmo da menina.

– Ora, como se vossa majestade fosse deixar eu escapar da escola. Não perde a oportunidade de se gabar por pagar um colégio caro para uma simples plebeia arquelandesa.

Eleanor perdia sua razão ao falar naquele tom com o rei, mas não ligava. Estava farta de tudo, não aguentava ver Nárnia sofrer daquele jeito enquanto a Arquelândia estava em uma boa fase econômica. O rei tinha uma expressão de ódio no rosto, pois sabia que era absoluta verdade o que ela dizia, mesmo sem querer afirmar. A jovem McReady passou suas mãos pelo rosto, em um tentativa e auto controle, e suspirou profundamente.

– Tudo bem. Antes que eu seja chamada de ‘menina insolente’, irei me retirar, tenha um bom dia, majestade.

Em uma reverência, Eleanor deixou o gabinete real em uma correria pra lá de desengonçada. Não queria ficar ali nem mais um minuto. Estava desgastada de tanto tentar falar com o rei pela milésima vez naquela semana. O homem era o mais cabeça dura e egoísta que ela já tinha visto em sua vida, e se não tivesse sorte de ter nascido na família real, jamais se tornaria rei, pois não tinha capacidade.

As lágrimas escorriam pelo rosto, esquentando-o, enquanto ela procurava incansavelmente seu quarto, um pequeno cômodo que ficava no fundo do castelo. Esbarrou em John, mas não o deu atenção, e assim que chegou, se trancou e começou a guardar suas coisas na mala, violentamente. Era aquela a noite em que voltaria para Calormânia, mais uma vez, junto aos príncipes Rich e Leonard, filho e sobrinho do rei (respectivamente). Mas ela não iria desistir tão fácil. Se o rei não ia fazer nada... Bem, ela teria que fazer com as próprias mãos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? *--* Mereço reviews??P.S.: A escola pra onde Eleanor vai, na Calormânia, existe mesmo, é citada nos livros "O Cavalo e seu Menino" e na "Última Batalha".



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