Por Acaso escrita por Tatis Regals


Capítulo 20
Silêncio.




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Olivia acordou com muita dor de cabeça, havia um corte em sua testa e alguns fleches a faziam lembrar que ela e White haviam brigado na noite anterior.

Como de costume Olivia não podia afirmar o horário, mas pelo som externo podia concluir que estava sozinha e não deveria passar das 8 da manhã, os cantos dos pássaros estavam bem alto com certeza o sol nascera a poucas horas.

Ainda um pouco tonta Olivia tentou sentar na cama, pôde perceber que estava algemada pelo tornozelo, desistindo então de se dar ao trabalho de levantar.

Se não tivesse perdido a noção do tempo Olivia podia concluir que estava em seu sexto dia de sequestro o que para polícia indicava o fim das investigações, mesmo sendo tenente de uma das unidades mais bem quista pela corporação. Ela sabia que Dom não conseguiria sustentar as buscar por muito tempo.

Sua cabeça ainda estava dolorosa, mas aos poucos seus reflexos começavam a voltar, ela precisava sair dali.... E rápido.

***

White havia deixado Oliva amarrada para encontrar Lucas, o amigo que havia lhe ajudado a escapar da prisão, era preciso pagar pelo serviço dele, pois era muito perigoso deixa-lo irritado, com tudo que ele sabia, Lucas era uma arma ambulante, e isso não era bom para White.

– Nossa achei que você não viria mais, disse o rapaz aliviado

– Me desculpa eu precisava ajeitar algumas coisas antes de vir, disse White.

– Você é esperto, sabe que não é inteligente me passar para trás não é mesmo? Sei muita coisa para virar seu inimigo agora.

– Ora! Achei que fossemos amigos Lucas, eu jamais enganaria você, admirou-se White.

– Trouxe minha grana? Perguntou o moço nervoso.

– Claro! White puxou a mochila que carregava nas costas para o lado

– Pare! Gritou Lucas, sacando uma pistola para White.

– Calma, calma amigo, estamos fazendo um negócio, disse White calmamente, levantando as mãos em sinal de rendição.

Lucas estava muito nervoso, ainda com medo de todo o cerco da polícia.

– Eles sabem, disse Lucas, sabem que ajudei você.

– É claro que eles descobririam, afirmou White, por isso estou te pagando.

White precisava ter muita calma e ser muito cauteloso, senão Lucas poderia estragar tudo.

– Olha Lucas, você me ajudou e serei eternamente grato por isso, minha mãe... ela me deixou algumas coisas... você pode vender... ficar com a casa

– Eu quero o meu dinheiro, gritou o menino.

– Calma.... Olha eu trouxe 15 mil em dinheiro, pra .... Pra você pode fugir, eu vou pagar o restante.... so preciso de tempo....

– Tempo? Eu vou matar você seu desgraçado, mentiroso de merda....

– Lucas, calma... eles não vão pegar você, eu estou com ela.... Não se preocupe....

– Me dá o dinheiro, ameaçou o menino novamente.

White ainda com uma das mãos erguidas tirou a mochila das costas e jogou-a em direção a Lucas....

– Aí tem 15 mil cara, tudo em nota de 50... eu consegui trocar eles não podem rastrear o dinheiro

– É muito pouco, informou o parceiro.

– Olha eu sei.... Depois que eu acabar vou para a suíça e termino de te pagar, cara você precisa confiar em mim, desviei milhões para lá.... Eu só preciso de tempo.... Eu... eu sou seu Brother cara, não me abandona agora, pediu White.

Lucas olhou desconfiado para White, mas ao vê-lo rendido com os braços levantados e a mochila de dinheiro no chão, não tinha porque desconfiar do amigo, ele havia cumprido com toda a palavra do plano;

– Vamos mano! Eu te protejo, você me protege lembra? White ainda estava com as mãos levantadas.

– Lucas ainda olhava desconfiado, mas cedeu ao olhar White nos olhos e abaixando a arma, abraçou White como se fosse velhos amigos.

“bam”...

Um tiro ensurdecedor no meio do silencio da floresta fez com que os pássaros voassem para longe das arvores.

Sem nenhuma palavra Lucas apenas olhou para White com a boca cheia de sangue seu olhar parou fazendo-o cair sobre o chão

– Desculpa cara!

Foram apenas essas as palavras que White proferiu após o assassinato de Lucas. Ao vê-lo morto aos seus pés, confirmou se havia algum batimento cardíaco, mas seu tiro havia acertado o coração, então pegou sua mochila, e voltando novamente para o carro, White retirou sacos de lixo, fita adesiva e a pá que havia comprado no mercado, estava tudo planejado, Lucas era ex detendo, a mulher havia se mudado para o México, o amigo não tinha família então sua ausência não seria sentida por mais ninguém.... Lucas estava apagado do mundo e esse crime jamais seria descoberto, como sempre White havia pensado em tudo.

***

Amaro e Fin conseguiram uma pista com o dono do mercado, White havia se dirigido para o norte da colina, ali comprara uma pá e algumas outras coisas. Após algum tempo na estrada eles pararam numa loja de caça no interior da colina, descobriram que White também passara por ali para comprar uma pistola alegando que estava caçando esquilos.

O vendedor da loja de armar informou que no centro da floresta havia sido construído uma fábrica de borracha, mas havia sido desativada por falta de incentivo do governo. A trilha até a fábrica era íngreme e somente carros especiais seriam capazes de vence-la enquanto Fin esperava por instruções do capitão Amaro estava atrás de antigos superiores do exército buscando por ajuda.


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Notas finais do capítulo

Gente... a fic está acabando....

Se gostou comente.... essa semana posto o ultimo capitulo. Bjos



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