These Things Made Us escrita por Ana Botelho


Capítulo 1
Your name in my lips


Notas iniciais do capítulo

POR FAVOR, LEIA:

Olá, bom... Eu espero que vocês gostem dessa fic, como está na nota da história eu não prometo que ela está boa, a minha escrita 'tá entrando em uma fase de crise e eu não sei o que fazer, então espero que vocês pelo menos gostem um pouco. Eu não tenho certeza sobre a história, então os seus COMENTÁRIOS é que vão me dizer se eu devo continuar ou não. Então se você gostou, tem uma ideia para a fic, acha que ela pode ter um futuro e/ou se você tem uma crítica, por favor, não hesite em me dizer.

Ah, ela também não é voltada para o humor, então, me desculpem sobre isso.

Boa leitura.



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Tudo começou com um nome. E desde então esse nome se tornou sua âncora.

**

- Felicity.

Ele se ouviu dizer, as letras saindo de seus lábios por vontade própria e deixando um gosto doce em sua língua.

- Eu estou aqui, Oliver. - ele ouviu a loira sussurrar apressadamente.

Um gemido rouco saiu de Oliver, as mão enroladas em punhos e os olhos presos no teto.

- Eu estou aqui. - ele ouviu Felicity sussurrar novamente, as mão rápidas e inconstantes trabalhando em seu estômago.

-Feli-

Ele é interrompido pela dor que apunhalou seu estômago e subiu pelo seu peito.

-Desculpa, desculpa. - ele ouviu Felicity gaguejar - Oliver, por favor, por favor, não desmaie. Oliver, olha pra mim. Oli-

A voz frenética dela se tornou apenas um zumbido em seus ouvidos, a dor em seu estômago fazia sua respiração sair em lufadas fracas e cada vez mais doloridas enquanto que o sangue quente escorria pelo seu corpo caindo na mesa de metal. As bordas da sua visão escurecendo cada vez mais enquanto que a consciência se esvanecia de seu corpo.

**

- Oliver? - ele ouviu o sussurro fraco e a respiração dela contra a sua bochecha.

- Felicity. - ele respondeu, a voz rouca pela falta de uso.

-Ah, graças a Deus. - ela respirou fundo. - Nunca mais, você está me ouvindo bem Oliver Queen, nunca mais se atreva a sair por essa cidade sem um back up, porque a próxima vez que eu encontrar você sangrando no meu carro eu vou deixar você sangrar. - ela parou e fez uma careta. - OK, nós dois sabemos que isso é mentira e que eu nunca ia deixar você sangrando, mas o meu ponto é, eu vou fazer a sua vida um inferno, não literalmente é claro e nada parecido com o que você passou na ilha, mas um inferno de uma maneira geek que você vai ficar cansado de me ouvir falar… Mas eu acho que você já se cansa de me ouvir falar, sério, por que você nunca me para? Quero dizer, eu sei que é irri-

- Felicity. - ele fala calmamente.

- Sim. - ela solta um suspiro tremulo.

- Obrigado.

- Sempre, Oliver. Sempre. - ela fala e se deixa afundar na cadeira ao lado da mesa.

E finalmente ele se deixa sorrir, a pressão em seu estômago diminuindo conforme a respiração de Felicity se torna constante em seu sono.

**

Em seus cinco anos na ilha, Oliver tinha vivido e visto coisas que antes ele nunca imaginou ser possível, seu estado mental e físico mudava constantemente se adaptando ao que ele precisava fazer e ao que ele precisava superar. Nesses cinco anos, Oliver tinha sua âncora: Laurel. Ele tinha se apegado a uma ideia, uma imagem de vida perfeita e mesmo quando a realidade que ele vivia e a que ele deixou para trás batiam em sua mente, ele a espantava. Ele precisava disso, precisava de uma ideia para se apoiar, precisava dessa visão de vida perfeita. Precisava dessa âncora para se manter sã.

A idea ,é claro, era Laurel esperando por ele. Uma mulher amorosa que ia consertá-lo e apoiá-lo quando ele saísse do inferno que era a ilha. A ideia de ter a sua família de volta e todos os pedaços de sua mente reconstituídos.

Oliver, porém, entendeu no minuto em que pisou fora da ilha que ele não poderia ser mais concertado, ele não poderia mais se apoiar na ideia de ter Laurel ao seu lado, pois ele não era mais aquele playboy que deixou Starling City e quem Laurel conheceu, ele era um Oliver completamente diferente. Um Oliver destruído e machucado. No entanto, ele insistiu em tentar, insistiu em manter a ideia e a sua âncora firme em Laurel, firme na pretensão de um dia ser inteiro de novo, de não ser assombrado por memórias e vozes sussurradas, por cheiros e estímulos que o deixavam alerta e tenso. A pretensão de um dia não ter medo mais.

Pretensão destruída. O medo corria pelos seus ossos. O medo pela sua família recém reconquistada, o medo pela cidade, o medo pela sua instabilidade e principalmente o medo pela responsabilidade em seus ombros, mas Oliver, é claro, escondia esse medo. Ele colocava uma mascara em seus olhos e um sorriso falso em seus lábios e continuava a empurrar o medo mais para dentro de si. Mais fundo e mais fundo. Até que ele não tinha mais para onde ir e em um impulso de medo e violência Oliver se perdia com o seu arco e seu capuz, correndo pela cidade e tentando limpá-la apenas com o poder de seus braços e pernas.

Ele tinha perdido a sua âncora. Tinha se perdido. Se perdido em meio a violência e a uma lista, riscando nomes como em um mantra, pensando que assim ele ia se curar e deixar pra trás seu arco e flechas. Deixar para trás mais um Oliver.

Até que ele a encontrou.

Seu nome ressoando em sua mente, puxando-o para a lucidez e puxando-o para ser um Oliver melhor, mas não um Oliver novo que tinha que abandonar o que um dia foi, e sim um melhor, um Oliver que ainda carregava seus medos, mas que também podia ver e sentir um pouco da felicidade que o velho Oliver um dia teve.

E o nome dela era tudo o que ele precisava.

Repetindo.

E repetindo.

Como um mantra.

Até que ela se tornou sua nova âncora. Sua nova luz e seu novo futuro.

A ideia de Laurel tinha ficado pra trás assim como a ideia de ser um homem novo, pois ele era o que ele tinha que ser agora.

E para ela isso era o suficiente.


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Notas finais do capítulo

Então??????? Eu to realmente insegura.

Qualquer erro, por favor, me avisem.
Comentem, comentem, comentem. Nem que seja um único gostei.

Beijos.

Bb ♥