O Gato do Kevin escrita por Every Simple Plan


Capítulo 1
O Gato do Kevin + O Julgamento do Ben


Notas iniciais do capítulo

Baseada nos episódios "O gato do Quico" e "O julgamento do Chaves", da série mexicana El Chavo Del Ocho.~~ Momento indicação ~~A autora não me pediu para divulgar a fic dela nem nada, mas essa é uma fic que eu gosto muitíssimo, então acho que todos você deveriam ler "Festival da Boa Vizinhança em Hogwarts" >> fanfiction.com.br/historia/41976/Festival_da_Boa_Vizinhanca_em_Hogwarts/♥Boa leitura ^-^



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Era uma tarde quente no meio de julho. Bellwood estava silenciosa, e dentro da pequena casa verde estavam Kevin e sua mãe sentados delicadamente (lê-se jogados) no sofá, cada um com um pequeno ventilador portátil, assistindo alguma reprise na TV. A campainha toca e a jovem senhora de longos cabelos negros vai até a porta.
– Max! Que surpresa.
– Haha, olá!
Kevin percebe a presença do velho Tennyson e se levanta. O vovô Max está segurando uma caixa com alguns furos nas laterais. Ben está saindo da Lata Velha e vem na direção da porta. Ambos entram, acompanhados pelos Levin.
– O que veio fazer aqui, vovô?
A senhora Levin estranha a forma do seu filho chamar o velho amigo da família, mas prefere ignorar.
– Eu vim te dar um presente! Fiquei sabendo que há algum tempo foi seu aniversário, e não pude deixar de te trazer alguma coisa. – Max estende os braços, oferecendo a caixa, e Kevin à pega, receoso.
Lentamente, o moreno vai abrindo o pacote e se assusta ao ouvir um “Miah”.
– Ahn, o que é isso?
– É um mascote! – Responde Max sorridente.
– Massacote? Achei que fosse um gato... – Retruca Ben, que está sentado ao lado do avô.
– Mascote! – Corrige Max.
– Hum, e o que é isso? – Insiste Ben.
– É um gato. Que pode ser usado como mascote.
– Mas para que servem os mascotes?
– Ora, para serem usados como gatos! – A senhora Levin entra na conversa.
Kevin termina de abrir a caixa e vê um gatinho, ainda filhote, mesclado de branco e cinza.
– Kevin, querido, você vai saber cuidar desse gato? – Sua mãe pergunta.
– Mamãe, eu...
– Olha, acho que não – Ben se intromete mais uma vez – Afinal ele nem ao menos sabe qual é o animal que come com o rabo!
– Existe algum animal que come com o rabo? – Questiona Max.
– Claro! – Kevin se antecipa – O elefante. Mas é um rabo que fica na frente e é chamado de tromba.
– Não diga besteiras, Kevin! – Ben se pronuncia – Todos os animais comem com o rabo, pois nenhum pode tirar o rabo para comer!
Os outros quatro param para refletir sobre as palavras de Ben, balançando a cabeça afirmativamente.

Mais tarde, no mesmo dia, Ben acha uma bicicleta velha na garagem de Kevin e o mais velho coloca o recém chegado para brincar na grama do jardim. Ben pedala calmamente observando o gato.
– Kev, sabia que uma vez eu vi um gato com um olho só?
– Ele era caolho?
– Não, é que eu tampei o meu outro olho.
– Hmm... Uma vez eu também vi um gato com um olho só...
– Você também tampou seu olho?
– Não, esse era caolho mesmo.
– Hmmm... Legal.
Os meninos conversam do lado de fora, enquanto a senhora Levin e Max olham um álbum de família. Devin segurando Kevin nos braços, Devin em seu uniforme de encanador... Tantas lembranças. São interrompidos por Ben e Kevin que entram na sala.
– Onde está o seu gato, querido?
– Que gato?
– Ora, o gato que Max acaba de te dar.
Kevin para pra pensar, mas é alertado pelo amigo.
– Acho que ele fugiu quando você foi contar aquela piada para ele.
– Oh, droga!
– Não se preocupe – Max diz – Nós vamos procurá-lo.
Os três saem para encontrar o gato enquanto a matriarca fica em casa.
– Escutem meninos. Ben, você procura ele pelo bairro com a bicicleta. Kevin, eu vou pela direita e você pela esquerda.
– Não, eu acho melhor eu ir pela esquerda e você pela direita.
– Certo!

Meia hora depois, Kevin entra em sua casa chorando.
– Querido, o que aconteceu?
– Atropelado.
– De quem está falando?
– Do Ben!
Ben entra na sala, carregando a bicicleta.
– Filho, você não disse que ela havia sido atropelado?
– Sim! Ele atropelou meu gato!
– Ora, você não sabe que não se deve deixar os animais saírem a rua?
– Eu fui procurar o gato! – Diz Max, que vem entrando.
– O quê? – Pergunta Kevin.
– Disse que fui procurar o gato. E o que eu achei? Um cadáver! Apenas um cadáver!
– Ora – Ben fala – E quantos pretendia encontrar?
Uma discussão começa, mas é abafada pela voz de Max.
– Chega! Assim vamos ficar aqui até anoitecer apenas perdendo tempo!
– Ao contrário – Discorda senhora Levin – Da discussão nasce a luz.
Todos concordam e olham para o mais velho.
– Faremos o seguinte: Dentro de uma semana, juntaremos provas e faremos um julgamento para averiguar se Ben é inocente ou se é culpado, e se deve ser punido com todo o vigor da lei.

Uma semana depois

Todos estão reunidos na casa dos Levin. Todos incluem Ben, Kevin, vovô Max, Gwen e Rook.
– Muito bem, acho que já estamos todos completos – Inicia vovô Max.
– Não. Para mim falta uma unha no dedão do pé – Rook questiona.
– Olha Rook, acho que o vovô quis dizer que já estamos todos aqui – Gween tenta explicar.
– Exatamente. Vamos dividir os papéis. Ben, você é o acusado.
– Mas por que eu vou querer o papel de excuzado? Eu já fui agora pouco...
– Ben, eu quis dizer que é a você que acusam ter matado o gato do Kevin. Rook, você vai ser a defesa. Kevin, você vai ser o promotor.
– E o que é isso? – O moreno questiona.
– É aquele que acusa – Responde Max.
– Ou seja, o dedo duro – Rook se intromete.
– Rook, por favor. Gwen será a testemunha de acusação.
– E já digo desde esse momento que vou afundar o acusado! – A ruiva diz com firmeza.
– Ouviu Rook – Fala Ben ao amigo – Ela disse que vai afundar no excuzado! Haha!
– Não liga pra ele Gwen – Kevin tenta defender a namorada – Fala pra ele que você sabe nadar!
Um onda de riso cobre toda a sala, menos por Gwen, incrédula com a piada do primo e com a insensibilidade de Kevin.
– Vovô, quem vai ser o juiz? – Pergunta Ben.
– Eu – Anuncia Max, estufando o peito – Vamos, todos aos seus lugares.
Todos se sentam em seus respectivos assentos.
– Comece Kevin.
– Muito bem. Eu saí para procurar meu gatinho, e o achei rapidamente. Estávamos voltando para casa quando o Ben veio com a bicicleta. Eu desviei dele, porque eu sou bem vivo, mas o pobre burro que é bem gato, não, digo, o pobre gato que é bem burro ficou lá paradão e Ben passou e Prrllll.
– O que significa esse ruído?
– Que Bem passou todo por cima do meu gato!
– Mentira! – Ben grita – Eu não passei todo, eu só passei com as rodas!
– Há! – Gwen chama a atenção para si – Então você admite que atropelou o gato.
– Sim.
– Não! – Rook o contradiz.
– Sim.
– Ben, não!
– Sim Rook! Por que insiste?
– Ora, porque sou a defesa!
– Chega! – Interrompe Max – Kevin continue seu relato.
– Sim. Onde eu estava?
– Na bicicleta – Ben responde – Mas isso foi o que você disse antes.
– Sim, mas onde eu fiquei?
– Ficou na pior.
– Mas qual foi a última coisa que eu contei?
– Só piada repetida.
Kevin estava a ponto de gritar quando a ruiva tenta acalmá-lo.
– Kevin, não se exalte. Pode inflamar o seu fígado!
– Já inflamou – Bem insiste nas provocações – Ele todo é um fígado.
Max interrompe antes que uma nova discussão se inicie.
– Vamos Kevin, continue. Estava dizendo que você desviou, mas o gato não.
– Ah sim. Parece que eu ainda estou o vendo – se dá início a uma cena dramática de Kevin – Está ali, ali! Aí está, todo espatifado, esmagado no chão e abandonado como um animal. Ali está, ali!
– Não Kevin - Rook interompe - Parece gato espatifado, mas é só o Ben.
O rapaz olha seriamente para o amigo, que tinha um sorriso espoleta no rosto.
– Muito bem - Max toma a palavra mais uma vez - Acho que está na hora da Gwen falar.
– Obrigada vovô. Eu vou provar que Ben matou o gato com más intenções.
– Mentira! Foi com a bicicleta!
– Ben, fique quieto - Interrompe Rook.
– Como eu ia dizendo, vou provar que Ben tinha inveja de o Kevin ter uma gato, e que odiava o animal.
– Não, eu não odeio o Kevin.
– Estou falando do gato.
– Menos, se eu suporto até o Kevin...
– Chega! O importante é que você já confessou que matou o gato!
– Um momento! - Rook se pronuncia - Acho que já está na hora de eu assumir a palavra.
– Muito bem - Vovô Max dá a permissão.
– Ben, disse que ia pela rua quando encontrou o Kevin andando com o gato.
– Sim.
– Era de alguma raça?
– O gato ou o Kevin?
– O gato.
– Sim, o gato sim.
– E o Kiko... digo, e o Kevin? - Pergunta Gwen.
– Também.
– E iam pela calçada ou pela rua? - Continua Rook.
– O gato ou o Kevin?
– O gato.
– O gato ia pelo meio da rua.
– E o Kevin?
– Também.
– E percebeu quando foi com a bicicleta por cima?
– O gato ou o Kevin?
– Ah - Max resmunga - Um momento! Mas será que os dois não percebem, o gato e o Kevin?
– Siiim.
– Então por que pergunta "O gato ou o Kevin?" ?
– Porque os dois perceberam, mas foi o gato que ficou paradão no meio da rua.
– Ah. E o Kevin?
– Também.
– Deixe-me continuar - Rook prossegue.
– Desde que você aceite que ele o atropelou - Retruca Gwen.
– Por que vocês não deixam que eu explique o que aconteceu? - Pergunta Ben.
– Ah, tudo bem. - Rook desiste.
– Ok. Eu me lembro que o Kevin e o vovô sairam para procurar o gato.
– Sim, o Kevin foi para um lado e eu fui para o outro - Concorda Max.
– Não. Você foi para o outro e eu fui para o um.
– Me deixe continuar Kevin. Eu estava andando pela rua quando me distraí por causa de uma dona muito muito muito bonita.
– Espere Ben - Gwen interrompe - Você não está comprometido com a Ester agora? Você não deveria estar reparando em mulheres bonitas.
– Não não, eu não estava olhando para a dona bonita. Eu me distraí com o homem com cara de bobão no meio da rua olhando para a dona bonita. E então eu atropelei o gato para desviar do homem com cara de bobão que estava parado no meio da rua olhando para a dona bonita. Devo dizer quem era esse homem?
– Não - Exclama vovô Max - Eu declaro Ben inocente!
Uma pequena comemoração entre Ben e Rook se inicia, enquanto Gwen olha desconfiada para o avô, que cobria o rosto.


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Notas finais do capítulo

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