Quebrando as correntes do destino escrita por Jose twilightnmecbd


Capítulo 60
Quebrando as correntes do destino


Notas iniciais do capítulo

POV Narrador



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Isabella não pensou duas vezes, atravessou o salão correndo e colou seus lábios nos de Edward como se esta fosse a última vez em que o veria. Não teve tempo de analisar que tipo de beijo exatamente ele queria, ela apenas o beijou com todo seu amor e desejo. Um beijo quente e salgado pelas lágrimas que não cessavam.

─ Valha-me Deus! – Renée gritou ao aparecer por um dos corredores de acesso ao salão e se deparar com Isabella dependurada no pescoço de Edward num beijo que ela nunca vira em toda sua vida. Não sabia onde começava um e onde terminava o outro, os cabelos de Isabella se soltaram do penteado e estavam soltos pelas costas.

Isabella tomou um susto com o grito e ao ver Renée parada com os olhos esbugalhados, levou as mãos a boca, horrorizada pela cena que a pobre havia presenciado.

─ Renée eu posso explicar... – Isabella se torturou por não ter tido cuidado. Renée estava idosa e apesar dela não ter certeza se sabia da história deles serem irmãos, Renée sabia que ela era casada e que Edward estava prestes a se casar.

Rapidamente Isabella atravessou o salão e pegou no braço de Renée com carinho. Sabia que para ela, ela era sua sinhazinha menina, e podia imaginar a tristeza em que seu coração poderia estar afundado nesse momento.

─ Num precisa explicar nadinha sinhazinhabella! – Renée puxou Isabella de supetão e lhe deu um forte abraço. – Ocês tão quebrando as correntes do destino, meninos! É hora de ser feliz!

Isabella esboçou um sorriso e olhou confusa para Edward que já vinha na direção delas.

─ O que estás a dizer, Renée? Que história é essa de corrente? – Isabella perguntou completamente confusa.

─ Renée... – Edward passou o braço pelo ombro dela e beijou o topo de sua cabeça. – Tu me deste a chave para abrir o cadeado, lembras? – Edward perguntou para Renée que concordou sorrindo, mas também, um pouco confusa. – Pois, Isabella não precisou de chave alguma. Ela literalmente quebrou as correntes, sozinha, mostrando que o coração não pode ser aprisionado por ninguém. O coração só aceita um único senhor: o amor.

─ Arre! O que vocês dois estão a dizer? Digam logo! – Isabella estava aflita.

─ Edward seu menino atrevido! – Renée deu um tapa nele quando se deu conta do que ele havia feito. – Tu num podia fazê isso com a sinhazinha! – falou sorrindo.

─ Renée, dou-te a honra de contar as novas. – Edward parou com as mãos no ombro de Renée e encarava uma Isabella totalmente desorientada.

─ Ocês num são irmãos, sinhazinhabella! – soltou de uma só vez. – Isso foi história da Beth pra que o comendadô num fizesse com o menino o que mandou fazê com o pobre coitado do pai dele. – o semblante de Renée caiu. – Sinhazinha menina perdoa a velha escrava aqui? – falou pegando as mãos de Isabella. – Fui criada pelos custume antigo, onde escravo num podia sequer olhar pra seu senhor quanto mais sonhar em viver um amor. Nunca imaginei o tamanho do amor de ocês. Daí quando a sinhazinha casou eu achei que isso é que foi o certo, por isso nunca falei nada. Inté por que eu num sabia que o comendadô tinha contado essa história procê! Se eu soubesse... ah! Eu tinha falado antes! Perdoa a velha, por favor...

Isabella estava pálida e boquiaberta. Tentava assimilar o que Renée dizia, mas a única coisa que ainda ressoava em sua mente era a frase “vocês não são irmãos.” Ela olhou para Edward que analisava sua reação. Tantos anos de sofrimento, tanto amor perdido, tantas mentiras contadas...

─ Isabella? – Edward precisou acudir Isabella que quase caiu desmaiada no chão.

Isabella abriu os olhos e sorriu com candura. Ele sorriu de volta.

─ Toma água menina! – Renée entregou o copo com água. – Vô arrumar aquele purê que a sinhazinha gosta! – sacudindo os braços numa felicidade só, foi para a cozinha.

Edward pegou Isabella nos braços e a levou para seu aposento. Isabella havia reparado que Edward tinha modificado toda a decoração da casa, os móveis do salão, agora havia um imponente piano de cauda, tinha apenas mantido a antiga mesa de madeira e suas doze cadeiras com detalhe de coração. Porém, quando ele entrou com ela no quarto, Isabella logo reconheceu a mobília.

─ Ficaste com meu quarto?

─ Era o melhor da casa. – ele falou sorrindo.

Isabella passou a mão sobre a colcha macia e sorriu. Lembrava-se da noite em que Edward entrara em seu quarto pela janela e ali naquela mesma cama, se amaram. Ela corou quando lhe veio a memória, ele amarrando seus pulsos com uma tira do lençol.

─ Fale comigo, meu amor. – Edward passou o dedo nos lábios dela.

─ Então, e o casamento?

Edward baixou a cabeça sorrindo envergonhado.

─ Não haverá casamento algum, Isabella. Pelo menos por enquanto não... – falou segurando sua mão. – Renée me contara a verdadeira história de minha mãe, já alguns dias. Aproveitei o tempo e resolvi tudo com a família de Bree.

─ Deve ter sido difícil, ela parecia amar-te muito.

─ Não precisei de muitos esforços, apenas contei minha verdadeira condição, um escravo alforriado. O preconceito daquela família sempre falou mais alto que tudo. Apenas... – ele baixou o olhar novamente.

─ O que?

─ Eu fui muito cruel com a senhorita Bree, Isabella. Eu... eu a machuquei e a marquei, não seu corpo, mas sua alma. Espero que ela me perdoe um dia.

Isabella avaliou as palavras de Edward e apesar de nem poder imaginar o quanto cruel ele poderia ser, afinal, seus corações se tocaram antes que seus corpos, ela sentiu pena de Bree.

─ Você não estava em si, Edward.

─ Ela disse que me perdoava.

─ Então agora é você que tem que se perdoar. – ela afagou seu rosto.

─ Isabella, perdoe-me por...

─ Tudo bem. Creio que eu merecia esta provação. – ela sorriu e depois mordeu o lábio inferior.

Edward rompeu a distância e a beijou com paixão.

─ Espere! – Isabella conseguiu falar entre beijos e pôs uma mão no peito de Edward.

─ Esperar? Mais? Esperamos por cinco anos!

─ Por favor. Tem algo que devo lhe contar também. Minhas filhas...

─ Suas filhas! – ele bateu a mão na testa como quem lembrava de algo crucial. – Exato. Isabella, não podemos deixá-las com Mike. Eu as quero conosco! Nossa família completa. Sei que ele tem os direitos de pai, e ele pode e deve exercê-los, mas haveremos de conseguir a guarda total das meninas, tu és a mãe e não há juiz neste mundo que possa separar uma mãe amorosa de suas filhas.

Isabella estava radiante, Edward nem esperou que ela falasse para dizer exatamente o desejo de seu coração, como adoraria que as meninas viessem viver com eles. Seriam tão felizes.

─ Edward, eu...

─ Eu sei o que dirás. Achas que não posso amá-las? Pois digo que já as amo! Milla que eu amei desde que vi sua barriga naquele dia e Renesmee é tão linda também, e inteligente. Creio que iremos nos dar bem, Renesmee foi tão amável e me encheu de tanta alegria naquele dia no parque. – Edward parou e olhou para Isabella que sorria e chorava. – O que foi? Estou feito um bobo não é mesmo? O que posso fazer? Renesmee é tão linda quanto a mãe...

─ Quanto o pai.

Edward ergueu o olhar para ela.

─ Bom, vi que Milla sim tem todos os traços do pai, mas Renesmee é toda você...

─ Não, Edward. Renesmee é tão linda e graciosa e apaixonante, como o pai dela. – Isabella apoiou as mãos uma de cada lado do rosto de Edward. – O verdadeiro pai dela.

─ Isa...Bella... – ele piscava, aturdido. – Estás querendo dizer-me que...

─ Sim. Eu já estava grávida quando me casei. Tu és o pai de Renesmee, Edward.

Edward se levantou e foi até a janela. Puxou o ferrolho e abriu as duas abas de uma vez como se estivesse sufocado.

─ Edward, espero que entenda... eu pretendia contar naquele dia que fui a sua casa, mas então... – ela parou e pousou uma mão no alto de suas costas. – Por favor, perdoe-me...

─ Te perdoar? – ele se virou para ela.

Isabella baixou a cabeça. Edward pegou seu queixo para que ela o olhasse nos olhos.

─ Quando Renée contou-me que não erámos irmãos, pensei que não poderia haver neste século, notícia que me fizesse mais feliz e radiante. Mesmo que tu não quisesses ficar comigo, eu estaria feliz única e plenamente por saber que nosso tempo junto não foi algo imundo ou desonroso. E aí agora, tu vens e dizes para mim que sou eu o pai daquela criaturinha linda e perfeita, que em apenas alguns minutos deu cor e sentido a minha vida, me fazendo entender o porquê do vazio que senti quando a tiraste de meus braços e eu ficara vendo vocês partirem e sumirem no meio da multidão. – Edward surpreendeu Isabella a levantando pelas axilas o mais alto que ele podia e rodopiando pelo quarto. – Pensei que não poderia haver nada maior, mas há! Eu sou pai! Nosso amor frutificou, Isabella! Esta é a prova maior de que Deus esteve sempre ao nosso lado. Como eu te amo! – ele a baixou e lhe deu um beijo caloroso.

─ E Milla... – Isabella falou quando eles voltavam a se sentar na cama.

─ E Milla eu irei amar tanto quanto amarei Renesmee, ou melhor, já amo! Amo aquelas duas por serem parte de ti, meu amor. – Edward falou e puxou o rosto de Isabella para perto do seu. – E ainda podemos ter outros. – deu um sorriso torto que fez algo reacender Isabella por dentro.


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