Quebrando as correntes do destino escrita por Jose twilightnmecbd


Capítulo 31
Dominado


Notas iniciais do capítulo

POV Narrador



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27/06/1883. Quarta-feira

─ Uma viagem?

─ Sim. Alguns dias. Preciso... testar o terreno para a possibilidade de nossa fuga.

Isabella continuou brincando com os pelos do peito de Edward e mirava um ponto vazio.

─ Estou pretendendo contar a minha mãe. Tudo. Da minha história na Europa ao nosso amor.

─ Não. – Edward se virou para olhá-la nos olhos. – Espere um pouco. Madrinha tem parecido tão... fraca.

Isabella suspirou, também estava achando sua mãe muito estranha esses dias.

─ Edward, não posso aguentar mais nem um dia nessa situação. Ontem tive de aguentar a corte de Mike, os galanteios... Também não consigo mais olhar para Jéssica, ela fuma todo o tempo e bebe e maltrata seus filhos...

─ Por favor, só mais uns dias. Por acaso achas que estou feliz? Sabendo que senhor Mike pode lhe tocar, estar contigo, fazer passeios a cavalo, ir ao teatro... – Edward apertou a ponte do nariz e fechou os olhos. – Tenho vontade de rasgar-me em mil pedaços cada vez que penso em tudo isso!

─ Tu sabes que tudo que tenho feito é somente por que meu pai me obriga. E sempre dou um jeito de acabar com tudo o mais rápido possível. Ontem mesmo, logo no início da peça, inventei um desmaio e fiz com que todos nós viéssemos embora. Nas refeições, chego mais cedo e faço com que Jéssica fique frente a seu irmão e não eu. Passo o dia ao lado de minha mãe, hoje à tarde terminei o romance de Jane Eyre aos prantos, pois só pensava em ti! Mamãe tem perguntado muito por você, deves aparecer lá amanhã, ela sente sua falta.

─ Também sinto muito a falta da madrinha. Passarei lá amanhã pela manhã, darei a desculpa de buscar algo na corte para ela. – Edward abraçou Isabella contra o peito. Havia uma sensação de despedida no ar, uma melodia triste se instalava nos pensamentos de ambos.

─ Edward?

─ Diga.

─ Até onde se pode ir por amor? – Isabella se virou o olhando dentro dos olhos. Os olhos de Edward estavam mais negros e profundos do que nunca. Isabella se pegou pensando não ter mais visto as covinhas em seu rosto nesses últimos três dias.

─ Acredito... – ele parou, parecendo escolher bem as palavras. – que não haja um limite. O amor tudo pode. Assim diz as escrituras.

─ Acreditas mesmo nisso? – Isabella avaliava sua expressão. Ele assentiu de leve com um gesto de cabeça. – Pois lhe digo que se houver um limite eu o irei transpor.

Isabella se lembrava de tudo o que passara na Europa, do que havia feito para que a esposa de James descobrisse a traição de seu marido. O quanto havia encontrado anjos em seu caminho – Leah e Jacob – e o quanto isso tinha aumentado sua fé na vida, de que tudo poderia ficar bem. Olhando para Edward, ela soube que sempre o amara. Seu salvador. Ela o amara no instante em que ele salvara sua vida pela primeira vez no lago, soprando vida em seus pulmões. Agora ele era sua vida e nada e ninguém, iria impedir de vivê-la.

Ela se inclinou por cima dele sem deixar que ele desse uma única palavra. Edward foi sendo empurrado de costas no chão por uma Isabella que repentinamente se tornou feroz. Sensualmente feroz, quase felina. Ela engatinhou por cima dele e quando ele estava totalmente deitado no chão, ela lhe deu mais um beijo quente e o surpreendeu.

Isabella se virou de costas para ele, com as pernas uma de cada lado do seu quadril e pegou seu membro, já ereto, o colocando bem devagar dentro dela. Quando ela ficou praticamente de joelhos, ele ergueu o corpo ficando sentado e se apoiando nos próprios braços. A posição era bastante confortável para ambos e a penetração foi total. Ela arfou quando ele a tocou bem fundo, levantando a pélvis, mas sem machucar.

Edward começou a beijar e mordiscar as costas de Isabella, a nuca... ela puxou o cabelo para frente e inclinou a cabeça. Começando a se movimentar bem devagar, ela tinha total domínio do ato. O quarto de Edward tinha uma iluminação precária à luz de velas aromáticas, o aroma de mirra, misturado ao forte cheiro das tangerinas que haviam comido, tomava conta do lugar e deixava tudo ainda mais excitante. Ela estava tão umedecida e tudo escorregava com tanta facilidade que se podia ouvir o barulho gostoso da penetração.

Com as mãos apoiadas no chão para dar apoio a ela, Edward se sentia dominado e a sensação era estranha. Somente Isabella tinha esse poder, dominá-lo sem que fosse preciso usar de força e utensílios específicos. Ele sorriu entre os beijos e lambidas que dava nela. Isabella começou a aumentar a intensidade de seus movimentos, rebolava, subia, descia, encaixava. A princípio pareciam movimentos descoordenados, mas logo ela mostrou que era tudo perfeitamente sincronizado. Ele começou a recitar sonetos de Du Bocage, enquanto ela inclinava a cabeça para deixar seu ouvido o mais próximo à sua boca e sorria. Os poemas de Bocage eram geniais e devassos. Edward aumentava o tom da voz enquanto recitava: “...Inda que prêmio teu rigor me negue, do pensamento a indómita porfia, ao mais doce prazer me deixa entregue. Que pode contra Amor a tirania, se as delícias que a vista não consente, Consegue a temerária fantasia?

Isabella não conseguia mais segurar, parecia que iria entrar em ebulição, Edward deixou escapar um gemido involuntário pela garganta, ela sabia que ele também estava quase lá. Podia sentir seu membro extremamente duro abrindo caminho por dentro dela. Ela se inclinou para a frente e segurou nas panturrilhas dele. Edward chegou a franzir o cenho de tanto prazer, maravilhado com a visão que essa posição lhe proporcionava.

─ Bella, meu amor, assim não irei aguentar por muito mais tempo... – falou ofegante.

─ Nem... – ela apertou os olhos e arfou, seu peito subiu quando ela inspirou com força. – eu... – Isabella tirou uma mão da panturrilha dele e apertou seu clitóris que estava tão rígido que chegava a ficar dolorido, mantendo o vai e vem do quadril. Ela gemeu alto quando atingiu o clímax e esguichou ao mesmo tempo. - Putain de merde! – falou alto com a respiração falhada.

Edward jogou a cabeça para trás e fechou os olhos, começou a levantar seu quadril dando estocadas furiosas e urrou quando liberou um jorro espesso e delicioso dentro de Isabella. Ela tentou se mexer e não conseguiu, estava mole e com as pernas bambas. Seus joelhos pareciam feitos de gelatina. Então, ela simplesmente se jogou para trás, desabando em cima dele. Isabella sentiu quando ele a puxou e a ajeitou em cima dele. Com o queixo apoiado no topo de sua cabeça, Edward fechou os olhos e lembrando-se de que até mesmo o mais devasso poderia ser amável, recitou trechos de um outro soneto de Bocage:

“[...]Se é doce mares, céus, ver anilados

Pela quadra gentil, de Amor querida,

Que esperta os corações, floreia os prados,

Mais doce é ver-te de meus ais vencida,

Dar-me em teus brandos olhos desmaiados

Morte, morte de amor, melhor que a vida!”


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