Quebrando as correntes do destino escrita por Jose twilightnmecbd


Capítulo 2
"Salve-me!"


Notas iniciais do capítulo

POV - Edward



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CAPÍTULO 1

Edward

Salve-me, Edward! Salve-me!

¾ Sim! – gritei e num impulso, estava sentado em minha cama.

O suor escorria por todo meu corpo. Sentia-me exausto. Passei a mão nos cabelos, que estavam empapados de suor, e foi então que me dei conta do olhar incisivo de Rosa sobre mim.

¾ Aquele sonho novamente? – perguntou-me mais com irritação do que preocupação.

Apenas concordei com a cabeça e me levantei da cama. Precisava de um banho gelado. Ela se ajeitou na cama e não sei por que cobriu sua nudez com a colcha. Eu já estava mais do que acostumado a vê-la nua e sinceramente já nem tinha mais graça. Mas, Rosa era boa para mim, era uma negra linda e muito fogosa. As curvas de seu corpo beiravam a perfeição. Eu gostava de desenhá-la às vezes.

Fui até o lado de fora de meu quarto e constatei que fazia frio. Por que então eu suava tanto? Bombeei a manivela ligada ao cano e logo a água jorrou. Um sistema novo que um amigo do Comendador instalara, ideias do novo mundo, ele disse, mas que de fato funcionava. Com a água estupidamente gelada caindo sobre minha cabeça, deixei que meus pensamentos me levassem às lembranças do sonho.

Quando garoto, a sinhazinha estava se afogando no lago e eu a salvei. Por instinto apertei seu peito repetidas vezes com toda minha força e soprei ar em seus pulmões, e por um milagre, ela suspirou e tossiu colocando toda a água que engolira para fora. Foi a sensação mais profunda de toda minha vida, eu era um molecote de 13 anos e ela uma criança de apenas 8 anos de idade. Enquanto eu respirava ofegante e aliviado ela sorriu para mim, a cor já voltando em sua face, e eu sorri de volta, não só com os lábios, meu coração sorriu para ela.

Por tempos depois eu sonhava sempre com essa cena, ela se afogando e eu a salvando só para ganhar aquele sorriso infante. Com o passar do tempo, o sonho passou a se misturar com outras cenas e já não era mais a pequena criança que se afogava. Era eu. Ultimamente os sonhos tem se repetido e em meio a água, chuva, agora os cenários são diversos, eu sinto que preciso me salvar e sei que estou me afogando sozinho. Porém, hoje... Hoje foi diferente. Alguém chamava meu nome e o instinto de salvá-la era maior do que salvar a mim mesmo. Mas quem seria? Não havia rosto, só voz. Uma voz de mulher.

Girei a manivela de volta e a água encerrou. Tudo isso era loucura. Eu jamais poderia salvar sequer a mim mesmo, quanto mais outra pessoa. Eu não era ninguém. Eu era um escravo.


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Notas finais do capítulo

Queridos, ainda não me acertei com o editor de texto! rsrs Portanto, onde tiver um "3/4" é um travessão de fala, ok?

Bjksss a todos e boa leitura!!