Trabalhando com Inimigos escrita por CrazyBitches


Capítulo 1
Aquela Vadia


Notas iniciais do capítulo

- E cá estamos nós outra vez! Uhul!!! Um pouco crescidinhas talvez, menos a Carina, continua do mesmo tamanho desde a última vez.
— Cala a boca!
— Kkkkkk'
— Esperamos que gostem das mudanças da história e nossas também.
— Bon voyage!



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E lá estava Blenda de novo naquele deposito nojento, caixotes e mais caixotes de madeira velha e podre, estavam empilhados por todos os cantos.

O cheiro de mofo era muito forte, porém se contrastava com o de vodka, esse sim agradava as narinas da morena.

– Onde será que eles colocam as bebidas? - disse ela sozinha vasculhando.

A maior parte do ano na Rússia o ar é frio, pelo fato de ser muito próximo do pólo. Mas nesse depósito a história era outra. Ela se encolheu em seu casaco, este que roubara de uma pessoa qualquer que trabalhava ali, estava com muito frio e tinha certeza de quando achasse a vodka ela estaria congelada.

– Eu gosto de frio, mas não é pra tanto! – fumaça saía de sua boca, se lembrando de seus tempos de nicotina.

Após um tempo procurando a bebida para lhe aquecer, ela se distrai com um cientista que passa á passos rápidos, segurando sua prancheta desajeitadamente, sua testa brilhava com o suor que escorria, isso era um pouco bizarro, já que lá estava muito frio.

– Arman? O que aconteceu? – a morena chamou sua atenção.

– E-Eu... A sala... Tenho que trabalhar – ele se atropelava em palavras, em uma mistura de inglês e russo que mesmo Blenda, que é fluente nas duas línguas, não conseguiu compreender.

– Espera! Você sabe onde tá a vodka? – ele se pôs a caminhar novamente, porém a morena escutou algo sobre estar ao lado do sulfato de cobre e fração matemática.

A jovem mulher pensou em duas conclusões: algo deu muito errado ou o velho cientista finalmente ficou louco, destino da maioria em sua profissão, se não se tornava louco, era taxado como um.

Mas se preocupar não era seu foco no momento, e sim achar a porcaria da vodka!

Alguns sons estranhos começaram a surgir, cada vez mais próximos. Até que Blenda se dá conta que são explosões, uma atrás da outra.

– Será que os EUA começou o que prometeram? - pensou a morena.

O som que antes era quase imperceptível, agora quase estouravam seus tímpanos. Blenda correu até a outra parte do galpão, onde não haviam entulhos nem mofo, infelizmente nem bebidas, mas agora não era uma boa hora de pensar nisso.

Em cima das escadas Blenda tinha visão geral. Deste lado do galpão onde antes haviam máquinas e operários de tais. Agora havia virando um formigueiro de pessoas, ela percebe que nem todos estavam ali eram daquele setor. Todos corriam de um lado para o outro assustados, descontrolados sem saberem o que fazer em tal situação. Então ela teve certeza que a merda estava feita, algo deu muito errado.

De repente um estrondo maior surge e o chão treme. Blenda perde o equilíbrio e instintivamente flexiona os joelhos e se apoia na barra da escadaria.

Aquelas pessoas que corriam, agora também gritavam. A morena ensurdeceu com o próximo estrondo. O som que escutava estava abafado, o a causando enjoo e tontura. Sua cabeça começou a rodar, então ela movimenta as mãos ao seu redor a procura de algo realmente estável para se apoiar com segurança.

O chão tremeu outra vez, e do teto começa a cair poeira, ela olha pra cima e uma rachadura se forma acima de suas cabeças. Ela então pisa em falso e acaba caindo escada abaixo.

[...]

Em um lugar bem distante dali, as coisas também aconteciam, só que de outra maneira.

– Você tem a mais absoluta certeza que devemos invadir aquele depósito? – Fischer escarava Safira seriamente.

– Sim! Eu estive lá, sei como invadir e precisamos fazer isso o mais rápido possível antes de Becker resolva usar seus brinquedinhos – Safira andava de um lado para o outro.

– Isso pode ser arriscado... A CIA não deveria estar mais nesse caso de qualquer maneira, mas vou fazer o que... – o Capitão olhou seriamente em seu dispositivo de celular, acabara de receber uma mensagem, e aparentemente era muito séria – Ele disse que não se precipitaria.

– Quem? O que aconteceu? – sua expressão enrijeceu.

– Estão bombardeando – passou a mão em sua nuca.

– Oh meu Deus... Onde?

– No próprio depósito.

Safira sentiu suas pernas amolecerem, mesmo brigadas, mesmo além de tudo o que aconteceu, ela pensou em Blenda. Seu coração dizia que ela não estava lá, que ela estava bem, mas sua mente dizia ao contrário que ela estava com Becker, e se estava, ela devia estar no depósito.

Sua mente e coração ficaram tão pesados que ela se viu obrigada a se sentar, não sabia o que estava acontecendo, só sabia que quando recobrou seus sentidos havia alguns agentes na sala de reuniões, Collins a sacudia pelos ombros, Fischer estava sentado ao seu lado.

– Encontraram o corpo? – a morena encarou o Capitão.

– Muitas pessoas morreram, e a maioria não conseguem identificar...

Safira sai correndo pelo corredor, tropeçando e cambaleando, pois seu corpo ainda pesava, mas não parou de correr.

– AQUELA VADIA – seus gritos estridentes pela emoção ecoaram pelos corredores da CIA naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Pra quem sempre nos acompanhou, deixe aqui em baixo seu xingamento. E você que está lendo isso agora se quiser também... É libertador.



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