Caitlin Brad

A voz da Kristy entoando Made In The USA ecoou pela igreja e eu mordi o lábio me sentindo nervosa, mas animada demais, enquanto caminhava pelo tapete vermelho e Logan me acompanhava, sim, ele quem me entregou ao James, já que o Logan é o mais perto que considero de um irmão, meus pais estão longe demais e eu sou filha única, então tive que improvisar.

Meu vestido era simples, sem tanto volume, mas bonito o suficiente para combinar com meu gosto. Caminhamos até o altar e logo segurei a mão do James. Enquanto o padre falava, minha mente girava em torno de tudo que passamos, tudo que precisamos viver para chegar até esse momento, e eu me sinto tão grata, que ao menos sei como agradecer a esse homem por todos os momentos ao seu lado.

E no momento exato, nossa pequena entrou com as alianças, eu sei, deveria ser um menino, mas não queríamos outra pessoa além da nossa filha. Lucy estava linda, vestida de noivinha, ela entregou as alianças ao pai e ao invés de deixarmos ela ir embora, apenas seguramos nas mãozinhas dela, a fazendo franzir o cenho, o ensaio havia sido diferente, mas aquele momento era importante demais para não a ter ali.

— Eu, James Maslow, prometo amar vocês, respeita-las, e cuida-las, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na fama ou na simplicidade, até que a morte nos separe – James diz emocionado, olhando de mim para a nossa pequena – eu prometo que as farei as mulheres mais felizes do mundo, e o motivo de termos lhe segurado aqui Lucy, é que nós sabemos que Caitlin não é sua mãe, mas sei que a considera como uma, e eu como seu pai, quero que saiba que lhe protegerei de todo mal, assim como ela, neste dia nos tornamos diante de Deus, uma família unida, e você é um dos elos mais importantes que sustenta o nosso amor.

Lucy fez uma careta de choro e eu mesma comecei a derramar lagrimas, quando esses dois apareceram na minha vida, eu nunca imaginei que poderia ser tão feliz, nunca imaginei que eu poderia amar tão incondicionalmente uma criança que não havia sido gerada por mim, mas eu a amo, Lucy é minha vida e o pai dela quem me proporcionou tudo isso.

— Eu, Caitlin Brad, prometo amar vocês respeita-los e cuida-los, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na fama e na simplicidade, até que a morte nos separe – choramingo, quase não conseguindo falar, tentando conter as lagrimas – eu prometo que farei vocês dois muitos felizes, e participarei de cada momento das suas vidas, os apoiando e os confortando, Lucy, James, eu só tenho a agradecer por terem me acolhido nas suas vidas, logo eu, que não tinha nada, agora tenho tudo, e vocês são meu tudo – engulo com dificuldade e sorrio – acho que essa é a hora perfeita também, para dar um presente a vocês – suspiro e levo minha mão que segurava a mão da Lucy até minha barriga, fazendo os dois arregalarem os olhos e a igreja inteira ficar surpresa – nossa família está crescendo – mordo o lábio, tentando não chorar mais e a Lucy me abraçou com força.

— Eu terei um irmãozinho, obrigada mamãe – a menina diz, enquanto eu alisava seus cabelos e a olhava com ternura.

Mirei o James e ele parecia orgulhoso de mim, e eu não podia expressar com mais palavras tudo que sentia. Ele logo pegou a aliança e colocou no meu dedo, e eu fiz o mesmo no dele, Lucy não queria desgrudar de mim, então apenas continuei a acolhendo como podia.

— Eu vos declaro, marido e mulher – o padre fala e nós dois trocamos um selinho, antes do James se juntar ao abraço.

— Eu sou o homem mais feliz do mundo, e tenho duas mulheres incríveis comigo – James diz abaixando para carregar a Lu, logo me abraçando de lado.

— Lulu, sabe que terá que trocar fraldas, não sabe? – brinco e ela assente animada.

— Eu serei a melhor irmã do mundo – ela diz animada e eu sorrio terna, tão linda a minha menina.

Saímos juntos, recebendo uma chuva de arroz, a nossa festa seria no jardim de casa, e todos nós nos reunimos na tenda. Minhas três melhores amigas se juntaram a mim e me parabenizou, não só pelo casamento, mas também pelo bebê.

 — Como escondeu isso da gente? – Kristy parecia surpresa.

— Então né... foi difícil, mas eu queria fazer uma surpresa para todos – digo animada e olho para a Lucy, piscando, ela saiu correndo e voltou com uma caixa – eu queria poder escolher todas vocês como madrinha, mas oficialmente só posso escolher uma – suspiro e olho para as três, demorando meu olhar sobre a Jenni – eu quero que seja a madrinha do meu neném.

Jenni olhou para a Alice e logo para Kristy, as duas pareciam muito animadas com aquilo, entre nós nunca existiu inveja ou maldade, somos melhores amigas e nós nos apoiamos em tudo.

— É sério? – Jenni parecia surpresa e meio boba em aceitar a caixa, apenas assenti e ela abriu a caixa, vendo os sapatinhos de crochê branco e a blusa, sou da dinda, ali dentro.

Os olhos dela encheram de lagrimas e ela estava muito grata, seu olhar para mim foi terno e eu apenas sorri, a acolhendo em meus braços. Eu estive com a Jenni no momento em que ela descobriu que ela não podia ter filho, e não fiz isso para passar nada na cara dela, foi a minha forma de dizer que tudo bem não poder, que ela teria várias formas de ser mãe, porque ser madrinha, é ser uma segunda mãe, e como eu sou uma segunda mãe para a Marisol, uma segunda mãe para minha pequena Lucy, quero que ela seja uma segunda mãe para o meu bebê, alguém com quem ele ou ela, possa contar incondicional, além das tias. E ela sabia perfeitamente das minhas intenções.

— Eu te amo, obrigada Cai – Jenni sorri terna e suspira, logo olhando de mim para nossas amigas – também tenho uma notícia para vocês.

— O que? – Alice pareceu curiosa.

— Eu e o Kends decidimos entrar na lista pra adoção – ela diz emocionada e todos nós comemoramos.

Nossas famílias estão crescendo e logo realizaremos mais sonhos do que pensamos que poderíamos. Lembro de quando conheci essas quatro, inicialmente eu estava tão receosa, afinal, as pessoas desse meio costumam ser péssimas, e tive medo delas serem apenas famosas superficiais, mas elas se mostraram muito mais do que isso, e hoje, eu me sinto imensamente grata ao universo, não só por ter me dado um marido e uma filha incrível, mas também por me dar três irmãs e amigos com quem posso contar para o resto da vida.

— Senhora Maslow – James me chama e eu olho para ele desconfiada – aceita dançar comigo.

— Claro que sim marido – digo esnobe e rio para minhas amigas que pareciam se divertir com aquilo.

Caminhamos até a pista de dança e começamos a dançar, lentamente, juntei a cabeça ao ombro dele e o deixei me levar, suspirando calmamente e apaixonada, James é o homem mais incrível desse mundo, ele cuida de mim, me ouve, me entende, e faz o impossível para que eu esteja feliz e confortável.

— Eu te amo – digo em um sussurro e o ouço retribuir, é claro que ele ouviu, James tem uma audição maravilhosa, e se eu o chamasse de Sr. Sparkle aqui agora, ele correria atrás de mim com tochas em um protesto.

Os meninos logo nos separaram e levaram o James para o lado de fora, o jogando na piscina e nos fazendo rir. Eles fizeram isso no casamento do Logan e no casamento do Carlos, é quase uma tradição.