Correntes: Atados pelo Sofrimento escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 8
Capítulo 7: Vigília




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Eu iria morrer! Uma certeza maior do que quando estive em um carro prestes a chocar-se contra um caminhão, ou quando estive diante de lobos famintos, ou até mesmo de um Edward enlouquecido. Eu podia ver isso nos olhos anormalmente rubros daquele estranho. Ele inclinou-se mais para mim, parecia estar salivando ante a expectativa de cravar seus caninos em alguma parte do meu corpo. Foi rápido. Ele olhou por alguns segundos para longe de meus olhos, para a mata atrás de mim, e algo o atingiu jogando-o longe, a uns vinte metros mata adentro. Eu não sei o que foi, foi rápido demais para meus olhos. Agora eu estava sozinha e um barulho ecoava para mais e mais longe. Eu ainda fiquei parada como uma estatua sem saber o que fazer até que por fim me mexi e sai em disparada para dentro da casa de Billy, meu único refúgio.

...

Eu estava sentada na cama ainda processando os acontecimentos aterrorizantes. Meu corpo estava dolorido pela agressão que sofri do vampiro desconhecido. Não havia pregado meus olhos, à noite inteira.

-Bella, ta na hora de acordar! –Era Jacob, ele não sabia que eu estava acordada desde ontem.

-Estou acordada. Espere-me lá embaixo. –Disse com a voz um pouco rouca.

-Ok Bells. –Ele disse e ouvi seus passos ruidosos descendo pelas escadas. Eu me joguei na cama. Eu estava um caco, não queria passear, mas temia ficar sozinha em casa. E se o vampiro viesse me atacar? Talvez fosse melhor sair de casa. Foi com essa resolução que eu me arrumei e sai com Jake e sua “gangue”.

...

-É como eu disse pra você Bells. Esse é o point dos esportistas. –Jacob disse enquanto passeávamos pelo único parque de Forks, àquela hora repleto de pessoas, muitas delas praticando algum esporte ou exercícios.

Eu apenas sacudia a cabeça afirmativamente. O grupo de Jake enfim retornara do estacionamento onde deixaram o furgão de San, seguravam uma bola de futebol americano.

-Hei Jake vamos dar uma praticada! –Quil falou animado.

-Desculpe gente, vou ficar fazendo companhia para a Bella. Vão vocês. –Ele falou e pude ver que a idéia de ficar ao meu lado parecia mais agradável do que jogar futebol, Jacob devia ser uma exceção no mundo, um homem que abdica de jogar com amigos para estar ao lado de uma mulher. Mas do jeito que eu estava eu estava evitando qualquer companhia.

-Jake, vai. Eu vou ficar bem. –Sorri. Jacob me olhou temeroso.

-Tem certeza?

Retirei o livro “Vampiros de A a Z” que havia comprado.

-Vou ler. Pode ir. –Eu disse e só assim Jacob se achou convencido a ir. Eles não se afastaram muito, apenas o suficiente para não acabarem tacando a bola em mim. Dei atenção ao volume diante de mim.

O livro contava a respeito das mais variadas lendas de vampiros em todo o mundo. Tentei compará-las com as características de Edward e algumas surpreendentemente batiam como super velocidade e força, pele branca e fria, dentre outras características. Acabei comparando também com o vampiro que me atacou, diferente de Edward, o vampiro tinha os olhos rubros. Perguntei-me por que essa diferença entre os olhos ocre de Edward e os rubros do outro vampiro. Um brilho luziu da caçada para meu rosto. Olhei para a pista que ficava a alguns metros de onde eu estava sentada e vi um carro belo, prata, não sei qual marca era, mas passava lentamente pela praça. Não pude ver o seu motorista pela distancia em que o carro estava e pelos vidros incrivelmente escuros, mas tive uma sensação estranha, meio doida. Como se um par de olhos me fitassem intensamente daquele carro.

-Bells? –Era Jake. Demorei um pouco mais de tempo para olhá-lo.

-O que foi Jake?

-O pessoal está com fome. Vamos comer em um restaurante perto da oficina. Vem. –Jacob estendeu a mão para mim e eu prontamente aceitei levantando-me do gramado onde a pouco estava sentada. Olhei de esguelha para o lado, mas o carro prata não estava mais lá.

...

Os rapazes conversavam animados sobre bobagens e tentavam a todo custo me enfiar nas conversas. Até que foi divertido, aquele era o tipo de gente que nunca tive oportunidade de conviver, estava sendo algo prazeroso, por mais diferentes que aquelas pessoas fossem de mim.

Um brilho prateado.

Voltei-me para a janela próxima a mesa em que estávamos sentados no restaurante, tinha uma visão privilegiada da rua. Do outro lado o carro prata estava estacionado. Seria o mesmo do parque? Tive a sensação de que estava sendo seguida, mesmo que minhas suspeitas soassem ridículas.

-Que carro é aquele? Nunca o vi por aqui. –Embry comentou.

-É um carro e tanto! –Seth disse levantando-se de onde estava sentado para ter uma visão melhor do automóvel.

-É um Volvo prateado novo modelo. –Jacob disse aparentemente entediado. –Vi um desses em uma revista.

-Deve ser de algum turista. Nessa cidade pequena não tem ninguém suficientemente rico pra comprar um carro desses. –Paul falou voltando sua atenção ao seu almoço.

-É do Edward Cullen. –Uma voz soou grave, todos olharam para Sam, dono da voz. –Às vezes ele sai da sua toca lá na praia. Como vocês sabem meu pai é dono do único supermercado daqui de Forks. Às vezes ele vai de carro para lá para comprar os mantimentos da casa.

-Eu nem sabia que aquele cara saia. –Jacob falou aos risos. Então o assunto fora desviado para algo mais interessante para os rapazes, mas minha mente estava focada nas palavras de Sam. Era Edward no carro? O carro continuou parado do outro lado da rua. Desapareceu um pouco antes de decidirmos dar continuidade ao nosso passeio.

...

Minha noite fora tranqüila. Isso por que estava tão cansada do passeio com Jake e o pessoal que desabei na cama após me preparar para dormir. Mas uma coisa me chamou a atenção. Ontem à noite eu havia trancado a porta e a janela, fechado inclusive a cortina, coisa que não é meu habito com um medo terrível de que o vampiro estranho fosse vir aqui (não que uma vidraça e uma cortina o detivessem, claro.). Pela manhã a janela estava aberta e a cadeira da minha escrivaninha estava bem próxima a minha cama voltada para mim. Um medo me perpassou a espinha. O vampiro estranho e assustador teria vindo até aqui? Bom, eu duvidava. Eu ainda estava respirando, não estava?

Outro nome surgiu por alguns instantes na minha cabeça. Edward.

Teria sido ele?

Sorri involuntariamente.

...

Naquele dia Jacob fora obrigado a ir com o pai a oficina. Eu fiquei sozinha em casa. Não era algo que eu queria, mas estava cansada demais para sair de casa. Além disso, a casa precisava de uma boa limpeza e organização. Coloquei um cd de rock pesado no som da sala e comecei a limpeza tentando me concentrar no que fazia, mas atenta a qualquer coisa suspeita ao meu redor. Não que eu fosse fazer algo caso o vampiro doido viesse bater minha porta, eu mal conseguiria correr, mas precaução nunca é demais.

Procurei me ocupar só com esta tarefa o dia todo, mas acabei sendo mais rápida do que previa, sendo assim eu terminei tudo o que tinha para fazer e fiquei a toa. Não era uma atitude muito inteligente, eu sei, mas não agüentei ficar tanto tempo enclausurada na casa. Decidi caminhar pelo bosque atrás da casa. A tarde estava linda, não tão nublada como era característico de Forks. Bem se eu queria sair poderia ir para qualquer lugar, um lugar mais movimentado talvez. Mas eu queria mesmo, eu precisava ir até ele. Como um imã que me puxa para sua direção, com sua beleza angelical e olhos hipnotizantes, eu precisava ver Edward. Não sei quantos passos dei, creio que apenas três ou quatro no interior do bosque. Ouvi um barulho acima de mim me sobressaltou e eu olhei para a copa de uma árvore, alarmada. Lá estava ele, sentado confortavelmente em um galho grosso, olhando para mim com certa diversão.

-Onde estava indo? –Ele perguntou. Eu poderia mentir, mas me perguntei se ele cairia com aqueles olhos perscrutadores.

-ia até a sua casa. –Falei incapaz de olhá-lo. Quando o olhei ele estava sério.

-Sozinha?

-Sim. Com outra pessoa é que não iria. –Disse zombeteira. Ele desceu rapidamente do galho e continuou a me olhar sério o que eu não entendi. Ele queria que eu levasse mais alguém para a casa dele? Seus olhos minimamente se desviaram dos meus para o ambiente ao nosso redor. Eu o vi se enrijecer, como se estivesse alerta a algo e então veio até mim. Sem ao menos me consultar pegou-me no colo.

HEI! ME LARGA!

-Você ia até a minha casa, não é? Bem eu apenas irei encurtar o caminho. –Ele falou. Aproximou-se de mim e sussurrou no meu ouvido. –Feche os olhos.

Eu o obedeci sentindo o vento se agitar ao meu redor. Sua voz novamente sussurrou em meu ouvido o seguinte:

-Pode abrir os olhos.

Nós estávamos em sua sala. Edward colocou-me em um sofá e caminhou para a janela, a cortina estava um pouco aberta. Ficou lá de pé olhando para fora.

Eu devia começar um dialogo como dizendo o porquê de minha visita, mas não consegui sequer balbuciar algo. Meus olhos eram todo dele, de Edward.

-E então... –Ele começou. –A que devo a honra de sua visita? –Ele virou se encostando à parede, um meio sorriso nos lábios.

-Eu... –O que eu iria dizer? A princípio, eu pensei em fazer perguntas sobre o vampiro que me atacou, mas... Por que agora tinha a sensação de que o real motivo para eu estar ali era apenas para vê-lo?

-E então? –Edward caminhou até mim e sentou-se ao meu lado no sofá.

-Estava entediada então decidi fazer uma visita. –Sorri levemente, mas Edward parecia não acreditar em mim. Não, era outra coisa. Ele parecia estar aborrecido com o que eu disse.

-Era por isso que veio até mim?

-Claro! Por que outro motivo seria?

-Talvez você esteja com problemas e queria minha ajuda. –O modo como Edward me olhou... Tive a impressão que ele sabia do que estava acontecendo comigo. Ainda sim eu quis negar.

-Não preciso de ajuda. Estou bem. –Falei nervosamente, seus olhos me compelindo a contar a verdade, mas eu não queria dizer. Não queria gerar preocupações. –Eu preciso ir. –Disse erguendo-me. Senti a mão de Edward segurar meu braço. Ele me olhou quase furioso e me perguntei o que se passava na mente daquele homem.

-Todos precisam de ajuda Bella, principalmente uma humana com o pé na cova como você! –Ele falou agressivo. Eu paralisei. O que ele tinha dito? Pé na cova? Eu? Então ele sabia de algo, sabia que estava sendo perseguida, sabia que eu tinha um tumor maligno na cabeça? Eu o empurrei e o olhei de forma fulminante. Sem dizer nada eu sai apressada seguindo pelo bosque, sem me preocupar com algum lobo ou o vampiro que me atacou. Eu estava tão furiosa que seria capaz de dilacerá-los. Felizmente, ou infelizmente, não encontrei nenhum de meus algozes pelo caminho.

...

-Nossa, o dia estava tão quente e de repente essa chuva! –Jacob murmurou enquanto terminava de lavar as louças sujas do jantar junto comigo. Billy assistia a um jogo na televisão.

-Verdade. –Disse com a cabeça longe.

-O que fez o dia todos Bells? –Jake perguntou sentando-se ao lado do pai.

-Nada demais. Limpei e arrumei a casa e li alguns dos meus livros.

-Não precisa se preocupar tanto com a casa Bella. Vamos dividir as tarefas, não quero que faça tudo sozinha.

-Não me importo tio Billy. Lá em casa eu sempre... –Eu estaquei com minhas palavras. Falar de minha antiga vida diante deles era algo que eu não queria. –Bem... Eu vou pro meu quarto. –Disse e, sem nem olhar os demais, fui para lá. Eu estava um caos, precisando de terapia. Sabia que no estado em que me encontrava não conseguiria dormir. Tomei um bom banho, vesti um pijama qualquer mais reforçado pelo frio que estava fazendo e deitei. Peguei meu mp4 e coloquei uma música clássica para me acalmar. A chuva estava forte, mantive a cortina aberta para melhor apreciá-la. Essa era uma tentativa frustrante de tentar relaxar e dormir. Eu nem mais me lembrava do ataque que sofri do vampiro desconhecido. Meu ódio todo estava focado em Edward e em suas palavras rudes. Por que ele parecia estar com raiva de mim? Só por que eu não queria me abrir para ele e dizer o que estava acontecendo? De repente algo passou pela minha cabeça. Edward sabia o que estava acontecendo comigo, ele me salvou de ser morta pelo vampiro desconhecido e me seguiu para garantir minha segurança. Ele queria que eu dissesse o que estava acontecendo e pedisse sua ajuda, mas eu não o fiz e isso o irritou.

Era hipotético, mas aquela idéia ficou fixa em minha cabeça. Eu adormeci sem nem perceber.

Eu acordei durante a noite, o som do meu mp4 em meu ouvido. O retirei do ouvido guardando-o. Levantei. Ainda chovia do outro lado, deveria ser tarde da noite. Com sede, decidi descer e pegar um copo de água na cozinha. Estranhei ao ver uma luminosidade na sala enquanto descia as escadas. A televisão estava ligada em um canal qualquer, podia ver uma cabeleira de alguém sentado ao sofá.

-Hei Jake, ta tarde! Melhor desligar a televisão e ir pra cama. –Falei caminhando para perto do sofá. Jake levantou-se e me olhou, sorria. Então percebi que não era Jake, ou Billy. Diante de mim, com roupas esportivas e surradas, pele branca e cabelos castanhos claros presos num rabo de cavalo, estava o vampiro que me atacou, o vampiro que causou o acidente com meus pais, aquele que parecia predestinado a matar o que o acidente não conseguiu dar fim: eu.

-Olá minha menininha. –Ele falou com a voz amigável, seus olhos rubros em mim. –Está pronta? Vou dar a você o que você sempre quis. –Ele falou e pulou em minha direção, para me matar.

Eu acordei num pulo, era de manhã.

“Um pesadelo.” –Conclui. A janela estava novamente aberta, chovia um pouco. Eu tinha certeza de que deixara a janela fechada. Levantei-me e vi a cadeira de minha escrivaninha próxima a minha cama novamente. O mais estranho era que seu acento estava úmido assim como o piso do meu quarto. Como se alguém tivesse entrado pela janela, molhado, pego a cadeira e sentado diante de mim. Em outros dias eu teria ficado feliz em pensar que Edward estava fazendo isso, mas do jeito que eu estava com raiva preferiria que o outro vampiro tivesse velado pelo meu sono.

...

-Nossa, que chuva! –Jacob disse enquanto tentava encontrar algum canal que prestasse na televisão. Eu fazia uma sobremesa, pudim.

-Verdade. –Disse já terminando de preparar a sobremesa. Alguém toca a campainha. Jake levanta-se para atender. Eu não dei atenção a quem poderia ser, estava concentrada demais em minha tarefa. De repente Jake apareceu com algumas cartas na mão.

-O carteiro. –Ele disse sentando-se no sofá da sala enquanto via as correspondências. –Hei Bells, tem uma carta pra você. –Eu estaquei.

-Pra mim? De quem?

-Ta sem remetente. –Jake pegou o punhado de cartas que deveriam pertencer a Billy e as colocou em cima da geladeira. A carta destinada a mim ele pôs diante de mim no balcão da cozinha.

-Quer ajuda com algo aqui? –Se ofereceu.

-Pode lavar a louça pra mim Jake?

-Com prazer! –Pegou um avental na gaveta do armário da cozinha e rapidamente começou a executar sua tarefa. Eu enxuguei as mãos em um guardanapo e abri a correspondência. Apenas um pequeno pedaço de papel e uma corrente de prata. Aquela corrente me era familiar, mas não conseguia me lembrar de onde vinha. Li o bilhete.

“Venha pegar o medalhão. Creio que ter uma peça de sua falecida mãe iria ser de seu agrado, mas... Caso não venha buscar, eu irei entregar pessoalmente. Estou esperando você no velho carvalho, é um lugar próximo ao parque onde esteve manhã passada.

James.”

Eu levei um choque, era a corrente de prata de minha mãe que desaparecera no dia do acidente, faltava apenas o medalhão circular onde tinha uma foto minha com meu pai e outra dela do outro lado quando aberto. Eu teria ido ao chão se Jacob não estivesse lá. Sai sorrateiramente e fui para meu quarto, quando entrei lá eu desabei. James, o nome do vampiro que causou o acidente de meus pais e que havia me atacado. O que ele queria comigo? Não importa o que queria, se queria me matar ou simplesmente devolver a medalha de minha mãe, ele ameaçou vir até aqui e só Deus sabe o que faria com Jake. A chuva se intensificava. Peguei meu casaco que estava pendurado atrás da minha porta e segui para a saída.

-Hei Bells aonde você vai? –Jake perguntou ao me ver seguindo para a porta da frente.

-Tenho que pegar uma encomenda no correio.

-Deixa que eu levo você então.

-Não Jake, fica e olha o pudim pra mim. Eu vou a pé. Até. –Sai em meio à chuva não sendo muito protegida pelo meu casaco. Eu caminhava apressada pela estrada que me levaria a Forks. Sabia como chegar ao parque, sabia onde ficava o carvalho, só não sabia o que me esperava. Ou talvez soubesse, mas não queria pensar nisso. Eu não ia para pegar o medalhão de minha mãe, eu ia para obter respostas, respostas do dia em que eu quis esquecer. O dia em que meus pais morreram.

...

Eu estava ensopada, tinha pouca gente nas ruas devido à chuva. Foi fácil chegar ao carvalho. Não vi ninguém. Achei apenas o medalhão no chão. O peguei e, colocando presa a corrente de prata, coloquei em meu pescoço. Eu sentei no chão olhando para o nada.

-Quem é você afinal? –Perguntei. Um vulto caiu da copa e ficou de pé ao meu lado.

-Não se lembra? –Ele perguntou falsamente contrariado.

-Você causou o acidente com meus pais. –Murmurei. Ele sorriu.

-Não. Quem causou aquele acidente foi o seu pai. Mas fui eu que os matei. –Eu estremeci e levantei olhando para ele assustada. –Não se lembra do que eu fiz, minha menina?

Eu me lembrei, eu me lembrei!

O que houve afinal naquele dia?

Eu me lembrei.

 Naquele dia eu testemunhei um vampiro matando meus pais.

 


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Notas finais do capítulo

Vamos lá gente colaborem com reviews! o/