Paper Heart escrita por MMK


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Quero dizer que eu amo esses dois juntos e é.



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Akashi gostava de mandar. E ai de quem resolvesse desobedecê-lo. Ele gostava de controlar a situação, de se mostrar capaz de fazer tudo sem nem um erro e nem uma perda. Gostava de sempre estar à frente dos outros e se alguém o passasse, pode ter certeza que não ficaria assim. Akashi também não gostava de sentimentos e para ele o sentimento do amor era uma coisa de perdedores (e ele odeia perdedores).

**

Era mais um fim de tarde frio na escola Teiko, onde os alunos do time de basquete (que eram conhecidos como “Geração Milagrosa” por serem anormalmente incríveis), terminavam mais um cansativo dia de treino e, como de costume, Akashi, que era o capitão, ficava por ultimo no vestiário, pois gostava de passar uns minutos a sós antes de ir para casa, para pensar em que o time poderia melhorar. O capitão abre seu armário com o intuito de guardar alguns de seus pertences quando se depara com uma cena deplorável (pelo menos em sua cabeça): Deveria ter mais de 20 coraçõezinhos coloridos feito de origami, espalhado pelo pequeno armário do ruivo e, preso com uma fita, no coração maior havia uma caixinha do chocolate Meiji Apollo de morango. Akashi odiava doces, mas abria uma exceção para os citados anteriormente. O problema era que ninguém sabia disso (ou pelo menos era o que pensava). Ele pega a caixinha de chocolate e guarda em um de seus bolsos, pega os corações e coloca-os em uma lata vazia que havia por ali e coloca fogo neles. Espera alguns segundos e apaga o fogo, deixando apenas vestígios de que existia corações ali.

Na outra tarde, o treino ocorreu tudo OK, e, como de costume, após o termino Akashi foi para o vestiário para colocar seus pensamentos no lugar, e mais uma vez, ao abrir seu armário, havia mais algumas dezenas de ridículos corações lá, mas dessa vez nem um chocolate e sim um coração gigante escrito “I Love You”. Akashi ficou meio emburrado pelo fato de não haver chocolate, e mais uma vez eles pega os corações e joga-os na lata para tacar fogo neles. Que diabos estava acontecendo, afinal de contas!?

E por mais uma semana Akashi continuou recebendo corações desnecessários com declarações de amor mais desnecessárias ainda e vez ou outra ganhava caixinhas de chocolate e, sinceramente, aquilo já estava o irritando de mais. Não pelo fato de ganhar corações ou chocolates, mas pelo fato de ter alguém o amando e fazendo isso às escondidas. Apesar de odiar tal sentimento, Akashi sempre o guardou para si e isso o deixava mais irritado ainda por que quem dava os presentinhos devia ser alguma aluna obcecada por ele e não quem ele infelizmente amava.

**

Passou-se mais uma semana e nada de surpresas em seu armário. Aquilo de certa forma havia aliviado o capitão do time de basquete de Teiko, mas desde que começou a receber corações, Akashi começou a pensar no tal de amor, vendo o quanto doía não ser correspondido e pensando que sua admiradora devia se sentir do mesmo jeito (não que ele ligasse para os sentimentos da menina, muito pelo contrario).

E pela primeira vez na vida ele viu-se indefeso, desesperado por amar alguém e não querer sentir, sentindo falta de receber um abraço apertado da pessoa amada (que nunca aconteceu) e com medo de que alguém o visse na situação deplorável que se encontrava: chorando feito uma criancinha e amando.

E o que ele temia aconteceu. Parado na porta do vestiário, encontrava-se um jovem muito alto de cabelo roxo e olhos da mesma cor que apenas sorria triste observando tal cena. Murasakibara andou até o seu capitão, ajoelhou-se em frente do banco onde o menor encontrava-se sentado e ficou o encarando, procurando os olhos de Akashi que eram cobertos por lagrimas e pelas mãos delicadas do ruivo.

“Sai daqui e esqueça que um dia me viu assim” Falou o menor em meio a soluços, ele ainda tentava esconder seu rosto.

“Por que ‘tá chorando, Aka-chin?” Murasakibara parecia realmente preocupado com seu capitão, mas não obteve nem uma resposta. Juntou toda sua coragem (por que apesar de seu tamanho, Akashi amedrontava-o as vezes) e num impulso abraçou o menor, cobrindo-o todo com seu enorme corpo e lá ficou por alguns minutos, apenas ouvindo o capitão soluçar enquanto chorava e afagando o cabelo do mesmo.

Aka-chin... Eu não gosto de te ver assim... Por favor, anime-se. Eu... Eu tentei te mostrar mas acho que não foi muito efetivo... Aka-chin, eu te amo. Por favor, não chore...” E o maior começava a sentir seus olhos mais pesados e era impossível conter suas lagrimas. Ele realmente não sabia o por que de seu amado estar chorando, coisa que ele nunca imaginou, afinal, Akashi era a pessoa mais sem sentimento que ele conhecia.

Akashi, por outro lado, começou a acalmar-se, seu choro ia cessando aos poucos e antes de dar conta, retribuía o abraço do maior, enterrando sua cabeça no colo de Murasakibara, podia sentir o cheiro enjoativo de doce que o mesmo tinha. Era tão bom. Então era assim o abraço da pessoa amada?

Passaram-se alguns minutos que mais pareciam horas e Akashi quebrou o contato físico entre os dois e fitou profundamente o maior. Então era ele quem ficava mandando coraçõezinhos de papel, era ele que o amava.

E pela primeira vez na vida, Akashi sentiu uma coisa estranha em seu peito, ele não sabia dizer o que era, mas era bom. Talvez fosse uma mistura de alivio e de vontade de sorrir, não tinha certeza, mas achava que estava feliz. E sem pensar duas vezes, pulou no maior, selando suas bocas em um beijo calmo e tímido.

Ao se dar conta do que havia feito, Akashi recuperou-se do transe em que estava e voltou ao normal. Levantou-se, foi até seu armário, pegou uma faca e apontou ela para Murasakibara, dizendo: “Você não viu nada e não aconteceu nada aqui, entendeu?”. Mas o maior só riu, deixando o ruivo sem jeito e murmurando coisas como “você é um idiota” “perdedor” “eu não consigo te odiar”. E o maior apenas abraçou o capitão, sem medo, pois agora sabia que todo o tempo gasto fazendo coração de papel não foi à toa.


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Notas finais do capítulo

Bom, são 2:30am e eu não tenho nada pra fazer, ai me veio essa fic na cabeça. Sei que não ficou a melhor do mundo, mas eu tentei! Por favor, se você leu, comente falando o que achou!

Obrigada por lerem.



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