Aham, é amor escrita por Mark


Capítulo 4
Uma viagem inesperada


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo postado em sequência no mesmo dia.



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PERCY (Point of View)

Saí do meu quarto e desci as escadas, indo em direção à cozinha. Quando cheguei lá, todos já estavam sentados à mesa. Meu pai, que havia voltado da empresa dele há poucos minutos, já estava comendo, sentado na única cadeira que havia daquele lado da mesa (o lado mais estreito), e do lado oposto, estava minha mãe, também comendo. Minha prima estava sentada em uma cadeira no lado lateral (o lado mais largo), em frente ao meu irmão. E sobrava apenas uma cadeira, ao lado do meu irmão e em frente à cadeira de Annabeth. Olhei para minha mãe, desconfiando de que isso faça parte de mais um plano dela para me constranger, mas ela estava agindo normalmente, então acho que foi pura coincidência.

Sentei-me na cadeira, com medo de olhar nos olhos de Annabeth, pois com certeza entraria em transe ao olhar para eles e pareceria um bobo olhando fixamente para ela. Thalia iria ficar brincando com a cara da gente o dia inteiro, então acho melhor não arriscar.

– E aí filhão, tudo bem com você? – perguntou meu pai, logo depois que sentei na cadeira.

– Ah, oi pai. – na verdade, eu ainda estava um pouco irritado com Thalia, mas tudo bem – Tudo, e com você?

– Está tudo ótimo Perseu. – ele começou – Tudo está indo muito bem, principalmente na empresa que visitei agora há pouco.

Deixe-me explicar: meu pai é um grande empresário, proprietário de várias empresas aqui nos Estados Unidos. Ele tem empresas em todos os estados, e estava em uma dessas agora há pouco, por isso que não jogamos futebol hoje. Com certeza estava conversando com alguns sócios, e pelo visto, tudo saiu bem. Como diria ele, as negociações foram um sucesso.

– As negociações foram um sucesso! – ele afirmou.

– Que bom querido! – falou minha mãe – Ficamos felizes por isso, não é Percy?

– Ah sim. Claro. – falei, enquanto colocava um pouco de arroz no meu prato.

– Filho, já conhece Annabeth? – falou meu pai, e não pude evitar de olhar para ela.

– Hm, sim pai. Conheço. – falei.

– Ela é linda, não é? – fiquei muito vermelho com isso. Olhei de relance para Annabeth, e vi que ela também havia corado. Thalia e minha mãe sorriam. Tyson olhava tudo isso, divertido.

SIM, ELA É MUITO LINDA! – me segurava para não dizer isso.

Depois de alguns minutos de silêncio após o constrangimento, meu pai voltou a falar.

– Bem, gostaríamos de contar algo filho. – disse meu pai.

Olhei para ele assustado. Da última vez que ele disse isso (há alguns anos), estávamos com data marcada para mudar para esse condomínio aqui em Nova York, e eu não sabia.

– Eu não quero mudar de novo! – exclamei, meus pais se olharam e riram – Qual é a graça?

– Não vamos nos mudar, Percy. – disse minha mãe. Suspirei aliviado.

– Então, o que é? – perguntei. Não fazia ideia do que poderia ser.

– Vamos viajar. – disse minha mãe. Olhei para ela, incrédulo.

– Quando? – perguntei, enquanto olhava do meu pai para minha mãe, e vice-e-versa.

– Partimos hoje à noite para o Brasil. – disse meu pai.

– HOJE À NOITE?! – gritei – VOCÊS SÓ PODEM ESTAR BRINCANDO.

Meus pais se olhavam como se não entendessem nada.

– Qual problema filho? – perguntou minha mãe – Não se preocupe, você não vai conosco.

– EU NÃO VOU? – perguntei. Agora eu estava mesmo incrédulo – COM QUEM EU VOU FICAR? FALTA VOCÊS DIZEREM QUE O TYSON TAMBÉM VAI.

– Ah, sim. O Tyson também vai. – disse o meu pai, na maior cara de pau.

– O QUÊ? – gritei mais uma vez.

– Qual problema Percy? – perguntou minha mãe.

– COMO ASSIM QUAL O PROBLEMA? EU VOU FICAR AQUI SOZINHO?

– Ah filho, mas é só uma semana. – disse meu pai.

Sério, eu não sei o que eles pensam.

– Você já é crescido Percy. – disse Thalia – Vai dizer que está com medo de ficar aqui sozinho?

– VOCÊ TAMBÉM VAI? – perguntei. Não é que eu goste da presença de Thalia, mas é melhor que nada né?

– Eu volto pra casa hoje. – ela disse. Pronto. Eu vou ficar sozinho mesmo.

Não é que eu não goste de ficar sozinho, mas é que é a última semana de férias. Queria ficar um tempo com minha família, mas pelo visto não vai ser possível...

– Vou trazer garotas de programa pra cá e fazer a festa, só pra vocês aprenderem. – falei depois de alguns minutos, e meu pai começou a sorrir e não falou mais nada. Minha mãe apenas olhava para mim, surpresa.

Vou ficar sozinho em casa por uma semana. Ótimo. Sensacional. Muito bom mesmo.

Deixei minha comida na mesa e levantei. Subi pro meu quarto, irritado. Entrei, tranquei a porta e deitei na minha cama. O que será que meus pais têm na cabeça?

*****

ANNABETH (Point of View)

Percy parecia estar irritado por ter que ficar sozinho aqui na casa dele por uma semana. Nossa, ele fica lindo irritado!

ANNABETH! – a parte racional da minha mente me repreendia. Isso parece estranho, não é?

– Vou trazer garotas de programa pra cá e fazer a festa, só pra vocês aprenderem. – falou Percy. Olhei incrédula para ele, mas ele não percebeu. Ele não parecia ser desse tipo de garoto. Acho que ele só disse isso para irritar os pais, mas não deu muito certo, pois Poseidon começou a sorrir, e Sally ficou apenas um pouco espantada.

Depois de alguns minutos, ele deixou a mesa e subiu as escadas. Acho que foi para o quarto. O pai de Percy apenas suspirou.

– Adolescentes. – disse Poseidon.

– Desculpe pela atitude de nosso filho, Annabeth. – disse Sally – Ele só está irritado por não termos falado nada antes.

– Tudo bem, Senh... Sally. – falei. Ela sorriu, pois havia pedido para que eu chamasse-a apenas por Sally, e eu o fiz.

– Ah, o que vamos fazer com ele, Poseidon? – Sally olhou para o marido, preocupada. Por sua vez, Poseidon não parecia muito preocupado com isso.

– Com quem? – ele perguntou. Thalia sorriu e eu também.

– Com Percy, querido. Não podemos deixa-lo aqui sozinho, mesmo. – Sally completou.

– Ah, não se preocupe com isso, querida. – disse Poseidon, olhando para Sally – Daqui algumas horas ele nem vai estar mais lembrando disso. Além do mais, ele vai se divertir aqui.

Ficamos algum tempo em silêncio. Até que Sally olhou para mim, esperançosa. Fiquei assustada. O que será que ela estava pensando?

– Você poderia vigiar Percy enquanto estamos fora, querida? – ela perguntou olhando para mim. Pensei por alguns instantes.

Bem, ela está pedindo para que eu fique em uma casa, sozinha com o filho dela, que é super lindo. Acho que posso fazer isso.

ANNABETH! – minha mente começou a dizer – VOCÊ NÃO É DESSE TIPO DE GAROTA! TIRE ESSES PENSAMENTOS DA CABEÇA. – querendo ou não, ela está certa. Eu não penso assim. O que será que é isso que eu estou sentindo?

Balancei a cabeça para espantar esses pensamentos, e Sally olhou para mim, triste. Ah vai, acho que apenas olhar Percy e ficar sozinha com ele por algumas horas não vai fazer mal.

– É... Tudo bem, Sally. – falei – Não se preocupe.


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Notas finais do capítulo

Estão curtindo?