Aham, é amor escrita por Mark


Capítulo 12
Cedo, mas quase acontece




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PERCY (Point of View)

Depois de poucos minutos em uma descontraída conversa no carro, a Annabeth e eu finalmente havíamos chegado à casa, ou melhor, mansão da Calipso. Haviam dois seguranças na guarita de entrada, que abriam e fechavam os dois grandes portões frontais. Aproximei meu carro da entrada e notei que já conhecia o segurança que estava na guarita direita.

– Olá, Sr. Jackson. – ele falou, então ele também lembrava de mim. Mas qual é mesmo o nome dele? Bob?

– E aí, Bob. – falei e ele sorriu. É, acho que acertei – As coisas por aqui estão muito agitadas?

Ele assentiu sorrindo. Também sorri.

– O senhor tem as entradas? – ele me perguntou. Fiz sinal com a mão esquerda, chamando ele até o carro. Ele saiu da guarita pela lateral e veio até o carro, rapidamente.

– Eu conheço a Calipso. – falei, estendendo a mão para fora do carro, abrindo-a – E tenho cem dólares aqui. – ele arregalou os olhos e assentiu.

– Pode abrir o portão, John! – Bob gritou para o segurança que estava na guarita oposta, com a mão direita erguida, com a cédula de cem dólares à mostra. O tal do John logo assentiu, e rapidamente o portão à minha frente foi aberto.

– Valeu, Bob. – falei, acelerando o carro e entrando no lugar, e só pude ver ele fazer um ‘curti’ ou ‘legal’, mostrando o dedo polegar direito. Assenti pelo retrovisor mesmo e dirigi o carro até o estacionamento.

Olhei para o lado, e percebi que Annabeth me olhava, incrédula.

– Você paga para entrar em festas dessa sua amiga? – ela perguntou. Encarei-a.

– Não, eu conheço o cara da guarita. – falei, despreocupado – Eu dei o dinheiro para ele fazer o que quiser, não para que ele deixasse-nos entrar. – ela deu de ombros, assentindo.

Enquanto dirigia, imaginei as situações que deviam estar ocorrendo ali dentro e fora da mansão da Calipso. Pessoas usando drogas, se embriagando, enfim, enchendo a cara com cana, e... Espera, quem fala ‘enchendo a cara com cana’? Não sei de onde tirei isso. Enfim, não havia ninguém responsável por todos que estavam ali. Diversão melhor que essa não existe, certo? Errado. Eu acharia mil vezes melhor estar sozinho em casa com a Annabeth. Mas nós já fizemos isso ontem. Pode pegar mal eu chama-la novamente para assistir um outro filme. Ou poderia ser simplesmente repetitivo. Isso contando com o fato dela aceitar novamente. O que não é provável...

Livrei-me desses pensamentos e olhei para o lado, onde uma princesa estava sentada. Eu já mencionei que a Annabeth estava incrível? Sério mesmo, ela estava mais linda que de costume, se é que isso é possível.

Voltei à prestar atenção enquanto dirigia, mas eu já conhecia o caminho até o estacionamento. Quando chegamos lá, conclui que essa festa devia estar bombando mesmo. Sério, havia milhares e milhares de carros ali. E todos esses carros eram de fabricantes como Ferrari, Lamborguini, Porsche, Maserati, e todas essas outras marcas caras. Vi também muitas vans e limousines. Então, dar-se-á entender que há milhares e milhares de pessoas curtindo essa festa, que deve ter início depois dos portões no estacionamento.

Encontrar uma vaga para estacionar ali foi quase impossível, mas usando toda minha experiência como motorista, que soma-se por dois longos meses de ‘pé na estrada’, eu consegui.

O lugar era escuro. E eu já imaginava a razão. Pra os que ainda não entenderam, eu vou explicar.

NOSSA PERSEU, VOCÊ ESTÁ EVOLUINDO MUITO! – vocês já sabem quem foi – CONSEGUINDO ENTENDER AS COISAS MAIS RAPIDAMENTE QUE OS OUTROS... PARABÉNS.

Continuando, o lugar era escuro, e eu sabia o motivo. Com certeza era para aqueles casais que estavam pegando fogo, literalmente. E no estacionamento poderiam aproveitar sem deixar a festa por completo.

E como eu sabia disso? Quando sai do carro, notei vários carros balançando para cima e para baixo. Não era só um, como já falei, eram vários carros. Com certeza eles não estavam fazendo atividade de física ou matemática ali dentro... Pensando melhor, estavam sim fazendo atividade, mas de educação física, se é que me entendem.

Balancei a cabeça negativamente enquanto dava a volta no meu carro, indo até a porta dos passageiros e abrindo para a Annabeth sair. Sim, eu sou muito romântico, já devo ter mencionado isso antes.

– Obrigado, cavalheiro. – a Annabeth brincou.

– Por nada, princesa. – falei, e se o lugar não estivesse tão escuro, poderia jurar de ter visto a Annabeth corando. Linda.

– Esse lugar é um pouco grande, não é? – a Annabeth falou, instantes depois.

– É sim. – sorri - Vamos. – falei, pegando na mão dela e indo até a saída do estacionamento.

Estranho... Senti uma espécie de... Vibração? É, vibração. Senti uma espécie de vibração quando segurei na mão da Annabeth. Uma boa vibração. Sorri pensando nisso.

Saímos do estacionamento, e pudemos ter a visão de centenas de metros à nossa frente. A uns quarenta metros, mais ou menos, a festa começava mesmo.

A medida que nos aproximávamos, o som aumentava. O lugar, diferente do estacionamento, era completamente iluminado, e a decoração, como sempre nas festas da Calipso, impecável.

Eu acho que o tema dessa festa era mitologia grega, pois havia centenas de colunas brancas de um material que parecia granito dispostas do estacionamento até a entrada da mansão. Essa sequência de colunas se repetia do outro lado, formando uma espécie de ‘caminho luminoso’, já que essas tais colunas gregas brancas tinham várias luzes, como aqueles pisca-piscas de natal. Haviam bancos formados por ligas metálicas pintadas de branco ao lado de algumas dessas colunas. Agarradas nessas tais colunas, existiam parreiras. Não resisti à tentação de saber se eram reais ou não, e puxei a Annabeth até a coluna grega mais próxima.

– Só você mesmo, Cabeça de Alga. – ela sorriu e falou, ao ver aonde eu estava guiando-nos. Também sorri, olhando para ela. Sentei em um daqueles grandes bancos metálicos e Annabeth sentou ao meu lado. Ainda estávamos de mãos dadas. O contraste luminoso do lugar deixava ela ainda mais perfeita, se isso for possível. Linda.

Encarei-a por um instante, mas com muita luta e determinação, sai daquele transe. Levei a mão livre, que era a direita, até a coluna grega ao meu lado do banco, e tirei uma uva do cacho. Eram verdadeiras. Levei-a até a boca, e surpreendi-me com o sabor. Sinceramente, devia ser a uva mais doce e saborosa que já degustei em toda a minha vida.

Sorri ao ver a expressão de ansiedade de Annabeth.

– E? – ela perguntou, atenta.

Levei a mão novamente à coluna, tirando mais uma uva do cacho.

– Experimenta. – falei, sorrindo. Ela também sorriu, e abriu a boca, incentivando-me à levar a uva até ela. Eu o fiz, e ela pareceu notar o ato depois de ordená-lo, e corou um pouco, mas instantes depois ela sorriu.

– Muito bom! – ela falou, ainda sorrindo – Deve ser a melhor uva que eu já provei.

– Pensei a mesma coisa. – falei, também sorrindo e olhando para ela, encarando-a.

Fiquei admirando sua beleza ali, por alguns instantes, completamente parado. Ela também não expressava nenhuma reação. Estávamos ali, sentados, encarando nos olhos um do outro. Não percebi como, mas de repente, estávamos muito próximos. Rostos à centímetros de distância. E isso é perigoso.

Aproximei-me mais um pouco. Quando eu iria finalmente selar nossos lábios, Annabeth afastou-se e levou as mãos ao rosto, e corou bastante.

– Meu Deus, Percy... – ela falou e eu sorri – Desculpa, é que... – agora ela olhava para mim, ainda surpresa, e corada. Levei o dedo indicador da mão direita até os seus lábios rosados, calando-a.

– Está tudo bem. – falei, sorrindo. Ela ainda parecia apreensiva – Eu quem peço desculpa, princesa. – ela assentiu, ainda corada.

Talvez ela tenha pensado que tudo está acontecendo muito rapidamente. Eu não sei como consegui agir tão naturalmente, tendo que concordar.

– Vamos? – falei – Meus amigos devem estar esperando.

E eu senti meu celular vibrar no meu bolso. Sorri, olhando para ela.

– Não falei? – falei ao tirar o celular do bolso e observá-lo, e ela sorriu.

Era mais uma mensagem de texto, remetente desconhecido.

“Quando você chegar, se você chegar, procure-nos no quiosque. – LUKE”

– Eles estão nos esperando no quiosque. – falei, levantando – Vamos?

Annabeth sorriu e assentiu, também levantando e continuamos à andar por aquele caminho iluminado por pisca-piscas de natal, até a entrada da mansão.


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