Nunca é tarde para dizer eu te amo escrita por Nath Nascimento


Capítulo 9
Capítulo 9




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– Se sente melhor senhor Brown? – perguntou ele, gentilmente com Mike no braços.

– Um pouco. – respondeu ela, com um leve sorriso nos lábios.

– Espero que não chegue muito perto de mim hoje, senhor Jane. – ironizou Jonathan ao vê-lo.

– Não chegarei. – respondeu Jane, sorridente.

– Aceitam algo para beber agentes? – perguntou Anne.

– Não obrigada. – respondeu Lisbon, simpaticamente.

– Eu aceito um chá, se não for incômodo. – pediu Jane, seguindo-a até a cozinha.

– Está tudo como me pediu senhor Jane. – disse ela, quando se afastou dos outros enquanto Jane mexia no armário em busca de chá.

– Jane, por favor. – pediu ele, encontrando o que procurava – O advogado concordou?

– Sim. Lhe entreguei o envelope que me deu. – informou ela – Como acha que isso vai revelar o assassino? – cochichou ela.

– A senhora verá... – respondeu ele, misterioso enquanto balançava o sachê do chá na água quente.

Minutos mais tarde todos já estavam reunidos na sala quando o advogado abriu a carta lacrada com o suposto testamento de Jessika. Todos se acomodaram para ouvir os últimos desejos da falecida.

– Deixo para minha mãe, Anne Brown, minha joias e minhas vendas em aberto. Ela deverá ser orientada por um dos vendedores e receber minha parte em dinheiro. – iniciou ele, enquanto Jane observava Júlio e Stuart sem notar nada fora do normal – Deixo para minha irmã, Amanda Brown, todo o meu investimento contido no banco e meu atual carro. – prosseguiu ele, mudando a atenção de Jane para a irmã, que tinha lágrimas nos olhos. Júlio levantou-se e saiu da sala apressadamente.

– Eu vou. – cochichou Lisbon, indo atrás do rapaz, mas desistiu de segui-lo quando o viu chorando sentado na escada da entrada.

– Deixo para meu pai, Jerry Brown, todo meu estoque de vinhos finos, incluindo o barril com o mais valioso dos vinhos, e a minha coleção de quadros. – continuou o advogado, enquanto Jane continuava a observar os espectadores – E por último, para meu noivo, Jonathan Wilson, deixo meu cão Mike e meus demais itens pessoais. – concluiu ele, dobrando a carta e devolvendo-a ao envelope.

Enquanto uns choravam e outros conversavam, Jonathan saiu para a cozinha disfarçadamente. Jane esperou alguns minutos e seguiu para a cozinha. Jonathan estava debruçado sobre o barril de vinho quando Jane limpou a garganta para lhe atrair a atenção.

– Perdeu alguma coisa? – perguntou Jane, sendo encarado pelo rapaz.

– Não só estou preparando o barril para o senhor Brown levar. – disse ele, colocando a tampa na entrada do barril.

– Nós dois sabemos o que estava fazendo. – comentou ele, convencido.

– Não entendi. – disse Jonathan, abaixando uma das mangas da camisa que estava dobrada até o cotovelo.

– Entendeu sim. Eu sei o que tem dentro do barril. – revelou Jane.

– Muito esperto senhor Jane, muito esperto. – disse ele, entre sorrisos – Como soube?

– Mike. – respondeu Jane – Ele está na maioria das fotos, enquanto você só está em algumas e Ele tem nome de gente. Ela estava dando mais atenção ao cão do que à você. – explicou Jane, convencido – Você não estava mais ganhando nada de sua noiva, mas se ela morresse tinha a esperança de ficar com grande parte da herança. Quando o advogado leu sua parte no testamento, você deu um leve sorriso porque soube que tinha a matado a toa.

– Mas por que desconfiou de mim? Eu levei uma facada. – perguntou ele, aproximando-se.

– Isso praticamente te entregou. – iniciou ele - Grande parte dos bacons que estavam sobre a pia estava picado de forma pequena e uma pequena parte estava maior. Estavam sendo cortados por Jessika quando você desceu, mas quando ela te viu pediu para que terminasse de cortar para que ela cuidasse do cachorro. Isso te irritou, você perdeu a paciência e a atacou. Mike assistiu à cena, por isso tem fugido de você. Depois de matá-la tinha que inventar algo que te tirasse da lista de suspeitos, então se golpeou, mas se esqueceu de uma coisa: as facadas no corpo de Jessika estão do lado esquerdo, o lado certo para um esfaqueador destro, já a sua está do lado direito, lado errado para um esfaqueador destro, a não ser que esteja se auto esfaqueando. – esclareceu Jane – Vejo que seu ferimento está sangrando, aumento dos batimentos cardíacos?! Culpa?! – sugeriu Jane.

– Ela dava do bom e do melhor para o cachorro, enquanto eu só ganhava serviços. – confirmou Jonathan – “Jonathan, já limpou o jardim? Jonathan já arrumou a câmera da parte trás da casa?” era só isso que ela sabia falar para mim. – disse ele, imitando a noiva falecida.

– Você sabia que a câmera de trás estava quebrada, por isso disse que o assassino saiu por lá. Não podia deixar que achassem a arma do crime, por isso colocou a faca que usou dentro do barril de vinho, mas o barril foi para o pai de Jessika, então precisava tirá-la de lá. Mas você não sabe da maior: o testamento era falso, no verdadeiro a casa e tudo o que está dentro dela ficaria para você. – revelou Jane, sorrindo orgulhoso de sim mesmo.

– E agora terei que matar você. – disse ele, calmamente.

– Eu não faria isso na frente de pessoas de luto. – disse ele, apontando para o armário onde havia colocado uma pequena câmera enquanto procurava pelo chá – Todos assistiram sua confissão. – revelou enquanto Lisbon surgia apontando-lhe a arma.

– Mão na cabeça! – ordenou ela e assim ele fez.

– E eu nem precisei chegar perto de você. – comentou Jane, se afastando.

Todos assistiram Lisbon colocar Jonathan algemado na traseira do carro da polícia, inclusive Jane que levava Mike no colo.

– Muito obrigado senhor Jane. – agradeceu Júlio.

– Só fiz o meu trabalho. – respondeu Jane, timidamente – Tome. – disse entregando-lhe o cachorro – Ela gostaria que ficasse com você.

– Mas não foi isso que ela disse no testamento. – comentou ele, surpreso.

– Era falso. O verdadeiro diz que quer que fique com ele, assim pode sentir que ela está perto de você. – revelou Jane, indo para o carro.

– Você já sabia que era o noivo, não é? – questionou Lisbon, ao entrar no carro.

– Desde que soube que a facada era verdadeira. – disse ele, olhando para a janela.

– Liguei para Kim e avisei sobre tudo. – informou ela, dando partida no carro.

– Não foi só com ela que falou. – disse Jane, encarando-a – Falou com o misterioso das flores também. – revelou divertidamente.

– Talvez. – respondeu ela, com desdém.

– Está gostando dele. – avaliou Jane – Vai ter um novo encontro hoje à noite.

– Como sabe?! – questionou ela, inquieta.

– Eu não sabia, foi um chute, mas agora eu sei. – disse ele, sorridente, enquanto Lisbon lamentava ter caído em seu truque – Quero conhecê-lo!


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Notas finais do capítulo

Pronto gente, já matei minhas lombrigas para escrever um caso agora o foco fica TOTALMENTE Jisbon :3
Hum, quer conhecê-lo né?!
PS.: Uma curiosidade, o governador da história existe de verdade =)



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