Nunca é tarde para dizer eu te amo escrita por Nath Nascimento


Capítulo 18
Capítulo 18




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Lisbon viajou até Carson City onde preparou tudo o que era necessário preparar. Sábado amanheceu e os preparativos da noiva começaram logo cedo. Já Jane, sem nada para ocupar a mente, foi para o FBI onde não encontrou nada mais útil para fazer do que folhear um livro.

– Você trabalhando no fim de semana... Quem diria. – comentou Abbott ao se aproximar do sofá de Jane.

– Oh, você não foi ao casamento? – surpreendeu-se Jane, encarando o chefe.

– Tenho uma reunião importante mais tarde, não pude ir. – explicou ele – E você por que não foi? – perguntou ele, sentando-se ao lado do consultor.

– Longa história. Não vale a pena relembrar. – desconversou Jane.

– Sabe Jane, no primeiro instante que te vi olhar para Lisbon sabia que havia algo a mais entre vocês. Podiam não saber, mas qualquer um que visse os dois juntos saberia que não se tratava de um relacionamento profissional, nem que é só amizade. – comentou Abbott – Quando Lisbon aceitou o pedido de casamento confesso que fiquei surpreso e achei que você faria alguma coisa.

– E fiz. Tentei mostrar para Lisbon que eu mudei. – esclareceu Jane, um tanto quanto desanimado – Fui o homem perfeito nos últimos dias.

– Talvez ela não quisesse um Jane perfeito, apenas o Jane que ela conhecia tão bem. O velho Jane que ficou no CBI. – sugeriu ele, arqueando as sobrancelhas.

– Na verdade ela deixou claro que minha chance já passou. – confessou ele.

– E você acreditou nela? Vai deixa-la escapar fácil assim? Patrick Jane não vai lutar pela mulher que ama como lutou para ter os termos de trabalho aceitos! – exclamou Abbott, fazendo Jane pensar por alguns segundos enquanto se afastava.

– Tem toda a razão! – disse Jane, jogando a revista que tinha nas mão para trás e saindo correndo para seu carro – Cho, está me ouvindo? – perguntou ao telefone.

– Não estou entendendo nada Jane, a ligação está horrível. – respondeu o agente antes da ligação cair.

– Droga! – exclamou Jane, buzinando para o trânsito enquanto discava os números de Lisbon no celular – Anda atende! – pediu ele, mas o celular estava esquecido dentro da bolsa enquanto Lisbon se arrumava.

Jane já podia avistar o aeroporto, então desceu do carro e correu até a recepção. Cortando a fila desesperadamente Jane alcançou o balcão.

– Desculpe senhor, não pode furar a fila. – disse a vendedora.

– Quando sai o próximo avião para Carson City? – perguntou ele, ofegante.

– Daqui dez minutos, mas estão lotados. – respondeu a moça.

Jane correu para o portão de embarque e perguntou pessoa por pessoa até encontrar alguém que tinha um passagem.

– Quanto quer por ela? Eu dou o que quiser. – disse ele, eufórico – Lá fora tem um carrão, é seu se me der a passagem. – disse ele exibindo a chave do carro – O que me diz?

– Toma é sua. – concordou o homem sem mais demoras, pegando as chaves.

Jane aguardou até o portão ser aberto e embarcou ansioso. Em uma hora Jane descia no aeroporto de Carson City.

– Por favor, pode me levar até este endereço o mais rápido que puder? – pediu Jane, dando ao motorista de taxi um papel.

– Claro, aperte o cinto. – pediu ele, dando partida.

– Está pronta? – perguntou a mãe de Marcus à Lisbon.

– Sim. – disse ela, sorridente.

– Então vamos. – disse ela, oferecendo-lhe a mão.

– Vamos. – concordou Lisbon, aceitando o apoio. Lisbon entrou no carro um pouco desajeitada por conta do salto seguida da mãe de Marcus.

– Poderia ligar o rádio? – pediu a mãe de Marcus, notando a apreensão de Lisbon – Quando me casei fiquei muito nervosa, mas a música me ajudou a acalmar os nervos – Explicou ela, fazendo Lisbon sorrir agradecida.

– Claro. – concordou ela.

Lisbon não pode acreditar quando o locutor anunciou a música da semana. Já estava difícil para ela esquecer as palavras de Jane e se ficou mais ainda quando o som do violão de “More than words” começou a tocar no rádio.

– Tudo bem querida? – perguntou a mãe de Marcus, preocupada.

– Sim, está sim. Só estou um pouco emocionada. – respondeu ela, respirando fundo, tentando conter a lágrima que teimava para sair.

– Falta muito? – perguntou Jane, espiando as horas.

– Cinco minutos. – respondeu o motorista.

– Se chegar em dois te pago o dobro. – propôs Jane.

– Se segura meu amigo. – disse o rapaz pisando fundo no acelerador.

Como prometido, o motorista chegou em menos de dois minutos à entrada da igreja.

– Toma aqui, deve valer uns mil dólares! – disse Jane, entregando-lhe o celular – Espere aqui.

Jane correu como nunca havia corrido na vida. A cerimônia já tinha começado quando ele abriu a porta bruscamente, assustando a todos.

– Jane?! – exclamou Lisbon ao vê-lo.

– Lisbon! Eu... – tentou dizer, mas a falta de ar o impediu num primeiro momento enquanto ele caminhava até ela – Eu preciso me exercitar mais... – comentou ele, ofegante, aproximando-se com a mão no peito – Eu não posso te deixar casar-se com ele. Não posso porque eu quero que você tenha a maior felicidade do mundo. E ninguém, acredite, ninguém pode te fazer tão feliz quanto eu. E, se você deixar, eu quero reparar os erros do passado que eu cometi com você. Por favor, me dê uma chance de recomeçar? Lembre-se de que nunca é tarde para dizer eu te amo. Aceite o Jane que esteve do seu lado todo esse tempo para ficar com você pelo resto da sua vida. – pediu ele, chegando ao altar onde os noivos estavam e atraindo a atenção geral dos convidados, que se aproximavam para assistir a cena.

Lisbon, com lágrimas nos olhos, desceu até ele e, surpreendendo a todos, deu um forte tapa no rosto de Jane, que levou a mão à bochecha imediatamente.


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Notas finais do capítulo

O.o