Inglaterra, 1947. Alice acabará de voltar do País das Maravilhas como ela mesmo chamava, Alice estava fora a muito tempo, seu pai Edwin se espantou ao vê-la, afinal ele já estava satisfeito com a morte dela.

- Papai! Papai! Abre a porta! Eu voltei! - Alice gritava.

Edwin confuso com o que ouvia, estava prestes a abrir a porta quando... Pi, pi, pi! E era sempre assim que Alice acordava, os mesmos sonhos todas as noites, ela ainda se assustava ao perceber que estava trancada naquele local pelo resto da sua vida e só de pensar que Cyrus estava morto... aquilo doía tanto nele, doía mais do que as terapias que ela fazia naquela clinica (era como ela chamava, para não se dar conta de que na verdade aquilo era um manicômio). Por que? Porque eu estou aqui? Nesse lugar?Alice sabia que iria ter que depor em alguns minutos, ela sabia que a hora de inventar mentiras, inventar que o País das Maravilhas nunca existiu que era tudo coisa da sua cabeça estava chegando... e então, ela teria que aceitar de vez que Cyrus se foi. Quando de repente...

TOC TOC, TOC TOC!

- Será que vocês podem ao menos esperar que eu me troque? Eu posso ser louca, mas ainda tenho direito de vestir uma roupa decente! - Alice gritou, furiosa.

Quando de repente a porta se abriu, Alice se espantou ao ver quem estava por de trás da porta, não eram os guardas em busca dela pra depor, era o seu amigo... Valete!

- Temo que não haja tempo para você se trocar, Alice, nós temos que encontrar Cyrus! - Valete falou rapidamente.

- NÃO! Cyrus está morto... - Alice repetiu pra si mesma, tentando acreditar naquela mentira.

- Larga der ser teimosa Alice, nós não temos muito tempo.

- Tá, tá! Mas, eu juro que te mato se for mentira, Valete de Copas.

Alice correu na direção de Valete e logo ela se debateu com o Coelho.

- Coelho? O que você está fazend... - O Coelho interrompeu ela antes que ela terminasse.

- Estamos atrasados! - Ele disse e logo foi cavando o buraco de volta para o País das Maravilhas. - VÃO! VÃO! Pulem, não temos muito tempo.

Todos pularam imediatamente no portão e em questão de segundos eles já estavam no País das Maravilhas. Alice olhou curiosa para o lugar, o lugar que ela se lembrava bem, desde pequena Alice sempre foi uma criança muito curiosa.

- Ok, Valete! Agora, você tem que me dizer onde viu o Cyrus. - Alice disse tentando manter a calma.

- Onde eu vi o Cyrus? Desculpe, Alice... mas eu não disse em momento algum que tinha visto ele.

- COMO ASSIM VOCÊ NÃO VIU CYRUS? ENTÃO POR QUE ME TROUXE AQUI? ARGH! - Alice disse furiosa enquanto partia para bater em Valete.

- CALMA! O Coelho disse que viu ele, pergunte a ele. - Valete falou em sua defesa.

- Coelho, onde está Cyrus? - Alice perguntou.

- Bem... bem... oficialmente, eu não sei, mas ouvi boatos de que ele estava com a Red Queen. - O Coelho falou rapidamente.

- Então... temos que ir até a o castelo.

- O QUE? Você está louca? Eu não vou até o castelo, não com a Red Queen lá. - Valete disse nervoso.

- Então eu irei sozinha.

Alice caminhou pelo caminho de tijolos dourados em direção ao castelo, quando de repente ela se deparou com a Lagarta.

- Procurando algo, minha doce Alice? - A Largata disse sarcasticamente.

- Na verdade, sim. Estou procurando por Cyrus. - Alice respodeu.

- Ora, ora... você passou muito tempo longe, doce Alice, tão bobinha, o seu querida Gênio escapou das mãos da Red Queen a muito tempo. Talvez ele esteja te esperando... em algum lugar. - A Lagarta disse e em um instante havia sumido.

Alice tentou ignorar a imagem da Lagarta dizendo que Cyrus havia fugindo, mas então ela pensou: e se for verdade? E se Cyrus fugiu mesmo? Bem, ele só pode ter ido a um único lugar.Alice correu até a fronteira, onde ela e Cyrus haviam planejado se encontrar caos acontecesse algo com um deles. Ela atravessou o portal com os olhos fechados e ao chegar lá na sua pequena e aconchegante casa ela encontrou... nada! Alice não via nada, tudo estava no seu perfeito estado, ninguém havia mexido, ninguém havia se quer ido lá. Foi quando Alice se derramou em lágrimas, caiu sobre os joelhos ao chão, chorando rios de lágrimas. Quando finalmente ela ouviu uma voz...

- Alice... - Cyrus sussurrou, surpreso e entorpecido ao ver sua amada aos chãos em meio a lágrimas.

- Cy... Cyrus! Não pode ser... - Alice falou surpresa e se virou para ver quem estava atrás dela. Foi quando ela se deparou com Cyrus, ele estava mesmo vivo e livre, de todas as vezes que ela imaginou esse momento ela nunca pensou que seria mesmo verdade, que esse dia chegaria. Ela correu para os braços dele, o agarrando com tanta força em meio a lágrimas. Ela sorriu, um sorriso largo e disse:

- Eu achei que nunca o veria novamente.