S.O.S Noel escrita por MC


Capítulo 1
SOS Noel


Notas iniciais do capítulo

Hey você que chegou até aqui: eu te respeito, okay?Eu tive um sério problema para encontrar um beta por causa da categoria que ninguém conhece Guardiões do Firmamento pertence a mim e eu garanto, está sendo explicado, não precisa se preocupar em não entender essa parte. Leia, divirta-se. Eu gostei de escrever isso. É a primeira do tipo. Primeiro crossover e a primeira a ser peneirada pelo conteúdo... tive que me segurar para não ter tanta violência ;D-Boa leitura!



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In birth just an ember a spark of creation towards genesis…”

— Não atende. – Ela implorou.

— Não. – Concordou, voltando a beijá-la.

“…with vision of dominion and godliness…”

— Não atende. – Ela insistiu.

[…] Sacred, sacred!”

Pablo bufou se jogando de costas na cama e esticou a mão para o celular sobre a mesa de cabeceira. Ember to Inferno era a única música capaz de tirá-lo do sono, mas estava começando a se questionar por que a configurara não só para despertador, mas também para toque de chamada.

— O que foi? – Falou com raiva.

— Ei! – Uma voz animada respondeu na extremidade. – Eu não quero nem saber o que vocês estão fazendo acordados às quatro da manhã de uma terça-feira...

— Como pode ter certeza de que Mary também está acordada?

— Oh, você está traindo a minha prima?! – Falsa surpresa era o que continha em sua voz.

— O que você quer Steeve? – Pablo estava se irritando ainda mais.

— Olha... Eu, sinceramente, não queria tirá-los da cama, mas é necessário.

— O que aconteceu? – Ele suspirou, já imaginando o que Andreza teria para eles no meio da madrugada.

— O Noel sumiu.

— O quê?! – Pablo rosnou. – Isso não é engraçado Hunter, deixe suas piadinhas de Natal para você e minha irmã. Boa noite! – Ele teria encerrado a chamada.

— Não! – Steeve gritou do outro lado, e mesmo o aparelho já não estando mais colado ao ouvido do garoto ele ainda pôde ouvir os apelos do mais novo. Voltou a ouvir. – Não desligue. É sério! Desculpe. Eu realmente não queria interromper, mas... se não estiverem na Academia na próxima meia hora, Andreza vai surtar. E olha... tem cada tipo estranho aqui, que se eu fosse você, viria aqui só pela curiosidade... – Sussurrou a última parte.

Irritado o garoto desligou sem esperar conclusão da frase.

— O que houve? – Mary pediu assim que Pablo se arrastou para fora da cama xingando.

— “O Noel sumiu”.

— O que isso quer dizer?

— Eu não sei! Andreza está nos esperando na Academia, agora.

Mary gemeu enquanto se arrastava para fora da cama. Andreza sabia como desgastar os Herdeiros.

*

— Então... o que estamos fazendo aqui? – Mary perguntou ao primo assim que ele foi ao seu encontro na porta principal.

— O Noel sumiu. – Ele deu de ombros.

— Estou falando sério, Hunter, se não responder eu vou quebrar a sua cara. – Steeve o observou de esguelha, ele tinha esquecido o quão insuportável Pablo era antes de se entender com sua prima.

— Eu estou falando sério Gonzalez. – Ele fez uma careta antes de continuar. – E ponha uma camisa!

Antes que Pablo pudesse responder, Mary interviu.

— Você sabe que não é tão simples assim. Agora, por favor, onde estamos indo?

O mais novo indicou com a cabeça o único corredor que ainda lhes causava arrepios. A Academia ainda era a réplica perfeita e em maiores dimensões do Palácio de Beckingham em suas cores sombrias e fora completamente restaurada após o ataque. No corredor, vozes ecoavam através da porta aberta.

Pablo franziu o cenho. Ninguém deveria ser permitido ali dentro, somente os Cavaleiros de Rá, e mesmo estes apenas sob a influência da Iniciação. E quando ele adentrou o espaço, faltou-lhe palavras para demonstrar sua ira.

A sala continuava a mesma de que lembrava. Os blocos negros e dourados se alternando no piso de mármore, as paredes negras com o hieróglifo para Per Ankh em baixo relevo preenchido por uma coloração cinza chumbo, os archotes em formato de uraeus com suas cores contrastando entre si. A mesa estava no mesmo lugar, mas as cinco cadeiras ao seu redor estavam ocupadas, mas não pelos Herdeiros.

Andreza estava na ponta. Um casal de meia idade trajando vestes negras semelhantes ao uniforme da Academia estava à esquerda de Andreza, e a sua direita, um homem em cadeiras de rodas e um homem careca de meia idade em uma pele de algum animal. Algumas pessoas estavam espalhadas pelo lugar, alguns com camisas laranjas, outros em completos trajes de combate e armamento, outros carregando khopesh.

Mesmo com sua chegada a discussão acalorada não cessou, nem mesmo notaram sua presença.

Suspirando, Pablo ergueu a mão e logo as chamas voaram para ela, mergulhando toda a sala em escuridão total. O silêncio finalmente reinou.

— Já chega, Pablo. – Ele não pôde deixar de sorrir enquanto voltava a liberar as chamas de volta aos archotes.

Caminhou lentamente até Andreza e se virou para encarar os outros na sala. Cruzou os braços sobre o peito e esperou, ele sabia que a chama em seu peito esquerdo estava chamando atenção e o ankh, marcado a ferro em seu braço, causando arrepios. O cabelo negro caindo em seus olhos e as cicatrizes de guerra eram somente a cereja sobre o bolo.

Alguém pigarreou.

— Estão todos aqui, podemos finalmente começar. – Andreza anunciou.

— Começar? Vocês estavam se divertindo antes de eu chegar? – Pablo debochou sem humor.

— Pablo, estes são Robert e Maryse Lightwood. – Ele acenou minimamente com a cabeça. – E estes, Quíron, e Amós Kane. – Ela se dirigiu aos que estavam sentados: - E esses que acabaram de chegar são Mary Marshall e Pablo Gonzalez. Água e Fogo.

— E o que estamos fazendo aqui, exatamente? – Mary perguntou se aproximando e acertando as costelas de Pablo com o cotovelo.

— Vou ser bem direta com vocês: Papai Noel desapareceu.

— Eu disse! – Steeve apareceu ao lado deles.

Uma onda de risadas se espalhou por alguns que estavam em pé.

— Silêncio! Vocês estão nos meus domínios, posso expulsá-los a qualquer momento. – Andreza explodiu.

— O que o Noel tem exatamente a ver com tudo isso? – Steeve perguntou.

— Vocês deveriam estar acostumados a coisas estranhas acontecendo, mesmo que isso seja o Papai Noel existindo e estar desaparecido. A questão é: nós temos de encontra-lo antes que isso afete o Ma’at.

*

Andreza falava somente para os cinco Herdeiros e os quatro ao redor da mesa. Pablo havia tomado a sua cadeira e encarava cada um, lentamente. Enquanto isso, o pequeno público que tinham, conversava em voz baixa.

— Deixe-me ver se entendi... – Pablo começou. – Papai Noel existe e está desaparecido. – Ele falava como se saboreasse cada palavra, lentamente. – E nós fomos reunidos para encontra-lo antes que seja tarde demais para criancinhas receberem presentes?

— Sim. – Maryse respondeu firmemente. Seu olhar era penetrante, ela já estava acostumada com esse tipo de comportamento.

— Mas pelo que eu entendi essa área é do Instituto, eu não tenho nada a ver com o Noel. Vou voltar a dormir. Com licença. – O garoto se levantou, mas antes que se aproximasse da porta, Mary falou.

— Se você passar por essa porta, não volte a me procurar. Você lembra o que aconteceu quando Steeve se recusou a ouvir Andreza.

— Steeve é... o Steeve. Eu não vou me matar para encontrar um Papai Noel, se é que ele realmente existe.

— Nós não temos tempo para isso, Gonzalez. Precisamos resolver isso agora! – Andreza estava se irritando.

— Você era quem queria adrenalina no Natal, não recue agora. – Mary provocou.

O garoto podia sentir todos os pares de olhos pregados em suas costas e se virou com um sorriso mortal.

— Vocês têm meia hora para me convencer.

Andreza pareceu soltar a respiração. Ela sabia que se quisessem ter uma solução rápida, precisariam dele.

— Bem, todos nós aqui nessa mesa somos responsáveis por uma espécie de guardiões do mundo. – A mulher falou para os Herdeiros, e com um aceno deixou a palavra para Maryse.

— Eu sou Maryse Lightwood, coordeno o Instituto de Nova Iorque. Somos os Caçadores de Sombras e livramos o mundo dos demônios. – Ela falou alto, para que os outros na sala pudessem ouvir.

Quíron conduziu sua cadeira de rodas elétrica para um espaço vazio da sala e em instantes estava em sua forma original, o que chocou alguns. O centauro saiu da cadeira de rodas e anunciou, com sua voz grave, imponente.

— Sou Quíron, um dos coordenadores do Acampamento Meio-Sangue, o qual abriga semideuses gregos. Lutamos contra monstros do Tártaro. – Falou simplesmente antes de voltar à cadeira de rodas.

— Sou Amós Kane, Sacerdote Leitor-Chefe do Primeiro Nomo. A Casa da Vida. São magos que lutam para manter o Ma’at. – Falou calmamente enquanto deixava a palavra novamente com Andreza.

— Sou Andreza e coordeno a Academia. Somos portadores dos privilégios concedidos por Rá no inicio da criação. Onde alguns são Herdeiros diretos para manutenção do Paraíso dos Deuses, assegurando o Ma’at entre aquele e este mundo.

— Vocês sabem o que eu acho sobre Gregos e Egípcios juntos... – Pablo falou após alguns instantes em silêncio antes de sair a passos largos.

*

— Então... Ele é sempre assim? – Mary se assustou quando uma voz profunda se anunciou às suas costas.

Ela se virou para ver um garoto que deveria ter a mesma idade de Pablo, mas completamente o oposto. Cabelos até os ombros, mas dourados assim como os olhos, o sorriso brilhante; poderia ofuscar qualquer um que analisasse por muito tempo com contraste proporcionado pelo traje negro.

— Ele tinha melhorado.

Enquanto Andreza conversava com Steeve, a garota observava de um canto todas aquelas pessoas de culturas diferentes misturadas naquela sala.

— Eu sou Jace Herondale, e esta é minha namorada ciumenta, Clary Fray.

Mary cumprimentou desconfiada, mas acabou cedendo poucos minutos depois quando foi pedido que ela os levasse até a Arena.

— Então... como funciona essa coisa aqui? Vocês lutam contra o quê?

— Jace! – Clary o acertou com o cotovelo. – Ele só pensa em sangue.

— Oh, não o deixe muito perto do Pablo. Nós não precisamos de outro duelo até a morte. Se ele desafiar, são as regras: até que um caia inerte.

— Seriamos bons amigos... – O loiro comentou feliz.

— Não é nada demais. Os Herdeiros têm sempre que entrar em uma versão do Inferno egípcio e chegar a Needh, o Firmamento de Rá, e manter o Equilíbrio. Lutar contra o Caos, demônios... essas coisas.

— Isso é interessante. – Clary concordou com o murmúrio do namorado.

— Nós simplesmente caçamos os demônios que conseguem atravessar para o nosso mundo. – Jace falou. – Antes que causem um problema sério.

— Como, por exemplo, sequestrar o Noel? – Mary riu-se.

— Essa é a primeira vez que algo do tipo acontece, sabe... uma vez Jace esteve ligado por uma runa com meu irmão do mal e se matasse um o outro é que morria. Só consegui livrá-lo enfiando a espada de um anjo no seu peito. – Clary estremeceu ao lembrar.

— Isso, sim, é interessante. – Disse Mary. – Eu faria qualquer coisa para enfiar uma espada no Pablo.

— Eu ouvi isso. – Uma voz soou por trás deles.

— Eu disse que não podia ouvir? – Ela respondeu com um olhar cúmplice por cima dos ombros.

— Por que você ainda se lembra daquele dia? – Ele se lamentou. – Acho que não fomos apresentados, Pablo Gonzalez. – Ele apertou a mão do loiro, com mais força que o necessário.

— Jace Herondale, e esta é minha namorada, Clary. – Frisou.

— Eu é que sou a ciumenta... – A ruiva sussurrou ao lado de Mary.

Chegaram a Arena e Thiago já estava lá com alguns outros.

— Ei! – Ele chamou. – Estes são Carter e Sadie Kane, magos da Casa de Vida. E Percy Jackson, Annabeth Chase e Grover Underwood, do Acampamento.

— E eu sou Anna Gonzalez. – Uma loira saltitante apareceu ao lado de Jace, arrastando Steeve pela mão, assustando-o extremamente. – O que eu perdi?

Pablo meneou a cabeça enquanto se afastava um pouco do trio grego.

— Somos os Cavaleiros de Rá, os Guardiões do Firmamento, o Per Ankh original. Os privilégios de Rá são os cinco elementos. Thiago, Terra; Anna, Ar; Mary, Água e Steeve, todos em conjunto.

— E você? – Sadie perguntou com um meio sorriso e uma sobrancelha erguida.

Pablo não respondeu, sorriu enigmaticamente e Mary se tensou. Ele fechou os olhos por alguns instantes e logo todas as tochas ao redor da arena acenderam para complementar a iluminação fraca do fim da madrugada.

— Exibido. – Mary murmurou pra si mesma.

— Ok, chega de exibicionismo e vamos trabalhar no que interessa. Estive conversando com Andreza o que nós realmente teríamos que fazer e ela simplesmente nos mandou discutir estratégias e trazer o Noel de volta. E...

Naquele exato momento, uma nuvem de purpurina explodiu bem ao lado de Pablo, que desembainhou a lâmina negra imediatamente e esperou pelo que viria.

— Desculpem pelo atraso. Eu e Alexander estávamos ocupados quando nos chamaram. Eu sou Magnus Bane, o Alto Bruxo do Brooklin. – Sorriu largamente.

— Gosta de entradas espetaculares... – Uma garota, com seus longos cabelos negros e botas salto agulha com as mesmas roupas negras que os do Instituto, reclamou saindo da poeira.

— Brooklin?! – Sadie sussurrou para o irmão.

— Olá, sou Isabelle Lightwood, este é Alec, meu irmão e esta coisa brilhante é o gay mais exibicionista que eu conheço. Onde está Simon? – Ela se dirigiu a Clary enquanto os outros se cumprimentavam.

— Não vai nos encontrar agora. – Respondeu.

— E qual o seu nome, bonitão? – Magnus pousou um dedo no braço marcado de Pablo, traçando o ankh.

— Saia de perto dele, Purpurina. Você não quer ver Mary irritada. – Steeve se fez ouvir. – Ok, agora será que eu posso falar ou vai aparecer mais alguém para me atrapalhar?

Magnus riu.

— Oh, claro. Desculpe-me. Prossiga no que quer que seja que estivesse fazendo.

— Noel sumiu e nós temos que encontra-lo. Parece que depois que o Metallica anunciou um show na Antártida, uma outra banda decidiu fazer o mesmo. Mas alguma coisa completamente estranha aconteceu e ele acabou pousando no Polo Norte, ao lado da mansão do Noel. – Steeve falou.

— O Noel tem uma mansão...?

— É claro, onde você acha que ele conseguiria tanto espaço para presentes, renas, trenó e sei lá mais o quê?! – Thiago reclamou quando Anna o interrompeu.

— A casa dele poderia ser como a bolsa da Hermione. – Uma voz se fez presente após um estampido.

— Oh não! Eu não vou conseguir terminar até o anoitecer... – Steeve se queixou.

— Sou Harry Potter, só estou aqui para o transporte.

— Atravesse todo o campo, siga a estrada principal, vai ver uma réplica do Palácio de Beckingham. Adeus e não me atrapalhe outra vez.

— Ei, Potter! Como está Dumbledore? Mande um beijo para ele por mim, diga que foi Magnus Bane. – Falou alegremente.

— Posso continuar? Como eu ia dizendo, quando a banda chegou lá, o trenó estava destruído e as renas machucadas, uma delas quase morta. Nem sinal do barbudo e dos presentes.

— E o que isso tem a ver exatamente com o Ma’at? – Sadie perguntou.

— Eles dizem que pode afetar muita coisa, até mesmo desencadear uma guerra.

— E realmente pode. – Alec falou pela primeira vez. – Nós do Instituto podemos garantir isso.

— Certo, alguém tem alguma ideia sobre onde procurar? – Isabelle se pronunciou. – Nenhuma outra informação que possa nos ajudar? Hoje já é dia 24, temos que achar o velho pelo menos antes do fim do ano...

Steeve meneou a cabeça, desanimado.

— Eu tenho uma sugestão. – Magnus deu um passo a frente. – Vamos todos para a casa do velho e dar uma olhada por lá.

— Um bom começo. – Pablo concordou. – Mas vamos nos aquecer um pouco, afinal, acabaram de me tirar da cama.

Ele deu alguns passos na direção de uma mesa coberta por todos os tipos de armas. Os olhos de Jace brilharam e não tardou a concordar com o outro.

*

— Vocês sabem, temos que dar um jeito de aparecer na cabeça do mundo em alguns segundos, então... Como vocês chegaram aqui? – Mary questionou enquanto caminhavam de volta a entrada da Academia.

— Moto demoníaca. – Jace deu de ombros.

— Blackjack. – Percy falou simplesmente.

— O que isso quer dizer?

— Um Pégaso louco. – Annabeth respondeu.

— Potter. – Grover baliu.

Anna o encarou antes de começar a rir histericamente. O que o deixou ainda mais nervoso e baliu novamente.

— Ele é um sátiro. – Percy explicou.

— Ei, o que é isso? – Thiago franziu o cenho.

— Asas. Pequenas. – Pablo resmungou.

No instante seguinte, uma rajada de ar desequilibrou metade do grupo.

— Blackjack. – Percy falou, sorrindo.

— Você disse que essas asas são pequenas? – Annabeth riu.

— Sim. – O sorriso que apareceu em seu rosto foi satisfeito, o que fez a loira se calar.

Um rugido cortou o silêncio da noite. Um som ainda mais alto zuniu no início da manhã.

— Darkness. – Pablo anunciou pouco antes de a enorme criatura escamosa pousar ruidosamente próximo ao Pégaso – levando a maioria ao chão. Ergueu a cabeça e soltou uma coluna de chamas no céu, os olhos vermelhos brilhando a distancia.

— Tal dono, tal bicho. – Mary reclamou antes de continuar a andar.

— Ei! Espera aí, esse dragão é seu?! – Jace exclamou empolgado.

— Não! Sem conversa fiada agora. – Isabelle se intrometeu.

— Pequenas! – Annabeth resmungou. Pablo riu.

— Magnus pode levar Isabelle, Alec e a si mesmo? – Mary perguntou.

— Ah querida, me chame de Izzy, esse nome me faz parecer velha! – Fez uma careta.

— É claro. – Respondeu Bane.

— Pelo que eu sei, o Potter iria ajudar no nosso transporte também. – Steeve comentou.

— Ótimo. Os magos, tem um modo próprio, não tem? – Thiago se virou para Carter.

— Se tivermos algo original do Egito, podemos abrir um portal.

— Um deus, serve? – Pablo perguntou.

— Não está falando de si mesmo, não é? – Sadie não ficou calada.

— Eu sei que você gostou do que viu, mas, não. – Mary observou a conversa, tensa.

— Ele está lá dentro. – Anna comentou. – Kirk Hammet, oh, desculpe, Anúbis. – Sorriu.

— Ele não se parece com o Hammet! – Sadie se exaltou.

— Ei! Calminha aí, Sadie. Ele não é ele.

— Como assim não é ele Carter?! Quantos Anúbis você acha que existem no mundo?

— Longa história...

— Não briguem, vocês dois. – Mary se intrometeu. - Ele também pode nos transportar.

— Er... Acho que Magnus vai ter que nos levar também. – Clary falou. – Aquela moto idiota do Jace só voa durante a noite. É coisa dos vampiros.

— Pablo, nem pense nisso! Eu sei que você ficou interessado. – Mary falou antes que o outro pudesse esboçar qualquer reação.

— Vamos todos para a mansão Gonzalez e de lá saímos para o Polo. – Pablo dá o primeiro passo. – Anna, se você bater o meu BMW eu te mato. – Jogou as chaves para a irmã.

— Como vocês voltam? – Thiago quem pergunta.

— Viemos a cavalo.

*

— Se alguém ainda precisar de alguma roupa mais quente, fiquem à vontade para assaltar o guarda roupa do meu primo. Ele volta em algumas semanas. – Pablo indicou uma porta no corredor.

— Estamos bem. – Jace respondeu, enquanto checava todas as armas posicionadas estrategicamente em seu corpo. – Clary. – Chamou em seguida.

Ele retirou a camisa expondo as marcas negras e esbranquiçadas que cobriam todo seu torso. A garota retirou sua estela do bolso e procurou um espaço livre em suas costas antes de começar a marca-lo. Anna observou, chocada.

— São runas. Elas nos deixam mais fortes, curam e também nos protegem do frio. – Izzy explicou enquanto marcava o irmão.

— Gostando do que vê, Marshall? – Mary saltou quando Pablo resmungou ao seu ouvido.

— Oh deuses, isso é ciúmes? – Ela virou para encará-lo. – Chega! Vá colocar uma camisa. – Ela lhe deu um tapa no peito. – Eu sei que já passou tempo o suficiente para nenhuma roupa entrar em combustão. Pare de se exibir! A Kane não para de olhar. – Sussurrou a última parte.

— Eu estou com ciúmes? – Ele perguntou sem esperar resposta, jogando o sobretudo negro sobre seus ombros.

— Todos prontos? – Steeve conferiu. – Vamos de uma vez.

Enjoo, para alguns. Branco. Frio. Nada. Eles não poderiam dizer nada mais do que isso. Estavam defronte a mansão branca no meio do Polo Norte. Um homem extremamente alto e largo estava agachado perto das renas ainda atreladas ao trenó destruído.

— Oh, quem são... Ah sim, vocês devem estar ajudando a encontrar o bom velhinho. Sim, claro. Entrem. – O homem falou animadamente. – Aliás, eu sou Hagrid.

O grupo trocou olhares enquanto Potter caminhava de encontro ao gigante, logo rumaram para a porta de entrada da mansão gelada.

— Não tem sinal de arrombamento. – Mary comentou.

— Ficaram satisfeitos em descontar nas renas. – Jace falou abrindo caminho entre eles. – Com licença.

Ele abriu a porta cautelosamente e ouviu por alguns instantes. Ninguém ousava respirar. Enfiou a mão em um dos bolsos e retirou um pequeno pote. Despejou seu conteúdo no chão da enorme sala de estar.

— O que é isso? – Steeve questionou.

— Um tipo de bússola. Mostra onde estão os demônios. – Isabelle respondeu. – Não acha realmente que isso foi trabalho deles, não é Jace?

Ele não respondeu. Adentrou a mansão com uma lâmina desembainhada, sendo seguido pelos outros. Tudo parecia em ordem.

— Misturem-se, trios. Vamos revistar mais rápido e com mais chances de encontrar alguma coisa. – Pablo falou.

— Misturar? Eu não acho uma boa ideia. – Jace reclamou.

— Complexo por liderança? – Mary sussurrou para Clary.

— Você nem imagina...

— Vocês dois, vão para lá. – Mary mostrou as escadas. – Sem reclamar.

Os dois garotos encararam-na por instantes com as sobrancelhas erguidas, mas foram naquela direção, sem deixar de olhar por cima do ombro.

— Gostei de você. – Isabelle sorriu para ela antes de arrastar Percy com ela.

— Ei! Alguém em casa? – Eles ouviram alguém na porta.

— Simon, seu idiota, cale a boca. – Izzy ralhou. – Sem apresentações, simplesmente comece a analisar a casa.

Ele ergueu as mãos em rendição enquanto caminhava para dentro.

— Use todos esses sentidos aguçados, vampiro. Mostre-se útil para alguma coisa. – Jace falou como se fosse consigo mesmo.

— Pode deixar que eu vou, Herondale. – O recém chegado respondeu alto o suficiente para todos ouvirem.

Logo foi acertado por um soco no ombro. Ele piscou para a namorada antes de começar a observar ao seu redor.

— Cara, mas essa casa fede a açúcar. Não me surpreende que o velho está tão gordo.

— Simon!

— Sim, Izzy?

— Apenas. Procure.

Ele riu antes de se jogar no sofá. Isabelle desistiu.

— Vocês ficariam surpresos com o que eu encontrei. – Jace comentou, sorrindo.

— Nós não queremos saber. – Clary respondeu imediatamente.

— Clary, você não sabe o que é...

— Eu imagino! E isso é bem pior.

— Parece que o nosso Noel esteve se divertindo antes de desaparecer... – Ele ergueu uma peça de roupa, que definitivamente não pertenceria a um Papai Noel de verdade, com a ponta da lâmina.

— Jace Herondale, abaixe isso. Agora.

Ele riu antes de obedecer. Ele não estava no clima para uma ruiva nervosa.

— Pessoal, parece que ele estava fazendo algo para comer. O microondas nunca foi ativado depois que ele o configurou. – Percy apareceu novamente na sala.

— E o que ele estava esquentando? – Simon quis saber.

— Hum... Um pedaço de bolo. – Annabeth respondeu.

Magnus riu de algum lugar da sala.

— Nada interessante por aqui, por que não olhamos lá em cima? – Carter sugeriu.

— Você, Alec, Mary e Grover, venham comigo. – Isabelle chamou indo para a escada. – Continuem procurando aqui.

O único som no andar superior era a colisão dos cascos do sátiro.

— Argh! Como você anda com isso e não faz barulho?! – Ele reclamou apontando indignado as botas de couro.

— Classe, meu bem. – Izzy respondeu sorrindo.

Eles não estavam revirando o quarto completamente em ordem do Noel por mais de quinze minutos quando ouviram uma explosão no andar de baixo.

— O que foi isso? – Grover baliu, tentando firmar as pernas que tremiam.

— Por que você está nisso, mesmo...? – Mary resmungou o olhando irritada.

— Desculpe...béé é que eu fico meio nervoso no início. Béé!

— Controle-se. – Isabelle ralhou.

— Eu acho que sei o que foi isso... – Carter começou, incerto. – Minha irmã tem mania de explodir as coisas que ficam no seu caminho.

— Ei, pessoal! Acho que vocês gostariam de ver isso aqui... – Annabeth chamou da escada.

*

A porta estava em pedaços, Sadie ao seu lado sorrindo triunfante.

— Ela é o quê?! – Jace reclamou encarando Carter. – Ela simplesmente não sabe ser discreta? Não quis esperar que Magnus trabalhasse na fechadura!

— Não abriu com essa sua runa idiota, queria que eu fizesse o quê? – Ela respondeu jogando suas atuais mexas roxas por sobre os ombros antes de analisar suas unhas.

— Está pensando o mesmo que eu ? – Isabelle murmurou para o irmão ao seu lado.

— Acho que sim... – Ele comentou alto. – A porta não abriu com uma runa. Provável.

— O que nós gostaríamos de ver? – Mary interrompeu, sem esperar resposta, caminhando em direção à porta e pulando por cima dos destroços.

Simon estava olhando para todos os frascos fumegantes sobre os balcões quando Mary entrou. Pablo estava lá dentro com sua lâmina desembainhada. Clary estava na extremidade, olhando atentamente para os tubos de ensaio. Jace apareceu pouco depois.

— O sinalizador de demônios apontou para esta sala. – Ele falou. – Parecia meio confuso, mas decidimos entrar. Mesmo que algum demônio estivesse por aqui, depois da explosão tenho certeza que fugiu.

— Eu não teria tanta certeza... Jace venha aqui um segundo. – A voz trêmula da ruiva o deixou preocupado.

— O que você encontrou aí? – Perguntou olhando por cima dos ombros dela.

— É a estela da minha mãe. – Ela apontou um nicho na parede coberta por sombras.

— Mas você a perdeu no Lago Lynn... não foi? – Ele franziu o cenho.

— Quem mais poderia recuperar alguma coisa assim?!

Sua expressão mudou no momento em que ligou os fatos.

— A Taça ainda está desaparecida... – Ele murmurou para si mesmo.

Clary concordou com um movimento mínimo de cabeça.

— Ei! – Ele chamou a atenção dos outros espalhados pelo lugar. – Não toquem em nada, estamos lidando com algo extremamente delicado.

— O que vocês descobriram? – Percy perguntou enquanto tirava uma caneta do bolso.

Jace ergueu uma sobrancelha para aquilo enquanto respondia.

— Estamos lidando com Valentine Morgenstern.

— Ele é meu pai. – Clary começou a explicar para os outros. – Ele criou Jace. Sempre visando uma seleção de Caçadores de Sombras.

— Em nossa história, - Alec complementou. – o anjo Raziel misturou seu sangue em uma taça, a Taça Mortal, para criar os Caçadores. Valentine roubou essa taça para criar seu próprio povo, com sangue de demônio.

— E vocês deixaram a Taça ser roubada mais uma vez. – Simon reclamou, entediado.

— Essa não é a questão... – Isabelle se manifestou, mas foi interrompida.

Lentamente, um homem vestido em negro saiu das sombras, batendo palmas lentamente.

— Estou impressionado. – Falou.

Pablo assistiu a tampa da caneta que Percy segurava deslizar e dar lugar a uma espada. Mary observou a pulseira de Izzy descer por seu pulso como uma cobra e se transformar em um chicote.

— Pensei que sairiam daqui sem qualquer pista do que poderia ter acontecido. – Continuou. – Sabe... vocês não vão conseguir impedir. Logo meu mais novo exercito estará me esperando.

— Que exército? – Steeve deu um passo à frente.

— Ora, que grosseria a minha. Por que você não me apresenta os seus novos colegas, filha?

— Eu não sou sua filha! – Clary grita.

— Mas eu pensei que você tivesse dito exatamente o contrário para esse seu namorado tingido. – Valentine sorriu.

— Tingido? Você já se olhou no espelho?! – Jace se revoltou.

Valentine caminhou para longe das sombras e se pôs no centro de todas aquelas pessoas armadas. Sorrindo.

Seu cabelo praticamente branco entrando em contraste com as roupas negras, as Marcas visíveis em seu pescoço.

— Não fale assim comigo, Jonathan. – Falou calmamente. – Eu posso guardar um pouco na Taça para você, se quiser juntar-se a mim.

— Eu nunca me aliaria a você! – Ele cuspiu. – Gabriel! – Ele chamou a lâmina que segurava com força.

— Oh, não seja tão precipitado. – Ele bateu as mãos juntas uma única vez.

O som de um rastejar começou a vir do escuro.

— Todos para fora! Armas normais não matam, mas o fogo ajuda. – Alec gritou.

A fria risada de Valentine ecoou no seu laboratório improvisado.

*

Quando saíram da casa, o frio já não era sentido. A adrenalina corria no corpo de todos.

Nem Potter ou Hagrid estava à vista. Uma fileira de homens e mulheres trajando negro cercava a frente da mansão. Pontos pretos se moviam em alta velocidade de todos os lados. Eles tinham certeza que eram demônios.

O encontro não demorou muito. Logo todos estavam lutando por suas vidas. Três demônios no mínimo para cada um do grupo.

Grover balia e escoiceava alguns, e em algum momento seu casco atravessou um de corpo mole e ele acabou desmaiado. A última coisa de que se lembrou foi de ouvir um chicote estalar próximo ao seu ouvido.

Isabelle parecia uma máquina de matar, os saltos não pareciam afetar em seu desempenho. Estalou seu chicote sobre a cabeça de um e no instante seguinte ele estava partido ao meio e a neve coberta de ichor.

Jace lutava ao lado de Pablo, que lançava algumas bolas de fogo enfraquecendo os demônios maiores e o loiro descia o golpe final. Mary se juntou a eles pouco depois, a espada pingando sangue.

Simon lidava com os Caçadores facilmente com sua velocidade e força incomum, enquanto Magnus lançava bolas coloridas em todas as direções, reduzindo demônios a fumaça.

Quando as baixas no inimigo foi notável, Magnus assumiu os quatro Caçadores que lutavam contra Annabeth e Percy e os instruiu a se juntar a Alec, que atirava setas ainda na entrada da mansão, e procurar por Valentine.

Antes que adentrassem novamente a sala de estar, Isabelle os alcançou.

— Não pensou que eu ia ficar de fora disso, não é?

— Qual deve ser o plano? – Alec perguntou.

— Eu não sei. O nosso plano é captura-lo e interroga-lo. Nós estamos correndo contra o relógio. Não se esqueçam do fuso horário. – Izzy respondeu.

Percy praguejou quando ela falou.

— Em alguns lugares eu já posso imaginar a reação das crianças ao não encontrar um presente sequer sob a árvore.

— Sim, mas ainda temos o resto do mundo para tentar não atrasar tanto. – Annabeth lhe falou.

— Sim, mas até lá eu os manterei ocupados. - Valentine anunciou, sorrindo, da porta às suas costas.

Dois Forsaken o flanqueavam, eles não teriam chance.

— O que você pretende Valentine? – Alec elevou a voz, apontando uma seta direto em seu coração.

— Eu? Ah, deixe-me contar: - Ele se sentou confortavelmente em um sofá, jogando as almofadas no chão como se estivessem infectadas. – vocês sabem que as crianças mundanas são tão inocentes... o que aconteceria se o que mais motiva isso, desaparecesse?

“Ah, é claro, elas ficariam tristes. Se você se esforçar um pouco mais, você pode cultivar isso em suas pequenas cabeças ocas até que vire ódio. E vocês sabem o que o ódio faz?” – Ele sorriu. “Ele te deixa mais forte. Amar é destruir, eu sempre digo. Se você tem o ódio dentro de si, você não é capaz de amar e assim... eu terei os melhores Caçadores de Sombras.”

— Acho que você está esquecendo de uma coisa... – Annabeth falou. – Você acabou de dizer que são só mundanos.

Ele riu.

— Criança tola! De posse da Taça Mortal elas tomariam o sangue de Lilith – o brilho doentio em seus olhos o distraiu por uns instantes. -, algumas morreriam, claro, mas vocês têm noção de quantas crianças existem no mundo?! – Ele passou a gritar. – Meus números superariam os seus, nós estaríamos prestes a começar um Novo Mundo!!

Um baque se seguiu e o primeiro Forzaken tombou. Jace arrancou sua lâmina das costas do primeiro, mas antes que o fizesse, o segundo entrou em combustão. Pablo passou por cima das cinzas e embainhou a lâmina negra, avançando diretamente para Valentine.

— Quem você pensa que é?! – O mais velho gritou.

Sem resposta. Outro baque se seguiu quando Pablo o acertou com um gancho de direita.

— Onde está, Morgenstern? – Jace gritou novamente em seu rosto.

Valentine estava amarrado, Magnus tomara as providências. Ele não tinha chance de fuga.

Jace ou qualquer outro não tinha a ousadia de acertá-lo como fizera Pablo, apesar de tudo, os do Instituto ainda sentiam-se mal por fazer isso perto de Clary, o que deixou o caminho livre para o Herdeiro. A cada pergunta não respondida, uma tortura diferente.

— Tudo bem, ele está acorrentado naquela sala. – Rendeu-se.

— Você sabe... – Pablo acenou para alguém verificar enquanto desembainhava novamente Incandësces. – Que se você estiver nos levando a uma armadilha, - Pousou a lâmina no pescoço do homem como se estivesse prestes a prender um colar, segurando o fio negro com a mão nua. – a sua cabeça não fará mais parte do seu corpo.

Pablo puxou um pouco e um filete de sangue escorreu por seu pescoço. Valentine gritou quando a lâmina queimou sua pele.

— Não é uma armadilha, sádico!

— Oh, - Pablo se curvou atrás da cadeira do homem para sussurrar em seu ouvido – você está sentindo dor?

— Ele está aqui! – Anna chamou da outra sala.

*

Clary estava sentada no sofá da casa de sua mãe com Jace, Isabelle e Simon, conversando sobre o último mês, enquanto Luke fazia o jantar. Jocelyn estava tomando um banho para logo se juntar a eles.

— Eu sinto falta de lutar com eles... – Isabelle comentou

— Pois é... até que não foi tão ruim. Eu me diverti. – Jace falou animadamente.

— É claro que você se divertiu, matando, estripando, conhecendo outros que gostam de fazer o mesmo... – Simon revirou os olhos.

— Cuidado com o que diz, vampiro, eu te trouxe da morte, posso manda-lo de volta a qualquer momento. – Ele falou tentando parecer sério.

— Não comecem vocês dois! – Izzy reclamou. – Ei! Veja aquilo. – Ela indicou a televisão.

— “E nós salvamos o mundo dos pirralhos” – Jace fingiu imitar a mulher da BBC.

Clary o acertou com um tapa e aumentou o volume.

— Boa noite, estamos ao vivo para noticiar este fato impressionante que abalou o Natal em todo o mundo. Papai Noel foi sequestrado e mantido prisioneiro em sua própria mansão no Polo Norte. Após o anúncio de um show de rock na Antártida, outras bandas decidiram fazer o mesmo, mas parece que não deu muito certo. O piloto acabou levando-os até a casa do Papai Noel, e não é que teve um ponto positivo?! – A apresentadora falava.

Eles perceberam sinais estranhos na neve e as renas não estavam bem, e o trenó completamente destruído. Imediatamente eles entraram em contato com o governador de seu país de origem e a situação foi declarada crítica. As autoridades mundiais mais competentes foram acionadas para tentar resolver esse mistério. E graças ao trabalho em equipe dos detetives de plantão, Papai Noel foi salvo.”

“Na última semana ele esteve internado e recebendo atendimento médico. Parece que o velhinho esteve em coma por conta do cativeiro, mas agora ele está bem e preparado para voltar à ativa. Nesta noite linda de Janeiro ele irá recuperar o tempo perdido! Não se preocupem crianças, o Bom Velhinho ainda vai aparecer por aí!”

— Detetives?! – Jace exclamou desligando a televisão. – É isso que nós somos? Argh, mundanos! Tão limitados...


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Notas finais do capítulo

Então... algum comentário? HahaEu sei, vocês não gostam de comentar em oneshot, mas faz um esforcinho aí... Apesar de eu ter feito esse texto em um dia e meio, ele deu trabalho. Eu, normalmente, gasto mais de um mês para escrever uma média de 10 páginas, e aqui tem 15!Quero pedir desculpas também para uma coisa: eu ainda não li os livros traduzidos de Instrumentos Mortais. Eu li pela internet e quando um pdf online falhava eu ia ler em inglês, enfim...eu estou acostumada a escrever os termos diferentes do que na tradução.-A música citada é Ember to Inferno e pertence à banda Trivium.