Na manhã seguinte Hermione acordou de muito bom humor. Levantou cedo, tomou um longo banho, arrumou os cabelos em um rabo de cavalo lateral – que levou um considerável tempo para domar os fios rebeldes – e foi escolher uma roupa, por estarem na primavera, optou por um vestido rosa claro de mangas curtas e saia rodada, leging num tom de rosa um pouco mais forte e sapatilhas da mesma cor. Mal prestou atenção no que comia durante o café-da-manhã e quando o horário do encontro finalmente chegou, saiu quase correndo em direção ao hall de entrada.

Gregory estava encostado a uma parede próxima à porta e quando a viu chegando, abriu um largo sorriso.

– Você está linda, Hermione!

– Ah, o-obrigada. – respondeu, corada.

– Vamos então?

– Claro.

Seguiram pela estradinha que os levaria até Hogsmead conversando sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo. Mesmo não tendo muitas coisas em comum, era incrível como se davam bem.

– Aonde você quer ir primeiro? – ele perguntou.

– Hm. Não sei, que tal na Dedos de Mel, ou então na Zonkos e depois a gente podia dar uma volta por aí.

– Você é quem manda! – ele sorriu pra ela.

Foram na Dedos de Mel e ficaram lá por cerca de meia hora, saíram de lá com sacolas cheias de doces, ele com duas e ela com apenas uma. Depois, foram até a Zonkos, havia vários produtos novos e interessantes lá, mas não demoraram muito e logo estavam caminhando lentamente pelas ruas e olhando as vitrines.

– A gente podia ir ao Três Vassouras beber alguma coisa. – a morena sugeriu.

– Claro. Hm... será que você podia ir na frente? Eu tenho que... fazer uma coisa. Vai ser bem rápido.

– Tudo bem.

Hermione seguiu para o pub, pediu duas cervejas amanteigadas e se sentou em uma mesinha no canto. Quinze minutos depois Gregory voltou e se sentou na cadeira ao seu lado.

– Então, encontrou o que queria? – perguntou curiosa.

– Encontrei sim, mas depois eu te mostro. – disse sorrindo.

Ficaram ali conversando por quase a tarde toda, até que chegou a hora de voltarem para o castelo, mas como ainda era cedo, resolveram ficar pelo jardim aproveitando o finzinho da tarde.

– Hermione, eu queria te dar uma coisa. – tirou uma pequena caixinha azul do bolso e entregou a ela.

– Um presente... pra mim? – perguntou, surpresa.

– Soube que o seu aniversário foi na semana passada. Pensei em te dar alguma coisa pra você sempre lembrar de mim. – disse meio sem jeito.

Hermione abriu a caixinha e viu uma correntinha dourada com um pingente em forma de coruja.

– Dizem que a coruja é o símbolo da sabedoria. Achei que combinaria bem com você.

– Obrigada, Gregory. Eu adorei. – agradeceu, realmente feliz, dando-lhe um beijo na bochecha.

Os dois ficaram bastante corados com isso. Aquilo havia sido um ato impulsivo da garota.

– P-Posso colocar em você?

– Ah. C-Claro. – ela entregou a correntinha pra ele e ficou de costas, esperando que ele a colocasse – Ela é linda. – disse ao virar-se de frente pra ele.

– Linda... – ele se aproximou ainda mais e acariciou o rosto dela com uma das mãos – é você, Hermione.

Os rostos foram se aproximando enquanto os olhares mantinham-se conectados, ficaram apenas se olhando pelo que pareceu uma eternidade até que seus lábios finalmente se encontrassem. O beijo foi delicado, suave, mas ainda assim, bastante profundo e intenso, o melhor beijo de suas vidas e depois dele, mesmo se quisessem, não conseguiriam simplesmente deixar pra lá e esquecer, não quando havia um sentimento tão belo e puro entre eles.

FIM.