Lista De Motivos Para Te Odiar escrita por Lola


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas! Desculpa pela demora, culpem a minha escola por isso. Boa notícia: só tenho uma semana de aula. Má notícia: a última semana é de provas então não terei tempo para postar. Tentei escrever partes hots, mas não fluiu... De qualquer maneira, espero que gostem.



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– Merda! – deixo escapar.

De todas as coisas que eu esperava que acontecesse nessa festa, encontrar John não era uma delas, porém para o meu desgosto, a vida fez com que ele estivesse ali a poucos passos de mim. Ainda não quero falar com ele, não depois da ceninha que eu fiz hoje cedo, ele deve achar que eu sou uma doida. Por isso, quando vejo que ele vira a cabeça em minha direção, abaixo e me escondo atrás de Gustavo.

– Tá tudo bem? – ele pergunta confuso.

– Tudo ótimo! Vamos dançar? – digo puxando ele para a pista de dança improvisada que tem na sala. Não sei dançar muito bem, mas naquele momento me pareceu a melhor opção já que está cheio de gente. Ficamos balançando nossos corpos no ritmo da música e gritamos para tentar manter um diálogo. Um garçom passa com copo de água, pego e viro todo de uma só vez.

Ok, não era água.

Começo a tossir descontroladamente. Gustavo dá uns tapinhas em minhas costas enquanto pergunta se estou bem. Por alguns minutos, o mundo gira e eu teria caído se Gus não tivesse me segurado. Depois a sensação de tontura passa e o mundo fica mais colorido. Abro um largo sorriso e puxo Gus para perto de mim. Uma música lenta começa a tocar, ele me segura pela cintura, colando ainda mais nossos corpos. Passo os braços pelo seu pescoço e apoio a cabeça em seu peito. Nossos gritos se tornam sussurros e sinto seus lábios se aproximarem dos meus... MERDA! John está vindo em direção à pista de dança.

– Preciso ir ao banheiro! – digo, cortando o clima e saio apressada em busca do banheiro. Chegando lá, a porta está trancada, porém tento abri-la mesmo assim porque reconheço as vozes de quem está dentro. Mi abre a porta e eu entro, fechando-a logo em seguida.

– O que aconteceu?! – Lari para de retocar o batom e me encara.

– John! Ele tá aqui!

– O que é que tem? – explico tudo que aconteceu pela manhã para elas.

– Eu não quero ver ele! Ele deve achar que sou uma boba e vai rir da minha cara!

– Ela vai rir da sua cara se souber que você tá se escondendo no banheiro para não ver ele porque tá com vergonha do que ele vai pensar sobre você! Vamos sair logo daqui porque eu tô derretendo! – Mi fala e me arrasta para fora do banheiro. Afasto-me delas e vou em direção a uma bancada que está servindo de bar. Sento em um banquinho branco e cruzo as pernas para que não apareça coisa demais, já que meu vestido é curtíssimo. (Vamos ignorar o fato que o banquinho abaixou quando eu sentei e eu me senti muito gorda por isso.) O barman que aparenta ter uns 19 anos surge do outro lado da bancada e sorri para mim.

– Me dê a coisa mais forte que você tem ai!

– Quantos anos você tem, gata?

Que merda! Não sou de beber, mas quando eu quero vem esse retardado querendo saber minha idade.

Inclino-me sobre bancada e puxo ele pelo colarinho de sua camisa. Aproximo nossos lábios e falo com uma voz sensual:

– Você realmente quer saber?

Ele sorri maliciosamente, se afasta e desaparece cozinha adentro, voltando poucos minutos depois com um copo rosa neon. Pego e bebo tudo de uma vez. A bebida desce queimando em minha garganta.

– Quero mais – falo.

Perdi a conta de quantos copos eu tomei, só sei que pouco tempo depois, eu estava muito feliz e eufórica. De repente, me deu muita vontade de dançar. Pego meu copo e levanto do banquinho com um salto. Esbarro em alguém atrás de mim e o líquido derrama todo em meu vestido, fazendo me estremecer com cubo de gelo que entrou no meu vestido.

– Seu filho da puta! Meu vestido!

– Desculpa! Quer que eu limpe?

Levanto a cabeça e meus olhos encontram John, sorrindo para mim de um jeito malicioso.

– Quero! Você é gay mesmo!

– Fale isso rebolando no meu pau!

– Falo! Só não falo agora porque você vai estar muito ocupado limpando meu vestido.

Pego um punhado de guardanapos no “bar” e entrego para ele que arqueia uma sobrancelha (como ele consegue fazer isso?!) como se estivesse perguntando se aquilo era sério, eu assinto e faço uma cara de “sou diva e você não, beijos”.

– Ok, então.

Ele resolve entrar na brincadeira, pega os guardanapos e começa a deslizar devagarzinho pelo tecido, cada toque seu provoca arrepios em toda extensão do meu corpo. Com a mão livre, ele me segura pela cintura e faz movimentos circulares na região. Se eu soubesse que ele ia fazer isso, nunca teria começado essa briga. Mentira, teria começado sim. Aquilo era maravilhoso. Sua mão repousa no meio do meu peito.

– Por que seu coração tá batendo tá rápido? – ele sussurra.

Solta o guardanapo e segura minha cintura com as duas mãos, colando ainda mais nossos corpos. Sua respiração está calma, muito diferente da minha, totalmente descompassada. O sorriso cafajeste dele só piora as coisas. Ele aproxima o rosto do meu e nossos narizes se tocam.

Se ele acha que sou uma menina bobinha que derrete toda por dentro sempre que ele chega perto, ele está muito certo. Porém não posso deixar que ele saiba disso. Desvencilho-me dos braços dele com muito esforço e tento fazer uma cara de indiferença, o que é muito difícil.

– Desculpa, John, mas eu já tô com outra pessoa.

– Ah é? Quem?

Nesse momento Gus aparece ao meu lado e me abraça. O coitado apareceu no lugar errado e na hora errada, mas pra mim isso foi perfeito. Dou-lhe um beijou demorado na bochecha.

A expressão de John fica rígida, seus músculos se contraem e tenho a impressão de que ele vai bater em Gus, mas o que ele fez me surpreende mais ainda. Ele puxa uma morena que estava passando e beija-a nos lábios. Aquilo foi como um soco pra mim, na verdade, eu preferia ter levado um soco.

– Que ótimo, porque eu também estou com uma pessoa – diz isso e simplesmente sai (levando a morena junto), me deixando sem reação.

– Esse cara é um idiota – Gus fala, tentando me animar.

– Eu sei – sorrio sem vontade.

– Não vou deixar que esse garoto estúpido arranque seu sorriso lindo e saia ileso.

– E o que você pretende fazer? Bater nele?

– Pior.

Dito isso, ele me puxa pela cintura e nem tenho tempo de protestar, porque ele me cala com um beijo. Penso em interromper o beijo, entretanto isso é humanamente impossível. Fechos olhos e puxo-o mais para perto. Passo as mãos por baixo de sua camisa e arranho suas costas musculosas. Ele morde meu lábio inferior e me joga contra a parede. Ele dá um impulso e eu entrelaço as pernas em sua cintura, acabando com qualquer distância que existia entre nós. Abro os olhos, mas preferia não ter feito porque eles encontram os de John, que apesar de estar beijando ferozmente a morena, não para de me encarar.

– Desculpa, Gus. Não posso beijar você, não por esse motivo. É errado.

– Você acha que eu ligo?

E ele me beija intensamente mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Oi mais uma vez. Tô cheia de ideias pro próximo cap hehehe! O que acharam desse? Comentem e se quiserem me sigam no Twitter: @_lorealves
Beijos! ;D



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