Lista De Motivos Para Te Odiar escrita por Lola


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Se eu disser que estou chorando vcs me perdoam por ter ficado 4 meses sem postar?? Eu fui deixando pra lá e acabei desanimando, nem lembrava mais que dela, até que sem querer cliquei no link do Nyah! e achei mensagens e comentários pedindo pra eu continuar. Me senti péssima por ter parado e chorei. Me desculpem! Amo demais vocês! Prometo que não vou mais abandonar a fic! Chega de enrrolação, leiam...



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– Tudo bem – passou o braço pelos meus ombros e me guiou até o carro, abriu a porta e eu entrei. Ficamos em silêncio o caminho todo, John tirava a atenção da estrada de vez em quando e me olhava, mas por pouco tempo depois voltava a fitar a estrada. Acabei adormecendo e acordei no colo de John subindo as escadas, ele me levou para o “meu” quarto e me pôs com cuidado na cama. Abri um pouco os olhas e fiquei vendo John procurar um pijama na minha mala. Ele não achou e saiu do quarto, voltou trazendo consigo um casaco cinza que provavelmente ficaria enorme em mim. Sentou com cuidado na cama e desajeitadamente foi tirando os grampos do meu cabelo, ele tirou o meu sapato e deixou o casaco do meu lado. Cobriu-me com o edredom e ia saindo do quarto, mas eu disse com uma voz roca:

– Fica comigo? – a pergunta surpreendeu tanto a ele quanto a mim.

– Claro – peguei o casaco e fui ao banheiro. Tirei a roupa e coloquei o casaco que tinha o cheirinho dele. Quando saí, ele vestia uma calça de moletom. Deitei na cama e fiz sinal para que ele fizesse o mesmo. Ainda hesitante ele deitou do meu lado.

– Desculpa por ter estragado sua festa – disse baixinho.

– Você não estragou nada – ele me abraçou de maneira protetora e deu um beijo no topo da minha. E eu adormeci assim, abraçada com John.

Acordei com uma sensação muito boa, tão boa que estranhei. Geralmente, acordo com um mau humor, que só Jesus na causa. O perfume de John era inconfundível, virei e (infelizmente) ele não estava lá. Senti um vazio estranho no peito. O que era daquilo?!Caraca, Isabelle! Foco, você só passou UM dia com esse cafajeste e já tá toda sonhadora! Repreendo a mim mesma. Esses vão ser os trintas dias mais longos da minha vida...
~~~
– PELA ÚLTIMA VEZ, EU NÃO DOMIR COM JOHN!
Grito ao telefone, com Milena. Era a centésima vez que eu falava isso para ela. Bom, tecnicamente dormimos juntos, mas não dormimos, nós só dormimos. Tipo, fechar os olhos e apagar. Ah! Vocês entenderam!
– Ok, ok! Eu e Lari vamos ao shopping, anima?
– Claro! Vou me arrumar, beijocas.
Desligo o telefone (que tá até quente de tanto tempo que fiquei falando que eu não “dormi” com John). Tomo um banho frio, penteio, ou pelo menos tento pentear, meu cabelo, porque eu desembaraço uma parte, e quando vou desembaraçar a outra, essa embaraça de novo! Ah, vá à merda!
Faço um coque bagunçado, visto um vestidinho banco de alcinha e uma jaqueta jeans, caso fossemos ao cinema. Penso em colocar um saltinho, porém, Isabelle Linton + chão escorregadio do shopping + salto= merda². Calço uma sapatinha verdinha com lacinho.
Desço as escadas e me arrependo imediatamente. John e outros dois amigos estão entrando na casa, acho que acabaram de sair da piscina já que estão só de sunga. Molhados. Alguém tem um balde? Não quero molhar o chão com baba.
FOCO ISABELLE!
QUE PORRA É FOCO, MESMO?!
John me vê, sorri e passa a mão pelos cabelos. Engulo em seco e termino de descer as escadas. Tento olha-lo nos olhos. Porém, contra minha vontade, meus olhos escorregam para seus músculos e vejo alguns hematomas e arranhões.
– John! Você se machucou ontem! Meu Deus, por que não me disse?!
– Exatamente por isso: para você não pirar!
– Temos que dar um jeito nisso! Onde fica o quite de primeiros socorros?
– Na despensa. Sério, Belle, não precisa.
Belle.
Estremeço ao ouvi-lo pronunciando meu apelido mais “íntimo”. Há quanto tempo ninguém me chamava assim? Lembrei, desde que eu me afastei de John. Só ele me chamava assim. Era meio que um apelido exclusivo. Devo ter ficado com cara de idiota, pois ele perguntou se eu estava bem.
– Nada, Pipoca.
Inverti o jogo, agora ele é quem estava com cara de idiota. O idiota mais lindo do mundo, mas um idiota.

Ele costumava ser tão agitado que eu o chamava de pipoca. Recupero a pose e vou à despensa. Acendo a luz e acho o quite de primeiro socorros bem fácil. É uma caixa de plástico branco, lembro muito bem dela porque quando éramos pequenos, eu tentava acompanhar o “Pipoca” e sempre caia. Tento afastar a lembrança da minha mente, em vão. Em pouco tempo, minha mente atravessa o tempo e o espaço e sou novamente uma menina de dez anos apaixonada pelo vizinho.
John e eu estávamos na piscina, jogando água um no outro. Resolvemos apostar corrida, ele, como sempre, ganhou e eu, ganhei um galo na cabeça. Pois bati ela na escadinha da piscina. John pegou essa mesma caixa que eu estou segurando agora. Ele cuidou de mim e depois nós dois deitamos na grama.
– Obrigada por cuidar de mim.
– Sempre vou cuidar de você.
– Promete?
– Prometo!
– Promete que vamos ser amigos para sempre!
– Prometo.
– De coração?
– De coração.
Pelo visto, ele quebrou essa promessa. E quebrou meu coração junto. Uma lágrima escorreu pela minha bochecha, quente e salgada, sem que eu pudesse evitar. Passo a mão para seca-la, impacientemente. Argh! Não vou chorar por ele!
Vou à sala e falo para John sentar no sofá. Ele obedece e enxugo suas costas com a toalha, com um cuidado dobrado nas partes machucadas. Passo remédio nos hematomas e cubro algumas feridas com band-aids.
– Obrigada por cuidar de mim ontem.
Falo baixinho, depois de criar coragem e ensaiar mentalmente mil vezes o tom que eu usaria. Tentei parecer agradecida, mas não tanto.
– Eu sempre vou cuidar de você.
– Eu sei, John, você já me disse isso uma vez.
Falo tão baixo que ele não escuta. Minha garganta fecha e meu coração dá um nó. Sou tomada por uma náusea e lágrimas caem impiedosamente pela minha face. Tento seca-las e conte-las, porém é tarde de mais, John já viu.
– O que foi?
– VOCÊ PROMETEU! DE CORAÇÃO! DE CORAÇÃO!
Explodo e saiu correndo, não aguento mais olhar para a cara dele. Abro a porta, um tanto forte demais e saio. Pessoas me lançam olhares de pena, enquanto eu tento chegar ao shopping, que felizmente é perto da casa de John. Depois de tropeçar algumas (muitas) vezes. Eu chego. Mando um torpedo para as meninas e peço para que elas me encontrem em frente ao cinema. Compro um sorvete e afogo minhas mágoas nele antes delas chegarem. Quando as vejo de longe, enxugo as lágrimas e sorrio.
– Então, qual filme vamos assistir?



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Notas finais do capítulo

Mais uma vez desculpa!!! Vcs não tem noção de como estou me sentindo mal... ;-; Se eu alguma vez na vida, para de postar por um tempo, podem me atormentar no Twitter: @_lorealves ou Instagram: @lorealves, sério. Me torturem, digam que vão me matar, mas não deixem eu parar de escrever! Amo muuuuito vocês! Beijos, Lola.



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