Remember? escrita por eduarda


Capítulo 8
Remember The Thing That Was So Missed In My Life?


Notas iniciais do capítulo

Nossa cara, acho que eu to demorando muito em postar em Remember ¬¬
Mas enfim, tinha quem me fazer ter consciência disso né?
Dreams and Wishes, muito obg por encher meu saco e fazer-me postar, ok? huehueheuhue É sério gente, agradeçam a ela, pq se não o capítulo não sairia nunca huehue
ENJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOY PEOPLES MAIS BEATIFUL DA MINHA LIFE!



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Remember?

“Uma mistura de emoções e sentimentos formou-se em mim, causando um aperto na boca do meu estômago e uma grande sensação de alívio. Você estava bem ali, em minha frente. Me fitava com seus olhos grandes e brilhantes, e eu já havia perdido a conta do tempo em que estivemos parados um olhando para o outro, paralisados. Vestia um short jeans e um moletom. Descalça, ao lado da cama recém-armada no novo apartamento. Eu já não lembrava mais como havia parado naquele lugar, e nem se realmente pretendia continuar ali.

– Vai ficar aí parado? – você disse. Ouvir a sua voz novamente, ao vivo, e sem nenhuma grande distância nos separando foi a gota d’água.

– Você não muda – falei apenas, destruindo aquele incomodo espaço que nos distanciava e pegando-a em meus braços. Inspirei teu cheiro bom, relembrando as poucas, porém bastante memoráveis, vezes em que eu tive o prazer de fazer isso.

– Eu senti tanto a sua falta – sussurrou, sua respiração fazendo cócegas em meu pescoço.

– Certeza? – separei-me um pouco dela, o bastante para que pudesse fitar seus olhos novamente.

– Eu deveria lhe dar agora aquele chute que estava com vontade de dar-lhe desde o dia em que você ousou desconfiar do meu amor por ti.

Ri do que você disse, fazendo-a rir também.

– Eu nunca ousei desconfiar do seu amor – pus uma mecha de seu cabelo encaracolado atrás da orelha, acariciando sua bochecha em seguida – Estava inseguro com toda aquela situação, você sabe.

– Eu sei – você disse e sorriu num ato de consolação.

– Mas Ally, - a puxei para mais perto de mim, o quão perto fosse possível – não se afasta de mim novamente – aproximei meu rosto do seu, sentindo o ar quente que saía por sua boca toda vez que você expirava – Eu não tô mais a fim de enlouquecer sem você aqui, pertinho de mim.

Você soltou uma risada e puxou meus lábios aos seus. Retribuí ao beijo.

– Pode deixar, loiro. – murmurou entre cada estalo dos beijos.

Minha língua contornou seus lábios delineados, e cada suspiro que você deixava escapar me dava mais confiança; dava-me mais certeza de que você estava mesmo ali, e que eu não queria te perder nunca mais.

Todas as neuras e paranoias de que não daria certo, eu, você, nós dois, foi embora. Seus dedos entrelaçados ao meu cabelo bagunçado me lembrava dos poucos dias em que convivemos juntos, e que nos apaixonamos.

Percebi também que eu nunca na minha vida iria te deixar ir embora de novo. Ally, eu te amava com todas as forças que alguém poderia amar outra pessoa, e eu nunca que iria me desfazer daquele sentimento bom, confortável, que era estar com você.

Deitamos em sua cama, rodeados por caixas, após muitos beijos e mil formas de preencher a saudade. Você se aninhou a mim, com a pontinha de seu nariz roçando meu pescoço. Me contava do que passou lá em Los Angeles, e me dizia que apesar de tudo que estava acontecendo, acreditava na gente, mas que também não poderia deixar de viver sua vida. E bom, eu percebi que todo aquele tempo eu havia agido como um idiota por achar que tudo tinha acabado.

– E como foi a bomba do astro pop? – me perguntou.

Ri disso e contei-lhe do dia em que o Dez postou um vídeo meu cantando uma música no violão.

– Aquela música era linda, você compôs? – disse.

– Sim, passei um ano tentando compor ela, e no final eu consegui.

– E eu tenho alguma coisa haver com ela? – seus olhos fixaram-se aos meus, e eu vou te confessar Ally, eu tive medo de olha-la de volta. Eu sabia que sim, mas eu tava com medo de admitir, mesmo sabendo que você praticamente já sabia daquilo.

– Será que eu deixei mesmo alguma sombra de duvida? – disse, mas para mim do que para você.

– Eu não sei – respondeu – Eu só queria ter certeza.

Você ficou calada por um tempo, e isso me deu uma brecha pra dizer uma coisa que já estava presa em mim há um bom tempo. Uma coisa que já não era mais novidade pra mim, mas eu precisava deixar sair.

– Eu nunca soube demonstrar meus sentimentos – comecei, você pulou um pouco com o preenchimento da minha voz no ambiente, e eu sorri com aquilo, o que também não era uma novidade. Se ajeitou numa posição a qual pudesse ver meu rosto por completo. Observei sua expressão serena, atenta, e continuei. – Aquela música foi a mais sincera e, bem, única, que eu já fiz em minha vida. Tinha uma certa duvida se deveria ou não deixar que o Dez a pusesse na internet, porque no fundo, aquilo era uma coisa pessoal, mas não impedi que ele o fizesse. Me tornei a “sensação da internet” da noite pro dia, e cara, isso foi incrível. Eu consegui, em todos aqueles meses, me distrair com algo que não fosse você, que não fosse o sofrimento da sua ausência, e descobri, finalmente, que era aquilo que eu queria. Cantar, deixar escorrer nas letras das músicas as melhores coisas da vida; a parte positiva dos sentimentos. Enquanto eu via os comentários referidos aquele curto vídeo de um garoto que mal sabia o que estava fazendo com um violão e uma declaração saindo da boca, eu sabia que eu queria, precisava, sair pelo mundo conquistando as pessoas com um talento que eu mal sabia que tinha e que gostava. Mas eu sabia que estava faltando alguma coisa. Sempre falta alguma coisa, Ally.

– E que coisa é essa? – você perguntou, as sobrancelhas arqueadas, confusa.

– Você.

Acho que levou, digamos, um minuto e meio para a sua ficha cair e um sorriso largo estampar-se em seus lábios.

– Eu? – indagou.

– A musa inspiradora para a minha primeira música de sucesso, ué. Quem mais seria?

Você gargalhou e pulou em cima de mim, murmurando milhões “eu te amo” e me enchendo de beijos. Não achei que eu pudesse sorrir tanto em um tempo tão curto.

– Aceita ser essa coisa que faz tanta falta em minha vida? – me olhou, acariciando minha face com os polegares.

– Promete, primeiramente, me lembrar todos dias de que não irá me dar motivos para me arrepender?

Fiquei em silêncio por alguns instantes. E olha, depois de muito tempo eu vim perceber que você sempre foi assim. Receosa. Com medo da decepção, de te magoarem.

– Todos os dias – respondi, sorrindo em seguida.

– Austin. Austin Moon – ela disse – Eu aceito ser a sua coisa – e bem, nos beijamos até o ponto de doer nossos lábios, e claro, voltarmos a nos beijar de novo, e de novo, e de novo...”

A porta da sala hospitalar abriu, e de lá apareceu o rosto pálido da enfermeira morena que eu encontrei quando cheguei aqui.

– Senhor Moon, desculpe interrompe-lo, mas eu recebi ordens para vir aqui e dizer que o senhor precisa ir comer alguma coisa. Já passam das onze e meia.

Sorri fraco para a mulher, tentando esconder as pequenas poças d’água que se formavam abaixo dos meus olhos.

– Pode deixar, Andréa. Eu já vou. – ela sorriu em consolo para mim e deixou-me sozinho novamente com a Ally.

Olhei-a profundamente. Os poucos ferimentos que se espalhavam por seu corpo já haviam se curado, e agora algumas ataduras cobriam os mais graves. Mas eu continuo dizendo, ela ainda é a garota mais bonita que eu já vi na minha vida. Haja o que houver, sempre vai ser.

– Minha morena – sussurrei, afastando-me dela e indo até a porta – Não consegui cumprir a promessa, sinto muito.

E saí da sala.


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Notas finais do capítulo

E aí?
Gostaram?
Ficou bom?
Como eu não citei no capítulo, a música que o Austin compôs foi I Think About You, a qual eu finalmente consegui mencionar em algum capítulo de alguma fic minha hehe
Espero que tenham gostado, e rezem pra eu voltar mais cedo do que de costume huehuehue
Mil beijos, Até :**



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