Remember? escrita por eduarda


Capítulo 1
Make Her Remember.


Notas iniciais do capítulo

Oi. Então, eu to nervosa. Muito. Esse capítulo ficou um pouco pequeno, creio eu. Saibam que nem todos irão ser assim, está bem? Ah, e todos os capítulos serão do ponto de vista do Austin, ok? Mas talvez no final da fic haverá uma exceção. So... Enjooooy!



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Remember?

Pela janela do quarto eu via o dia amanhecendo. O Sol se erguia aos poucos no céu, deixando meu quarto totalmente claro. Eu estava cansado, meus olhos teimavam em fechar, mas eu os mantinha abertos. Não valeria a pena dormir, de qualquer jeito eu teria um sonho ruim. Eu sonharia com ela, e isso só aumentaria o meu sofrimento.

Levantei da cama, ignorando as dores musculares e caminhei para o banheiro. A primeira coisa que eu vi foi o meu reflexo no espelho, eu estava da pior forma possível. Meu rosto havia ficado mais fino que o normal, magro. Meu cabelo estava desgrenhado, e sem o seu "Brilho" natural. Embaixo de meus olhos haviam profundas e escuras olheiras. Minha aparência estava horrível, e depois de tanto pensar, de desenvolver teorias toscas, eu percebi que a culpa é toda minha. Eu causei tudo isso, e eu não sabia nenhuma maneira de consertar, se havia realmente um conserto para tudo que aconteceu. Despi-me e entrei debaixo do chuveiro. Tentei limpar minha mente de tudo, das lembranças, de seu estado.

Por fim, eu pus uma roupa qualquer e saí de meu pequeno apartamento. Costumava não olhar para nada, tudo dentro dele me lembrava ela, e isso me dava vontade de chorar, e eu já havia chorado muito nessas últimas semanas. Abri a porta do meu carro e dei partida no mesmo, indo dali, direto para o hospital.

As enfermeiras já me conheciam, costumavam me ver lá toda manhã, tarde e noite. Me convenceram a passar essa noite em casa, já que desde o acidente eu tinha ficado aqui com ela, mas para mim, qualquer um centímetro que tivesse nos separando, era como se eu a tivesse abandonado, e isso é algo que nunca vai acontecer. Entrei em seu quarto, dando de cara com uma enfermeira gordinha e morena. Ela sorriu para mim e eu devolvi o sorriso, forçado.

– Bom Dia senhor, deseja algo ou... - Ela começou e interrompeu-se.

– Ou. - Disse apenas e ela assentiu. Assim que ela saiu do quarto eu caminhei para o seu lado. Fitei seus olhos, que estavam fechados. Já fazem mais de duas semanas que ela não acorda, não da nenhum sinal de que ela estava consciente, mas ela não morreu. Ela não vai morrer. Eu sei disso! Sinto isso...

Movo a minha mão para perto da sua e toco-a. Sua pele é fria, e está pálida. As lágrimas insistiam em cair, mas eu as segurava. Eu tinha que resistir a isso.

– Oh, Bom Dia Austin, como você está? - A porta do ambiente hospitalar que me dava um pouco de enjoo foi aberta, e de lá apareceu um homem de no mínimo 40 anos, tinha os cabelos grisalhos e vestia um jaleco branco.

– Cansado, chato, culpado, chorão... Esses Cês. - Respondi ao Dr. Robert, o qual eu via todo dia e sempre fazia a mesma pergunta: - Como ela está Doutor? Algum progresso? - Ele me olhou profundamente nos olhos e suspirou.

– Ainda não Austin. - Meu olhar caiu para o chão e eu senti novamente aquela vontade de chorar - Olha, não fique assim. Você sabe que as chances dela são poucas, que não temos certeza se ela voltará a abrir os olhos...

– NÃO! Eu não vou acreditar nisso! Eu sei que ela não vai morrer, não é possível! - As lágrimas começaram a cair e eu me afastei da minha garota, sentando-me na poltrona branca que, sinceramente, já devia ter adquirido o formato da minha bunda. O Dr. Robert aproximou-se de mim, se agachando e tocando em meu ombro, obrigando-me a olhar para ele. Entre fungadas e outras eu consegui prestar atenção em seu semblante de pura pena.

– É realmente muito bonita essa sua esperança de que a Srta. Dawson volte a abrir os olhos, volte a falar e se movimentar como antes, mas você sabe tanto quanto eu que isso não vai acontecer como você imagina. Sei que sente falta dela, e que a ama com todas as suas forças. Então eu te dou uma dica. - Ele sorriu para mim e as minhas lágrimas continuaram a deslizar por meu rosto - Converse com ela. Pegue em sua mão, lembre-se da época em que ela brincava com você, da época que ela era sua. Eu entendo o que você passa, então te darei o dia sozinho com ela. Tenho certeza que ela vai te ouvir, vai te entender, e quem sabe as suas expectativas venham a se tornar realidade? - Levantou-se e se afastou de mim, saindo do quarto e deixando só sua cabeça para dentro.

– Pedirei para ninguém te interromper, mas você precisa se alimentar também, certo? - Eu assenti e ele saiu do quarto. Limpei as lágrimas do meu rosto e olhei para a menina imóvel em cima da cama. Talvez ela realmente fosse me ouvir, talvez ela me entenda e veja que eu estou sofrendo, que ela precisava voltar para mim. Eu só tinha que fazê-la lembrar.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Aprovada? Se vocês não gostarem, eu serei obrigada pela minha própria consciência a excluir a fic. :(Entretanto, obrigada muitão a todas as gratificantes e maravilhosas pessoas que gastaram seu tempo lendo essas 828 palavras. Gratíssima aqui! o/ Mil beijões amores, Até :**