Couples on Fire escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 96
Capítulo 96


Notas iniciais do capítulo

Voltamos!

~Enjoy~

Música do capítulo:
—It's My Life - Bon Jovi (https://www.youtube.com/watch?v=vx2u5uUu3DE)



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John levanta e vai direto para o banheiro se banhar e posteriormente se higienizar. Estava empolgado. A nova e remodelada Fire iria estrear hoje, havia uma mescla de sentimentos e previsões para a noite em sua mente. Após se trocar, ele vai até a cozinha onde a empregada servia o café.

— Bom dia, Selena.

— Bom dia Sr. Cowerl. - Selena sorri e coloca uma xícara de café diante dele.

— Obrigado. - ele agradece ao receber o café.

— Ansioso? - Selena sorri.

— Perceptível? - ele olha para ela.

— Está transpirando ansiedade. - Ela brinca com ele. - Fique calmo, será um sucesso Sr. Cowerl.

— Tem razão. Minha equipe é excelente!

— Eles são e também tem a sua filha. Com ela, o sucesso é garantido.

— Gosta de vê-la cantando? - John sorri de lado.

— Sou fã da Srta. Collins.

— Minha filha... - John sorri bobo - Há algumas semanas quem poderia imaginar que Anne seria minha filha?

— Ninguém contava com isso, nem que encontraria a Sra. Blake e nem que seria feliz, como agora.

— É assombroso Selena! Como as coisas podem se transformar repentinamente. - John bebe um pouco de café.

— Talvez você precisasse perder coisas que o faziam bem, pra agora encontrar a felicidade neste momento, e o conhecendo, como o conheço, sei que não deixará isso se perder.

— Não mesmo! Estou bem próximo de construir uma linda família e também de ter a melhor versão da Fire. - John fala vibrante.

— Eu sei disso. - Ela sorri. - Fico feliz por você Sr. Cowerl.

— Obrigado Selena! - o celular de John começa a vibrar sobre a mesa chamando sua atenção. Ele lê claramente o nome de Jo e abre um sorriso.

— Bom dia.

— Bom dia John! - Joanne sorri animada.

Selena se afasta e sai dá cozinha dando privacidade ao chefe.

— Dormiu bem?

— Dormi, e você? Conseguiu dormir?

— Consegui. Mas estou ansioso. - John finaliza o café.

— Não tenho dúvidas de que está, mas acredite, tudo dará certo e eu estarei lá com você.

— Isso ajuda muito. Obrigado.

— Tive um sonho com a Anne, sonhei que ela veio falar comigo. Damien disse que conversou com ela ontem, disse que ela prometeu que pensaria se viria conversar ou não. Será que esse sonho é um sinal?

— Jura? - ele chega a se levantar - Jo isso é um sinal! Eu sei que é!

— Será? Não quero criar tantas esperanças, mas eu fico pensando se pode ser, ou não...

— Será. - quando John não acreditava que o dia poderia ficar melhor, ele fica.

— Ah John, estou contando os minutos para que ela venha até mim. - Joanne encara o espelho e sorri. - Seria maravilhoso.

— Damien agiu no momento certo. - John sorri.

— Ele percebe os momentos certos para agir.

— Bom, vou me trocar, preciso ir para a Fire resolver alguns assuntos... - John vai até seu quarto.

— Eu preciso buscar minha fantasia. - Joanne pega sua bolsa. - Te encontro na Fire?

— Na Fire. - ele sorri - Beijo e acredita vai dar certo.

— Beijo John. - Joanne encerra a ligação.

John termina de se vestir e posteriormente pega a chave de seu carro para ir rumo a Fire.

— Damien! - Joanne desce as escadas de sua casa. - Onde você está?

— Entrando em casa, tive que jogar o lixo lá fora, lembra-se... - Damien fala ao fechar a porta e fazer uma cara de desapontamento.

— Estou tentando encontrar uma empregada, mas está difícil. - Joanne suspira.

— Tudo bem, mãe, eu não me importo, é só implicância mesmo e bom desempenho no papel de filho reclamão. - Damien ri.

— Bobo. - Ela ri. - Vou buscar minha fantasia. Quer carona?

— Pode ser... - ele estranha a mãe tão animada - Estava falando com John?

— Sim. - Ela sorri. - Ele está super ansioso.

— Imagino... Contou a ele sobre Anne?

— Sim, e ele ficou mais feliz do que eu. - Joanne ri. - Sonhei com ela.

— Como foi o sonho? - Damien se apoia no braço do sofá.

— Sonhei que ela veio até mim, que conversamos.

— Isso pode ser um... - Damien não consegue terminar a frase, pois Jo a completa.

— Sinal! - Joanne se aproxima do filho. - Eu acredito e espero que seja.

Damien arregalou os olhos.

— Será...

— Vou acreditar que sim. - Joanne sorri.

Jack estranhamente acordara cedo essa manhã e sorriu ao ver que Lia ainda dormia. Silenciosamente ele a observou, era extremamente serena, ao contrário dele que sempre liberava seus ronco-assobios.

Lia suspira e coloca a mão sobre o tórax de Jack, ela sorri e continua dormindo.

Jack acaricia o cabelo da amada e lembra de como a história dos 2 daria um bom roteiro de filme.

"- Hey... - Lia sorri a Jack ao entrar na república com as mãos cheias de sacolas do mercado.

— Ajuda? - ele ri ao ver a forma como ela andava.

— Acho que consigo. - Ela empurra a porta com um pé e vai até a cozinha.

— Ah claro... - Jack desdenha.

— Não reclame e ajude então. - Ela faz careta.

Ele pega duas sacolas e sorri.

— Estão bem leves, tutu...

— Pra você! - Ela bufa.

Ele gargalha ao ver a amiga nervosa e coloca as sacolas sobre a mesa.

— Porque ri?

— Ver você brava é completamente cômico.

— Ah, obrigada! - Ela guarda umas frutas na geladeira.

Jack notou que Lia havia se esquecido de algo e a surpreendeu dando-lhe um selinho da amizade que eles sempre faziam.

Lia fecha os olhos e sorri com o selinho.

— Amo quando faz isso. - Ela sussurra.

— Eu sei disso. Sinto você se arrepiar. - ele fala orgulho.

— Não vale brincar comigo assim. - Ela dá um tapa no braço dele.

Jack faz cara de safado.

— Tem alguma possibilidade de suas compras ter algo que não seja comida? - Jack olha as sacolas.

— Essa daqui não é comida. - Ela mostra uma sacola da Victoria Secrets.

— Que milagre! Por que você tem um tubarão no estômago. - Jack coloca a mão na barriga dela brincando.

— Sabe Jack, às vezes eu esqueço o quão chato e mala você sabe ser quando quer. - Ela revira os olhos.

— O que comprou ai? - ele indica a sacola da Victoria Secrets.

— Espere aqui. - Ela vai até o banheiro e sem demorar muito volta com um hobe vermelho. - O que acha? - Ela abre o hobe revelando uma lingerie com uma cinta liga da mesma cor.

Jack nunca havia visto o corpo da parceira de república, bom, não desta forma.

Apesar de ser o único homem da república Jack respeitava as garotas inteiramente mesmo que nutrisse algo por Anne.

As curvas e o formato dos seios de Lia eram excitantes ele estava impressionado.

— Que gostosa. - ele falou imediatamente.

— Obrigada. - Lia sorri e morde o lábio.

— Não foi nada. - Jack fica sem graça e coça o cabelo.

— Bom, vou subir então... - Lia fecha o hobe.

— Ham... Usará esse robe com quem? - Jack questiona.

— Não sei... Talvez com alguém especial. - Ela sorri.

— Está saindo com alguém? - Jack lança a ela um sorriso safado demonstrando curiosidade.

— Não, ainda estou na fossa por causa do John. - Lia suspira.

— Você ainda gosta do nosso chefe? Ele é casado Li. Desencana.

— Não tenho culpa se ele é atraente. - Ela dá de ombros.

— Ah claro, tutu... Ellen também é... E eu não fico criando expectativas. - Jack rebate.

— Sei que estou errada Jack, mas nosso coração não escolhe por quem se apaixona. Se fosse assim, você não seria louco pela Anne.

— Estava demorando... - Jack revira os olhos.

— Engraçado né, só você pode ter razão. - Ela se irrita.

— Mas é claro... - Jack dá de ombros.

— Não, não é assim. Você fala e também tem que ouvir!

— Eu estou brincando! Abaixe a guarda. - ele ri.

— Você não sabe brincar. - Lia revira os olhos.

— Vem cá. - ele vai até ela e agarra-a por trás.

— Você sabe ser insuportável quando quer. - Ela ri e segura nas mãos dele.

— Sei ser gostoso também.

— Ah sim, isso a todo momento.

— Amo você, tu. - Jack sorri ainda agarrado a ela.

— Também te amo Jay. - Lia sorri.”

Jack se aproxima de Lia e beija o pescoço da namorada.

— Bom dia dorminhoca.

— Hum... Quero ser acordada assim mais dias... - Lia sorri e inclina o pescoço dando mais espaço para Jack.

— Estava lembrando de nós. - ele comenta.

— Do que lembrou? - Ela sorri.

— Quando você me provocou com aquela lingerie nova. - Jack morde o lábio.

— Ah, eu me lembro disso. - Lia sorri.

— Você me provocando... - ele ri safadamente.

— E você gostou, me chamou de gostosa...

— Você sempre foi e ainda é gostosa!

— Você é mais, sem sombra de dúvidas. - Ela passa as unhas pelo abdome do namorado.

— Cuidado com a mão... - Jack se excita.

— Porque? - Ela desce a mão até a virilha dele.

— Bom dia casal! - Myle abre a porta.

— Myle! - Lia puxa o edredom para cima do corpo.

— Myle Bodegard! - Jack berra - A porta num quarto significa que há uma zona de privacidade na qual você solicita a entrada e se for permitida, você entra.

— Ah foi mal. Da próxima vez coloquem uma meia na maçaneta. - Ela ri.

— Ah claro, como se algo assim impedisse esse desejo primitivo que você tem de entrar no meu quarto. - Jack provoca.

— Menos Jack, bem menos.

— A que devemos a visita? - Lia olha para Myle.

— Vim chama-los para tomar café e também porque temos que ir para a Fire.

— O grande dia chegou! - Jack senta na cama e boceja.

— Vamos arrasar. - Myle se anima.

— Não sei se terei coragem. - Lia fala sem graça.

— Para Lia, você estava sensacional nos ensaios. - Myle sorri. - Vai seduzir muitos homens essa noite. - Ela provoca Jack.

Lia olha para Myle e ri.

—Ah, que engraçadinhas. – Jack revira os olhos. – Vou tomar banho e me arrumar, afinal temos horário não é Myle? – Ele se levanta e vai até o banheiro.

— Sim bela adormecida, vai logo. – Myle ri percebendo que tinha conseguido provocar o amigo.

— Vocês dois, parecem duas crianças birrentas. – Lia ri e desce para a cozinha.

— Ah, fazer o que, eu amo provocar o Jack. – Myle segue a amiga.

Anne já estava na Fire, estava no palco junto com George, ajudando nos últimos detalhes para a reestreia da boate.

— Acho que seu microfone precisa de um pouco de grave, An! - George berra da mesa - Canta alguma coisa pra eu regular aqui!

— Ok. - Anne pensa um pouco e sem demorar muito inicia uma música. - This ain't a song for the broken-hearted No silent prayer for the faith-departed I ain't gonna be just a face in the crowd You're gonna hear my voice When I shout it out loud. (Esta não é uma canção para os de coração partido, não é uma oração silenciosa para os que perderam a fé. Eu não serei apenas um rosto na multidão, vocês vão ouvir minha voz quando eu gritar isso bem alto.)

— Ótimo An! - George ajusta o microfone se adequando com a voz da garota.

Mesmo assim despreparada ela tinha verdadeiramente muita qualidade vocal.

It's my life It's now or never I ain't gonna live forever I just want to live while I'm alive. (É a minha vida, é agora ou nunca. Eu não vou viver para sempre, quero apenas viver enquanto estiver vivo.)— Anne sorri e acena para John ao vê-lo se aproximar.

John sorri para a filha e decidi ouvi-la um pouco, era irônico ela estar cantando justamente esta música naquele momento. Meses atrás ele e Lia haviam cantado-a em frente ao Starbucks e ele lembrou dessa cena no momento.

My heart is like an open highway Like Frankie said I did it my way I just wanna live while I'm alive. It's my life. (Meu coração é como uma estrada livre, como Frankie disse eu fiz do meu jeito. Quero apenas viver enquanto estiver vivo. É a minha vida.)

John se anima e talvez substituir a lembrança de Lia por uma cantando com sua filha seria fantástico.

O homem sobe no palco e pega um dos microfones livre.

This is for the ones who stood their ground! (Esta é para aqueles que conquistaram seu espaço!)— John canta e surpreende tanto Anne como George.

Anne sorri e se aproxima de John.

For Tommy and Gina who never backed down, tomorrow's getting harder make no mistake. (Para Tommy e Gina que nunca desistiram, amanhã será mais difícil não cometer erros.)

Luck ain't enough, you've got to make your own breaks! (A sorte nem sempre é afortunada tem que fazer suas próprias oportunidades!)— John canta porém deixando a voz de Anne sobressair a sua nessa parte.

It's my life It's now or never I ain't gonna live forever I just want to live while I'm alive. (É a minha vida, é agora ou nunca. Eu não vou viver para sempre quero apenas viver enquanto estiver vivo.)— Anne se anima.

My heart is like an open highway! (Meu coração é como uma estrada livre!)— John se aproxima de Anne e coloca a mão em seu ombro - Like Frankie said, I did it my way! (Como Frankie disse: eu fiz do meu jeito!)

I just wanna live while I'm alive It's my life. (Quero apenas viver enquanto estiver vivo. Por que é a minha vida.)  - Anne finaliza a canção e abraça John. - Você foi incrível pai.

— Você é incrível Anne! - John abraça ela contente por terem cantado juntos.

George lá da mesa de som aplaude eles fervorosamente.

— Se ainda importa seu microfone está regulado, Anne! - o DJ ri e ainda os aplaude.

— Claro que importa George. - Anne ri e se aconchega no abraço do pai.

— Tudo me leva a crer que meu dia hoje será perfeito. - John olha para a filha, seus olhos estavam preenchidos por um brilho admirável.

— Não tenho dúvidas disso. A Fire será reinventada e fará sucesso. - Anne sorri.

— Não só sobre isso... - John mantém seus olhos nela.

— Sobre mais o que?

— Recebi uma ligação antes de vir pra cá, era a Jo, ela parecia animada com algo que o Damien disse a ela. - John explica.

— Ah... Eu gostaria de falar com você sobre isso. - Anne se afasta dele.

— Claro, vamos nos sentar ali. - ele sugere os bancos no balcão do bar.

Anne acompanha John e sorri a George.

— Obrigada mais uma vez, como sempre salvando minha vida.

— Magina, An. - George sorri de volta a cantora e volta a mexer no notebook.

John vai até um dos freezers e pega uma garrafa de saquê e apanhando alguns kiwis se dirigi ao processador.

— Me acompanha nesse drink enquanto conversamos?

— Nossa, que pai liberal. - Anne ri e o auxilia.

— Você já é bem crescidinha, Anne. E já tivemos ocasiões em que você bebeu no expediente, recorda-se? - ele ri.

— Nossa, é, que vergonha. - Ela cora e descasca as frutas.

— Num precisa se envergonhar, num abriria uma boate se não tivesse um passado um tanto imprudente. - John sorri e balança a cabeça negativamente.

— Você? Imprudente? Não consigo pensar nisso.

— Acho que não vem ao caso... - ele ri e deposita a bebida no processador depois pega as frutas - Mas voltando ao assunto...

— Depois eu quero saber mais disso, conhecer mais o meu pai. - Anne sorri a ele. - Bom, eu acho que está na hora de conversar com a Joanne...

— Jura!? - John finge um pouco surpresa, já que Jo havia adiantado sobre esta possibilidade.

— Sim, só não sei como ir até ela e ter essa conversa. Eu ainda não entendo como ela fez tudo isso, como conseguiu me deixar com outras pessoas... Eu não consigo imaginar uma explicação cabível a essa atitude dela.

— Anne relaxe... - John nota que ela está se exaltando.

— Desculpe. - Ela respira fundo. - Pode me ajudar?

— Claro que vou. Quer que eu esteje presente na conversa? - John liga o processador e posiciona sua mão sobre a dela.

— Seria bom você lá, acho que me ajudaria a não surtar. - Anne ri.

— Você não irá. Confesso que a história é complicada, mas ouça-a até o final. - ele acaricia a mão dela e sorri.

— Não pode me adiantar?

— Nop. - ele gargalha com a expressão dela e desliga o processador ao notar que o drink está pronto.

— Ah! - Ela emburra.

— É melhor que você saiba por ela, concorda? - John indaga e serve 2 drinks.

— Sim, mas você poderia me adiantar. - Ela bebe um pouco do drinks.

— É uma tarefa da Joanne, estarei lá com você. - Ele brinda com ela e sorri.

— Ok, não vou mais insistir. - Anne suspira.

John bebe o saquê e gosta do sabor.

— Ficou bom, né?

— Ficou, acho que não perdeu a mão. - Anne sorri.

John sorri concordando.

— Desculpe Anne. - ele olha a filha e espera que ela o compreenda.

— Não se preocupe pai, entendo seu lado e como disse, é algo que ela tem que fazer.

— Obrigado.

Anne havia amadurecido grandiosamente nos últimos meses e tal mudança era extremamente nítida.

— E aqui, mais relatórios pra você analisar. - Natalie deixa mais algumas pastas sobre a mesa de Duncan.

— Caramba! E você diz que isso é fácil... - Duncan arregala os olhos e depois sorri a irmã.

— Claro que é. - Natalie se senta de frente para ele. - Vou te ajudar.

— Primeiro eu preciso organizar isso aqui... - ele tira alguns items da mesa - E isso... - ele coloca um pouco das pastas numa cadeira vaga.

— Sem pressão Dun. - Natalie ri.

— Tá... - ele pega uma caneta e respira.

Posteriormente abre uma das pastas e lê a primeira página, Natalie rapidamente nota pela expressão em seu rosto que o irmão não está entendendo.

— Qual a dúvida? - Ela segura o riso.

— Parece que tem algo faltando aqui... - ele estende a pasta a ela.

Natalie pega a pasta e lê.

— Não específica o modo que eles querem que o método seja desenvolvido. - Ela pensa um pouco e olha para o irmão. - Como você faria isso Dun?

— Uma reunião com o líder do setor e alguns encarregados pra esclarecer a conduta e ceder o investimento? - ele arqueia uma sobrancelha.

Natalie sorri orgulhosa e bate palmas ao irmão.

— Depois diz que está perdido.

— Você direcionando ajudou. - ele sente-se um tanto aliviado. Contudo foi uma das incontáveis pastas presentes ali.

— Eu disse que você não iria passar por isso sozinho. - Ela pisca para o irmão. - E Genevieve, como está?

Duncan nota que ele e Genevieve mal se falavam por mensagens ou ligações e isso era estranho para um "casal".

— Ela está bem... - ele mente.

— Nossos pais estão perguntando sobre vocês. - Ela folheia um dos contratos.

Duncan sente que talvez era a própria Natalie que estava curiosa com o assunto.

— Ainda está muito recente, mas estamos nos dando bem. - ele responde.

— Entendo... E a Myle?

— Parece que ela está seguindo em frente. - ele suspira forte e apanha uma outra pasta.

— É nobre o que está fazendo, não sei se eu conseguiria.

Duncan fecha a pasta e se debruça na mesa, ele respira devagar, contudo é inevitável. O rapaz chora nem conseguindo responder a irmã.

Seus sentimentos se afloraram com a menção a Myle e pra que conter se estava com a única pessoa que realmente conseguiria entendê-lo.

Natalie se levanta e ao se aproximar do irmão o abraça.

— Desculpe Dun...

Duncan levanta a cabeça e abraça melhor Natalie, ele não fala nada, parecia precisar apenas liberar um pouco do que estava sentindo.

Natalie conforta o irmão e suspira culpada por ter causado aquilo.

— Sinto falta dela. - Duncan diz.

— Eu sei. Ela também deve sentir sua falta. - Ela faz carinho nas costas dele.

— Obrigado por estar comigo aqui, Nat. - o irmão limpa as lágrimas e olha para ela.

— Sempre estarei do seu lado Dun. - Ela sorri a ele.

— Mesmo que num goste muito da minha namorada? - ele nota a expressão dela - Você não sabe fingir algo. - ele ri.

— Foi tão nítido? - Natalie sorri sem graça.

— Acho que desde os primeiros jantares em casa. - ele pisca e posteriormente inicia a leitura de mais uma pasta.

— Antes eu tolerava, mas digamos que me decepcionei e não consigo digerir a Genevieve.

— Ah Natalie, falando assim você me magoa. - Genevieve fala ao entrar no escritório de Duncan.

— Hey amor. - Duncan finge e sorri a ela após deixar sua assinatura no relatório.

— Olá meu amor. - Genevieve ao se aproximar de Duncan sela seus lábios com os dele.

Natalie fuzila a cena e se levanta.

— Volto depois. - Ela se vira e deixa a sala.

— Tchau maninha. - Duncan balança a cabeça negativamente após vê-la saindo - Ela não gosta de você.

— Não consigo imaginar o porquê. - Genevieve dá de ombros.

Duncan decide mudar o assunto.

— Meus pais parecem estar crentes do nosso namoro. - Duncan comenta.

— O meu também. Acho que estamos bem convincentes. - Ela se senta na cadeira antes ocupada por Natalie.

— E quando vai ser divulgada a campanha? - Duncan indaga e assina mais um relatório.

Aparentemente estava começando a pegar o jeito do ofício.

— Logo, estou esperando a Carol finalizar as fotos para divulgarmos.

— Você fez um excelente trabalho, num tive tempo pra elogiar isso.

— Obrigada, minha experiência com a loja ajudou.

— Vai ser um sucesso. Confio no que fez e em Carol Stone. Nossos pais ficarão orgulhosos. - ele sorri a ela. "É só o que quero no momento".

Genevieve sorri e retira dois convites da bolsa.

— Pensei em irmos a reinauguração de uma boate que vai acontecer hoje.

— Qual o nome da boate? - ele torce mentalmente pra não ser a primeira que veio a sua mente.

— Fire. - Ela lê nos convites.

Duncan ri. Era muita ironia a boate ser exatamente aquele onde ele trabalhava e teve boa parte de seu envolvimento com Myle.

— Qual o motivo do riso? - Genevieve olha ele sem entender.

— Eu trabalhava na Fire. Myle trabalha lá também. - ele balança a cabeça negativamente.

— Ah... Então, você não vai querer ir né?

— Num é isso, é que... - Duncan não consegue achar o que dizer pra terminar a frase.

— Você ainda ama ela e não quer vê-la novamente para não sofrer.

— Pode ser, mas talvez seja melhor eu encarar isso. - Duncan olha para Genevieve.

— Acho que não ajuda muito, mas estarei lá contigo.

— Você é sincera, torna tudo mais fácil, sabia? - ele sorri.

— Sei o quanto está sofrendo, não quero que passe por isso entrando em depressão. Se bem que se eu tivesse me envolvido com um rapaz antes de aceitar essa proposta maluca dos nossos pais, eu estaria como você. - Ela suspira ao pensar em Niky.

— No meu lugar... Você embarcaria na proposta? - ele indaga.

— Sim, mas não sei se abriria mão da minha vida como você fez​.

— O que você quer dizer com isso?

— Duncan, eu nunca tive o que você e a Myle tiveram, e se acontecesse comigo, eu não sei se seria forte o suficiente como você para abrir mão disso.

— Mas meu pai está feliz, eu quero impedir tudo o que possa entristecê-lo antes que vá. - Duncan engole em seco, sentindo até um arrepio na espinha.

— Por isso sua atitude é nobre. - Ela sorri a ele.

— Obrigado Genevieve. - Duncan olha ela - Confesso que não estava gostando de sua presença no início, mas é bom passar por tudo isso com você.

— Faço o que posso. - Ela pisca a ele. - Então, iremos na boate?

Duncan pensa por alguns minutos.

— Vamos.

— Yey! - Ela comemora. - Desculpe, é que preciso de uma balada. Essas noites em casa estão me matando!

— Concordo. - ele ri da animação dela - Só que eu também preciso verificar tudo isso aqui... - Duncan revira os olhos e apanha mais uma pasta.

— Posso ajudar, ou ir embora e chamar a Natalie de volta.

— Pode ajudar. - ele sorri e cede um espaço da sua cadeira para que ela se sente.

— Obrigada. - Ela deixa a bolsa em uma das cadeiras e se senta ao lado dele. - Vamos lá. - Ela pega uma pasta e começa a ler.

Duncan estava gostando de que talvez ele e Genevieve pudessem ser amigos, realmente facilitava o que ele estava passando, mas a saudade de Myle era intensa.

Jev sorri lindamente ao entrar pela boate, já que conseguia ouvir a voz da namorada ao fundo, certamente ela estava realizando seus últimos ensaios antes da estreia.

John estava falando com alguns fornecedores e o cumprimentou quando este passou por ele. Jev assentiu e prosseguiu o trajeto até o salão, já notando mudanças na boate.

Ao entrar no salão antes mesmo de notar mudanças no local ele vê a namorada, então aplaude ela fazendo que ela interrompesse a música.

— Jev! - Anne desce do palco e ao se aproximar do namorado pula no colo dele.

— Hey! - Jev segura ela e roda-a umas duas vezes - Desculpa atrapalhar o ensaio, mas queria te ver.

— Você não atrapalha, nunca. - Ela sorri.

— Alguma surpresa pra essa noite? - ele questiona.

— Muitas surpresas.

— Estou empolgado, vai ser épico. - ele ri e admira o local.

— Você não perde por esperar. - Ela beija o namorado. - Senti saudade disso.

— Também. - Jev morde o lábio dela de maneira ousada.

— Ah, vão pra um quarto! - Lia recrimina o casal ao entrar na boate com Jack.

— Podemos ir todos juntos e reproduzir alguma cena daquele seriado dos 8. - Jack sugere satirizando.

Jev ri.

— É bom vê-los.

— Finalmente chegaram. - Anne sorri.

— Ah, nem demoramos tanto. - Lia ri.

— Lia diz que eu enrolei demais, acho que ela está equivocada. - Jack dá de ombros e sorri.

— Você demora um século no banho, então eu tenho certeza que a Lia está certa. - Myle ri ao entrar na boate e ouvir o comentário de Jack.

— Finalmente alguém pra concordar comigo! - Lia sorri para Myle.

— Myle sempre concordará quando for algo negativo sobre mim. Ela ama me provocar. - Jack revira os olhos e vai até o bar.

— Já notei isso. - Jev comenta e passa seu braço pela cintura de Anne.

— Obrigado gato. - Jack pisca e estala os dedos pronto para organizar o local.

— É muito amor envolvido. - Myle passa por debaixo do balcão e dá um beijo no rosto de Jack.

— Sem melação aí, se não a Lia te arranca os cabelos. - Anne ri.

— A Myle eu deixo, mas não abuse ruiva. - Lia pisca para ela.

— Ainda acho que temos que fazer algo Sense 8. - Jack brinca com os amigos.

— Shiu. - Anne faz careta.

— É muito amor. - Myle ri.

— Mas que sujeira isso aqui! - Jack exclama ao ver a pia do bar.

— Ignorem, a velha ranzinza interior dele está atacada hoje. - Lia revira os olhos.

— Vamos repassar os passos meninas. - Anne sorri as amigas.

O rapaz ignora os amigos e se apressa a ajeitar o lugar.

Neste instante, Luke e Taylor entram no local e já gritam pelo amigo.

— Jack! - ambos juntos.

— Olha só, chegaram as putinhas do Jack. - Myle ri e vai até o palco.

Luke gargalha, Taylor mostra o dedo pra ela e ri.

— Hey meninas. - Jack sorri e assente a dupla.

— Ás vezes perco o ritmo aqui. - Jev comenta a namorada balançando a cabeça negativamente.

— Se você trabalhasse aqui... - Anne sussurra a ele. - Preciso te contar algo.

— Claro. Acho melhor ser breve, já que Myle e Lia estão esperando você pra dançarem.

— Vou conversar com a Joanne hoje.

— Jura!? - ele fica surpreso, mas já esperava que este dia ia chegar - E como está em relação a isso?

— Ansiosa.

— Acha que conseguirá perdoá-la? - Jev segura na mão da namorada.

— Não sei, acho que preciso ouvir os motivos dela e depois tomar essa decisão.

— Após essa conversa saiba que vou estar aqui te esperando para te abraçar e ficar contigo até quando precisar. - ele olha ela apaixonantemente e tira o cabelo dela de debaixo dos olhos.

— Obrigada. - Ela sorri e sela seus lábios com os dele. - Eu te amo.

— Eu também te amo. - ele fala em meio ao beijo e envolve a cintura dela.

Jack sorri ao ver a cena, era bom perceber que Anne estava próximo de ter uma linda família. Contudo, Myle no momento não contava com a mesma sorte ele olha a ruiva que dançava com Lia.

Myle estava dançando animada com Lia, ela ri da amiga ao perceber que ela errava um passo. Ao se virar ela vê Anne com Jev e seu sorriso se desfaz ao lembrar de Duncan. Ela suspira e olha para Jack.

Jack pisca para a amiga e sorri. "Vou te ajudar Myle, você vai ver..."

Deborah sorri ao ver Leon posar para mais uma foto. Estava acompanhando a sessão de fotos do namorado.

Leon pisca para a namorada entre um flash e outro. Ele estava se divertindo, fazia tempo que não participava de uma campanha. Esta era pra uma marca conceituada de cuecas.

— Perfeito... - Ela fala sem emitir som ao namorado.

— Terminamos por hoje, Leo. - o fotógrafo informa e sorri animado ao modelo - As fotos ficaram ótimas.

— Não tenho dúvidas disso. - Deborah se aproxima do fotógrafo.

— Obrigado aos dois. - Leon sorri a eles e se aproxima de Deborah envolvendo a cintura da modelo.

— Vou ir editar as fotos e deixar vocês a sós. Leon está dispensado e muito obrigado. - o fotógrafo sorri a ele - Beijo, Deborah - ele beija a bochecha da ruiva e vai saindo.

— Na verdade, eu queria tirar uma foto com o Leon, posso? - Ela olha para o fotógrafo.

— Ah! Me desculpem... Claro! - o fotógrafo sorri a eles.

Deborah se vira para Leon e sorri.

— Pensei em você fazer um coração com as mãos sobre a minha barriga, minhas amigas já fotografaram assim e não vou negar que fiquei com inveja delas.

Leon sorri para a namorada.

— Sim, capitã. - ele bate continência e faz o que a namorada sugeriu.

Deborah coloca as mãos sobre as mãos do namorado e sorri esperando que o fotógrafo faça a foto.

O fotógrafo sorri e admira a cena, ambos formavam um lindo casal e visualmente a foto estava impecável.

Ele clica e acena para eles informando que a foto foi tirada.

Deborah inclina o pescoço e sela seus lábios com os de Leon sem desfazer a pose.

O fotógrafo aproveita e retira mais uma fotografia.

Leon beija a namorada lindamente.

Deborah retribui ao beijo de Leon apaixonadamente.

— Vocês são lindos! - o fotógrafo continuava a clicar o casal.

Deborah se afasta de Leon sorrindo.

— Obrigada Frank. - Ela pisca ao fotógrafo.

O modelo também sorri.

— Bom agora vou deixar vocês terem o momento de vocês. - Frank sai do estúdio.

— Como sempre, seduzindo em suas fotos. - Deborah sussurra a Leon.

— BEN! - Leon simula uma sirene - O alarme de ciúmes foi acionado.

— Claro que não. - Ela ri. - Só comentei...

— É que tipo... Eu imagino você na minha frente, sabe... Com aquela lingerie preta... - ele morde o lábio safado.

— É, e eu tô fazendo o que? - Ela beija o pescoço do namorado.

— Geralmente apalpando seus peitos... - ele ri.

— Ah... - Ela dá um tapa no braço dele e ri. - Sem graça.

Ele continua rindo e abraça ela.

— Sabe... Ás vezes eu fico pensando...

— Pensando?

— Se tudo o que passamos durante toda nossa trajetória era pra nos trazer aqui, neste momento. - Leon olha bem nos olhos dela.

— Acho que se qualquer intervalo de tempo tivesse se alterado, esse momento, não estaria acontecendo. - Ela sorri.

— Uma boa teoria. E bem... - o tom dele muda como se ele tivesse algo importante pra dizer a ela.

Deborah olha para Leon sem entender onde ele queria chegar.

— Se tudo nos levou a estar aqui, quer dizer que nascemos pra... - Leon estranhamente se afasta dela e coloca um robe.

Ele pega algo que estava nas suas coisas e se aproxima sorrindo.

— Leon... - Deborah olha para ele e leva as mãos ao rosto.

— Na verdade eu tenho certeza... - ele se ajoelha na frente dela - Eu tenho certeza que nascemos pra nos casarmos. - Leon revela uma linda caixinha e em seu conteúdo uma joia fantástica no qual seu significado ia além de seu brilho.

— Ah, Leon... - Deborah sorri emocionada. - Eu aceito!

— Calma... Tem que ser de maneira formal. - ele ri e já sente seus olhos marejarem - Deborah Caroline Stone aceita casar comigo?

— Sim, eu aceito Leon Howell! - Ela se ajoelha diante dele. - Eu te amo e quero passar o resto da minha vida com você.

Leon debruça sua cabeça no ombro dela e libera algumas lágrimas envolvido na emoção do momento. Ele estava totalmente entregue a Deborah.

Deborah leva suas mãos ao rosto de Leon e o beija apaixonada. Sempre sonhou com seu casamento com Leon e dessa vez estava se tornando realidade.

Leon retribui ao beijo da amada entregue a emoção do momento.

Os dois de joelhos ali, eternizando o relacionamento dos dois.

Deborah finaliza o beijo e olha nos olhos de Leon.

— Eu sou a mulher mais feliz deste mundo.

— Eu também sou. - ele ri - Eu estava pensando em ir na Fire, o que acha?

— Eu acho que seria uma ótima forma de comemorar. - Ela sorri.

— Sim... Somos noivos agora! - ele se anima.

— Vocês são o quê?! - Blair questiona ao entrar na sala onde eles estavam.

— Estamos noivos Blair. - Deborah sorri a cunhada.

Leon se vira para Blair e sorri, tinha até esquecido que havia chamado-a para ver o ensaio, mas pelo jeito ela se atrasara bastante.

— Eu, OMG! Parabéns! - Blair se aproxima e abraça Deborah.

— Obrigada Blair. - Deborah retribui ao abraço.

Leon sorri e forma uma abraço coletivo sobre elas.

— Não me amassem! - Blair ri.

— Resmungona. - Leon revira os olhos e encerra o abraço.

— Eu também te amo. - Blair mostra a língua para Leon.

— Vocês dois... - Deborah sorri.

— Sobre o que você me disse mais cedo sobre a Fire. Sim, eu e a Deb iremos. - Leon informa a irmã.

— Yey! - Blair comemora. - Sabia que não resistiria, por isso trouxe as fantasias de vocês.

— Fantasias?

— Sim Debs, a reinauguração da Fire será temática! Noite Burlesque. - Blair sorri.

— Hum... Vou ficar maravilhosa fantasiada com essa barriga gigante. - Deborah revira os olhos.

— A grávida mais gostosa! - Leon pisca a ela.

— Sem drama Deborah. - Blair faz careta.

— Ok, ok, parei. - A modelo sorri.

— Vou me trocar... Sim, eu pedi a Deborah em casamento desse jeito. - ele se direciona a Blair ao notar a expressão dela - Na verdade eu ia pedir lá na Fire, mas a maneira como conversávamos... Eu não podia esperar... - Leon explica e vai se afastando delas.

— Deveria ter sido mais romântico Leo, não foi assim que te criei. - Blair ri.

— Na verdade, foi perfeito, não esperaria menos do seu irmão. - Deborah sorri a Blair.

— Tchau, Blair. - Leo mostra língua a ela e entra no camarim.

— Tchau Leo. - Blair acena ao irmão e olha para Deborah. - Nos vemos hoje a noite então?

— Sim, nos vemos hoje a noite. - Deborah pisca a Blair.

— Até mais tarde então. - Blair deixa as sacolas com Deborah e sai da sala deixando a modelo a espera de Leon.


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Notas finais do capítulo

Comentem muito! E nos vemos no próximo :*



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