Leon estava à caminho e mandou uma mensagem a Ann. "Há 2 minutos da academia, cadê você?".

"Te esperando na calçada meu amor."

"Entendido capitã". Leon responde e acelera.

Anne ri lendo a mensagem e espera pelo namorado.

Jack vai até Myle.

– Preciso falar contigo.

Myle terminava de se alongar para poder ir embora.

– Pode falar.

– Queria lhe pedir perdão lhe fiz algum mal. - Ele fica triste.

– Não fez. Eu mesma fiz. Eu amo um cara que nem se quer imagina isso ou sente o mesmo. Tá tudo bem Jack, mesmo. - Myle força um sorriso e passando por ele, segue para o vestiário.

– Myle apesar de tudo você é mais forte do que imagina, não deixem que digam o contrário. - Jack vê ela indo e suspira longamente. "Babaca!". Jack sai prá fora e vê a amiga na calçada.

Myle caminha para o vestiário e assim que entra ela joga um pouco de água no rosto e se olha no espelho. "Burra!". Assim que ela seca o rosto, Myle sai do vestiário e volta para casa correndo pelas ruas.

Leon chega de carro e buzina para Anne.

– Hey mocinha das flores. - Ele sorri pela janela e refere-se a vestido dela.

Jack vê Myle ir e depois vê Leon chegar, porém algo na sua cabeça diz que Anne vai recusar o encontro e virá para ele.

– Tchau Jack. - Anne da um beijo no rosto do amigo e vai ate o carro de Leon

– Oi amor! - Ela entra no carro e o beija.

– Oi amor, estou com saudades. - Leon sorri e sai dali.

– Eu também estava, com muita saudade. - Anne como de costume coloca a mão na perna do namorado e sorri.

Jack sentou na calçada e assistiu ao beijo, realmente sentiu uma forte punhalada no peito. "Esse amor nunca dará certo", concluiu.

– Hey Jack, o que houve cara? - Luke questiona.

– Ah umas coisas ai, que só uma saideira cura. - e olha ele desanimado.

– Poxa, meu querido, então saca essa. Taylor tem um primo que vai se mudar de casa... E ele tipo quer dar uma festa de despedida. Então... - Luke olha ele tentando dar uma injeção de ânimo.

Taylor aparece e ouvindo a conversa, logo se manifesta.

– Cara você não sabe o que está perdendo, muitas gatas, bebidas...

– Ok, eu topo... Só por que insistiram demais e que sem mim nenhuma festa tem graça. - Jack sorri presunçoso.

– Mané. - Taylor sai dali e Luke vai junto.

Jack se anima sabe que vai ficar melhor pelo tempo que o efeito do álcool ficasse nele. Mas antes tinha que trabalhar na Fire, então saiu correndo dali.

– Qual é a principal regra na hora das fotos sérias? - Leon recapitula, enquanto ultrapassa um carro.

– Ficar sério? - Anne arqueia uma sobrancelha e ri.

– Não tolinha, você não fazer rir. - Ele morde o braço dela e depois volta sua atenção ao trânsito.

– Ai! - Anne começa a rir - Não farei você rir. Juro.

– Beija o mindinho prá eu ter certeza. - Leon ri bobão.

Anne faz o que o namorado pede e gargalha.

– Bobão.

– Era brincadeira, sua juvenil, ainda acho que estou fazendo pedofilia. - Leon dobra uma esquina.

– Eu também acho amor. - Anne olha para a rua e sorri. Leon era o cara certo, não Jack era, Leon, Jack. "Parem de me perturbar!"

– Amore? - Leon olha ela estranhando seus movimentos.

– Hum? - Anne balança a cabeça e olha para Leon.

– Às vezes você fica fora de área. - e cutuca a cabeça dela.

– Acostume-se com isso. - Ela mostra a língua para ele.

– Fedelha. - Ele chega ao destino - Bem é aqui que farei meu ensaio para as novas coleções de roupa íntima da Fiorella Underwears.

– Vai arrasar como você faz em todas. - Anne sorri para o namorado.

– Irei mas não sozinho... É um ensaio bem sexy com a Deb. - Leon fecha os olhos esperando a crise de ciúmes.

– Hum, é? Então será um belo ensaio, mas não me lembro de você falar que ela também era modelo. - Anne olha ele, tentando ao máximo não ter ciúmes.

– Pois é... Ela é. - Ele sorri amarelo, abrindo a porta do carro e saindo dele.

– Isso é legal. - Anne sai do carro e segura a mão dele.

– Bem sim ou não. Isso vamos descobrir. - Leon entra no local com ela.

Ao entrarem pode-se ver uma grande equipe se movimentando... Um dos diretores levou Leon a sala de maquiagem, sem delongas. Deborah já esperava por Leon, ela estava sentada na cadeira de maquiagens e vestia um robe vermelho de seda, por baixo ela usava uma das lingeries do ensaio. Anne olha em volta e se sente um peixe fora d'água. Ela sorri para algumas pessoas e cruza seus braços olhando para tudo e para todos.

Leon entra na sala de troca e veste a primeira cueca, uma box branca bastante confortável, Fiorella estava evoluindo, ele veste o robe e vai prá maquiagem. Já Deborah terminava de fazer os últimos retoques no cabelo e na maquiagem.

– Oi Deb. - Leon fala recebendo os retoques e os corretivos nas imperfeições.
Deborah acena para Leon, ela não podia falar, já que estava retocando seu batom, um vermelho vivo, que combinava com o robe.

Leon acabou a maquiagem e esperou Deborah que não tardou em finalizar o retoque de batom, posteriormente o diretor os levou até a sala para os flashes.

Myle chega em casa e segue para o banheiro, ao entrar ela se tranca, tira sua roupa e toma banho. Ela deixa que a água gelada caia sobre seu corpo tentando relaxar. Não demora muito e ela terminava seu banho indo em direção ao seu quarto. Ela vestiu uma roupa e foi até a sala, se jogou no sofá e ligou a TV. Tentou encontrar algo de interessante que não fizesse ela lembrar de Jack. Porém , o barman entra pela porta e dá de cara com ela.

– Opa... Humm agora entendi por que Ann ficou irritada, que ângulo que se vê por essa porta. - Jack brincou e olhava as pernas da garota.

– Vai ver ela se irritou porque ficou com ciúmes. - Myle dá de ombros e continua mudando os canais até que ela desiste e desliga a TV.

– Myle, dentre todos, não quero ficar com clima estranho com você. - Jack se aproxima dela.

– Já disse que está tudo bem Jack. - Myle olha para o teto, tentando evitar olhar para o rapaz.

– My... Não tá nada bem... Sabe, eu queria amar você, seria mais fácil, mais gostoso. Mas infelizmente não escolhemos quem amar, não é? - Ele abraça ela.

– Se escolhêssemos seria perfeito Jay, mas nada é perfeito. - Myle retribui o abraço.

– Olha por enquanto, ainda amo Anne. Por isso você precisa me tirar da sua cabeça, mesmo que seja quase impossível, eu sei. - Ele sorri lindamente.

– Você esqueceria a Anne pra ficar comigo? - Myle olha nos olhos de Jack.

– Ainda não sei direito. Meus sentimentos por Anne são muito fortes... - Ele olha ela profundamente, era bom conversar assim com Myle.

– Não é fácil esquecer de uma hora pra outra um amor intenso, um amor que te consome. Você ama ela, eu já entendi, e a cada dia eu farei o possível prá esquecer isso que sinto por você. - Os olhos de Myle se enchem de lagrimas e ela olha para Jack.

– Como eu disse, você é a pessoa mais forte que conheço, não deixem que te digam o contrário. - Ele abraça ela de novo.

Myle abraça Jack e se segura para não chorar na frente dele.

– Hey pode chorar, eu também estou. Por nós. - Jack chorava sem parar, sabia que a dor que sentia era a mesmo que a da Myle.

Myle se entrega ao choro, sua mãe sempre falava que chorar na frente de homens era um fraqueza, podia até ser, mas ela não se importava, ela queria colocar aquilo prá fora.

– Sinto muito Myle... - O abraço nela fica mais forte.

– Se me apertar mais, vai me quebrar no meio. - Myle ri, tentando descontrair.

– Mas é que não sei como afagar sua dor... - Ele limpa as lágrimas dos olhos dela.

– Eu vou sobreviver Jack. Quem nunca sofreu por amor, que atire a primeira pedra. - Ela limpa as lágrimas dele.

Jack olha ela, aquela força maciça ele precisava daquilo, sabia que teria que fazer o mesmo esquecer Anne, mas não conseguia, por isso ele passou a admirar Myle a partir desse momento. Ele riu olhando o controle na mão dela.

– Uma dica se quer se distrair e esquecer dos problemas utilizando da TV, sugiro Discovery Kids, funciona. - Ele brinca.

– Vou optar por hibernar até a hora de ir para a Fire. - Myle sorri, se afasta de Jack e levanta.

– Até mais tarde. - Jack vê ela indo e deita no sofá pensativo.

– Até - Ela segue para o quarto.

Myle entra no seu quarto, encosta a porta e dorme profundamente.

Lia continua dirigindo e logo se aproxima da boate.

– Fire... Não quero parecer um daqueles loucos por trabalho, mas essa boate me faz bem.

– Comida me faz bem. Jack diz que tenho um tubarão no estômago. - Lia dá de ombro e ri.

– Acho que te entendo. - John gargalha. - Posso não parecer, mas já fui um Jack Campbell em minha mocidade. - e olha ela fofamente.

– Sério? Sempre soube que atrás do seu profissionalismo existia um homem engraçado. - Lia sorri.

– Sim. E a propósito você deveria tomar cuidado com nós piadistas, geralmente toda brincadeira tem um fundo de verdade, tubarão. - John caçoa dela.

– Droga, pra que que eu fui falar? - Lia ri com ele.

John sorri e abre a porta, respirando um pouco de ar fresco. Lia sai do carro e olha para John.

– Que tal um café e umas rosquinhas do Bucks?

– Pode ser. - Ele olha minunciosamente cada detalhe da boate, tinha muita história ali. Olhar Fire faz ele pensar que tudo pelo que batalhou valeu a pena. O casamento acabou mais a vida continuaria e Fire precisava dele.

Lia arma o alarme e caminha até o Starbucks, que era próximo a Fire.

– Não demoro.

Algum tempo depois Lia volta com os cafés e as rosquinhas para a boate. Esta estava aberta e John, deveria ter entrado lá dentro. Lia entra na boate e encosta a porta.

– John?

– Oi. - John diz lá em cima do palco.

Lia caminha até o palco e se senta nele, colocando o café e as rosquinhas no chão, ainda protegidos pelas embalagens.

– Aqui estão as coisas.

– Ainda me lembro da primeira noite, tivemos uma briga de bêbados foi um desastre. - Ele sorri indo até Lia e senta no palco.

– Sério? John, porque uma boate? - Lia olha para ele enquanto bebe um pouco do seu café.

– Bem, digamos que era algo que estavam lucrando na época. E eu vinha de grandes vitórias na Hollies, uma outra boate. Subi de barman, a gerente e depois vice presidente... Juntei uma grana e sai da Hollies, abri a Fire...

– Uau. Por isso seu jeito com os clientes. - Ela bebe o café e sorri.

– Digamos que sou bom de lábia. - Ele bebe o café.

– Ah, isso também.

A conversa estava em seu início e já estava sendo proveitosa, Lia não queria que ela terminasse nunca. Ela estava tão encantada por este homem, talvez fosse por sempre se interessar por caras mais velhos, mas John era diferente, ele era gentil e falava de uma forma tão apaixonante. Lia ganhava a cada segundo um brilho diferente nos olhos ao olhá-lo.