Couples on Fire escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 87
Capítulo 87


Notas iniciais do capítulo

~Enjoy~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/460539/chapter/87

– Bom dia... - Jack desce as escadas resmungando pelo sono - Que cheiro gostoso.

– Bom dia meu amor. - Lia sorri ao terminar de montar a mesa.

– Saudades de ver essa mesa cheia... - Jack comenta.

– Anne está com o Jev, Blair ainda dormindo e Myle também. Ela chegou tarde ontem, pensei que passaria a noite com o Dun.

– Por que estou com um mal pressentimento quanto a isso? - Jack analisa e se senta de frente para Li - E por que diabos eu acordei cedo hoje?

– Bom, você pode ir conversar com ela e descobrir. - Lia olha ele e sorri. - Talvez porque eu acordei cedo e você sentiu minha falta na nossa cama...

– Vou falar com ela. - ele concorda - Aposto que não aguentou meus, como que a Blair chama? É, ronco-assobios hoje. - ele ri.

– São música para os meus ouvidos. - Lia ri e se serve. - Não deve estar como o da My, mas acho que dá pra comer.

– É... Digamos que o da Myle tem gosto. - ele caçoa dela ao morder uma panqueca.

– Poxa... - Lia faz bico e bebe um pouco de suco.

– Estou brincando meu grande amor. - ele ri do bico dela.

– Acho bom ser brincadeira mesmo. - Ela mostra a língua para ele.

– Se pensar que no ano passado não passávamos de bons amigos que estavam focados em direito, porque diabos ainda estamos neste curso? - ele encara ela.

– Não sei, acho que temos que terminar né, é o último ano. - Lia dá de ombros.

– Acredita que percebi que esse curso não é prá mim, agora? - ele encara ela.

– E qual é o curso ideal pra você? - Lia olha ele confusa.

– Eu não sei... - ele se pega pensativo nisso, seria pai e mal conseguia decidir seu rumo profissional.

– Hey, não podemos trabalhar em uma boate pro resto das nossas vidas. - Lia segura na mão dele. - Fazer essa faculdade sempre foi o seu sonho, porque isso agora?

– Eu não sei, talvez eu esteja tendo uma crise existencial. - ele ri - Você não filmou? Myle me afogaria em piadas.

– Ah droga! - Lia ri com ele. - Sem mudar de assunto drasticamente, mas já mudando, estou preocupada com ela.

– Vou lá. - ele se levanta, mas antes termina seu café.

– Boa sorte amor. - Lia sorri a ele.

– Obrigado, amor. - Jack sobe as escadas e suspira, era importante para ele deixar Myle bem.

Myle estava acordada, abraçada ao travesseiro que Duncan usava para dormir quando ele passava as noites na república. Ela sabia que seria difícil esquece-lo e superar esse fim um tanto trágico. No fundo, ela pensava que era um pesadelo, no qual ela gostaria de acordar.

– Toc toc. - Jack fala e espera que ela o deixe entrar.

– Vai embora. - Myle se encolhe debaixo das cobertas.

– Myle... - Jack encosta a testa na porta ao perceber a voz de choro. "Eles largaram..."

– Vai embora Jack, eu não quero ver ninguém, nem você, nem a Lia, nem o Dun... Ninguém. - Ela sussurra.

– Ok... - Myle percebe que a sombra de Jack some por debaixo da porta.

– Jack! - Ela se levanta da cama e abre a porta.

Não havia sinal dele pelo corredor, ele deveria ter seguido o que ela disse.

– Droga. - Myle suspira e se vira, voltando a entrar em seu quarto.

De repente a janela do quarto de Myle se abre e podemos ver Jack invadindo. O rapaz escalou para ter um momento com ela.

– Jack! - Myle se assusta ao ver ele. - Ficou doido?!

– Não... Só invadi. - ele ri.

Myle olha para ele e sorri, ela vai até o amigo e o abraça.

– Ah Myle... - Jack abraça ela - Eu sinto muito mesmo... - ele fica emocionado.

– Acabou Jack... - Myle sussurra e volta a chorar. - Não foi pra sempre...

Jack afaga ela em seus braços e acaricia seus cabelos. Myle havia se tornado tão importante para ele, era doloroso vê-la perder o amor de sua vida.

Myle abraça ele mais forte e tenta se acalmar. Jack havia se tornado uma pessoa essencial na vida dela e tê-lo ali, foi necessário para que ela pudesse desabafar neste momento difícil.

– Quando estiver pronta para falar, fale. - ele não contém umas lágrimas teimosas. "O que você fez, Duncan?"

Myle se afasta de Jack e caminha com ele até sua cama.

– Ele terminou comigo por causa dos pais dele.... - A cada palavra, o choro da garota ficava ainda mais intenso.

– Use a respiração. - Jack pede ao ver que ela estava com dificuldade para falar.

– Ele... Ele... - Myle para um pouco e respira fundo. - O pai dele está com câncer terminal e pediu para que ele se casasse com a Genevieve para que ele desse continuidade aos planos da empresa da família.

– Uou... - Jack para um pouco e reflete - E ele resolveu realizar o desejo do pai, já que abandonou a família.

– Sim. - Myle suspira e limpa suas lágrimas.

– Poxa... - Jack ajuda ela a limpar as lágrimas - O que acha disso. Verdadeiramente?

– Que ele fez a escolha certa. - Myle olha ele.

– Seriously!? Claro que não. Você é mais importante que isso. - Jack falou isso impulsamente porque não queria vê-la sofrendo, ele nem analisou a situação de Duncan.

– Jack... - Myle segura a mão dele. - E se fosse o Clark que te pedisse isso? E se ele te pedisse para que você largasse da Lia e se casasse com outra pessoa, por ele estar morrendo? Você negaria isso a ele?

– Bom... É acho que dá para entendê-lo. Eu só não queria que sofresse. - Jack fala sinceramente.

– Nem tudo é como a gente quer. - Myle suspira. - Eu o amo tanto Jay...

– Eu acredito nisso. O que temos que trabalhar é redirecionar esse amor em outra coisa, que possa distrair e elevar sua mente. - Jack anda pelo quarto parecendo ter uma ideia.

– Tipo o que Sherlock? - Ela olha para ele e começa a rir.

– Lembra aquele curso de culinária que você me mostrou ano passado? Acho que é oportunidade de usá-lo para apagar a dor que sente. Garantindo uma grande dedicação. - Jack comenta e volta a olhá-la.

– É, eu acho que tem razão Jack. Vou me inscrever e quem sabe aprender coisas novas.

– Claro que aprenderá. E reverta a tristeza em esforço e dedicação. - Jack fica contente por ela estar seguindo seu conselho.

– Obrigada Jack. - Myle sorri. - De verdade.

– Myle você é minha amiga, minha melhor amiga. Isso é pouco perto do que eu queria fazer por você, mas no momento só consigo isso. Me desculpe. - ele deixa uma lágrima rolar.

– Hey... - Myle vai até Jack e abraça ele. - Sem você eu não seria nada Jay.

– Recíproco. - ele beija o pescoço dela e a abraça apertado.

Myle sorri e abraça ele da mesma forma.

– E a minha afilhada?

– Ela está bem e saudável. Thanks God! - ele sorri.

– É menina mesmo? - Myle olha ele.

– Sim. Depois te mostro a foto da ultrassom e um vídeo. - ele parece se recordar de algo - Caraca! Preciso enviar o vídeo ao Clark.

– Mande um beijo para ele. Estou com saudade. - Myle sorri.

– Mandarei. Vem vamos tomar café. Sinto falta de todas a mesa. - Jack segura na mão dela.

– Vamos. Precisamos voltar a nos reunir. - Myle acompanha ele.

Jack sai do quarto dela e ao passar pelo de Blair, o garçom bate na porta com força.

– Acorda molóide! - ele berra e posteriormente gargalha ao ouvir resmungos.

– Vai pro inferno Jack! - Blair resmunga.

– Daqui uns dias a garota vai acabar indo embora daqui. - Myle ri.

– Ela me ama. - Jack sorri e desce as escadas com Myle - Consegui, Li!

– Eeee, palmas a você. - Lia sorri a ele.

– Sou maravilhoso... - ele se gaba - E dotado.

– Menos vai. - Myle se senta a mesa. - Bom dia Li.

– Bom dia My. - Lia sorri a ela.

– Graças a Deus John fez novas contratações e isso tem facilitado nas folgas. - Jack comenta - Mas, vamos trabalhar hoje, todos.

– Yep. Mais um dia de trabalho. - Myle bebe um pouco de suco.

– Já pensaram em sair da Fire? - Jack olha elas.

– Quando terminar a faculdade sim. - Lia olha ele.

– Idem. - Myle come um pedaço de pão.

– Eu não sei o que está me acontecendo, mas estou numa fase de desanimo. Não sei explicar. - ele olha para elas.

– Poxa Jay, não fica assim. - Myle olha ele.

– Amor... Eu não sei o que está acontecendo contigo, não quero te ver assim. - Lia segura na mão dele.

– Deve ser uma fase, mas felizmente tenho Lia para me incentivar a prosseguir. - Jack olha ela e beija mão da mesma.

– Vou te fazer superar essa fase te acordando cedo todos os dias. - Blair resmunga ao entrar na cozinha. - Bom dia.

– Bom dia rabugenta. - Myle ri da garota.

– Te amo. - Lia sussurra para Jack.

– Também te amo. - ele cochicha de volta - Ao ver seu belo rosto me arrependi de tê-la acordado. - Jack brinca com Blair.

Blair fuzila ele com o olhar e mostra o dedo para ele.

– Hey, dona Mere precisa fazer uma visita aqui. - Myle ri.

– Quando ela vir teremos que cancelar a suruba, por um período breve, claro. - Jack comenta, palhaço.

– Ah, a suruba não. - Myle faz cara de triste.

– Hey! - Lia dá um tapa no braço de Jack.

Jack gargalha e gosta do momento deles.

– Gente, o aniversário da Anne está chegando. Temos que começar a pensar no que vamos fazer pra ela. - Lia olha para os amigos.

– Uma festa surpresa? - Blair sugere.

– Super amei a idéia, embora eu ache difícil esconder algo dela. - Myle ri. - Anne é esperta.

– Não, você é esperta. Eu e Lia somos até perceptivos, Blair me deixa em dúvidas, mas Anne... Definitivamente ela não é esperta. - Jack fala e ri.

– Mas que bullying com a pop star! - Blair ri.

– Hey, não sou tudo isso. - Myle faz careta.

– Não elogia mais ela então. - Lia ri.

– E como faremos? - Jack olha as 3.

– Podemos conversar com o Jev e com os outros. E claro, realizar a festa aqui. - Lia olha para ele.

– Eu cuido da comida, claro. - Myle pisca ao amigo.

– Bom, eu ajudo a arrumar a casa. - Blair olha eles.

– Vou conversar com George e os outros. - Jack sorri animado.

– Então fechou! - Lia sorri e termina seu suco.

Jack estende a mão para que elas coloquem por cima.

Lia coloca a mão por cima da dele, sendo seguida por Myle e Blair.

– Eu amo vocês. - Jack mantém sua mãe e olha uma por uma.

– Também te amamos Jay. - Myle olha ele. - Claro que a Lia ama mais, mas também amamos você. - Ela sorri.

Jack levanta sua mão e sorri a elas.

– O café estava muito bom, tudo muito bem, mas eu preciso de um banho e fazer uns trabalhos da faculdade. Ainda bem que estou conseguindo conciliar tudo isso. - Blair se levanta e leva sua xícara para a pia.

– Fico feliz por isso Blair e tenho certeza que seus pais também. - Myle sorri.

– Sim, eles estão animados com tudo o que está acontecendo.

– Isso é bom, muito bom. - Lia olha para ela. - Quando falar com eles, diga que mandamos beijos e abraços.

– Pode deixar, darei o recado. - Blair pisca para elas e sobe para seu quarto.

– E então, qual a programação do casal pra hoje? - Myle olha para Jack e Lia.

– Boa pergunta... - Lia sorri sem graça.

– Sexo no jardim da Sra. Hopkins? - ele arqueia uma sobrancelha a Li.

– Acho que ela iria te castrar. - Lia ri.

– Ou se aventurar... - Jack faz cara de safado.

– Que nojo! - Myle faz careta. - Vou subir, dar uma arrumada no quarto...

– Vai lá ruiva, vou ajeitar aqui e colocar a matéria da faculdade em dia. - Lia olha a amiga.

– Qualquer coisa gritem. - Myle sorri e sobe para seu quarto.

– Vai, desembucha, porque ela estava mal? - Lia olha para Jack.

– Duncan... A história é devastadora. - Jack suspira.

– Não vai me dizer que eles... - Lia olha surpresa para Jack.

– Sim. Eles romperam e é algo definitivo. - Jack fala sincero.

– Nossa! Ela deve estar quebrada por dentro. - Lia suspira. - Myle não merecia isso.

– Mas o motivo dele tê-la deixado consegue ser pior. - Jack entristece o cenho.

– Foi pelo quê? - Lia se aproxima dele.

– O pai de Duncan tem uma doença terminal e já tinha um futuro feito para o filho e a empresa da família. Duncan que não se importava com isso, agora quer realizar os desejos do pai, antes que... - Jack passa a mão pelo rosto - Ela vai precisar de nós... - ele olha pelas escadas na qual a amiga acabara de subir.

– Com toda certeza e estaremos ao lado dela. - Lia segura a mão dele. - Sempre.

Jack coloca a cabeça dela em seu ombro e a abraça acariciando-a.

– Te amo Jay. - Lia sussurra. - Amo ainda mais todo o seu carinho pelas pessoas que você ama.

– Obrigado meu amor. Esse é o Jack. - ele sorri a ela.

– Por quem me apaixonei e continuo me apaixonando a todo momento. - Lia sorri e beija ele apaixonadamente.

Jack retribui o beijo a ela e sente como se aliviasse a tristeza que sentia por Myle. Era uma pena ele estar tão bem com Lia e Myle não ter isso com Duncan.

– Incrível! - Hale bate palmas quando Anne termina de gravar mais uma de suas composições.

Jev ajuda o produtor nas palmas.

– Gostaram mesmo? - Anne olha eles.

– Mas é claro, meu amor. Sua afinação está destruidora nesta manhã. - Jev pisca e corre até ela.

– Obrigada. - Anne sorri e dá um selinho em Jev assim que ele se aproxima dela.

– Você me surpreende cada dia mais. - Hale sorri ao se aproximar deles.

– Obrigada, e eu acho que isso é bom.

– Está conseguindo conciliar as gravações e a faculdade, não? - Hale olha ela.

– Estou fazendo o possível, estou ficando exausta, mas tudo está valendo a pena. - Anne sorri.

– Se preferir, podemos adiar a gravação de seu CD para daqui uns meses. - Hale sugere.

– Nem pensar! É um sonho se tornando realidade. - Anne sorri. - É um esforço que valerá a pena.

– Acredite Hale a determinação dela é inspiradora. - Jev elogia a namorada.

– Ah, é... - Anne sorri sem graça.

– Estou contatando alguns compositores amigos meus e creio que logo, logo teremos mais uma música para o CD. - Hale sorri animadamente a ela.

Jev olha a namorada esperando uma reação empolgante.

– Mesmo? Isso é incrível Hale! - Anne vibra.

– E mais. Já conversei com um fotógrafo super conceituado e... Teremos uma sessão para agregar ao CD.

– Sinceramente, estou amando tudo isso. - Anne sorri. - Jev poderá participar dessa sessão?

– Claro! O foco será em você, mas a presença dele será instigante. - Hale reflete.

– Quero uma foto minha e dele no fundo da letra de Almost Paradise. - Anne sorri. - Nossa música.

– Não vejo problemas, afinal, o CD, a voz e a fama são inteiramente seus. - Hale sorri.

– Que lindo meu amor. - Jev envolve ela.

– Meu maior incentivador é o Jev e eu quero ele no meu CD. - Anne sorri e beija o namorado.

Hale sorri enquanto eles se beijam. Ele tinha certeza que a garota teria sucesso. Ela merecia isso.

Anne sorri e se afasta de Jev.

– Vai gravar comigo agora?

– Certo. - Jev vai até o violão e dedilha ele testando sua afinação.

– Quando serão feitas as fotos?

– Possivelmente na quarta-feira de manhã. - Hale sorri a ela.

– Ótimo! Será um bom presente de aniversário. - Anne sorri.

– Ah! Jura? - Hale se surpreende.

– Sim. - Anne sorri.

– Caramba! Farei ser o melhor aniversário. - Hale pisca a ela.

– Estou pronto! - Jev informa após afinar seu violão.

– Obrigada Hale. - Anne sorri. - Então, vamos gravar. - Ela coloca os fones e dá o sinal para Jev começar a tocar e Hale iniciar a gravação.

– Que bom que aceitou meu convite. - John sorri a Joanne.

Uma caminhada pela orla certamente deixaria a conversa mais prazerosa.

– Acho que merecíamos esse tempo, longe de tudo e de todos. - Joanne sorri.

– Fiquei feliz quando me disse que seu filho conquistou a simpatia de Anne. - John abre dois botões da camisa por conta do calor.

– Eu também fiquei feliz e muito surpresa, pensei que a Anne iria repelir ele. - Ela tira as sandálias e as segura.

– Vou chamá-la para uma conversa hoje, na boate... Espero que ela não me afaste. Infelizmente você será o último estágio dessa reconciliação e também o mais difícil.

– Eu já imaginava isso John e sinceramente, vou entender se ela não quiser conversar comigo, afinal eu fui a culpada de tudo isso.

– Jo, olhe prá mim... - John coloca sua mão na bochecha dela.

Joanne olha para John e gosta da sensação da mão dele em contato com sua pele.

– O momento da conversa de vocês acontecerá e quando acontecer quero que exponha toda a sua sinceridade e deixe que seus sentimentos de mãe envolvam-na, tá legal?

– Tá, eu farei isso. - Joanne sorri. - Obrigada John.

– Não foi nada, é exatamente o que farei hoje. - ele revela.

– Tenho certeza que ela o aceitará. Impossível não aceitar.

– Obrigado. Ainda detesta água de coco? - ele olha ela.

– Yep. É amarga. - Ela faz careta.

– Mas eu sei de alguém que amava dividir uma banana split comigo. - ele pisca e sorri de canto.

– Ah, isso sim com toda certeza. - Ela sorri.

– Vem... - ele estende a mão para que ela levante e o acompanhe.

Joanne segura na mão dele e o acompanha.

– E a boate? Algo de novo acontecendo lá?

– Ah! Como esqueci de te contar. - ele para entusiasmado - Acabou, acabou os programas. Fire continuará tendo sua sensualidade, porém com uma pegada mais musical, não sei explicar.

– Uau! Isso é incrível John! Fire é muito elogiada pelo conceito musical, porém os programas repeliam muitos clientes, agora é uma boate comum, sem o erotismo.

– Sim, alegraremos a maioria. Lógico que há uma parcela que gostava da Fire pelos programas, mas... Foda-se? - ele arqueia uma sobrancelha a ela e ri.

– Uou! Você falando palavrão?! Que choque! - Ela ri. - Mas sim, foda-se.

– Eu falo muito pouco tenho que admitir. - ele gargalha.

– Às vezes falar mais faz bem. - Joanne ri.

– Vou cogitar essa possibilidade quando um cobrador falar cuspindo em mim. - ele faz uma expressão fofa.

– Cuspir em você é um desrespeito. - Joanne sorri de lado. - Eu faria outra coisa.

– Nem quero imaginar. - ele gargalha e entra no quiosque com ela.

– Melhor não.... - Joanne fala sem graça e acompanha ele. "Eu queria te beijar, mas tudo bem..."

– Que bom que veio filho, entre. - Olav sorri a Duncan.

Este mesmo que esteja inconformado com tudo o que estava acontecendo decidiu almoçar com os pais e informar sobre suas decisões recentes.

– Duncan! - Carmem sorri ao filho e o abraça.

– Mãe... - ele retribui ao abraço da mãe.

– Olha só! Reunião da família feliz? - Natalie chega e retira os óculos de sol. - Que gracinha. - Ela fala irônica.

– Natalie. - o pai repreende - Não pode continuar brava por termos escondido as coisas de você. - Olav balança a cabeça negativamente.

Duncan olha o pai e algo em sua mente diz para ele abraçá-lo. Ele o faz e chora.

– Ah, sim. Até porque é super normal esconder que o pai está morrendo da filha. - Ela dá de ombros e segue para a sala de jantar.

– Natalie! - Carmem segue a filha.

Olav retribui ao abraço de Dun e ignora Natalie.

– Eu não vou te perder.

– Dun... - Olav faz carinho na cabeça do filho.

– Nat...

– Não mãe, por favor.

– Você precisa entender.

– Antes que seja tarde?!

– Sim Nat, antes que seja tarde!

– Me esforçarei para isso. - Natalie suspira e se senta à mesa.

– Eu te amo filho. - Olav fala a Duncan e vai levando-o até a cozinha.

– O Sr. pode me perdoar por ter fugido de casa e abandonado vocês? - Dun olha para o pai com os olhos molhados.

– Claro meu filho, o importante é ter você e sua irmã... - Olav olha para Natalie ao entrar na cozinha - aqui comigo.

Natalie olha para o pai e para Duncan e abaixa a cabeça. Não queria chorar novamente, não naquele momento.

– Agora iremos comer e tentar aproveitar deste momento no qual tenho todos aqui. - Olav sorri.

Duncan se esforça e consegue parar de chorar.

– Isso te fará feliz, pai? - Dun olha ele limpando o rosto.

– Nada me deixaria mais feliz. - Olav aumenta seu sorriso.

– Tudo bem. - Duncan assente a ele - Podem servir! - ele dá ordem aos empregados e vai levando a mão para se sentar.

– E então? Como você está Dun? - Carmem se senta ao lado de Olav e olha para o filho.

– Pergunta retórica mãe? - Duncan suspira.

– Hum... Bom, só perguntei para saber mais da sua vida, mas ok. - Carmem dá de ombros.

– Natalie não vai se sentar conosco? - Olav olha ela.

– Vou pai. - Natalie se senta ao lado de Duncan. - Desculpe.

O almoço é servido. Duncan estava machucado mas faria o possível para que os últimos momentos de seu pai fossem perfeitos.

– Esse cheiro... - comentou.

– Panqueca de frango! - Natalie sorri.

– Pedi pra Ana fazer as panquecas para vocês. - Carmem sorri.

– Caramba! Eu amo essas panquecas. Nat se lembra que fazíamos sorrisos nelas com...

– Ketchup. - Olav complementa.

Ele se lembra desse fato e sorri.

– Nos divertíamos bastante. - Natalie sorri. - Sinto falta disso.

– Eu também. - Duncan suspira - Bom, mas... Vamos comer, não?

– Demorou. - Olav ri - É assim que se fala?

– Sim pai, mas não, não use as gírias. - Natalie ri. - Não combina com você.

– O que acha Carmem? - ele olha a mulher - Não achei que Natalie está sendo equivocada?

"Esse humor, como pode estar tão bem humorado sabendo que vai morrer?" – Duncan olha para o pai.

– Não acho, eu concordo com ela. Não combina com você, saca? - Carmem ri.

– Não mãe, nem com a senhora! - Natalie ri.

– Definitivamente. - Duncan concorda com a irmã e balança a cabeça negativamente.

– Vocês dois.... Caretas. - Carmem ri.

– Hum... Ana caprichou... - Olav elogia após provar um pouco.

– Como ela sempre faz papai. - Natalie sorri.

– E por ter essa união de nossa família tenho certeza de que a comida se tornará ainda melhor. - Olav agrega.

– Com toda certeza. Nada melhor do que termos nossa família reunida novamente. - Carmem sorri.

"Só espero que Genevieve não apareça dessa vez..."

– Algo de errado, filho? Você fez uma careta.

– Nada pai, não se preocupe.

– Pensei que estaria trabalhando Dun. - Natalie olha ele.

– Meu trabalho começa de noite. - Dun explica. "Natalie não sabe?"

– De noite? - Natalie estranha. - Mamãe disse que trabalhava em outra empresa, concorrente a nossa.

Duncan olha a mãe como se perguntasse o motivo de ter mentido.

Carmem dá de ombros e sorri amarelo.

– Não Natalie. Eu trabalho numa boate adulta como gogo boy. - Duncan explica a irmã.

– Oi? - Natalie se surpreende.

– É isso mesmo filha. - Olav olha ela - Duncan trabalha na Fire.

Natalie começa a rir nervosa.

– Quando vão parar de mentir pra mim?!

Todos ficam olhando para Natalie esperando ela acreditar.

Ela solta os talheres e se levanta.

– Perdi o apetite. - Ela se vira e sobe para seu quarto.

– Natalie! - Olav chama por ela.

– Papai deixe-a, ela precisa de um tempo. - Duncan suspira e olha a irmã subindo as escadarias.

– Natalie sempre foi dramática. - Carmem balança a cabeça negativamente.

– Isso é verdade. - Duncan suspira.

– E então? Vai continuar na Fire Duncan?

– Não mãe... Bom é sobre isso que vim conversar com vocês. - Duncan olha de um ao outro.

– Pois bem, meu filho, converse conosco.

Carmem sorri a ele. "Ótimo..."

– Contei tudo a Myle. - ele inicia.

– Ah, e como ela reagiu?

– Ela se quebrou, assim como eu fui quebrado. - ele libera uma lágrima teimosa.

– Oh meu filho... Eu... - Olav se sente culpado.

– Pai... Tá tudo bem, isso se tornou algo importante prá mim.

"Só espero que supere a importância de Myle..."

– Bom, ela vai ser forte, tenho certeza que sim. E você está fazendo algo nobre.

– Eu sei da força de Myle. Só não sei se sou forte assim como ela é. - Duncan tem outra lágrima escorrendo pelo rosto.

– Enfrentaremos isso juntos Duncan. - Carmem sorri ao filho. - Somos uma família.

– É por isso que estou aqui. Irei me casar com Genevieve e cumprirei meu dever com a empresa e com vocês. - Duncan força um sorriso.

– Oh! Filho! - o pai se surpreende - Eu... Eu estou tão feliz, isso é maravilhoso. - Olav sorri grandemente.

– Tenho certeza que tudo ficará bem agora. A empresa estará em boas mãos.

– Precisarei de Natalie para me ajudar, mas Stentfor será mais que uma missão prá mim. - Duncan estende a mão para que os pais segurem. Olav o faz - Quero provar que vocês me tem novamente.

– Ah Duncan... - Carmem segura a mão do filho.

– Eu amo vocês. - ele sorri e libera algumas lágrimas olhando da mãe para o pai.

– Também amamos você, Duncan. - Olav sorri ao filho orgulhoso.

– Amamos e muito. - Carmem sorri ao filho.

– Se me dão licença, preciso conversar com Natalie. - Duncan olha para os pais.

– Fique a vontade. - Carmem sorri. - E Dun... Bem vindo de volta.

– Obrigado mãe. - Duncan sorri e se levanta da mesa.

Ele não sai da cozinha sem dar uma última olhada no pai, este esbanjava vida em seu sorriso, o que para Duncan era inacreditável.

Ele relembra momentos pai-filho enquanto sobe os lances de escadas para o andar dos quartos. Ele para no corredor e parece visualizar uma pequena Natalie correndo por estar sendo perseguida por sua versão adolescente.

"- Você não me pega Dun! - A garotinha ri correndo pelo corredor.

– Quem mandou você mexer nos meus pôsteres! - Duncan parecia irritado.

– Eu queria um! Você me prometeu e não me deu! - Ela faz careta.

– Eu odeio que mexa nas minhas coisas, Nat! - Duncan empurra ela e a garota vem ao chão.

– Duncan! - Natalie olha para ele e começa a chorar.

– Duncan e Natalie o que está acontecendo? - Olav chega no ambiente ao ver os choros.

– O Duncan me empurrou papai! - Natalie se levanta.

– Duncan! - Olav encara o filho.

– Ela bagunçou meus posteres. Mexeu em minhas coisas! - Duncan reclama.

– Você me prometeu o pôster do Goo Goo Dolls e não me deu!

– Você nem gosta dessa banda. - Duncan faz careta a ela.

– Gosto sim! - Natalie bufa.

– Hey! - Olav exclama.

Duncan se silencia, porém mostra a língua para Natalie.

– Eu quero o pôster. - Natalie fuzila Duncan com o olhar.

– Os dois... Sentem aqui. - o pai indica seu colo quando ele senta na poltrona.

Natalie se aproxima e senta no colo do pai, deitando sua cabeça no tórax dele.

Duncan sobe na outra perna do pai e olha para ele esperando que falasse.

– Duncan se lembra quando sua mãe estava grávida de Natalie?

Duncan pensa um pouco, ele olha a garotinha e depois o pai.

– Claro.

– Lembra como desejava ter uma irmãzinha.

– Você queria? - Natalie olha para Duncan.

– Bom... É... - Duncan se sente desarmado - Queria... Mas não sabia que ela seria tão chata. - ele cruza os braços ainda inabalável.

Natalie ri e olha para o irmão.

– E quando ela nasceu...

– O que tem? - Duncan se incomodava com o rumo da conversa.

– Natalie pertencia a você. Sua mãe e eu mal a pegávamos no colo. - Olav ri. - "Natalie é minha!" Você gritava. - ele imita o filho.

– Você me protegia. - Natalia balança as pernas olhando para o irmão sorrindo.

– Isso não é verdade! Fica quieta pirralha. - Duncan tentava se manter, mas Olav havia plantado uma semente de reflexão nele.

Ele amava Natalie mais do que se importava com seus bens.

Natalie se aproxima de Duncan e abraça ele, mesmo sabendo que o irmão poderia empurrar ela novamente.

Inicialmente Duncan pensa em empurrá-la, mas seu pai já havia plantado essa reflexão nele. Ele retribui o abraço.

Olav sorriu emocionado.

– Desculpe Duncan, não vou mais mexer nas suas coisas. - Natalie olha para ele.

– Pirralha... - Duncan abraça-a mais forte.

Ele olha para o pai e nota seu sorriso de orgulho".

– Pai você sempre foi nosso heroi. - Duncan sorri e bate na porta de Natalie.

– Vai embora Duncan. - Natalie fala sem abrir a porta.

– Natalie, por favor, precisamos disso. - Duncan coloca a testa na porta.

Ela se levanta e vai até a porta, destrancando e abrindo-a.

– O que foi?

– Precisamos conversar sobre tudo. - ele evita rodeios.

Natalie suspira e dá espaço, deixando ele entrar.

– Você mais do que ninguém sabe que papai já tem uma vida para mim. - ele inicia ao se sentar na cama.

– Eu sei Dun... - Ela fecha a porta e se senta ao lado dele.

– Mas aquela vida... Não era prá mim. - ele suspira.

– Mas agora você vai ter essa vida forçadamente.

– Por um motivo-mor... - ele fala convicto - Bom, quando fugi de casa comecei a viver por mim mesmo, adquirir meu dinheiro pelo meu próprio trabalho. E acredite, eu fui muito feliz.

– Mas Dun... Porque você não conversa com nossos pais? Você vai abrir mão da sua vida, não é justo.

– E arrancar essa felicidade de nosso pai? Ver que a empresa e tudo que ele construiu não terá um sucessor? Acho que não tenho esse direito. - ele fala sinceramente.

– Mas e eu?! Duncan eu estou lá! Eu que resolvo tudo, todos os problemas, os negócios bons, tudo sou eu que resolvo, porque tem que ser você?

– Eu não entendo. Parece que papai está cego. Por isso preciso de você. Você irá me ajudar com tudo e a Clock Feelings se manterá.

– Eu vou te ajudar Dun. - Natalie abraça o irmão.

– Me perdoe por ter sumido e escondido de você toda a vida que levei. - ele olha fundo nos olhos dela.

– Não vou mentir e dizer que não fiquei decepcionada contigo, porque eu fiquei, mas já passou. Tudo bem.

– Eu sei, mas acredite vou deixar a Fire. Hoje a noite. - ele sorri determinado.

– Mas, e a My? Como ela reagiu a tudo isso?

– Ficou devastada. - Duncan inclina a cabeça já se emocionando.

– Ah Duncan... - Natalie abraça ele novamente.

– Por isso vou precisar ainda mais de você, mana. Não sou tão forte. - ele fala enquanto abraça-a apertado.

– Você é sim. - Natalie faz carinho nas costas do irmão. - Estou do seu lado Dun, sempre.

– Obrigado maninha. Te amo.

– Eu também te amo Dun. - Natalie sorri.

John para seu carro frente à casa dos Blakes e sorri para Joanne.

– Entregue.

– Obrigada John. - Joanne sorri.

– Faz um bom tempo que não me divertia assim. - John olha ela.

– Somos dois e bom... Acho que a gente precisava disso. - Ela se senta de lado ficando de frente para ele.

– É bom ver que ainda nos damos tão bem, mesmo que o mundo tenha virado de ponta cabeça. - ele ri.

– E que virada não?! - Ela ri. - Quero fazer uma coisa.

– O quê? - ele encara ela.

Joanne sorri de lado e se aproxima de John lentamente, colocando suas mãos nos ombros dele.

– Ás vezes, sabe, eu paro e penso em algo, sabe o que é? - ele olha penetrantemente.

– O que? - Joanne se afasta sem graça.

– Do quanto senti falta do seu beijo. - ele a trás prá perto novamente e a beija.

Seu corpo se estremece ao sentir a chama por ela reascender.

Joanne retribui ao beijo apaixonadamente. Os pêlos dela se arrepiam com a sensação que o beijo causava nela. Era como se Joanne voltasse a ser adolescente.

John tinha a mesma sensação. Ele passou a mão pelo pescoço dela e envolveu sua nuca a outra segurou firme na mão dela.

Joanne sorri entre o beijo e leva as mãos ao rosto de John e acaricia ele.

– Senti tanto sua falta. - John separa o beijo e olha ela.

– Duvido que tenha sentido mais do que eu. - Joanne sorri.

– Boba. - ele morde o lábio e volta a beijá-la.

Joanne ri e retribui ao beijo, o abraçando ainda mais.

E depois de uma tarde maravilhosa John e Jo descobriram que o amor em algumas ocasiões se apaga, mas pode ressurgir avassalador. Por que o amor é como o fogo que nos aquece, envolve e ilumina quando se encontra frio nosso coração.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews? Favoritos? Recomendações? #FaçamOsAutoresFelizes =D

Bjão gigante pra vocês! Até o próximo :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Couples on Fire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.