Couples on Fire escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 61
Capítulo 61


Notas iniciais do capítulo

Rá! Surpresa!

Preparem os lencinhos!

~Enjoy~



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– Bom dia, tesão. - Adam beija Myle até ela acordar.

– Hum... Estou sonhando? - Myle sorri.

– Talvez seja, tem um anjo nele. - Adam se gaba e ri.

– Palhaço. - Myle abre os olhos e sobe em cima de Adam. - Castigo por ter me acordado. - Ela segura as mãos dele contra a cama e começa a beijá-lo, dos lábios até o tórax.

– Quero ser castigado eternamente. - Adam geme de prazer.

– É? - Myle morde o lábio dele.

– Certamente, srta. - ele sorri excitado.

Myle morde o pescoço dele e deixa uma marca avermelhada de um chupão. Ela percebe que ele estava excitado e rebola no colo dele.

– Para. Sua safada! - Adam ri desconcertado, My o deixava nas nuvens.

– Meu castigo acabou agora. - Myle desce da cama soltando ele. - Vai se arrumar e dar um jeito nisso daí. - Ela aponta para o grande volume da cueca dele. - Sozinho...

– Assim não vale! - ele coloca o edredom sobre o volume e joga um travesseiro nela.

– Ninguém mandou me acordar. - Myle joga o travesseiro de volta nele e ri.

– Malvada. Vai comer aqui ou na república? - ele passa a mão pelo cabelo ralinho de soldado.

– Isso você escolhe. Eu faço seu café ou você come com o seu time?

– Comerei com o time, gostamos de fazer isso prá mostrar união, antes do jogo. - Adam fala a ela e levanta vendo que as coisas estavam menos volumosas.

– Então até mais tarde meu amor. - Myle vai até Adam e o beija. - Estarei lá torcendo por ti.

– E por isso venceremos. - Adam a beija deliciosamente, amava Myle de uma maneira consumidora.

Myle retribui ao beijo de Adam apaixonadamente. Ela o amava, embora houvessem Niky e Duncan, era Adam que a balançava.

– Você vai se atrasar assim.

– Ok. Partiu banheiro. - ele morde o lábio uma última vez - Mande um abraço meu ao Clark, que ele aproveite.

– Pode deixar meu amor. Até mais tarde. - Myle dá um selinho em Adam e vai para a república.

Myle entra na república e sorri ao ver tudo arrumado. Ela olha para a sala e percebe que não havia ninguém. "Já foram." Ela pensa e vai para o banheiro. Ela fecha a porta e toma um banho, um pouco demorado. Assim que ela termina ela vai para seu quarto enrolada na toalha. Ela entra em seu quarto e procura algo para vestir. Ela escolhe um short e uma regata.

– Quem sabe da sorte. - Myle sorri e senta na cama. - MAS O QUÊ?! - Ela grita ao ver Duncan ali.

– Hey... Ah, bom dia... - Duncan sorri de lado, vendo a ali, ele rolou na cama ainda com o edredom por cima dele.

– Porque está no meu quarto? - Myle se enrolou na toalha novamente.

– Bem. Eu dormi aqui. - ele sentou na cama e exibiu o peito nu.

– Ironia do destino? - Ela sorri.

– Realmente. - ele remove o coberto e se levanta da cama, revelando sua nudez.

– Ah Duncan!

– Oi? Anne disse prá eu ficar a vontade. - Duncan sorri de lado para ela.

– Engraçadinho. Se veste vai.

– Não quer admirar a vista. - ele vai se aproximando dela.

– É muito bonita, mas tenho que me arrumar.

– Por que não se arruma depois... - ele a abraça por trás.

– Ah Duncan.... - Myle morde o lábio.

– Gostou? Tem muito mais. - ele rebola sensualmente atrás dela.

– Não é a hora Duncan...

– Tem razão, desculpe. Mas foi bom, imaginar. - Dunca sorri bobo, ela consegue visualizar isso no espelho.

Myle sorri olhando para ele.

– Dormiu bem?

– Seu cheiro era tão presente aqui. - ele pula na cama de novo.

– Talvez seja porque é o meu quarto? - Myle sorri.

– Dã... - Duncan faz careta para ela.

– Bobo. - Myle se veste e olha para ele. - Quer ir pra praia com a gente?

– Praia? O que vai rolar?

– Adam vai jogar.

– Olha que interessante... Mas você ter que recusar. Verei meus pais. Minha me ligou ontem, estão sentindo minha falta. - Duncan faz uma cara de que não acreditava na história.

– Quando vai me contar o que rola entre você e seus pais?

– Senta aqui. - Duncan veste uma cueca e senta na cama.

Myle senta de frente para ele e cruza as pernas, estilo índio.

– Bem, a história é complicada, meus pais são rígidos e antes mesmo de eu nascer traçaram minha vida. Desde os 4 anos aprendi a tocar piano, violão e flauta. Aos 7 já estava vencendo meu primeiro campeonato de esgrima, para de rir. - ele fuzilou ela e riu junto.

– Desculpa, é que não dá pra acreditar em você lutando esgrima. - Myle sorri.

– Bem, eles queriam que meu futuro fosse na cardiologia. Mas não... Eu comecei a enxergar novos rumos e comecei a me impor sobre o que eles determinavam em minha vida. - Duncan continua a história.

– E então ele viraram as costas pra você?

– Me expulsaram de casa. Mas, não ligue, eles são uma droga às vezes.

– Pais são assim, mas eles te amam Dun.

– Eu sei, por isso vou lá. - Duncan suspira longamente.

– Boa sorte. - Myle sorri.

– Vou precisar. - Duncan abraça ela - Sentia falta deles. - ele segurou o choro.

– Porque não conversa com eles? Explica o seu lado. - Myle faz carinho nele. - Se quiser eu vou com você.

– Relaxa. Vá torcer pelo seu namorado... Eu vou conseguir... Mas é complicado, você mais que todos me entende.

– Porque somos parecidos. – Myle olha para ele. Eu vim pra cá pra estudar e precisava de dinheiro pra me manter, logo fui pra Fire, e ai comecei a ganhar bem, mandava dinheiro para meus pais e disse que era do estagio que estava fazendo. Só que a mentira tem perna curta. Na despedida de solteiro do meu irmão eles foram para Fire e meu irmão mais velho me viu. - Ela suspira. - Aí eles nunca mais aceitaram nada vindo de mim, meus pais me odeiam e disseram que tinham vergonha de mim e que era para eu esquecer que eles existiam, porque pra eles eu não existia mais. - Ela limpa umas lágrimas que tinham escorrido pelo seu rosto.

– Hey calma, vem aqui. - ele a faz deitar na cama e abraça fortemente buscando acalmá-la.

– Eu só queria ajudá-los. - Ela abraça ele. - Mas eles nunca entenderam isso.

– Eles entenderão e ligaram para você novamente. Tudo ficará bem. - Duncan faz carinho nela.

– Digo o mesmo pra você Dun. Tudo ficará bem. - Myle sorri.

– Clark já foi? - Duncan olha ela.

– Acho que não.

– Manda um abraço nele por mim. - Duncan sorri.

– Pode deixar. - Myle sorri. - Eu te levo até na porta.

Duncan termina de se vestir e deixa os botões da camisa aberto.

– Quer abotoar?

– Você quer é me provocar isso sim. - Myle sorri e vai até ele. - Sabe como fazer isso. - Ela abotoa a blusa dele.

Em todo o momento ele olhava ela com uma cara de safado.

– Deixa eu dizer, tchau. - Duncan passa os lábios pelos lábios dela e vai se aproximando da boca lentamente.

Myle morde o lábio dele e sorri. Duncan beija ela lentamente, ele abraça a cintura dela e fica daquele jeito por um tempo com ela.

Myle retribui ao beijo dele e coloca as mãos na nuca do rapaz. Ela sorri entre o beijo e cola sua testa com a dele. Duncan sorri durante o beijo e gosta do jeito como estão, certamente seria maravilhoso tirar uma foto desse momento e guardá-la numa caixa. Infelizmente ele não tinha possibilidade, mas poderia capturar essa cena e mantê-la protegida em suas memórias.

– O tempo poderia parar agora mesmo.

– Uma boa frase prá esse momento. - Duncan sorri encantador prá ela.

– Imaginei que fosse. - Myle sorri.

– Acho melhor. Não quero que se sinta culpada depois. - Dun beija a testa dela e pisca.

Myle suspira e sorri.

– Vem, eu te acompanho. - Ela segura na mão dele e o leva em direção da escada.

Duncan vai indo com ela. Ele estava disposto a tentar apagar um pouco as coisas com Myle, ela se sentiria culpada depois e ele não queria isso.

– Vai com cuidado e calma com seus pais. - Myle sorri ao abrir a porta. - A noite você me conta como foi.

– Certo. E obrigado pela manhã apaixonante. Vou guardar ela. - Duncan sorri a ela.

– Eu também. - Myle sorri de lado. - Boa sorte Dun.

– Obrigado. - Duncan sai dali e vai caminhando pela calçada, no fim ele dobra uma esquina e some.

Myle fecha a porta e volta para seu quarto. Ela se joga na cama e sente o perfume de Duncan. "Vou ficar maluca."

Jack havia acordado e olhava para o relógio, ele queria que Clark não despertasse a tempo e perdesse o voo.

– Hum... - Lia resmunga e se espreguiça. - Bom dia.

– Bom dia. - estava sentado na cama a cabeça nos joelhos e os olhos fixos no relógio.

– O que você tem? - Lia se aproxima dele e o abraça por trás.

– As horas não passam. - Jack ainda não havia ouvido o despertador de Clark, então torcia para o tempo pular e ele perder a hora. Prá Clark ficar com ele.

– Por que quer que elas passem? - Lia faz carinho em Jack. Ela sabia que ele estava triste pela ida do tio, mas ele precisava desabafar sobre aquilo para não ficar mal depois.

– Ainda não ouvi o despertador de Clark, o relógio podia simplesmente pular alguns minutos. - Jack respirou lentamente.

– Eu também queria isso. - Lia suspira.

O despertador de Clark toca e eles conseguem ouvir.

– Droga! - Jack pega a almofada e joga na parede, apesar de ser leve e macia, ela bate forte na parede.

– Jack! - Lia se afasta dele e senta na cama.

Jack se ajoelha no chão e chora sem delongas. O som do despertador era a última coisa que queria ouvir.

– Ai Jack. - Lia levanta da cama e abraça ele ao se ajoelhar no chão. - Sei que dói, mas ele vai voltar.

– Vai passar Lia é que não sei o que pensar se no quarto ao lado a pessoa mais importante da minha vida está se trocando para ir.

Lia olha para ele emocionada, ela abraça ele mais forte, não sabia o que falar.

Myle bate na porta de Clark.

– Clark?

Clark terminava de se vestir, ele havia colocado um jeans, uma camisa xadrez bastante bonita e um sapato bem escuro.

– Pode entrar.

– Bom dia! Uou! - Myle olha surpresa para ele. - Ta bonitão.

– Valeu ruiva delícia. Bom dia. - ele sorri animado para ela.

– Ótimo dia. Temos tempo para um café? - Ela olha para ele.

– Perfeitamente. - Clark fecha a mala e sorri a ela.v

Myle sorri e desce com ele até a cozinha.

– Bom apetite. - Ela mostra a mesa farta. Panquecas, ovos mexidos, bacon, suco de laranja, frutas, tudo perfeitamente disposto na mesa.

– Caramba Myle, você é maravilhosa. - Clark sorri lindamente a ela.

– Ah para. - Ela sorri sem graça. - Eu não podia deixar você ir embora sem comer nada e muito menos de estomago vazio.

– Anne! Lia! Jay Jay! Café em família hoje. - Clark berra a eles.

– Vamos? - Lia termina de se vestir e olha para Jack.

– Vamos. - Jack suspira devagar. E decide ir do jeito que está, sem camisa e com o shortinho de dormir.

Lia desce a escada com Jack indo para a cozinha com ele.

Anne acorda com o grito de Clark e passa a mão pela cama.

– Taylor?

– Oi... - Taylor fala sem graça.

– Bom dia. - Anne sorri.

– Bom dia... - ele resmungou e rolou pela cama, ficando de bruços.

– Quer ficar aí? Eu trago algo pra você comer.

– Eu adoraria. Minha cabeça dói. - Taylor coloca o travesseiro na cabeça e se afunda na cama.

– Ressaca das brabas... - Anne ri e se veste. - Já volto. - Ela termina de se arrumar e vai para a cozinha. - Bom dia! - Ela sorri.

Jack desce de cabeça baixa. Clark já estava esperando por isso, então sorriu.

– Bom dia. - Clark sorri.

– Demorou hein? Tava difícil de desembaraçar o cabelo? - Jack tenta usar o humor para se sentir mais relaxado.

– Tava. - Anne ri e fica vermelha. - Hum, panquecas! - Ela tenta mudar de assunto.

Jack lança um olhar para Myle, insinuando que Anne estava aprontando.

– Sente-se Anne, vamos comer.

– Vamos. - Anne senta de frente para eles.

– Dormiu bem Ann?

– Como uma pedra. - Anne sorri.

– Parece que sim mesmo. - Jack sorri de lado.

Clark come e olha para eles, eram sua família agora.

– O que está insinuando Jack? - Anne olha para ele.

– Nada... - ele levanta as sobrancelhas e bebe um pouco de suco.

– Chega vocês, vamos aproveitar o café juntos. – Lia olha para eles.

– Certo, mãe. - Jack ri.

– Me falem o que vão fazer hoje? - Clark olha eles.

– Adam vai jogar. - Myle sorri. - E a irmã do Leon chega de tarde.

– Caramba perderei a chegada da mais nova integrante. - Clark ri - Coloquei bombons debaixo do travesseiro prá ela.

– Se a Lia não comê-los... - Jack ri.

– Palhaço. - Lia ri e bebe um pouco de suco.

– Vocês vão gostar da Blair. - Anne sorri.

– Ela é gostosa? - Jack interroga Anne.

– Muito bonita e adolescente. - Anne olha para ele.

– E o que interessa ela ser gostosa? - Lia dá um tapa no braço de Jack.

– Ah... Sabe como é né. - Jack ri e passa a mão onde Lia bateu.

Clark riu deles e pegou um pouco do bacon.

– Sabe como é minha mão na sua fuça. - Lia faz careta e Myle e Anne riem. - Que foi?

– Ta com ciúmes. - As duas falam e gargalham.

– To não. - Lia emburra.

– Pedi prá parar, parou. - Jack olha elas e revira os olhos.

– Ai ai. - Anne ri e monta uma bandeja. - Vou terminar meu café no quarto. - Ela serve dois copos de suco.

– Mas porque dois copos? - Myle olha para ela.

– Porque estou com sede e vou tomar os dois.

– Hum... Sei...

– Clark? - Anne se aproxima dele. - Sentirei sua falta. - Ela o abraça.

Clark abraça Anne carinhosa e familiarmente. Ele a amava e ela já fazia parte de sua vida.

– Obrigado, Anne, também sentirei.

– Faça uma boa viagem, realize seus sonhos e acima de tudo, seja feliz. - Ela sorri para ele.

– Obrigado novamente. O dobro prá você e muito sucesso! - Clark beija a testa dela.

Anne dá um beijo no rosto de Clark e sobe para seu quarto com a bandeja em mãos.

– O que rolou naquele quarto? - Jack cochicha a Myle.

– Algo que fez bem a ela. - Myle sussurra.

– Ela precisava distrair, depois de bem... - Jack levantou os ombros

– Precisava mesmo. - Lia sorri e come um pedaço da panqueca.

– E então Myle, vai me levar no aeroporto com eles? - Clark olha dela e termina de comer.

Jack sente que o tempo estava se passando e que não demoraria a ver seu tio indo.

– Infelizmente não tio Clark. - Myle faz bico. - Adam pediu que eu encontrasse ele na praia antes do jogo.

– Eu compreendo. - Clark sorri.

Jack levantou-se da mesa e foi para a varanda da casa refletir um pouco.

– Bom, acho melhor vocês conversarem. - Myle abraça Clark. - Faço das palavras da Anne as minhas. Seja feliz Clark.

– Você também Myle. E... Escolha bem. - Clark sorri a ela.

– Vou tentar. - Ela sorri e beija a bochecha dele.

– Vou me arrumar. - Lia sorri e sobe com Myle.

Clark sai lá fora e escora no batente da varanda, Jack estava ao lado dele e cobria o rosto, certamente estava chorando.

– Jack, não chore, meu filho.

– Você não está em posição de pedir nada!

Clark riu.

– Mas, você precisa ser forte Jack. Já viveu esses anos de faculdade sem mim. Você consegue.

– É fácil falar. - Jack olhou para ele, os olhos marejados.

– Vai sobreviver grandão, vai sobreviver e nunca piscar de olhos eu estarei voltando. Acredite. - Clark sorri a ele.

Jack suspira e custa a não acreditar.

– Posso te abraçar? - Clark pediu.

– Não.

Clark lembrou de situações parecidas quando o Jack era criança. Então era só ele ameaçar se afastar que Jack o agarraria.

– Tudo bem... - Clark disse e ameaçou ir para a cozinha de novo, Jack o abraçou apertado.

Clark se virou e manteve o abraço no sobrinho dando palmadinhas nas costas dele.

Eles ficam ali nesse momento sublime, em que palavras não conseguiram descrever o quão grande era o amor deles.

Lia abre a porta se fazer barulho e sorri olhando para os dois.

– Desculpem, não quero atrapalhar, mas ta na hora. - Ela olha sem graça para eles.

– Está certo. - Jack sorri - Vou me trocar.

Ele sai dali indo para o quarto.

Lia sorri para Jack e olha para Clark.

– Então é adeus?

– Não é adeus. Voltarei. - Clark sorri a Lia.

Lia se aproxima de Clark e abraça ele. Clark retribui ao abraço dela.

– Lia, faça meu menino feliz. Sei que pode fazer isso.

– Prometo que farei Clark. Seremos muito felizes. - Lia sorri.

– É o que mais espero. Sei que estou deixando Jack nas melhores mãos.

– Para, nada a ver. - Lia fica sem graça.

– Claro que é, e por isso se valorize e pense mais em você Lia. - Clark pega nas mãos dela.

– Prometo que farei isso. - Lia sorri olhando para ele.

– Vamos, meu voo sai em 40 minutos. - Clark sorri a ela.

– Vamos. - Ela sorri e vai com ele para dentro de casa indo para a sala.

– Jack já se trocou?

– Tô descendo. - Jack falou.

– Então vamos. - Lia vai até a porta e abre ela esperando por eles.

Clark segue Lia, Jack desse a escada correndo e pula os últimos degraus, como de costume.

– Um dia vai acabar se machucando. - Lia ri e vai para fora indo até o carro.

– Gora mesmo. - Jack brinca e se aproxima deles.

– Desculpa. - Lia desliga o alarme e joga a chave para Jack.

– Opa, valeu. - Jack pega a chave e abre a porta e coloca o cinto.

Clark vai colocando suas malas no porta malas.

Lia ajuda ele com as malas e assim que acabam ela entra no carro depois de Clark.

– Vou mandar cartão postais prá vocês. - Clark fala animado, pensando nas paisagens que verá.

– Pode mandar. - Lia sorri. - Adoro cartões postais.

Jack suspira.

– Espero que usem meus presentes. - Clark fala e olha eles pelo espelhinho.

– Claro que vou usar. - Lia sorri.

Jack levanta o braço e balança exibindo seu relógio. Clark sorri e encosta a cabeça no vidro pensando nos dias em que ficou aqui em Parksville.

Lia sorri para os dois e suspira. Jack estava sofrendo e ela não queria isso. Ela sabia que ia passar, mas vê-lo daquele jeito quebrava ela.

Jack ficou em silêncio, ele não queria, mas se sentia mal, esse tempo que Clark passou com eles só fortaleceu a relação deles.

Lia olha para Jack e faz carinho na perna dele tentando fazer ele pensar em outra coisa.

Jack sorri a Lia, ele estava amando tudo que estava acontecendo entre eles. E amou mais ainda ver que ela estava disposta a distraí-lo em relação a Clark. Jack pensou na relação deles e concluiu que estavam numa transição de amizade para romance.

– Vai ficar tudo bem. - Ela sorri para ele.

Jack faz que sim com a cabeça e sorri lindamente para ela. Realmente os sentimentos de Lia os confortariam.

– Bom, vamos lá. - Lia desce do carro assim que Jack estaciona e abre a porta para Clark. - Não se acostume. - Ela ri.

– Caramba, obrigado. - Clark sorri a ela.

Jack abre o porta malas e vai removendo uma a uma as malas do tio, sentindo algo triste nesse ato.

Lia fecha as portas e busca um carrinho de bagagens.

– Obrigado Jay Jay. - Clark sorri e ajuda ele a levar as malas até o carrinho.

– Deixa isso conosco Clark, você precisa fazer o chek-in.

– Ok. Encontro vocês lá dentro. - Clark sorri a eles e vai pegando seus documentos, passaporte.

– Combinado. - Lia sorri e entra com Jack no aeroporto. - Seja forte Jack.

– É tão lindo ver que está aqui para me ajudar com tudo isso.

– Claro que estou. E sempre vou estar do seu lado Jack. - Lia sorri.

– O que seria de mim sem Lia Hastings, pessoal? - Jack fala à algumas pessoas que passaram.

As pessoas estranham ele e riem, dando de ombros.

– Para bobo! - Lia empurra ele de leve e ri.

– Jack sendo Jack, amor. - ele ri com ela.

Eles caminham até o portão de embarque e esperam por Clark.

Clark já estava fazendo o check-in a fila parecia não estar muito grande no dia de hoje.

Ellen estava na fila. Hoje era o dia em que ela recomeçaria sua vida. Iria para Paris encontrar com a irmã e depois viajaria um pouco mais.

Clark terminou o check-in.

– Obrigado. - ele agradeceu a atendente e ao se virar acabou trombando em Ellen, seus documentos caíram.

– Ai, me desculpa. - Ellen se abaixa e ajuda ele a pegar os documentos.

– Está tudo bem. - Ao se agachar eles acabam batendo as cabeças - Ai caramba, perdão.

– Tudo bem. - Ellen sorri e coloca a mão na testa.

Clark também sorri e termina de pegar suas coisas.

– Precisamos de uma zona segura.

– Concordo. - Ela se levanta.

– Próximo. - A atendente chama.

– Bom, aí está a deixa. - Ellen sorri.

– Tchau. - Clark devolve o sorriso e vai saindo dali.

– Tchau. - Ellen acena para ele e realiza seu chek-in.

Clark se aproxima de Jack e Lia e exibia um sorriso bobo.

– Prontinho, vamos?

– Vamos. - Lia olha para ele. - Que sorriso é esse?

– Nada, esbarrões... - ele fala vagamente.

Jack revira os olhos e anda em direção ao portão.

– Mente como o sobrinho. - Lia sorri.

– Seria o contrário. - Clark ri.

– Na verdade, não. Eu minto melhor. - Jack ri.

– Na verdade, os dois são péssimos mentirosos. - Lia ri.

– Jack preciso de um refrigerante, compra prá mim? - Clark olha para ele.

– Tudo bem... Comportem-se crianças. - Jack ri e vai até a praça de alimentação.

– Pra que refrigerante se você vai na primeira classe? - Lia olha para ele.

– Um motivo para Jack nos deixar a sós. - Clark ri.

– Olha, uma boa desculpa. - Lia ri.

Clark faz cara de not bad e sorri.

– Eu queria um beijo de despedida seu.

– Não precisa pedir nem duas vezes. - Lia se aproxima de Clark sorrindo.

Clark abraça a cintura dela e a beija lentamente, seria uma boa lembrança para sua viagem.

Lia retribui ao beijo de Clark e coloca as mãos nos ombros dele.

Ellen já tinha feito seu chek-in e ia em direção ao portão de embarque. Ao ver Lia aos beijos com o homem da fila, ela ficou irritada. A loira pegou o celular e tirou uma foto, logo ela enviou para John. "Você não merece ele." Ellen pensou e foi em direção a sala de espera.

Jack havia acabado de pegar o refrigerante mesmo achando estranha as intenções do tio e acabou visualizando a cena dos 2. Ele odiou ver aquilo, seu olhos arderam, ele queria interromper aquilo, como Clark podia estragar as coisas assim.

Clark encerrou o beijo e sorriu.

– Sei que é errado, mas será uma boa lembrança.

– Eu não deixaria você ir sem eu sentir seus lábios pela última vez. - Lia sorri e faz carinho no rosto de Clark.

Jack pigarreia atrás deles.

– Seu refri. - fala um pouco seco.

– Jay Jay... - Clark olha ele e apanha o refrigerante, havia sido egoísta.

– Atenção passageiros do voo 397 com destino a Paris, dirijam-se ao portão dez embarque. Última chamada para os passageiros do voo 397 com destino a Paris, dirijam-se ao portão de embarque. - O chamado ecoa pelo aeroporto fazendo Lia suspirar.

Clark olha para eles e suspira também.

Apesar de Jack estar bravo com o tio aquelas palavras ecoam em sua mente como um pesadelo, ele respira fundo.

– Boa viagem Clark. - Lia abraça ele e umas lágrimas escorrem pelo rosto dela. - Seja feliz e realize todos seus sonhos.

– Obrigado mais uma vez, Li. Te desejo o mesmo e lembre-se, se valorize. - ele sorri de lado.

– Farei isso. - Ela soluça e se afasta. - Vou deixar vocês se despedirem.

– Desculpe Jay...

Jack o abraça interrompendo, não queria que a última lembrança do tio fosse como uma briga, então decidiu simplesmente relevar.

Clark o abraçou amavelmente, apesar de culpado.

Lia observa eles de longe. Ela esperava que Jack não tivesse visto o beijo. Assim eles ficariam bem e poderiam ficar juntos sem nenhum problema.

– Obrigado Jack, foi madura sua atitude. - Clark sorri a ele.

– Seja feliz tio. E volte logo.

– Senhor? - Uma aeromoça chama por Clark. - O senhor irá embarcar?

– Certamente. - Clark sorri e encerra o abraço em Jack.

– Boa viagem Clark. - Lia diz ao se aproximar novamente.

– Sim tio, encontre o que procura. - Jack diz a ele e ao vê-lo pegar as malas e começar a andar algumas lágrimas.

Lia faz carinho no braço de Jack tentando conforta-lo.

– Vamos?

– Calma... - Jack queria ver mais do tio. Ele chorava mais, conforme a distância aumentava.

Clark olhou para trás e acenou depois dobrou ao corredor que os colava no avião.

– Não. - Jack chorou.

Lia abraça Jack.

– Calma.

Jack aceitou o abraço, mas estava chateado com Lia, agora que eles pareciam estar iniciando algo.

– Fora a ida do seu tio, aconteceu algo? - Ela se afasta dele.

– Conversamos depois, Li. Por favor. - Jack ainda estava mal pelo Clark.

– Desculpe. Vamos pra casa?

– Vamos sim. E coloca alguma música agitada, preciso dispersar um pouco. - Jack sorri.

– Você que manda. - Lia sorri e sai com ele dali, indo para o estacionamento.

Clark colocou sua mala no compartimento e sentou no seu lugar. Olhou os passageiros que entravam no avião e depois olhou pela janela.

Ellen terminava de colocar sua mala no compartimento e ao olhar para as poltronas ela viu Clark sentado no seu lugar, no lado da janela.

– Seriouslly?!

– Oi. Algum problema? - Clark sorriu com a cara dela.

– Você está no meu lugar. - Ellen mostra a passagem com o número da poltrona para ele.

– Acho que me confundi. - ele se levanta e acaba pisando no pé dela - Meu desculpe. - ele ri.

– Tudo bem. - Ellen faz careta e depois ri.

– Acho que vou estar com a perna quebrada, até o fim dessa viagem. - Clark sorri de lado vendo ela se sentar.

– Desculpe? - Ellen olha para ele sem entender.

– Digamos que nós dois próximos, acontecem acidentes. - ele ri.

– Tem razão. - Ellen ri e se senta ao lado dele.

– Acredito que não estamos sentados lado a lado por coincidência.

– Acho que sua namorada não vai gostar disso. - Ellen olha para ele.

– Namorada? Quem? - Clark sorriu a ela.

– A garota que estava beijando antes de embarcar.

Clark ri.

– Ela será feliz, mas não comigo. - Clark sorri e explica.

– Hum... Entendo. - Ellen sorri.

Clark remove um livro de seu bolso. Under the Dome - Stephen King e decide tentar lê-lo.

– Boa leitura. - Ellen sorri e olha para fora vendo Parksville ficar para trás. "Ao recomeço da minha vida." Ela sorri limpando o rosto.

Clark sorri a ela e faz algo parecia será que as coisas mudariam para melhor. Ele tinha que essa viagem seria um grande marco em suas vidas.

Clark e Ellen deixavam Parksville emocionados. Ela deixava sua vida e ele seu filho, mas ambos tinham um objetivo, um recomeço e a felicidade.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Queria tanto uma recomendação, vocês me fariam tããããão feliz! Reviews também =D

Bom, agora um minuto de atenção. Queria indicar uma fic para leitura, é da linda da Kit Kat! Pra quem gosta de Hentai, a fic é perfeita e eu adoro ela! Sexo, Festa e Henri (http://fanfiction.com.br/historia/490648/Sexo_Festa_e_Henri/). Espero que gostem e que leiam, é muito boa! =D

Até próximo capítulo galerinha =D



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