Couples on Fire escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

Fãs de Debon, esse é pra vocês =D

~Enjoy~

Música do capítulo:
— Zombie - The Cranberries (https://www.youtube.com/watch?v=6Ejga4kJUts)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/460539/chapter/47

Myle acorda e sorri ao ver Adam dormindo ao seu lado com seu braço sobre sua barriga. Ela retira o braço dele delicadamente para não acordá-lo, veste a camiseta dele e desce para a cozinha. Ela começa a preparar um café da manhã para poder levar para ele na cama e sorri lembrando dos momentos da noite passada.

Dyla a cachorra de Adam havia acordado e olhava para Myle com cara de quem queria comida.

Myle olha para Dyla e sorri.

– Ta com fome né? - A garota caminha até a despensa, pega o pote onde Adam guardava a ração e volta para a cozinha com ele em mãos. - Vamos comer então. - Ela pega a tigela de Dyla e enche de ração. - Prontinho.

A cachorra parece dançar de alegria, seu rabo se agita velozmente e Myle recebe alguns pulinhos em sua perna, posteriormente Dyla devora sua refeição.

– Fofa que nem o dono. - Myle ri e arruma a bandeja para levar até Adam.

A cachorra ameaça seguí-la, mas a ração estava decididamente mais suculenta, então ela continuou a devorá-la.

A garota ri e vai para o quarto de Adam. Ela entra no quarto e vê o namorado ainda dormindo.

– Bom dia meu amor.

– Mais 3 horas. - ele resmunga e se vira ficando de bunda prá cima.

– Tudo bem, eu como sozinha. - Myle sorri.

Ele se vira prá ela e olha para a bandeja.

– Talvez esse cheiro me faça mudar de ideia. -

– Talvez? - Myle olha para ele e morde um morango.

– Tá bom... Ele fez. - ele ia beijar ela, mas se lembro do hálito matinal. - Ops... - ele sorri.

– Bobo. - Ela ri e termina de comer o morango.

Ele pega um dos morangos e morde.

– Muito... - ele engole - Delicioso.

– Assim como você. - Myle sorri e dá um selinho nele.

Adam sorri pelo comentário de Myle. Mas estranhamente Myle tem a impressão de estar vendo Duncan em Adam.

Myle olha para Adam e pisca algumas vezes.

– Amor eu vou pra casa. - Ela levanta da cama e pega suas roupas. - Nos vemos mais tarde. - Ela sai do quarto dele e desce a escada.

– Mas já? - Adam fica surpreso.

– É, já. Tchau! - Ela grita ja na sala e saindo da casa dele.

Adam se espanta e pensa ter sido seu hálito, ele faz um teste e nota que a coisa está feia.

– Ok, isso realmente é um problema sério. - ele dá risada e vai ao banheiro.

Myle entra em casa e agradece por todos estar dormindo, ela carregava suas roupas nas mãos e vestia apenas a camiseta de Adam. Ela vai para o banheiro e toma um banho, assim que termina ela coloca sua roupa de ginástica e sai de casa indo para a academia, não tinha um jeito melhor para se distrair do que na academia.

Duncan estava se alongando num banco da praça que ficava próximo a academia. Ele colocou sua perna sobre o banco e deixou ela bem esticada.

Myle corria pela praça ao passar por Duncan ela acaba esbarrando nele o fazendo cair no chão e ela também ficando sobre ele.

– Me descul... Você?!

Duncan leva um tremendo susto, mas olha nos olhos dela profundamente.

– Um jeito diferente de dar bom dia. - ele sorri.

– Ninguém mandou ficar no meu caminho. - Ela sai de cima dele e se levanta.

– Educação a mil também. - ele faz um sinal de Ok com os dedos.

– É, igual a sua. - Ela revira os olhos e volta a andar para a academia.

– Me espera também estou ainda para lá. - ele revira os olhos com um sorriso safado, Myle era maluquinha mais o deixa encantado.

– Você tava vindo sozinho, continue vindo sozinho. - Ela continua andando para a academia.

– Nossa My, é incrível como você pega tudo e joga no ventilador e nossa noite de ontem. - Duncan mantém o sorriso bobo.

– Duncan me deixa em paz! - Myle para e olha para ele. - Sério!

Duncan sem pensar 2 vezes agarra ela e a beija de maneira deliciosa. Estava desejando isso desde os primeiros dias que a viu, e também era um bom jeito de ela parar de surtar. Myle se surpreende com o beijo e retribui abraçando ele. Ele a puxa para mais perto. O beijo deles tinha um fogo ardente, consumidor. Eles estavam arrebatados e totalmente envolvidos neste ato, pareciam que não estavam numa rua movimentada.

Myle dá uns passos para trás e se encosta no muro da academia. Ela sobe suas mãos da cintura dele até a nuca de Duncan e puxa levemente o cabelo dele. Ele beija o pescoço dela e sua respiração está extremamente ofegante ele não quer parar, alguns olhares curiosos estranham a atitude dos 2. Ela se segura nos ombros dele e pegando um pouco de impulso, ela se levanta e cruza as pernas na cintura dele. Myle desce os beijos para o pescoço dele e logo volta para os lábios do dancer. Ele morde os lábios, o pescoço, várias partes do corpo dela, mantendo-a em extrema excitação. Ele gemeu quando sentiu o prazer do momento.

– Não! - Myle se solta dele e o afasta dela. - Isso não é e não está certo.

– Então me senti tão certo fazendo a coisa errada. - Duncan morde os lábios.

– Eu amo o Adam, mesmo vendo seu rosto no lugar do dele, eu o amo.

– Eu sei perfeitamente disso, mas estarei aqui prá quando perceber o contrário. - ele dá um selinho nela e vai para a academia.

Myle olha para ele e balança a cabeça.

– Não é certo. - Ela resmunga e entra na academia.

Jack desperta e vai até o quarto de Anne.

– Hey acorda, precisamos ir a academia. - Ele balança ela.

– Não. - Ela resmunga e começa a rir.

– Acorda Anne. - ele morde o ombro dela.

– Ai! - Ela dá um tapa no braço de Jake.

– Hey! Anda logo. - Jack vai saindo dali para se trocar.

– Ta bom. - Anne salta da cama e vai se vestir.

Lia ainda dormia profundamente em sua cama. Jack passa em frente ao quarto de Lia, mas ele prefere deixar ela sem esforços por enquanto, não sabia se ela estava pronta para isso.

– Me chama pra malhar e ainda não está pronto? Brincadeira viu. - Anne ri e desce a escada de casa indo para a cozinha.

– Já tô indo! - Jack num salto pula a escadaria parando lá em baixo.

– Um dia você se quebra assim. - Anne olha com desaprovação para ele. - Vamos logo. - Ela morde a pêra que comia e vai para fora da república.

– Como se preocupa comigo. Deixa eu ver o sabor disto. - ele pega a pera da mão dela e dá uma mordida degustando. - Tá boa... - fala com a boca cheia engraçadamemte.

– Folgado. Fecha a boca. - Anne ri e sai da republica com ele.

Jack começa a correr e olha para Anne fazer o mesmo.

– Perai. - Anne corre atrás dele e o alcança.

– E como tem sido o primeiro dia sem Leon Howell? - Jack questiona enquanto o vento batia em seu rosto.

– Você quer mesmo falar sobre isso? - Anne revira os olhos e continua correndo com ele.

– Desculpa. Vai participar da festa na sexta? - Jack tenta mudar o assunto.

– Com toda certeza! - Anne diz animada. - Vou fazer você perder.

– Entra prá fila. Myle é a primeira dela. - Jack balança a cabeça sorridente.

– É estão todos caindo de amores pela ruiva.

– Recalque? - ele brinca com ela.

– Claro que não. Eu me garanto. - Ela ri. - Senti um clima entre você e a Lia ontem.

– Oi? - Jack parecia estar negando o explícito.

– Isso mesmo que você ouviu.

– Claro que não, poxa... É a Li, a tutu, minha melhor amiga. - ele gesticula de forma engraçada, sua voz afina.

– Calma, não precisa afinar. - Ela ri olhando para ele.

– Eu estou calmo. - ele levanta uma marra.

– Ta, vou fingir que acredito.

Eles chegam na academia. Ao entrarem veem Myle, Duncan, Brody o outro dancer, Carol, Liza e Maggie, George, Luke, Taylor e John.

– Oi galerinha. - Anne sorri e vai para a bicicleta se aquecer.

– Veio todos menos a preferida do chefe. - Carol comenta com Liza.

– Fica quieta.

– Fica quieta nada Liz, ela não está bem pra trabalhar e nem pra malhar, mas pra dançar agarradinha com o Jack e com o outro gostoso lá ela está não? - Maggie olha para elas e balança a cabeça.

– Ela pode ela namora o chefe. - Liza ri.

– Cuidado pra não morder a língua e morrer com o próprio veneno meninas. - Myle se afasta delas e vai até o saco do boxe.

– Hey galera! - Jack cumprimenta.

– Jack!! - Luke e Taylor falam juntos.

– Pelo amor de Deus - Jack resmunga - Parem de ser boiolas.

– Cala a boca, confessa que sentia nossa falta. - Luke passa a mão no ombro de Jack.

– E dos nossos carinhos... - Taylor continua e aperta o peito do barman.

– Definitivamente você é gay! - ele aponta Luke - E você é um gay com uma atmosfera... - ele fala para Taylor e gesticula engraçadamente, Jack era um palhaço - Uma atmosfera arco-íris. - ele passa pelos 2 e vai fazer abdominais.

Os meninos gargalham.

– Ah, mas Tay o Jack não parece um traveco, porque o interesse nele? - Anne brinca com o barman.

– Ha ha eu não me interesso por travecos.

– Não foi o que os outros 12 disseram. - George brinca.

– Seriously!? George você entrando no nosso bromance, estou surpreso. - Jack para os abdominais e encara o DJ.

– Ah mas você não sabe diferenciar Taylor. - Myle ri enquanto dá uns socos no saco de areia.

– A Myle tá virada no Jiraya, hoje, não é? - Taylor dá de ombros.

– Que bicho te mordeu? - Jack questiona ao lado dela de maneira que só ela ouvisse.

Duncan olhava Myle vez ou outra e ria pelo estresse dela.

– Se você adivinhar eu faço seu café amanhã. - Myle olha para Jack e depois dá mais dois socos no saco.

– Macho Atleta, Macho Cantor ou o Gogo Macho? - ele arqueia uma sobrancelha a ela.

– Macho Cantor? - Myle olha para Jack.

– Niky oras. - Jack revira os olhos.

– Gogo Macho. - Ela revira os olhos e dá um soco mais forte no saco. - Babaca.

– Mesmo que eu seja Mydam, no fim você será dele. - Jack olha para ele e depois ela.

– Não. Não serei não. - Myle olha para Jack. - Para de olhar pra ele.

– Inveja por que eu não me negando a olhar, ao contrário de você. - Jack provoca, não sabia se era a melhor coisa a se fazer nesse momento.

– Cala a boca Jack. - Ela dá um soco no braço dele. - Que saco! - Ela tira as luvas e vai para o vestiário.

– Hey! Myle... Droga. - Jack vê que Duncan ao vestiário - Não você não... Já foi. - ele solta o ar e vê que a coisa vai ficar feia.

– O que aconteceu? - Anne olha para Jack.

– Que inferno! - Myle dá um tapa no armário. - Saco.

– Mycan. Isso aconteceu. - Jack olha Anne e ouve a batida, fechando os olhos assombrado.

– Isso não vai acabar bem. - Anne olha para ele. - Acha melhor eu intervir?

– Já ouviu falar que em briga de gogo e garçonete, não se mete a colher? - Jack olha para a direção do vestiário.

– Entendido. - Anne bate continência e sorri.

– Hey cuidado ou vai desmoronar esse lugar. - Duncan olha ela.

– Não fala comigo! - Myle esbraveja.

– Caramba por que está tão irritável, sei que nos beijamos, mas antes disso você já estava doidinha.

– Cala a boca! - Myle olha para ele irritada.

– Caramba, My. Que merda. - Duncan estava desgostando tais atitudes.

– Eu não consigo tirar você da minha cabeça! Caramba isso não está acontecendo. - Ela coloca as mãos na cabeça e senta em um dos bancos do vestuário.

Ele senta ao redor dela.

– Pois fique comigo, sou totalmente seu. - Duncan senta ao lado dela.

– E o Adam? Duncan isso não é certo.

– Bem, é claro que vou deixar você livre prá tomar sua decisão. Mas não me iluda. - Ele segura o queixo dela e se aproxima.

– Não. - Ela coloca a mão dela no tórax dele.

Ele sorri.

– Isso, vejo que você não está na intensão de me iludir.

– No fim a única iludida pode ser eu Duncan. - Myle suspira e tira a mão do tórax dele.

– Por quê? - Ele gostaria de ouvir as razões dela.

– Porque sim. Isso nunca aconteceu, é tudo novo, ontem eu e o Adam tivemos nossa primeira noite, foi tudo perfeito, mas hoje quando estava tomando café com ele eu vi seu rosto no lugar do dele e sai correndo da casa dele. Ai vim pra cá e esbarrei em você e teve aquele beijo e eu não consigo parar de pensar nele e eu to confusa demais. - Ela fala rapidamente e suspira. - Não era pra isso estar acontecendo.

– É o amor ele nos arrebata de maneiras imprevisíveis. Ou... Bem talvez possa ser um paixonite que logo passará. Mas sabe My... Não podemos negar desde aquele primeiro esbarrão na Fire sabíamos que iríamos sentir fortes sentimentos um pelo outro. - Duncan fala para ela sinceramente.

– Talvez pode ser verdade e pode ser por isso que estou relutante.

– Relutante em relação a nós dois? - Ele olha ela profundamente.

– É! Deixa de ser lerdo Duncan. - Myle faz uma careta e olha para ele.

– Mas, Myle vou ser maduro o suficiente e te deixar decidir sobre qual rumo tomar. - Duncan suspira e se levanta, estava um pouco mal por Adam, mas ele precisa ser sincero consigo mesmo.

– Se eu soubesse pelo menos qual rumo tomar. - Myle apoia a cabeça nas mãos e respira fundo. - Preciso sair daqui. - Ela levanta e sai da academia indo para casa.

Duncan vê ela saindo e posteriormente retorna a mais exercícios.

– Não terminou bem. - Anne vê Myle saindo e Duncan voltando com uma cara de poucos amigos.

– Ah ainda bem. Já não basta Lia e John, agora Myle e Duncan?

– Carol na boa, fica quieta.

– Ah Anne, qual é. Se não fosse o modelo lá, você estaria com o Jack.

– Maggie você também? - Anne revira os olhos.

– Elas estão de mau humor hoje, cheias de colocar defeito nos relacionamentos alheios.

– Muito me admira você não estar destilando o veneno também Liza.

– É porque o inseto do amor mordeu ela Anne, mas quero só ver quando ele descobrir o que ela faz, vai ficar com o olho roxo que nem você Anne, quando aquele gostoso do Niky te bateu.

– Na boa Carol, você me dá nojo! - Anne levanta da bicicleta e vai para o outro lado da academia.

– Só falei a verdade, e aproveita que você é uma das queridinhas do chefe. - Carol provoca a garçonete.

– Para Carol.

– Não se mete Liza.

John se aproxima de Liza e a chama para uma conversa particular. Liza se afasta das garotas e acompanha John.

– Senti um clima negro instalado ali. Poderia me explicar por favor? - John olha ela surpreso.

– Carol e Maggie acha que a Lia e a Anne são suas preferidas. - Liza olha para ele. - Carol está brava porque todos estamos aqui menos a Lia e ontem a Lia estava dançando com o Jack e com um outro homem mas não está aqui hoje. É inveja.

– Olha Lia ainda está de atestado médica e bem se ela esteve na boate ontem foi por alguma teimosia. E ela e nem Anne são minhas favoritas, todas tem uma função, Anne atrai os clientes com suas apresentações, Lia lhes proporciona uma ótima noite de atendimento com ajuda de nossos barmans, mas o que fixa eles ali é o prazer que você, Carol, Maggie e os rapazes dão para eles. - John explica a ela e tenta não elevar seu tom - E se a Lia estava dançando ou tendo algum relacionamento com outro homem diz respeito somente a ela.

– Desculpe John. - Liza olha para baixo. Estava levando uma bronca que não era pra ela.

– Não é uma bronca, é só uma explicação, poderia falar isso para suas amigas por mim, fazendo um grande favor?

– Eu falo. - Ela sorri sem graça. - Mais alguma coisa?

– Por favor, tente evitar brigas com os outros, quero a Fire unida. - John sorri a ela. Gostava de seus empregados.

– Tudo bem, vou tentar fazer aquelas duas pararem de provocar as meninas.

– Obrigado. Bem se me dá licença tenho que ir a mais uma reunião sobre o divórcio. - John suspira.

– Tudo bem. Boa sorte. - Liza sorri.

– Obrigado mais uma vez. - John sorri e vai saindo dali - Até mais, pessoal.

– Tchau John. - Liza acena para ele e vai até as garotas.

– Tchau chefe. - Anne sorri.

– Falou chefinho. - Jack acena.

Os outros rapazes fazem o mesmo.

– Eu vou também. Até mais tarde gente. - Anne acena para o pessoal ali e sai da academia. Ela coloca os fones de ouvido e corre para a casa pensando em Leon.

Leon acorda e decide podar as flores do jardim, havia aprendido algumas coisas com seu pai. Ele se higieniza e vai para a garagem onde guardava alguns utensílios para o jardim, como o aparador de grama, rastelos... Ele saiu para fora colocou um boné e começou a poda.

– Bom dia. - Deborah acena para Leon. - Ela descarregava umas sacolas de compras do supermercado do carro.

– Bom dia, Deb. - Ele acena de volta e corta um pouco das flores que estavam feias e secas.

– Tudo bem? - Ela sorri.

– Eu achei que não ficaria, mas acordei disposto até para podá-las. - e assente as flores.

– Aconteceu algo? - Ela fecha o carro e se aproxima da cerca que separava as duas casas.

– Eu e Anne estamos dando um tempo. - Leon termina a poda de uma das plantas e olha Deb.

– Seriously? - Deborah olha para ele surpresa.

– Sim, acho que eu estava fazendo mal a ela, veja no que ela se tornou. - Leon abaixa a cabeça e se levanta.

– Às vezes o amor faz isso com as pessoas Leon.

– Bem, espero que ela fique bem nesse tempo e opine se deve, verdadeiramente, ficar comigo. - Leon suspira a Deborah.

– Se for pra ser Leo, vai ser. - Deborah sorri. Ela parecia estar conformada com o fato de Leon não pertencer mais a ela, ela o amava, mas o certo era esquecer aquele amor e não sofrer mais.

– Você está diferente. - Leon olhou para ela, tinha um brilho a mais nela.

– Como assim?

– Não sei, tem um brilho diferente em você. - Ele sorri, olhando ela.

– Deve ser impressão sua. - Ela sorri. - Quer comer alguma coisa? Posso fazer uma coisa rápida pra nós.

– Seriously? - Ele olha ela sorrindo.

– Sim. Se você quiser. - Deborah sorri.

– Deixa eu só terminar essa aqui. - ele fala podando uma outra planta.

– Termina aí e me encontra na cozinha. - Deborah sorri e entra em casa com as compras.

– Beleza. - Ele pisca a ela e vai terminando os cuidados.

Deborah chega na cozinha e rapidamente guarda as compras. Assim que termina ela pega uns frios na geladeira e coloca sobre o balcão. Ela pega também um pacote de massa de pizza para frigideira e coloca ao lado dos frios.

– Se não tem nada de errado, ele ainda gosta disso. - Deborah sorri e pega mais umas coisas na geladeira.

Leon termina e decide tomar um banho rápido antes de ir na casa de Deb. Ele não sabia se era certo, mas ia respeitar Anne antes de tudo e não iria ter nada com Deborah.

Deborah termina de preparar uma salada e arruma as coisas no balcão para que eles pudessem comer.

Leon veste uma calça jeans e uma camisa de manga cumprida cor vinho, posteriormente sai da casa e bate na porta da vizinha.

– Pode entrar Leon! - Deborah grita da cozinha.

Leon abre a porta e sente o aroma da refeição. Ele sorri. "Pizza de frigideira". Ele vai indo para a cozinha, no caminho observa alguns quadros em várias das paredes.

– Hey. - Deborah sorri para ele parada na porta da cozinha. Ela já não vestia mais o sobretudo branco, agora estava com a calça azul e uma camiseta com a estampa da banda Pearl Jam, como nos tempos da escola.

– São seus? - Leon assente para os vários quadros.

Poderia estar louco, mas a pizza de frigideira, a camiseta do Pearl Jam... Leon estava crendo que Deb estava de alguma forma o incitando a voltar no passado.

– Nop. Minha mãe que me deu. - Ela sorri sem graça. - Ela quis decorar a casa, e quem sou eu pra impedir né.

– Estranharia se me dissesse o contrário. Eu sempre achava que sua "casinhas" - reproduz as aspas - Eram na verdade dinossauros.

– Ah fica quieto. - Deborah ri. - Vem. - Ela volta para a cozinha e mostra a bancada para ele.

De presunto e queija até morangos com nutela, uma variedade de recheios estava espalhados pelo balcão para que eles fizessem as pizzas.

– Caramba! Se estava querendo deixar um modelo aspirante a jardineiro feliz, você conseguiu. Isso é fantástico.

– Consegui. - Deborah sorri. - Vai em frente, você sabe como fazer.

Ele pega as calabresas cortadas em rodelas e enfeita uma das pizzas e posteriormente coloca um pouco de tomates e orégano.

– Minha preferida! - Deborah olha para Leon e sente a boca salivar.

– Que tal uma de queijo... - ele pega bastante mussarela e cobre toda a pizza, posteriormente coloca algumas azeitonas e orégano, que para ele era essencial.

– Hum, coloca cream cheese também. - Ela olha para ele, era viciada no queijo cremoso.

– Perfeitamente. - Ele lambusa da maneira que sabe que ela gosta.

– Assim mesmo! - Deborah ri. - Como nos velhos tempos.

– Exatamente. - Leon sorri e ao olha para ela enxerga uma Deb de outro tempo, uma Deb que acabara de sair da aula de piano que Carol obrigava a ir e que no momento só queria se deliciar de cream cheese. Ele sorri com a visão de uma Deb adolescente, mas com uma piscada ele volta a viver o agora.

– Tudo bem?

– Nostalgia. - ele sorri, fechando os olhos.

– Ficou bravo por eu ter feito isso?

– Obviamente que não. Sentia falta da velha pimentinha. - Leon aperta o nariz dela e sorri.

– Também senti falta disso. - Deborah sorri.

– Mas, vamos comer. Ou não? - Leon olha ela interrogativo.

– Claro que sim! - Deborah pega os pratos no armário e uns guardanapos.

Leon vai até a geladeira e apanha uma coca-cola.

– Quase enfartei quando vi isso na sua geladeira. Achei que fizesse aquelas dietas malucas. - Leon gargalha.

– Dieta pra que se tem academia? - Deborah ri. - Mas se a dona Carol ver isso, ela me mata!

– Eu imaginei. Desde quando você era criança, Carol lhe fazia passar por maus bocados.

– Fora o que eu fazia com ela né.

– Você era um exemplo vivo de rebeldia. - Leon bagunça o cabelo dela,

– Bom, você me apoiava naquela época. - Deborah ri.

– Prá caramba. Aprontávamos cada coisa. Me lembro do dia em que invadimos o sistema da escola para aumentar a nota da Sarah Newbie, lembra dela? - Leon sorri, relembrando de várias coisas ao mesmo tempo.

– Eu lembro da sua cara de medo por invadir o sistema da escola! - Ela gargalha. - Você tinha uma queda por ela, diz aí.

– Sarah?! Talvez, mas no fim descobri que amava a minha melhor amiga. - Leon corta a pizza em pedaços para eles comerem.

– E ai ela jogou tudo no ventilador. Como você diz.

– Sim! - Ele gargalha e serve o prato dela, posteriormente o seu.

– Burra ela. - Deborah ri e come um pedaço da pizza. - Delícia!

– Ainda somos craques nisso. - Leon degusta sua pizza.

– Você é. Se fosse eu ja teria queimado ela. - Ela ri e come mais um pedaço.

– Boba. - ele pega seu celular e coloca uma música - Se lembra dessa? - Zombie - The Cranberries começa a tocar.

– Impossível não lembrar. - Ela sorri e começa a batucar na mesa no ritmo da música.

Another head hangs lowly, child is slowly taken, and the violence caused silence. Who are we mistaken?(Outra cabeça se inclina humildemente, uma criança é lentamente tomada. E a violência causou tal silêncio, a quem estamos enganando?)– Leon canta e coloca um pouco de catchup em sua pizza.

But you see, it's not me, it's not my family. In your head, in your head they are fighting, with their tanks and their bombs, and their bones and their guns, in your head, in your head they are crying.(Mas veja bem, não é comigo, não é a minha família, na sua cabeça, na sua cabeça eles estão lutando com seus tanques e suas bombas e seus ossos e suas armas, na sua cabeça, na sua cabeça, eles estão chorando.)– Deborah canta enquanto olha para Leon.

In your head, in your head, zombie, zombie, zombie hey, hey... What's in your head? In your head, zombie, zombie, zombie? Hey, hey, hey, oh, dou, dou, dou, dou, dou...(Na sua cabeça, na sua cabeça, zumbi, zumbi, zumbi hey, hey. O que há na sua cabeça? Na sua cabeça, zumbi, zumbi, zumbi? Ei, ei, ei, oh, dou, dou, dou, dou, dou ...)– Leon levanta e pegando na mão dela canta animadamente, o passado havia invadido o ambiente e Leon não queria que ele fosse embora.

Deborah levanta com Leon e sorri.

Another mother's breaking, heart is taking over when the violence causes silence, we must be mistaken.(Outra mãe está desmoronando. Seu coração é tomado quando a violência causa silêncio. Nós devemos estar enganados.)– Ela dança com ele na cozinha, como eles faziam antigamente.

It's the same old theme since nineteen-sixteen, in your head, in your head they're still fighting, with their tanks and their bombs, and their bones and their guns. In your head, in your head, they are dying.(É o mesmo velho tema desde 1916, na sua cabeça, na sua cabeça eles estão lutando com seus tanques e suas bombas e seus ossos e suas armas, na sua cabeça, na sua cabeça, eles estão chorando.)– Leon faz ela rodar e depois balança a cabeça no ritmo da música. Posteriormente ele segura na mão dela e começa a pular - In your head, in your head, zombie, zombie, zombie, hey, hey. What's in your head, in your head, zombie, zombie, zombie? Hey, hey, hey, oh, oh, oh... Oh, oh, oh, oh, hey, oh, ya, ya-a...(Na sua cabeça, na sua cabeça, zumbi, zumbi, zumbi hey, hey. O que há na sua cabeça? Na sua cabeça, zumbi, zumbi, zumbi? Hey, hey, hey, oh, oh, oh. Oh, oh, oh, oh, hey, oh, ya, ya-a...)

Deborah pula e ri com ele. Ela olha para Leon e vê o adolescente da época de escola, que não se preocupava com nada a não ser com as notas da escola e em ajuda-la com suas atitudes rebeldes. Ela sorri e para de pular olhando para ele.

Leon vê que ela se desligou e ele questiona.

– O que foi?

– Desculpa. - Ela balança a cabeça. - Lembrei de umas coisas.

– Eu venho lembrando desde o momento que senti o cheiro da pizza. - ele sorri e aperta a bochecha dela.

– E isso é bom e ruim ao mesmo tempo. - Deborah sorri.

– Por quê? - ele fez uma pergunta retórica, só prá ouvir o que ela tinha a dizer.

– Porque eu lembro dos melhores momentos da minha vida e do quanto eu te amo e o quanto eu fui burra por te perder. - Ela olha nos olhos dele. - Mas isso vai mudar Leon, porque eu vou te esquecer, eu prometi isso pra mim mesma, eu vou tirar você do meu coração.

– Eu sinto muito Deb... Eu mal sei o que falar, mas palavras não exprimem nem 10% de um forte abraço. - ele abraça ela.

Deborah retribui ao abraço de Leon e fecha os olhos.

– Não sinta, a culpa foi minha.

– Ninguém é culpado pelo que sente. Apenas sentimos. - Leon sorri lindamente olhando nos olhos dela.

– Tem razão. - Ela sorei olhando nos olhos dele.

– Acho melhor eu ir. - Leon se afasta dela e pega seu celular sobre a mesa.

– Ah, ta, tudo bem.

– Foi bom passar esse tempo com você. - Leon assente a ela - Minutos preciosos nos quais nem lembrei de Anne e nosso tempo. - ele sorri.

– Quando quiser repetir, to aqui. - Deborah sorri.

– Não sei se isso lhe faria bem... - Leon olha ela.

– Somos amigos Leo. Amigos. - Deborah olha pra ele. - Quando precisar eu vou estar aqui.

– Obrigado Deb. - ele sorri a ela e acena um tanto tímido pela situação e vai a sua casa.

– Tchau. - Deborah acena para ele e guarda todas as coisas na geladeira. Depois de arrumar tudo ela tranca a porta da sala e sobe para seu quarto, ela escolhe um livro e lê até pegar no sono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews? Recomendações? Favoritos? #FaçamOsAutoresFelizes



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Couples on Fire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.