Couples on Fire escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

~Enjoy~

Música do capítulo:
— Only If For a Night - Florence and The Machine (https://www.youtube.com/watch?v=mKTfugNaQpk)



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Myle acorda cedo. Mais uma semana estava começando. Depois de passar dias revezando entre a república, o hospital e a Fire, ela finalmente acorda em casa e tranquila.

Jack e Lia haviam recebido alta e já estavam em casa, o barman ainda não tinha recuperado sua memória e Lia tinha trocado sua cama pelo sofá da sala. A garçonete odiava ter que subir e descer as escadas toda hora, então ela acabou optando por dormir no sofá.

A ruiva termina seu banho e depois de se arrumar desce para a cozinha para fazer o café da manhã.

Jack ainda não acordara. Ficou todos esses dias falando com Lia, principalmente Myle. Lia parecia ter algo estranho nela mesma. Já Anne assim como Jack estava preferindo um pouco de distância.

Myle estava na cozinha e tinha encostado a porta e aproveitado para ouvir um pouco de musica, a trilha sonora do dia era Florence and The Machine.

And the only solution wants to stand and fight...(E a única solução era ficar e lutar)– Ela cantava uma das partes da musica e terminava o café.

– Mas, que barulheira é essa!? - Jack aparece por de trás da ruiva e reclama do som que o acordou.

– Desculpa Jack. - Myle desliga o som. - Tava muito alto?

– Tava, mas por ser Florence tá perdoada. - Jack vai a geladeira e pegada uma garrafa de leite.

– Ah, acho bom. - Myle sorri e coloca um pouco de café em uma xícara para Jack e serve umas panquecas também. - Bom apetite.

– Hey! Precisamos fazer a festa! - Jack se lembra que fazer o café seria a perca de aposta.

– Podemos ver com a Lia se ela está no clima. É coisa da minha cabeça ou ela está estranha? - Myle come um pedaço de panqueca e olha para Jack.

– Ela está estranha. Jesus! Mas não sei o motivo. - Jack morde a panqueca - Até que tá comestível.

– Da próxima vez você faz, ingrato. - Myle gargalha. - Você não lembrou nada?

– Tenho certeza que vou lembrar aos poucos, mas por enquanto é um breu. - Ele mostra a língua prá ela.

– Ela pode te ajudar a lembrar, mas a Lia não quer lembrar do acidente.

– Bem ela está uma incógnita, falando nela... - Jack vê ela descendo as escadarias.

– Eu amo casa com escada, mas agora não muito. - Lia sorri e senta de frente para os dois. - Hum, panquecas!

– Vamos fazer um escorregador prá você. Ou prá mim que não tive infância. - Jack dá risada.

– Bobão. - Lia sorri e bebe um pouco de café.

– Eu apoio! - Myle ri.

– E a propósito as panquecas estão com gosto de borracha. - Jack se protege prevendo a revolta de Myle.

–Não vou falar de novo, da próxima vez você levanta esse lindo traseiro da cama e vem fazer. - Myle manda um beijinho para ele e sorri.

– Obrigado pelo lindo traseiro, quer apertar? - Ele sorri de lado maliciosamente.

– Você não entende muito de ironias não é? – Myle levanta uma sobrancelha olhando para Jack.

– Ela já tem o do Adam, que covenhamos, que belo traseiro! - Lia sorri.

– Ta olhando o traseiro do meu namorado Lia?!

– Calma My, é brincadeira.

– Só vou deixar passar porque amo você, porque se não...

– Eu sou a ironia, meu amor. Beijos recalque. - Jack fala e morde a panqueca segurando o riso.

– Palhaçada. - Myle ri e levanta da mesa. - Se me dão licença, vou correr com o meu namorado. - Ela vai até a pia e coloca a louça lá dentro. - Jack a louça hoje é sua.

– Oi gente, tchau gente. - Anne entra correndo na cozinha, pega uma maçã e logo sai.

– Onde você vai Anne? – Lia olha para ela.

– Esqueci de entregar um documento na faculdade e preciso ir entregar e depois tenho que comprar um presente pro Leon. Fui! - Anne fala rapidamente e bate a porta saindo da republica.

– Tchau. - Lia faz uma careta e bebe o resto do café.

– Louça hoje do tio Clark, que tá conseguindo ser mais folgado do que eu. - Jack resmunga, vê Ann e suspira fortemente.

– Tio Clark é visita Jack. - Lia revira os olhos ao ver a reação dele ao ver Anne.

– Oi Myle, tchau Myle. - Clark fala vendo a ruiva ir.

– Uma visita folgada. - Desta vez Jack revira os olhos.

– Tchau Clark. - Myle acena para ele e vai para a casa de Adam.

– Reclama menos Jack.

– Na verdade me ama menos. - Clark fala e assenta-se a mesa - Panquecas, uau.

– Elogie a mestre cuca depois. - Lia sorri. - Vou lá fora um pouco. - Ela pega as muletas e se prepara para sair da cozinha.

– Acho melhor você ficar. - ele fala vendo dificuldade que ela tem para sair deste lugar.

– Também acho. Ainda bem que semana que vem vou tirar esse gesso e colocar aquela botinha.

– Vou tomar banho, sem interrupções dessa vez. - Jack fuzila Lia, a garçonete tinha costume de amolá-lo durante seus banhos exageradamente demorados.

– Aproveita que estou de bom humor. - Lia mostra a língua para Jack e sorri.

– Vai ficar estilosa, procure por sombreios no Novo México, vai ornar. - Clark brinca e dá risada.

Jack iria fazer uma piada, mas viu que em certos momentos teria que disputar com o seu tio.

– Palhaço. - Lia pega um guardanapo e fazendo uma bolinha joga em Clark.

– Oxe. Aprenda comigo - Clark pega a bolinha e mirando a lata de lixo no canto da cozinha, lança e consegue encestá-la.

– Mira não é minha praia. - Lia olha para Clark. - Tenho sido uma mala nesses dias não é?

– E como? Brincadeira... - Ele ri - Na verdade não, cuidar de você é algo que faço maior questão. - Clark olha sorrindo.

– Ah é? Vou abusar disso então.

– Pode abusar. - ele sorri de lado olhando-a fixamente. Era um homem extremamente charmoso.

– Você me lembra o Jack.

– Nem vou perguntar o porque. E o correto é o Jack lembra eu. - ele pisca a ela e morde a panqueca.

– Não, você lembra ele. Mas acho que se acontece algo com você, você lembraria.

– Eu queria esse fato. - ele aproxima dela.

– De lembrar até de um beijo? - Lia olha pra ele. - É, se, hum, ele tivesse acontecido.

– Lógico... Se eu te beijasse teria ganho o presente na loteria. Valorizaria cada instante. - Clark se aproxima ainda mais. "Ela quer me beijar?".

– Então aí que está a diferença entre você e o Jack. - Lia olha para e se inclina pra trás.

– Ah sério?! Não posso acreditar? - Ele olha para ela e vê que sua expressão continue transparente - Vocês se beijaram?

– No dia do acidente. - Ela sorri sem graça. - Por favor, não conta pra ele.

– Caramba, mas explica e muda tudo. - Clark sorri porém surpreso.

– A gente tava na praia, mergulhamos no mar e depois nos beijamos. - Lia suspira e cutuca a panqueca. - Foi uma sensação diferente, mas ele não lembra.

– Isso fez você ficar abalada. E o fato dele não lembrar deve ser tão frustrante prá você.

– É um pouco e isso atrapalhou meu relacionamento com o John. To com medo de quando ele se lembrar, não ter significado nada e eu magoar o John em vão. - Ela olha nos olhos de Clark. - Sempre pensei que encontraria o cara, e que ele seria mais velho, mas eu nunca imaginei que ele seria meu melhor amigo.

– Tá apaixonada pelo Jack? - Clark suspira.

– Não. Mas quero saber se aquele beijo significou algo pra ele, e como vou saber se ele mal lembra da briga com a Anne?

– Caramba. Isso é difícil. Mas você pode ajudá-lo a lembrar. - Clark fala.

– Não. Não vou fazer isso.

– Isso não ajuda Li. - Clark diz se levantando.

– Eu não devia nem ter te falado nada Clark.

– Bem, eu não consigo te entender... Mas vou guardar seu segredo. E a propósito eu pensei que estava querendo me beijar. - Clark olha ela.

– Se eu não estivesse com o John eu já teria te beijado. - Ela sorri olhando para ele. - Obrigada por me entender.

– Vou fazer o possível para conseguir arrancar um beijo seu, até antes de eu ir. - Clark beija a bochecha dela sensualmente. - Sempre às ordens.

Lia fecha os olhos ao receber o beijo dele.

– Boa sorte com isso.

– Obrigado. - Ele morde o lábio e sai dali.

Lia sorri ao ver ele sair e olha para a cozinha.

– Hora da arrumação. - Ela se levanta com um pouco de dificuldade e começa a guardar as coisas na geladeira.

Lia termina de guardar as coisas na cozinha e sobe até o banheiro. Ao perceber que Jack ainda está no banho, ela bate na porta até que ele abra.

– Eu disse sem interrupções... - Jack encara ela enrolado na toalha. O cheiro de banho bem tomado incendiou o corredor, assim como o vapor.

– É que eu preciso fazer algo e você que não vai me interromper. - Lia olha para Jack e admira o corpo do amigo.

– O que foi? Tô engordando? - Ele passa a mão pelo abdome trincado vendo ela observando-o

Lia se aproxima de Jack e solta as muletas.

– Só não me interrompa e deixa eu fazer isso. - Ela coloca as mãos no rosto de Jack, puxa ele pra perto e o beija como naquela noite.

Jack leva um grande susto, não sabe o que faz, mas não consegue parar... Sente algo intensamente grande, um prazer inigualável, mas era Lia. Como podia ser?

Lia sorri entre o beijo e se afasta de Jack.

– Foi isso que aconteceu aquela noite.

– Claro que não, não pode... - Jack gagueja - A propósito o que deu em você... - Ele olha ela assustado por ela ter beijado, por ela ter dito que isso ocorreu na praia aquela noite e por ter gostado e querendo mais.

– Foi isso que aconteceu! Acha que eu estou mentindo e inventando isso? - Lia olha para ele, pega as muletas do chão e se afasta de Jack.

– Mas como? Somos amigos? E bem amigos? Tanto que você me conhece de todas as formas... - Ele olha ela assustado ainda.

– Aconteceu Jack. Conversamos sobre a Anne, eu falei sobre o John e a Ellen e o beijo rolou. Não inventaria isso.

– Caramba, mas somos amigos, eu não lembro, mas afetou nossa amizade?

– Não, não afetou em nada. Somos amigos. - Ela sorri olhando para ele.

– Eu não o que fazer Li, não sei simplesmente tento lidar com isso ou se prefiro o esquecimento, não quero perder sua amizade como perdi Ann. - Ele fala honestamente.

– Não vai Jack. Eu prometo que isso não vai acontecer. - Lia olha para ele o tranquilizando. - Confia em mim, ok?

– Vou confiar e a propósito... Foi male má. - ele sem saber, repete o que disse na noite da praia pós o beijo.

– O seu também não foi grande coisa. - Lia sorri e desce para a sala indo para a entrada da republica.

Leon liga para Anne. Ele queria fazer algo diferente hoje, tinha planejado algo para fortalecer a relação deles.

– Oi amor! - Anne atende a ligação enquanto corre pelos corredores da faculdade.

– Hey, tava vasculhando minha agenda telefônica e de repente encontrei Anne com um coraçãozinho, que mostra que sou um bobo romântico e pensei em milhões de ideias. - Leon ri.

– Ah. Eu tenho o namorado mais perfeito do mundo! - Anne suspira e sorri. - Oi Daniel.

– Daniel, ok, minha namorada esquece o meu nome. - Leon ri frustrantemente.

– Não amor. É que eu to na faculdade e encontrei meu professor. - Bobo. Claro que sei seu nome, Leon.

– Mas meu nome é Michael. - Ele dá risada alegremente.

– Ta me zoando né? - Anne começa a rir e entra na secretaria.

– Conhece Nathan e Meredith? - Leon prossegue.

– Quem? - Anne pega uma senha e senta em uma das cadeiras.

– Talvez pelo sobrenome você tenha uma noção. Nathan e Meredith Howell. - Leon enquanto saia da agência havia feito novas sessões para a marca de cuecas.

– Seus pais?

– Bingo para a senhorita do outro lado da linha. - Leon dá risada e entra na cafeteria pegando um capuccino com nutella.

– O que tem eles amor? - Anne pega um dos envelopes e confere os documentos para entregar na faculdade.

– Dã... Você vai conhecê-los. - Leon revira os olhos, enquanto paga pelo capuccino.

– O QUÊ? - Anne fala alto e todos olham para ela. - Desculpa. - Ela sussurra para o pessoal em volta dela.

– Isso mesmo e minha irmã. - Leon ri do berro dela, ele teve até que tirar o celular da orelha.

– Ta louco Leon? Não to preparada pra isso!

– Louca seria você de perder o jantar da Sra. Howell... - Leon devolve.

– Leon não posso fazer isso. - Anne olha para a TV e vê sua senha ser chamada. - Preciso desligar. Tchau. - Ela encerra a ligação sem ele responder nada.

– Caramba! Vou convencer ela de alguma forma. - ele olha triste para o celular.

Anne assim resolve seus problemas na faculdade, ela pega o celular e liga para Leon.

– Atende amor...

– Amor. - Ele atende.

– Desculpa minha reação. Eu to com medo de conhecer seus pais e eles perceberem que talvez eu não seja o suficiente pra você. - Anne desabafa insegura enquanto espera por um táxi.

– Relaxa amor... Você amá-los são adoráveis, minha mãe é uma excelente sogra, meu pai é mais namorado que sogro. Ele se apaixona por minhas namoradas. - Leon ri.

– Mas Leon sou só uma garçonete de uma boate e que nem terminei a faculdade. E tem a Deborah, ela é do seu nível e... - Anne para de falar e suspira. - O que deu em mim hoje?!

– Ann, hey, relaxa... - Ele tenta falar, mas ela continua argumentando - Você ouviu eu dizer que são adoráveis.

– Eu ouvi Leon, mas ainda sim amor. - Anne entra no taxi. - Pro shopping, por favor. O que vou fazer Leon? Como devo me vestir?

– Como Anne oxe. Ou com o uniforme da Fire, meu pai vai amar. - Leon brinca, talvez tenha deixado-a mais tensa com isso.

– Pirou? Sua mãe me mata se eu fizer isso! - Anne ri. - Me encontra no shopping?

– Qual? - Leon fala pegando a chave do carro.

– O do centro. No Bucks. Vou estar lá te esperando.

– A caminho e relaxa vai dar tudo certo.

– Ta bom. Te amo. - Anne sorri e encerra a ligação.

Anne assim que desliga o celular encosta sua cabeça na janela do carro. Ela suspira e várias coisas vem a sua mente, o beijo de Jack, o acidente, conhecer os pais de Leon, o beijo de Jack. “Que droga! Não quero pensar nesse beijo!” Ela se repreende mentalmente, mas é impossível não lembrar do que ela sentiu naquele momento.


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Notas finais do capítulo

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