Couples on Fire escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

~Enjoy~



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Leon estava sentado na escadaria de entrada do hospital, ele pegou o celular e discou o número de Deborah, sabia que essa atitude despertaria a fúria de Anne, mas a modelo tinha o direito de saber o que tinha acontecido com Jack.

– Alô Deborah? - Leon falou assim que o telefone foi atendido.

– Leon? - A modelo atende o telefone com uma voz sonolenta.

– Tudo bem Deborah? - Leon não sabia como falar com Deb, ela o deixava totalmente acanhado.

– Tudo e com você? Aconteceu alguma coisa pra você me ligar de madrugada? - Deborah não funcionava bem antes do meio dia.

– Madrugada? São quase nove da manhã... - Leon estranha e se levanta da escada.

– Ainda assim é cedo, até parece que você não sabe o quanto odeio acordar cedo.

– É que aconteceu algo com o Jack. - Leon preferiu pular a parte que a conhece bem, ela deveria estar falando com ele e olhando para o teto, enrolando o cabelo ruivo, sempre fez isso.

– Jack? O que aconteceu? - Deborah salta da cama e começa a se arrumar.

– Ele sofreu um acidente de moto. - Leon abafou a voz, Deb parecia se importar mesmo com o barman.

– Como é que é? Onde vocês estão? Vou pra ai agora!

– Hospital central. Ele poderá ser visitado às 10. - Leon anda prá lá e cá na frente do hospital.

– Estou indo pra ai! Logo eu chego Leon. Obrigada por me avisar. - Deborah encerra a ligação e se arruma para ir para o hospital visitar Jack.

– Tchau e de nada. - Leon fala olhando no telefone, ela havia encerrada sem ele terminar.

Leon volta para dentro, Anne já devia estar com Lia e logo voltaria.

Anne vai até a UTI e é informada que Lia já foi para um quarto. Ao entrar no quarto ela vê a amiga tomando um pouco de suco e sorri.

– Oi Li.

– Anne!

– Lia! - A garçonete vai até a amiga e abraça ela.

– Vai me quebrar no meio! - Lia ri e retribui ao abraço da amiga.

– Lia eu fiquei com tanto medo de te perder amiga! Me desculpa pelo que falei, pelo que eu fiz.

– Hey, Ann. Ta tudo bem. Eu faria o mesmo no seu lugar. Eu não deveria ter escondido nada de você Ann.

– Tudo bem Li. O importante é que você ta bem.

– E o Jack? Como ele está?

– Ainda não sei Li. Não vi ele. As visitas começam as 10. Tio Clark está aí.

– Ah você ligou. Que bom Ann.

– Pois é Li. Mas ele está bem.

– Isso que importa.

– Bom dia meninas. Oi Lia. - Maggie entra no quarto.

– Oi Maggie. - Anne sorri para a enfermeira.

– Olá. - Lia sorri.

– Cuidei de você e sua melhora foi uma das mais rápidas que já vi.

– Vaso ruim não quebra enfermeira. - Lia ri.

– Pode ser. - Maggie ri. - Vamos trocar esses curativos?

– Eu preciso tomar um banho, posso?

– Pode sim. Vou ajudar você nisso.

– Então com licença. Vou falar com o Leon e com o Clark. Até daqui a pouco cascão. - Anne brinca com Lia e sai do quarto.

– Palhaça. - Lia ri e vai para o banheiro com Maggie.

– Voltei. - Anne sorri ao ver Leon. - Pra quem você foi ligar?

Clark esperava os minutos passarem e alguém vir avisar que já estava aberta as visitas.

– Deborah. Ela precisava saber de Jack. - Leon esperava que ela não surtasse.

– Não precisava ligar pra ela. - Anne fica séria. - Mas tudo bem...

– Com licença. As visitas para o Sr. Campbell estão liberadas. - Uma enfermeira baixinha avisa a Anne, Leon e Clark.

– Vai lá tio Clark. - Anne sorri.

– Bem ela está com Jack, tem o direito de saber. Só quis ser legal. - Leon comenta.

– Valeu A. - Clark pisca prá ela e segue a enfermeira.

– Ainda assim não concordo, mas quem sou eu pra proibir alguma visita ao Jack. -Anne da de ombros e senta em um dos sofás.

– Anne, sabe que eu acho engraçado o jeito que você liga a esse lance, eu, você, Deborah e Jack. - Leon ri e balança a cabeça.

– Não gosto dela. Não gosto do fato dela ser presente na sua vida e muito menos agora na vida do Jack. Ele merece coisa melhor do que ela.

– Ai Anne, magoou. - Deborah olha para Anne e sorri. - Oi Leon.

– Falando na praga, olha ela aí. - Anne revira os olhos e bufa.

– Deborah e suas entradas triunfais. - Leon se admirou com a velocidade que Deb chegou Jack havia de alguma forma conquistado a garota.

– Claro. O que seria de mim sem elas? - Deborah sorri e tira seu sobretudo, revelando sua roupa, uma calça social branca com uma blusa de seda vermelha, seus scarpins vermelhos e de saltos altos valorizavam ainda mais a modelo.

– Que gracinha. - Anne se levanta. - Vou ver a Kat. - Ela passa por Deborah e esbarra nela de propósito indo para o quarto de Katleen.

– É. Ela me odeia mesmo não é? - Deborah pega um pouco de água e bebe olhando para Leon.

– Ela acha que você ainda me quer. Te vê como uma oponente, mas você com Jack agora, ela precisa entender isso.

– Ou talvez ela me vê como uma oponente em relação ao Jack.

– Destila mesmo esse veneno. - Leon encara Deb e custa a não considerar essa ideia.

– Não é veneno, é só uma opinião. Talvez algo que esteja diante dos seus olhos e você não vê, mas sinceramente, vou deixar você quebrar a cara sozinho Leon pra depois que ela te dar um pé na bunda pra ficar com o Jack e você vir correndo chorar no meu ombro! Desde que voltei você só me trata com 4 pedras na mão e eu me cansei disso! - Deborah desabafa olhando para Leon.

– Sério? - Leon baixa guarda, realmente ela estava sendo muito rude com ela.

– Sério Leon. - Deborah senta em uma das poltronas pega seu celular e conecta o fone de ouvido, liga em umas musicas e ignora Leon, mesmo que fosse contra sua vontade. Ela realmente estava começando a se magoar com as atitudes dele.

– Ok, ignorar é a solução. - ele soltou o ar e se aconchegou no sofá.

– Não é a solução, mas se a gente não se falar eu não corro o risco de levar um coice ou ser ofendida. - Deborah fala para ele ao pegar uma revista em sua bolsa e começar a ler.

– Para de drama, quero me consertar com você. - Leon olha ela.

– Ah Leon, me poupe! Vai se acertar comigo e logo depois vamos brigar de novo. Que amizade louca é essa? - Deborah fecha a revista e tira os fones.

– Me desculpe... É que... - ele tenta arranjar uma desculpa, mas não há - Me desculpe.

– Vamos nos evitar e pronto. Problema resolvido. - Deborah se levanta e caminha pela sala.

– Uma pergunta antes de ir. Porque me enviou aquela foto do show de Anne com os gogos. - Leon interroga.

– Agi por impulso. Ainda queria você. Ainda quero, mas errei com o envio da foto e percebi que o certo é esquecer o que sinto por você já que ama tanto a Anne.

Leon olha ela por alguns segundos.

– Obrigado Deb e desculpe mais uma vez. - Leon fala já desarmado.

– Tudo bem. - Ela pega suas coisas e vai até a recepção para saber algo sobre Jack.

Leon vê Deb indo e deita no sofá, essas mulheres de alguma forma estavam deixando ele confuso, ele amava Anne, mas cada encontro com Deb acendia nele um fogo do passado que não queria descansar.

Lia já havia tomado banho e já havia trocado os curativos do seu corpo, embora no dia do acidente ela usasse uma camisa por cima do vestido, seus braços e suas pernas estavam ralados pelo contato com o asfalto.

– Obrigada Maggie.

– De nada Lia. Precisou é só puxar a cordinha que eu venho. - A enfermeira sorri e sai do quarto deixando Lia deitada na cama.

"Ah Jack. Quero te ver, nosso beijo... Tem que ter significado algo pra você."– A garçonete pensa encarando o teto.

Clark adentra o quarto e vê Jack ainda desacordado, estirado sobre a cama. Havia um curativo em sua cabeça, que cobria o ferimento. Era incrível como ele não tinha perdido a cor viva de sua pele, sua boca ainda era vermelha maça. Ele estava bem vivo.

– Continua bonitão hein? Nem parece que vai envelhecer um dia e ficar ainda mais bonito, como seu tiozão aqui. Você quer me matar de susto, Jay jay. A vontade que eu tô de socar a tua cara é muito grande, mas eu te amo. - Clark suspira - E te amar é o que me salva dos meus próprios demônios e da falta que sua tia me faz. Jack você é a melhor lembrança que tenho dela... - Clark senta na cama, chora - Jay jay volta prá mim. Acorda! - Clark passava em suas palavras o sentimento forte que sentia por Jack.

– Que cheiro de velho. - Jack fala com uma voz fraca.

– Jack? - Clark se surpreende - Jack! - Clark deita sobre o abdomen do sobrinho.

– Eai, velho. - Jack ri com uma certa dificuldade.

– Que bom que acordou, por que agora eu vou te matar! - Clark se levanta e olha ele com fúria.

– Relaxa titio, gatos tem sete vidas. - Jack sorri lindamente, Clark tinha até esquecido que o sorriso dele era igual ao de sua irmã, mãe de Jack. Brilhante e cativante.

– Vou ter prazer em acabar com elas! - Clark cruza os braços e olha o barman.

– Sabe tio eu já havia antes de você entrar, bem então eu ouvi as coisas boas que disse sobre mim... - Jack sorri de lado - Obrigado.

– De nada e pode tirar esse risinho do rosto. - Clark sorri. Jack estava sendo o sarcástico de sempre, então tudo estava certo.

Lia levanta da cama e caminha para fora do quarto com um pouco de dificuldade por não estar habituada as muletas e nem a empurrar um suporte de soro.

– Pode me dizer onde o Jack Cambpell está? - Ela pergunta a uma das funcionarias do hospital.

– Quarto 312.

– Obrigada. - Ela sorri e vai até o quarto, ao ver que ele não ficava muito longe do seu, ela suspira aliviada, apesar de já estar acordada e bem, os curativos e a dor no corpo ainda incomodavam ela. - Jack? - Ela diz baixo ao bater na porta e entrar no quarto.

– Tio Clark! - Lia sorri ao reconhecer ele ali e vai até eles.

– Lia? - Clark questiona reconhece a voz da morena.

– Lia está aqui? Mande ela entrar. - Jack sorri queria vê-la, ela iria quebrar o clima de morte que o hospital passava.

– Tudo bem? - Clark fala e abraça Lia.

Jack só observa e espera sua vez.

– Ainda mole pelos medicamentos, mas bem. E você? Como foi de viagem? Tudo bem? - Ela sorri para ele. - Ta bonitão como sempre.

– Nossa que interrogatório. Tô bem, a viagem foi zen. Obrigado. - Clark sorri de lado, ele sempre teve uma tara por Lia, desde sempre.

– Medicamentos? Lia o que lhe aconteceu?! - Jack questiona embasbacado.

– Menos mal Clark. - Lia sorri e da um beijo no rosto dele. - E você? - Ela olha para Jack e estranha a pergunta. - Eu estava com você na moto.

– Eu sei que sofri o acidente... Mas não lembro de você... Caramba! Nem do acidente. Eu só me lembro de... - ele parece concentrado em se lembrar de algo.

– Você não lembra de nada? - Lia olha para ele um tanto frustrada.

– Ellen! - Jack berra, sorrindo por lembrar de algo.

= Ex-namorada? - Clark cochicha a Lia.

– Ellen. Boa lembrança, a mocréia gostosa. - Lia olha para Clark. - Ex-chefe. - Ela arruma as muletas. - Acho melhor voltar pro meu quarto.

– Sim, me lembro das compras, ai Ellen chegou... E que gostosa. - Jack sorri, porém sua expressão muda - A festa! Não me lembro da festa! Eu perdi a aposta? - Jack arregala os olhos, se tivesse perdido My e Li estariam feitas.

Clark só observa os 2 e pensa em chamar o médico para ver se a perca de memória era algo natural ou uma complicação.

– Não teve festa Jack. Eu e você fomos para a praia, conversamos um tempo e quando viemos embora sofremos o acidente. - Lia prefere não falar sobre o beijo.

– Caramba! Como não houve aquela festa. Seria a super hiper mega ultra blaster plus festa. - Jack se levanta, mas sente uma dor e volta a deitar.

– Jack relaxa... - Clark balança a cabeça.

– Descansa e quando estiver melhor falamos sobre isso. - Lia sorri para Jack e da um beijo na testa dele. - Tchau Jack. - Ela caminha para fora do quarto. - Tchau Clark. - Ela diz ao fechar a porta. Lia volta para o quarto e ao entrar deita na cama e começa a chorar. "Como você não lembra? Como?!"

– Eu falei bobagem? - Jack pergunta.

– Ela só queria que você lembrasse. - Clark dá de ombros.

– Nossa que merda, tem uma sonda no Great. - Jack reclama, detestando a ideia de ter um cano no seu pênis.

– Ai Jack cala boca, vou deixar outro vir te ver, depois dessa. – Clark ri e sai do quarto deixando o sobrinho sozinho.

– Jack? - Deborah abre a porta e entra no quarto. - Quer me matar do coração? - A modelo deixa a bolsa em uma cadeira e vai até ele.

– Deborah?! - ele quase deixa parecer a indignação de não ser Anne. - Desculpe-me, mas você que eu gosto de surpreender. - Ele ainda ri com dificuldade por conta da aparelhagem.

– Também não precisava exagerar na surpresa. - Ela sorri e dá um beijo na bochecha dele. - Não gostou de me ver né?

– Claro que não, você fede. - Jack brincou, claro que gostou de ver Deb, mas ele tinha esperanças de ser Ann - Boba. Vem quero sentir essa boca. - Jack mordeu os lábios.

– Engraçadinho! - Deborah sorri e beija Jack.

Jack sente o beijo dela. É tão prazeroso, empolgante, excitante... Quando Jack menos esperou sentiu um leve desconforto. "Sonda!"

– Calma aê... Essa merda tá doendo. - Ele coloca a mão na região.

– Quer que eu chame alguém? - Deborah olha para Jack. - Uma enfermeira, Anne?

– Não Debs, ela terá a hora dela... - Ele sorri fofamente para ela - Você se preocupou comigo primeiro, valorizo isso. - Ele belisca levemente a bochecha dela.

– Ela deixou eu vir primeiro. - Deborah olha para ele e sorri. - O que aconteceu pra você se quebrar todo assim? Você não é de ser irresponsável. Muito menos no transito.

– Eu não sei... Simplesmente tenho lembranças apenas de horas antes do acidente, sei que o sofri, mas não lembro como e o porquê. - Jack suspira e olha ela.

– Você bateu com a cabeça, deve ser por isso. - Deborah faz carinho no rosto dele. - Não se preocupe, sua memória vai voltar.

– Mas é estranho esquecer. Lia mesmo disse que passamos a noite na praia, mas eu nem lembro de ter pisado em areia. - Jack parecia sentir que algo naquela noite que havia deixado uma marca especial nele.

– Bom, só a Lia vai fazer você lembrar de tudo já que vocês estavam juntos segundo ela. - Deborah olha para ele. - Vou chamar a Anne pra te ver.

– Calma, deita aqui. - Jack sugere a Deb. Precisava valorizá-la ela estava fazendo o mesmo com ele. E Ann, bem Ann... Era prá ser tratada como merecia.

Deborah deita ao lado de Jack e faz carinho nele.

– Nunca mais me assuste assim.

– Relaxa e obrigado por estar me importando comigo. Vou corresponder 100% a isso. - Jack se aconchega no busto dela - Melões. - Ele gargalha.

– Safado! - Deborah da um tapa no braço dele brincando e ri.

– Gostosa. - Jack morde o ombro dela - Sexo no hospital? - ele levanta as duas sobrancelhas com pensamentos obscenos.

– Você esta com um cano no Great. Não vai rolar. - Deborah ri.

– Muito engraçado, valeu por lembrar. - Ele esfrega a cabeça no busto dela.

– Para Jack! - Deborah se afasta dele e sorri sem graça. - Aqui não.

– Ok. Vou me controlar, devem ser esse remédios com efeitos estimulantes. - Jack revira os olhos e ri.

– Bobo. - Deborah sorri. - Já volto. - Ela dá um selinho em Jack e sai do quarto.

Jack vê ela sair e começa a cantar Sober – P!nk. Estar naquele quarto sozinho era deprimente, pelo menos uma música animaria ele.


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Notas finais do capítulo

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