Couples on Fire escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

~Enjoy~

Música do capítulo:
— Charlie Brown - Coldplay (https://www.youtube.com/watch?v=zTFBJgnNgU4)



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Na academia, Lia malhava intensamente. Depois de fazer uma serie de exercícios para as pernas ela resolveu experimentar algo de diferente. Ela caminhou ate o canto do salão, colocou umas luvas de boxe e começou a bater no saco de areia. Lia estava um pouco frustrada, seu "relacionamento" com John estava indo bem, mesmo sendo escondido, mas o que incomodava ela era ver Anne e Jack se enganarem tentando "matar" o amor que um sentia pelo outro se enganando e enganando outras pessoas.

Jack foi em direção da academia, porém ao passar pela cozinha o beijo do casal só aumentou cada vez mais sua vontade de se entregar a outros sentimentos. Pegou os fones colocou na orelha e correu em direção da academia.

– Calma Lia, sabemos que é forte. - Taylor caçoou.

– Engraçadinho. - Lia ri e olha pra ele. - Quer ser meu saco de pancadas?

– Poxa vida. De onde essa mulher saiu. - O dancer novo brinca, tentando se enturmar, o que não era difícil super gente boa.

– Ah Brody sei lá. - Luke fala.

– Bobão. - Lia mostra a língua para ele e volta a bater no saco de areia.

Jack chega e parece que a academia se agita com sua chegada, era incrível como era muito querido por todos.

Myle chega logo depois de Jack e vai direto ate a esteira.

– Jack seu gay, por que tamanho atraso? - Taylor fala.

– A noite foi boa! - Myle ri enquanto começa a correr.

– Me ame de uma forma menos demonstrativa, Tay gracinha. - Jack vai exercitar as costas.

– Com a boneca inflável? - Luke prossegue.

Lia e Myle não se aguentam e caem na gargalhada.

– Não costumo ter noites com irmãs de amigos meus, mesmo que a Pamella seja uma delícia juvenil. - Jack devolve e Luke mostra o dedo do meio para o barman.

– Calma rapazes, não se alterem. - Lia ri.

– Alteradinho aqui é o Luke. - Jack comenta.

– Sim é o Luke. - Taylor concorda.

– Ah vão cagar. - Luke fala e todos riem, George chega a colocar a mão no abdômen.

– Acho que o Luke que ta precisando da boneca. - Myle ri.

– Olha lá Myle quando eles te provocarem você vai apelar. - Lia diz enquanto bate no saco de areia.

O pessoal continua rindo, até que de repente, Duncan adentra a academia.

– Bom dia. - Ele fala e caminha em direção a bicicleta ergométrica.

– Sério isso? - Myle resmunga e revira os olhos enquanto corre.

A bicicleta era próximo de Myle. O que transparecia mais a garçonete o clima de perseguição que Duncan deixava.

Myle continuava na corrida. Dessa vez irritada. Ela não queria ficar perto de Duncan, mas nao entendia o porque dessa repulsa.

– Não ouvi seu "bom dia". - Duncan brinca com a garçonete.

Lia para de praticar o boxe, tira as luvas e vai até o aparelho de musculação ao lado de Jack.

– Tudo bem?

Quando Lia perguntava "tudo bem" sempre causava o efeito de desabafo em Jack, ele não tinha vergonha de chorar para a amiga.

– Em partes Lia. - Jack precisaria segurar as emoções.

– Vamos sair daqui e ir pro Bucks? Por minha conta hoje. - Ela sorri para ele, pelo tom de voz ela sabia que Jack iria desabar ali.

– Sim Li, pode ser. - Jack estava suado e bastante dolorido. - Mas, por favor não me faça chorar. - Ele ri.

– Eu? Que isso! - Lia ri e entrelaça os braços com Jack, saindo dali com ele.

Jack passa seu braço pelo pescoço de Lia.

– Tchau galera. - ele acena.

– Tchau amor... - Tay caçoa.

– Tchau cara! - Luke fala - Taylor para de ser gay.

– Estão precisando de salsicha mesmo hein. - George comenta e o povo gargalha.

– Tchau gente, até mais tarde. - Lia ri e acena para eles saindo abraçada com Jack.

– Bom dia! Como você esta? Dormiu bem? Sonhou com os anjos ou comigo? - Myle fala irônica e sorri para ele.

– Acertou sonhei com você. - ele não parecia mentir, mordeu o lábio sensualmente.

– E eu lá me impor... - Myle ia continuar provocando e sendo falsa, mas ao ouvir ele dizer que tinha sonhado com ela, ela tropeça e acaba escorregando e saindo da esteira. - Você o que?

Ele agarra ela velozmente esperando tê-la ajudado a não cair.

– Sim, sonhei conosco, assim, bem próximos... - a respiração dele colide com a pele dela bem mansamente.

– Já vai, Myle? - Luke fala rindo.

Myle se afasta dele e o olha.

– Não encosta em mim! Seu, seu... Argh! - ela pega sua toalha e sai da academia irritada e sem se despedir de ninguém.

– Será que eu falei merda? - Luke pergunta.

– O que você fala que chega a ser aproveitável? - Taylor comenta e o povo volta a rir.

Jack amava Lia de uma forma especial, quando os 2 ficavam juntos a emoção incendiava o ambiente. Era sua melhor amiga, o que seria dele sem ela.

Lia caminhava com Jack. Ele era o porto seguro dela, sem Jack Lia não era nada, e sabia que tudo o que ela sentia por ele era recíproco.

– Lia fica comigo. - Jack fala num tom verdadeiro.

– Eu já não to aqui? - Lia olha confusa para Jack.

– Namora comigo. - Jack olha prá ela.

Lia abre a boca sem acreditar no que ouviu.

– Sabe às vezes eu acho que só você vai me fazer feliz. - Ele é sincero, mas deixa transparecer que o pedido não é real.

– Jack... Eu não sei o que falar...

– Calma Li. É apenas um comentário, nada sério. - Jack ri fofamente vendo a cara espantosa dela.

– Não brinca mais assim. - Lia da um soquinho no braço de Jack e ri.

– Mas você me faz feliz. Quero uma Lia prá mim. - e dá risada, caminhando com ela.

– Para. Não sou tudo isso. - Lia abraça a cintura dele e suspira. "Eu e Jack?"

– Você se torna tudo quando faz alguém feliz. - Jack olha para ela. "Lia?"

– Jack para. - Lia fala abalada. - Você ta carente e ta falando essas coisas...

– Desculpa... Bem, mas eai como está você e o Sr. Cowerl. - Jack desconversa, mas puxa um outro assunto delicado.

– Ah, acho que ele só quer curtição. E pelo que to percebendo, ele não vai assumir tão cedo. -Lia entra na cafeteria com Jack e senta em uma das mesas.

– Sério. Pensei que ele estivesse mesmo afim de você, mas dá prá ver que você está desanimada com esse lance. - Jack se senta com Lia.

– Eu esperava mais dele, mas ainda acho que ele é ligado a Ellen. Bom, mais de 10 anos de casamento não se esquecem em dias.

– Tenta relaxar e vai descobrindo nas atitudes dele o que ele quer. - Jack fala.

– Se eu continuar com ele. - Lia chama o garçom.

– Continuar? - Jack fica surpreso agora

– Olha sinceramente eu não sei. - Ela suspira e olha para o garçom. - Um frapuccino de chocolate com muito chantilly e um cupcake de brigadeiro por favor.

– Quero um suco de acerola e um sanduíche natural. - Jack fala e olhando Lia - Então espera o tempo lhe dizer, hoje ele me disse que Anne e eu é humanamente impossível.

– A briga foi feia hoje lá em casa, ate agora não entendi o porque dessa briga. - Lia olha para Jack. - Talvez o certo nesse momento é dar um tempo da Anne Jack.

– Eu não entendo a Ann, ela tem ciúmes de mim, fica balançada comigo, mas começa a me tratar friamente. Mas é a hora dela ver o que tá perdendo, meu amor. - Jack fala essa última frase num tom gay, sendo o palhaço de sempre.

– Nem eu entendo Jack. Anne não sabe o que realmente quer. Acho que nem eu. - Os pedidos chegam e Lia bebe um pouco do frapuccino. - Sabe, essa indecisão de vocês me deixa confusa, mas a Anne já te magoou demais. Ta na hora de você dar um gelo nela e seguir a sua vida. Anne sempre teve o que quis em relação a nos dois, acho que agora é hora disso mudar. Eu amo a An, mas ela precisa de um choque de realidade.

– Sim ela precisa parar de ser nosso centro, espero que não machuquemos ela nesse processo. - Jack diz e mordisca o sanduíche.

– Não precisa ser algo drástico, mas ta na hora de parar com isso. - Lia pega o cupcake e morde sujando um pouco a boca.

Jack coloca a mão na bochecha dela e com a outra passa o dedo pela boca dela limpando o doce dos lábios dela. Lia sente um arrepio ao sentir o toque de Jack em seu rosto e olha nos olhos dele.

– Me beija.

– Lia?! - Ele se afasta levando o maior susto de sua vida.

– Desculpa Jack. - Lia se afasta dele rapidamente

– Tudo bem. Eu também quis te beijar, até que a consciência me disse "não".

– Eu não deveria ter falado nada. Desculpa. - Lia bebe um pouco do frapuccino.

_-Hey somos melhores amigos é compreensível que possamos ter curiosidade um do outro, boba. - Jack pisca prá ela, prezando pela amizade deles.

– Eu... Eu preciso ir. - Lia pega o dinheiro na bolsa, pega sua bebida e sua bolsa e levanta saindo dali. "Burra!"

– Lia! Lia! - Jack berra e tenta impedir que ela vá. Jack não sabia o que havia feito chegar a esse ponto, mas algo com Lia seria muito intenso e iria bagunçar tudo.

– Jack... - Lia para na calçada e olha para ele.

– Hey. - Jack abraça ela.

– Nada vai nos abalar. - Lia retribuo ao abraço dele.

– Desculpa.

– Tá tudo bem, tutu. - Jack havia deixado uma quantia de dinheiro sobre a mesa, então começou a ir em direção a república.

Lia belisca Jack e acompanha ele ate a casa deles.

– Ow, por que o beliscão? - Jack olha ela.

– Pelo tutu, minhoquinha. - Ela ri para ele.

– Garanto que mudará isso quando o ver. - Jack caçoa.

– Já vi, e sempre vai ser minhoquinha. - Lia provoca ele

– Droga! - Ele faz um bicão e continua a caminhada, cada segundo com Lia, fazia Jack mais feliz.

– Sem bico bebê. - Lia abraça Jack pela cintura e olha para ele. - Para de andar.

– Ok, você quem manda general. - ele bate continência e ri bobamente.

Lia ri, vai para trás de Jack, segura em seu ombro e pegando impulso ela 'sobe' nele, estilo cavalinho.

– Não me deixa cair! - Ela ri se segurando nele.

Jack vai levando ela de cavalinho pelas ruas, já estavam próximos da república.

– Você teve um decréscimo de idade? - Jack dá um pulinho e faz com que ela quase caia.

– Jack! - Lia segura no ombro dele e ri. - Pode me colocar no chão.

– Quem disse que quero. - Ele começa a correr com ela no seu ombro.

– Jack! - Lia gargalha se segurando nele. - Você é louco!

– Sou tão louco que deixo os loucos, loucos. Entendeu? - Jack gargalha.

– Você esta me deixando louca isso sim. - Lia fala rindo.

– Minha habilidade principal, a não ser quando faço todos se apaixonarem por mim. - Jack não consegue deixar de ser palhaço.

– Convencido! - Lia se segura nele.

– Não minto. - e começa a aumentar a velocidade vendo a proximidade da república.

– Não corre! - Lia grita agarrada nele e rindo.

As pessoas dão risada com a cena. Adam estava regando as plantas do jardim da sua casa e quando viu os dois.

– Vai cavalinho! Vai! - Lia ri imitando uma cowgirl.

Adam não perde a oportunidade e joga água nos dois.

– Palhaços.

– Hey! Vizinho. - Jack gargalha com a água.

– Ta gelada! - Lia resmunga e ri. - Mas você ta se divertindo.

Adam continua jogando água nos 2. Jack solta Lia e roubando a mangueira de Adam molha ele também.

– Agora toma! - Jack ri vitorioso.

– Ah cara! - Adam entra na brincadeira.

Lia se senta na grama e gargalha.

– Vocês dois parecem crianças!

– Caraca Li, esse é o cara da festa que fui com o Luke e com o Tay. - Jack se recorda, mesmo que tivesse ficado super bêbado.

– Ah, foi com ele. A festa na qual você ficou doidão! - Lia ri.

– Sim. Foi na minha festa de despedida da última casa, prá mudar prá cá. Ah e oi Lia. - Adam comenta.

– Oi Adam. - Lia sorri e acena para Adam. - Bem vindo Adam.

– Clima estranho, entendi tudo. - Jack caçoa dos dois.

– Cala boca, Riper. Bem, pelo menos era o que você queria que o pessoal te chamasse. - Adam ri lembrando da festa.

– Riper? Não quero nem saber de onde isso veio! - Lia ri.

– Esse cara conseguiu fazer o impossível naquela festa, sabe curtir. - Adam comenta.

– Sério? Fiquei com amnésia daquela noite. Mas se quis que me chamassem de Riper então eu devo ter feito suruba. - Jack gargalha. - Brincadeira.

– Me poupe desse detalhe! - Lia coloca a mão na boca e ri.

– É bom mesmo ter tido amnésia. - Adam balança a cabeça negativamente - Podíamos fazer algo qualquer dia desses.

– Tipo? - Jack olha ele interrogativo.

– Concordo plenamente! To precisando de um porre daqueles violentos! – Lia olha para Adam entendendo a ideia dele.

– Sei lá queria algo mais caseiro. Uma festinha na minha casa. - Adam expõe

– Ou na nossa. Nunca damos festas aqui. Que tal hoje a noite, bebidas, aperitivos e strip poker?!

– Humm, acho que sei algo legal que podíamos fazer. Mas quem iria?

– Sim Lia. Amei a ideia! - Adam sorri e olha ela.

– Então vamos chamar o Luke e o pessoal que trabalha conosco. Você vai adorar eles Adam. São hilários! - Lia se levanta. - Eu vou tomar um banho e vou comprar as coisas pra festinha.

– E eu vou, bem eu vou fazer o número 1. - Jack fala e não tem como não rir.

– Caraca, posso levar um amigo? - Adam questiona.

– Claro Adam, pode sim. - Lia caminha para dentro de casa. - Da uma segurada ai Jack. - Ela ri e entra correndo na republica.

Jack parece resmungar algo, mas não prá ouvir. Então Adam desliga a mangueira e entra em sua casa.

Lia segue para o banheiro e toma um demorado banho. Ela se encosta na parede e deixa a água escorrer pelas suas costas. Ela fecha os olhos e pensa nos recentes acontecimentos.

Myle já estava em casa, chegou rápido, Lia tinha deixado a chave do carro com a ruiva, facilitando a chegada rápida dela em casa. Assim que chegou, tomou um banho rápido e se jogou na sua cama e la ficou dormindo.

Anne também estava dormindo, assim que Leon foi embora, ela arrumou a cozinha e a sala e foi para o seu quarto, ela estava lendo um livro e acabou pegando no sono.

Jack entra na casa e aguarda Lia no banho. Jack vê a porta do quarto de Ann aberta e entra.

Ele se aproxima dela e vê sua face angelical ao sono.

– Anne sei que não está ouvindo, mas quero que saiba que estou me esforçando a te esquecer. Não sei se serei feliz, mas pelo menos não vou sofrer. Eu gosto do Leon, ele é um cara legal apesar da vontade que tenho de socar ele por tirar você de mim, mas a culpa é minha, eu nunca me manifestei. Fui burro... - nesse momento lágrimas escorrem - Mas, não vou ser mais tolo ainda de esperar você trocar o amor perfeito por algo tão tortuoso como o que vou-lhe oferecer. Então eu quero que saiba que te amo e sempre te amarei, mas eu estou desistindo de você... - agora ele se desaba em choro.

Anne continua dormindo. Ela se vira de lado deixando o livro cair, fazendo assim uma foto dela e Jack sair das folhas.

Lia já tinha terminado o banho e ao ouvir uns resmungos vindo do quarto de Anne ela foi ate la e ouviu tudo o que Jack tinha falado. Ela se encostou na parede e ficou olhando para o amigo.

Jack nota a foto e em meio ao choro apanha ela.

– Vou ficar com isso se não se importa. Mas, quero olhar prá ela e ver o lindo casal que faríamos. - Ele sorri, vendo os dois ali. - Seja feliz Ann, e conte com minha amizade. Sempre vou estar aqui por você. - ele foi lá e deu um breve selinho nela.

Anne vira de lado e coloca a mão na perna de Jack. Ela suspira e continua dormindo.

_ Ok, precisa parar de ser safadinha. - ele remove a mão dela e ri.

Anne ao sentir ele tirar a mão dela da perna dele, ela abre os olhos.

– Jack? - Ela fala com uma voz de sono.

– Você está sonhando, e nesse momento vai fechar os olhos novamente... - Ele fala com uma voz mística, esperando que ela dormisse.

Anne vira de costas para ele e volta a dormir.

Jack sorri. E vai saindo do quarto, coloca a foto no bolso e dá uma longa suspirada limpando os olhos.

Lia olha para Jack e sorri.

– Sabe que fez a coisa certa né?

– Ai Lia. Que susto tutu! - Ele respira - Sim, tenho certeza que fiz. - Ele olha ela fechando a porta.

Lia ri.

– Desculpa. Vai tomar banho e vamos no mercado.

– Sim, capitã. - ele segue para o box.

– Hey. - Lia olha para Jack.

Jack volta seu olhar a amiga. Lia manda um beijo para ele e entra em seu quarto para se vestir. Jack sorri bobo e entra no box.

– Essas amigas de república acabam comigo.

Alguns minutos depois o barman sai enrolado na toalha, exalando aquele cheiro de banho bem tomado.

Lia tinha colocado um short jeans, mas não sabia qual blusa colocar, acabou optando por um tomara que caia rosa e um chinelo da mesma cor. Ela pega sua bolsa e desce para a sala de estar.

Jack pegou um short xadrez cinza e preto e um regada bem folgada num azul marinho, deixando sua musculatura a amostra, pegou um boné e colocou virado prá trás, colocou um chinelo branco e passando um desodorante desceu para a sala de estar.

– Vamos as compritchas, temos uma hora e meia.

– Só isso? - Lia faz cara de espanto e sai de casa esperando ser seguida por Jack.

– Claro temos que trabalhar mocinha. - Jack balança a cabeça e a segue.

– Mas ainda ta cedo. Ai vamos logo vai. - Ela destrava o alarme e entra no carro. - Não vai ficar com medo ou me controlando não né? - Lia provoca ele sabendo que Jack não gosta da maneira que ela dirige.

– Com tanto que você ande a 30 Km/h. - Jack caçoa, mas ainda está assustando.

– Quer dirigir você? - Lia olha para ele.

– Pode ir tutu, confio em você. - Ele faz um "jóia" com a mão e entra no carro.

– Ta bom. - Ela espera ele entrar, e assim que ele entra ela liga o carro e vai para o mercado.

– Você está bem soltinha, strip poker? - Jack comenta e olha ela com um sorriso de lado.

– Ah, o pessoal da faculdade sempre comenta que eles jogam isso nas festas, logo eu fiquei com vontade de jogar. - Lia olha para Jack e volta a prestar atenção no transito.

– Tá querendo ver homem pelado, safada? - Jack mantém esse sorriso malicioso.

– Ah Jack, me poupe! - Lia da risada. - Essa festa vai me fazer bem.

– Em que sentindo? - Jack olha ela interrogativo.

–Eu preciso me distrair Jack. Só isso. - Lia suspira e estaciona o carro no estacionamento do mercado.

– Se bem que vai ser bom ver as curvas da My. - Jack gargalha.

– Com coisa que você já não vê toda noite.

– As suas. - ele pisca e sai do carro

– Você também vê. - Lia desce do carro. - Vou começar o jogo vestindo uma burca. - Ela pega a bolsa, fecha a porta e trava o carro.

– Iremos arrancar tudo, pode ter certeza. - Jack ri.

– Duvido! Eu deixo você nu antes de mim. - Lia olha para uma senhora que encara ela e Jack com cara feia. - Quer apostar?

Ela estende a mão para Jack.

– Feito! - Jack aperta a mão dela e manda um beijinho prá senhora.

– Sem vergonha. - E velha resmunga e sai dali bufando.

– Foi embora, só porque ia chamar ela prá nossa festinha.

Lia gargalha e solta a mão dele.

– Se você perder... - Ela pega um carrinho e entra no mercado empurrando ele.

– Se eu perder? - Ele olha ela

– To pensando. - Ela sorri e vai para o corredor de bebidas.

– Uísques, conhaques... - Jack vai colocando no carrinho.

– Tequila e vodka...

– Perfeito. - Jack sorri. - Daqui três semanas volta a faculdade. - Jack nem sabe ao certo por que disse isso.

– Ah não lembra disso não. - Lia ri. - Vou voltar a parecer um zumbi. Ainda bem que a Ellen não esta mais na boate, lembra o quanto ela me atormentava por causa das olheiras em semana de provas?

– Ellen era uma mocréia, porém uma mocréia gostosa. Fire sem ela tomou um novo rumo, agora temos você no comando. - Jack brinca, esperando que Lia não ficasse irritadinha.

– Obrigada pelo elogio Jack. - Ellen fala parada atrás dele. - Olá Lia.

– E..llen? - Lia olha surpresa para ela.

– Puta que pariu! - Jack fala num tom alto, fazendo todos ao redor olharem os três.

– Jack! - Lia da um cutucão nele.

– Bom saber que ainda gosta de mim Jack. - Ellen sorri. - Já estou indo. - Ela pega umas caixas de suco e sai dali.

– Ela deu mole prá mim? - Jack morde o lábio inferior - Sempre tive tara por patroas.

– Você é louco! - Lia ri. - Viu a roupa que ela estava usando? Largou do John e ficou pobre!

– Não Lia, na verdade eu mudei, a riqueza só fez com que eu perdesse o cara que eu sempre amei. E agora eu vou ter ele de volta. - Ellen passa pela garçonete e vai direto para o caixa deixando Lia sem resposta.

– Poxa, Li. Ellen tá de volta no páreo.

– E vai ter ele de volta. - Lia suspira.

– Você está realmente desistindo do seu homem? - Jack olha ela incrédulo.

– Ele nunca foi meu. Ele ainda ama ela.

– Mas, e você tu? - Jack se entristece vendo que essa história não lhe é estranha.

– Uma distração pra ele esquecer ela? - Lia pega o carrinho e coloca mais umas garrafas de tequila dentro do carrinho e segue para o balcão de frios.

– Sei que irá tomar a decisão certa, mas Lia, não dê 100% a alguém que não lhe dá nem 50%.

– Por isso vou terminar com ele. - Lia fala aquela frase sussurrando, quase difícil de ouvir.

Jack sente a dor do momento e não importava se estava num supermercado, ele a abraçou. Lia sorri e retribui ao abraço do amigo. Era um abraço que era diferente e Jack sabia disso, era o abraço que Lia dava nele quando ela queria se sentir segura e amada. Jack afaga a amiga e faz carinho em seus cabelos.

– Fica bem... - Jack beija a testa dela.

– Obrigada Jack. - Lia suspira abraçada com ele sentindo o beijo.

Jack sente que o clima está surgindo e volta a caminhar em direção aos frios.

Lia segue ele e para no meio do horti fruti, pegando umas frutas e legumes pra a republica.

– Nada de jaca. Fiquei com aquele cheiro na minha mente durante semanas. - Jack resmunga apanhando umas peras e um abacaxi.

– Eca. Não sei como a Anne conseguia comer aquilo.

– Ela sempre tentando inovar o paladar, se lembra da semana da comida tailândesa? - Jack ri bobo, não consegue disfarçar os motivos por amar aquela garota.

–Depois ela ficou passando mal. - Lia ri.

– Mas insistiu que estava se sentindo mais saudável. - Jack mantém o riso bobo.

– Duvido que ela peça aquilo de novo. - Lia ri enquanto escolhe uns kiwis.

– Nunca mais coloco aquilo em minha boca. - Jack coloca um pêssego e se encaminha aos frios.

Lia ri e acompanha ele.

– O que vamos comprar hein?

– Queijo, presunto em barra, salame, azeitonas e podemos fazer torradinhas com patê. - Jack lista cada item e posteriormente. - Cortamos os queijos e o presunto em quadradinhos, salame em rodelas e azeitonas com as torradinhas.

– Vou fazer um patê de atum também. Já volto. - Lia deixa o carrinho com ele e vai ate o corredor de enlatados.

Jack apanha cada item. "Ai Jack o que vai acontecer com você? Que mulher vai realizar seu sonho de ser pai?". Jack caminha com o carrinho prá lá e cá, procurando por Lia.

– Cadê você baixinha?

Lia continua procurando as coisas no corredor e acaba escolhendo uns vidros de palmito e umas latas de atum.

– Hey! - Jack fala na ponta do corredor. - Temos que ir, Srta. Palmito. - Jack e indica um grande relógio na parede.

– Palhaço. - Lia ri e coloca as coisas no carrinho. - Vamos lá.

Eles seguem para o caixa, a mocinha por sinal era atraente e Jack deu um longo suspiro ao vê-la.

– Oi... - leu o nome dela no crachá - Lori, boa tarde.

– Oi. Vocês vão querer mais algo? - Lori se mostrou bastante simpática.

– Só isso. - Jack deu seu melhor sorriso.

Lori por um tempo admirou aquele belo sorriso, mas acabou voltando ao trabalho balançando a cabeça.

Jack tinha um truque com as mulheres, às vezes pensava que podia ter todas que quisesse. Isso o tornava um completo idiota em alguns momentos, mas por trás de tanta prepotência se esconde um coração gigante.

Lia colocas as coisas na esteira do caixa e assim que termina vai ate o outro lado empacotar tudo. Ela olha para Jack e sorri.

– Deu 96 dólares e 40 centavos. - Lori fala após computar todos os itens.

– Aqui está. - Jack entrega 100 dólares e posteriormente recebe o troco.

– Obrigado pela compra e voltem sempre. - Lori sorri e mal percebe a presença, está encantada por Jack.

– Valeu, pode deixar. - Jack sorri de lado e apanha algumas das compras para levar ao carro.

Lia ri e vai com Jack ate o carro.

– Você dirige de volta. - Ela destrava o carro e abre o porta malas.

Ele guarda tudo e pega a chave que ela joga a ele.

– Ok, teremos uma viagem mais tranquila.

– Ra, ra. - Lia vai ate o lado do passageiro, abre a porta, senta no banco. Ela coloca o cinto e suspira.

Jack tranca o porta malas e entra no carro, posteriormente liga o som e deixa Charlie Brown - Coldplay ecoar. Após isso sai dali numa velocidade moderada para poder tomar banho.

– Precisamos avisar My e Anne da nossa festinha. - Jack comenta.

– Assim que chegarmos em casa avisamos. - Lia olha para Jack e depois volta a olhar para a rua.

– Deveria chamar a Deb? - ele olha ela mesmo sabendo da resposta.

– Se quiser confusão e morte pode chamar.

– Anne vai chamar o Howell. - Jack resmunga.

– Se ela for na festa também né Jack. O que acho improvável.

– Então deu bom! - Jack dobra a esquina e deixa Charlie Brown invadir seu ouvido.


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Notas finais do capítulo

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