Couples on Fire escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Um dos meus preferidos ~Vanessa~

~Enjoy~

Música do capítulo:
— I Love Rock 'N' Roll - Britney Spears (https://www.youtube.com/watch?v=ITuOddPeYoc)



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De repente para a euforia do salão eles lançaram seus smoking sem manga longe, ficando com os peitorais sarados a amostra. Luke se inclinou para trás e foi passando a mão pelo peitoral. Taylor se inclinou em direção das garotas e elas investiram em seus músculos. Já Jack pegou um copo de cerveja e derramou em seu peito, o líquido escorria pelos gominhos perfeitos de seu abdômen. Ele sentou no balcão e uma garota atacou seu peito com a língua. Luke e Taylor riram e continuaram dançando.

Jack fazia uma cara de prazer e em sua cabeça um facho de consciência que era a voz de Lia falando, deixou pensativo. "Você não está exagerando?". Jack viu a garota lambendo seu tanquinho e uma outra agarrando sua calça querendo arrancá-la. Levantou-se e virou-se de costas... "Não consciência com a voz da Lia, não estou exagerando", e no ápice da música o barman se virou e começou a desabotuar a calça. As garotas fizeram um coro.

– Tira! Tira! Tira!

Luke e Taylor viram a oportunidade e começaram a desabotoar também sensualmente.

– Li olha aquilo! - Myle olha para o bar.

– Hey, calma.

– Eu to de boa, suuuuper de boa. - Myle respira fundo e encara Jack.

– É, não parece, mas se controla por favor, se você surtar e ir embora não darei conta sozinha.

– Li quem esta surtando é você, relaxa porque esta tudo sobre controle.

Jack viu Myle e encarando-a mordeu o lábio inferior e tirou a calça ficando apenas de sunga vermelha, Taylor vestia uma na cor preta e Luke branca. Taylor pega a calça e roda na cabeça. Luke joga para uma garota e Jack enfia entre as pernas e faz uns movimentos super sensuais.

John olhava lá de cima e quis parar com aquilo, mas tinha que se acostumar, logo logo teríamos polidancers masculinos e isso seria comum.

– Engraçadinha. - Lia mostra a língua para Myle e vai ate o outro lado do salão.

– Super adulta hein! - Myle ri e limpa as mesas.

A música acaba e os 3 sentam no balcão. Suados, ofegantes e com o ego lá em cima. As garotas avançavam nele, quase arrancaram a sunga de Taylor que pulou prá trás do balcão. Luke fez o mesmo vendo que também ficaria nu. Já Jack ficou por um tempo, recebendo apertões, agarrões e tentativas de beijo, uma garota apalpou sua cocha com bastante força, ele segurou o ar para não gritar. Quando recebeu um apertão no Great pulou prá trás. Uma gritaria invadiu a Fire.

– Bem meninas, sei que estão totalmente loucas pelos garotos, mas isso é só o começo. Gostaria de deixar bem claro teremos dancers masculinos a partir de amanhã. - George informa em cima do palco.

George só fez que a gritaria aumentasse. Mas, acabou cessando, o bar estava lotado e os garotos não tiveram tempo de vestir suas roupas, fizeram os pedidos de sunga mesmo.

Jack, Taylor e Luke não podiam parar nem prá respirar, ora faziam batidas, ora doses, ora lavavam copos e taças. Nunca haviam ficado tão atarefados o lucro seria surpreendente. Lia e Myle voltaram a andar de um lado para outro como doidas. Lia pensava que sua atitude em mandar Anne embora, mas ela sabia que se amiga tivesse ficado la ela teria feito algo grave que acarretaria em sua demissão.

– Lia isso esta impossível!

– Calma Myle, vai dar certo, já estão indo embora, olha lá. - Lia aponta para uma mesa e Myle segue para as mesas do seu lado do salão.

– Meu Deus. Isso aqui está em chamas. - Taylor disse enquanto fazia 9 batidas de kiwi.

Jack fazia uns malabarismo com os copos para impressionar as garotas e enche doses para elas. Luke foi pegando os pagamentos e via o caixa se encher quase transbordando.

– Luke preciso de 6 morangos, 5 cervejas e 7 vodkas. - Lia olha para o barman.

Myle ia limpando as mesas que logo eram ocupadas por novos clientes.

– Deixa que eu faço Luke. - Jack fala - Precisa ir lavando os copos se não ficaremos sem nada.

Luke concorda, Jack era bem mais rápido e fazia de uma forma bem mais saborosa. Não demorou muito a bandeja de Lia estava pronta.

– Obrigada Jay. - Lia pega a bandeja e direto para as mesas servir os clientes.

– 5 framboesas, 6 uisques e 8 vodkas por favor Taylor. - Myle sorri para o barman.

Jack já vai fazendo os pedidos de Myle. E ouve uma das eufóricas clientes.

– Eu quero sua sunga gracinha. - Uma cliente pisca para Jack, que olha ela charmoso enquanto opera o liquidificador.

– Taylor deixa que eu cuido de todas as batidas, fica com a geladeira. Luke na limpeza. - Jack avisa.

– Claro. Você faz mais rápido. A Myle...

– Já ouvi o pedido dela. - Jack falando sorrindo ao amigo.

Myle revira os olhos e volta para o salão.

– Ridícula... - Ela resmunga e para em uma mesa que acabara de ser ocupada. - Boa noite, em que posso servi-los?

– Oi. - Adam estava na mesa com seus amigos Jensen e Brown.

Depois de alguns minutos a bandeja de Myle está pronta.

– Deseja algo além da minha sunga. - Jack sorri a cliente.

– Não sei... Poderia ficar horas aqui olhando seu sorriso. – A cliente parece hipnotizada pelos dentes branquíssimos do barman.

Jack suspira e balança a cabeça, indo pegar um saco de gelo no freezer no interior do bar.

– Boa noite Adam. - Myle sorri. - Serei a atendente de vocês nessa noite.

– Prá minha alegria. - Jensen diz secando-a.

– Me traz uma tequila e 2 copos, Adam vai dirigir hoje. - Brown diz sorrindo.

– É esqueci desse detalhe. - Adam revira os olhos - Tem suco?

– Tem sim, posso pedir para o barman fazer. Morango, framboesa ou kiwi?

– Morango, por favor. - e abre um pouco a camisa o clima tava muito quente.

– Pode me dizer porquê esse alvoroço. - Brown pergunta vendo uma fila de garotas no bar

– Temos uma novidade aqui na boate, os barmans fizeram um show aqui e amanha dancers masculinos farão parte da equipe Fire. - Myle sorri. - Uma garrafa de tequila, dois copos e um suco de morango. Eu já volto. - Myle se afasta da mesa e vai em direção do bar.

Para a surpresa de Myle, alguém esbarra brutamente nela.

– Não olha prá onde anda não, hein? - um rapaz terrivelmente lindo e sexy rosnou a ela.

– Desculpa, mas quem quase me jogou no chão foi você!

– Me poupe... - e passa por ela turrão. - Administração... administração... - e repetia a si mesmo procurando o local onde John ficava.

– Educação passou longe de você! - Myle resmunga e vai para o bar. - Jack preciso que faça um suco de morango, por favor. Ah uma garrafa de tequila e dois copos, por favor. - Ela faz o pedido e pega sua bandeja com as outras bebidas.

Jack faz o que Myle manda e se surpreende com o suco, é muito raro, mas é algo que faz excepcionalmente bem. Uma garota pega o celular e tira uma foto de sua bunda.

– Hey? - Jack questiona.

– Era necessário eu guardar uma lembrança desse bumbum durinho. - Ela morde o lábio.

– Acho melhor se vestir, isso só vai ficar pior. - Myle olha para ele e depois para a cliente. - Boa sorte.

Mesmo que gostasse do assédio Jack já estava começando a se incomodar.

Adam acompanha Myle com os olhos, no entanto ao ver Lia. Se vê extremamente confuso... Não sabe em qual direção olhar.

– Qual foi A? - Brown questiona.

– Ele mal sabe em qual traseiro olhar. - Jensen comenta revirando os olhos. - Gosto do da ruiva. - Ele sorri malicioso.

Myle serve as mesas enquanto Lia vai limpando as mesas, o movimento tinha diminuído um pouco.

– Hey, terminou? - Myle se encosta no balcão e olha para Jack. - Me da uma água?

Jack deixa a bandeja de lado e vai até o freezer se agachando para a apanhar a água. Foi a pior coisa que fez, pode ser vários flashes de câmeras e vários comentários sobre sua bunda.

– Delícia. - A cliente que desejava ver Jack nu, berra, extremamente bêbada.

Taylor dá um tapa na bunda de Jack.

– Precisa parar de se agachar com essa sunga. Miss bumbum. - e gargalha junto com Luke. Os barmans se davam tão bem, era algo divertido de se ver.

– Aqui My. - Ele entrega a água para a garçonete ainda sentindo uma leve dor, por causa do tapa de Taylor. - Vai me pagar por esse tapa. – Jack olha para Taylor.

Myle ri com eles e bebe a água.

– Valeu Jack. - Ela pega sua bandeja e vai ate a mesa de Adam. - Desculpem a demora. - Ela serve os rapazes e segue para outra mesa que chamava por ela.

– Fica tranquila... - Adam diz, mas ela sai tão depressa que nem deve ter ouvido-o.

– Ai... Até eu senti a dor desse vácuo. - Jensen provoca.

– Cala a boca, Jen. - Brown diz.

– Ué, só tô dizendo que nosso amigo tá sem moral com a ruivinha gostosa. - Jensen explica.

– Ela é minha nova vizinha, quase peguei ela hoje. - Adam faz cara de deboche ao amigo.

– Quase? Poxa, eu já teria transado com ela se estivesse no seu lugar.

– Cala a boca, Jensen. - Brown ri - Às vezes mal acredito que é casado.

– E quem disse que sou. - Jensen leva os 3 ao riso.

George colocou I love Rock n' Roll - Britney Spears. Pois, sabia que o povo iria ficar empolgado.

Lia nota no fundo do salão uma movimentação, alguns rapazes discutiam.

– Boa noite, se forem continuar continuem lá fora. - Ela sorri para eles e é completamente ignorada.

Alguns copos e garrafas se quebram. Lia sem demorar muito chama os seguranças que colocam os homens para fora. Assim que eles saem ela limpa aquele lugar.

– Droga! - Ela olha para sua mão ao senti-la arder. Ela vê um corte fundo e que começava a sangrar sem parar. - Que ótimo! - Ela resmunga e enrola um pano na mão e continua trabalhando. Assim que esta tudo limpo ela vai ate o bar e joga fora os cacos de vidro. - Jay 5 cervejas por favor.

– Saindo! - Ele entrega as cervejas e vê o pano. - O que significa isso Lia Hastings?

– Nada pra se preocupar Jay. - Ela sorri e volta para as mesas.

– É só me chamarem se precisar de algo. - Lia sorri para os clientes que acabava de servir. Ela se afasta deles e segue para um lado mais vazio do salão.

– Luke... - Jack fala no tom que Luke já conhecia. Esse tom queria dizer "me cobre".

– Vai lá, Jack.

O barman vai atrás da amiga e pega ela pelo braço.

– Hora do filho cuidar da mãe.

– Depois do trabalho Jack! - Lia olha para o amigo, seus olhos brilhavam, a dor era insuportável, mas ela não queria chorar ali.

Myle seguia no atendimento das mesas.

– Ah voltem sempre. - Ela sorri para uns clientes que elogiavam a boate . - Luke 4 kiwi por favor. - Myle sorri para ele.

– Vem cá e sem birra. - Jack arrastou ela para uma salinha de primeiro socorros. Carol havia tido a ideia da sala, após ter sido agredida num programa. Jack não achava tão necessário, mas agora viu o contrário.

– Isso esta me matando de dor! - Lia acompanhou ele e ao sentar na cadeira da sala chorou.

– Seriously!? Precisa parar de bancar a super moça. Me dá isso aqui. - e abre a mão prá que ela coloque a mão machucada sobre a dele.

– É ta doendo. - Lia faz bico e olha para ele.

– Bobinha. - Jack ri e olha para o corte. - Credo Tutu, como conseguiu isso? - Ele pega o antisséptico, molha uma gaze e limpa o machucado. - Vai precisar de pontos Tutu. - Jack coloca as gazes limpas em cima do corte e enfaixa a mão da amiga.

– Ai Jack! - Lia tenta tirar a mão dele, mas ele segura firme. – Pontos? Não precisa, eu tenho que voltar e ajudar a My.

Jack pega a mão dela e após finalizar, pega a mão dela e dá um beijo.

– Prá sarar... - Ele sorri fofamente, os dentes brilham. Jack sempre fica bem quando está com Lia.

– Você sempre cuida de mim. - Lia abraça o amigo e sorri.

– É porque eu amo você Lia. - Jack se aproxima dela e da um beijo de esquimó.

– Acho melhor voltarmos pra lá. - Lia retribui ao beijo de esquimó e sorri.

– É antes que eu beije sua boca, se lembre, Jack Ripper voltou. - Jack pisca prá ela maliciosamente e se levanta - Recomendo que não fique sozinha comigo por muito tempo.

– Você o que? - Ela ri. - Não exagere na dose.

– Ah você me entendeu. - Jack sai dali rindo.

– Esqueceu do selinho mas tudo bem. - Lia ri e segue o amigo.

Jack para e pensa. "O que quer com isso Li? Sabe que vou ousar um pouco". Lia sorri para Jack e manda um beijinho para Jack e vai para o salão. Jack se vira e olha Lia com uma cara de interrogativa.

– Lia? Se querendo? - Ele balança a cabeça - Devo tá louco. - Ele volta para o bar.

– Lia! - Adam acena de sua mesa.

Jensen e Brown riam e se questionavam se haveria algum show da cantora (Anne).

– Oi Adam. Boa noite. - Lia sorri.

– Amiga colorida. - Adam pisca prá ela - Olha eu gostaria da conta.

– Hey a mocinha não vai cantar hoje? - Brown questiona.

– Infelizmente não, a noite foi dos barmans hoje. - Ela ri. - Temos que conversar sobre isso Adam. Já volto com a conta. - Lia sorri e se afasta.

Myle limpava as mesas enquanto os clientes iam saindo.

– Pelo tom ela vai te dispensar. - Brown diz - Foi mal amigo.

– Eu tô ligado, tem alguém na jogada. - Adam faz uma carinha triste. - Mas sei que vai aparecer alguém prá mim.

Jack, Luke e Taylor atendem as últimas garotas, Jack e Taylor ainda de sungas, Luke já havia se trocado.

Myle recebe dos últimos clientes e segue para o bar.

– Aqui está rapazes. - Lia sorri.

– Suco de kiwi para a Srta. Bodegard. - Jack berra a Luke.

– Opa. É prá já. - Luke diz indo preparar o suco.

– Eu estou exausta sério. - Myle olha para os rapazes assim que as garotas saem.

Adam, Jensen, Brown vão saindo da boate. Adam não encontra Lia, então deixa o fora para outro dia.

– Obrigada Jack.

– Tudo bem. - Jack se debruça no balcão fitando-a com aquelas esferas azuis bebê que possuia.

– Que foi Jack? - Myle bebe um pouco do suco.

Lia limpa ultima mesa e vai para o bar.

– Lu eu quero um kiwi, sem bater, quero a fruta.

– Pensa rápido Li. - Luke lança a fruta para a morena.

– Queria ver se ainda estava carrancuda comigo, ou se me ver de sunga te acalmou. - Jack manda um beijo prá ela.

Lia pega a fruta com a mão machucada e olha para Luke.

– Aaaaaaaai! - Ela coloca a fruta no balcão e segura a mão. - Valeu Luke.

– Li, toma cuidado... Não posso provocar My, se tenho que me preocupar contigo. - Jack olha Lia rindo.

– Ah cala boca Jay. - Ela bebe mais um pouco do suco.

Luke e Taylor balança a cabeça e um dando um sinal ao outro pegam o balde de gelo e jogam no barman folgado.

– Mané! - Eles falam.

Myle e Lia gargalham olhando para Jack. Jack dá saltitos e treme como uma vara verde.

– Vai ter que se aquecer sozinho. - Myle provoca Jack.

– Qualquer coisa me aqueceria mais que você. – Jack faz careta a My. - E vocês quase congelaram meu saco. Otários!

– Foi mal, Miss bumbum. - Luke provoca e Jack corre atrás dele e acaba escorregando no gelo ele fica por lá mesmo rindo. Taylor e Luke gargalham.

– Crianças! - Lia ri e morde um pedaço do kiwi.

– Aposentada. - Jack faz uma careta mais terrível a Lia.

Lia olha surpresa para Jack e joga o avental em Jack.

– Vai congelar o Great. - Myle gargalha olhando para Jack.

– Calma Myle, eu não acabaria com suas fantasias... Pode relaxar, great intacto. - Jack fala, enquanto Luke o levanta, no entanto Jack puxa o braço do rapaz e ele é quem vai pro chão.

– Foi mal Lu...

Luke se levanta. E Taylor vai limpando a bagunça. Jack vai se vestir, enquanto deixa o bar aos cuidados de Luke e Taylor.

– Bobão. - Myle termina o suco e segue para o camarim.

Lia sorri para eles e segue para o camarim.

– Eu vou ter que ir no hospital gente. Tchau pra vocês.

– Tchau - Os rapazes dizem e acenam a ela. Jack ia pedir para ir com ela, mas ela recusaria, então preferiu ficar e levar My, prá ela não ir sozinha nessas ruas escuras.

George encerra as músicas e vai desligando as iluminações do palco e salão. Aguardaria as dancers aparecer e logo logo fecharia a boate. Carol, Liza e Maggie assim que terminam de se arrumar seguem para fora da boate.

Lia já seguia para o hospital tentando controlar a dor que sentia na mão.

– Vamos Jack? - Myle para ao lado dele.

– Vamos. Luke, Taylor... Até mais e vocês mandaram bem. - Jack sorri aos amigos e vai saindo com Myle.

– O quê?! Jack nos elogiou? Poxa ganhamos a noite. - Taylor caçoa.

– Dá prá parar de ser gay? - Jack fala rindo e sai da boate.

Myle caminha com Jack e olha para ele.

– Pode me deixar naquele posto perto de casa? Vou comprar umas coisas e passar na casa do Adam.

– Ham? Seriously!? - Jack fuzila ela.

– Tenho que combinar como vai ser o jogo ué. Mas se for te incomodar eu pego um táxi.

– Não tem problema, mas espero que você durma em casa hoje. - Ele olha ela atravessando a rua para pegar sua moto.

– E porque você se importa Jack?

– Eu não me importo, não mais. - e espera ela vir, segurando o capacete.

Myle olha para Jack e vai andando pela calçada.

– Tem certeza disso? - Ela vai para rua olhando para ele.

Quando Myle está no meio da rua, ouve uma forte buzina e uma freada brusca.

– Quer morrer. - O motorista berra, ele acende a luzinha de teto e Myle vê seu rosto, tratasse do mal educado lindo que teve o desgosto de conhecer mais cedo.

Myle da um pulo e se assusta. Ao olhar para o motorista ela bate as mãos no capô do carro.

– Você que quer me matar! Já é a segunda vez!

– Só sai da frente! - ele fuzila ela, realmente não foi com a cara da garota.

– Owww! Tá tudo bem, Myle? - Jack questiona.

– Babaca! - Ela da um soco no carro e vai ate Jack. - Tudo ótimo! As mil maravilhas!

O rapaz revira os olhos e vai dirigindo para longe dali.

– Sacana! - Jack berra e recebe o dedo do meio do rapaz. - Ok. Antes de mais nada, belo soco. - Jack ri dando o capacete a ela e subindo na moto.

– Vamos embora, por favor. - Myle olha para Jack e até se esquece da pergunta que tinha feito para ele.

– Eu vi a cara dele refletida no capô e soquei e você bela ignorada. - Ela coloca o capacete e sobe na moto.

– O que quer dizer com isso? - Jack liga a moto e eles vão saindo dali.

– Esquece Jack. - Myle opta por não se segurar nele e se segura nos ferrinhos de trás do banco.

Jack continua o caminho até a república, ele não gostava do silêncio, mas havia prometido a si mesmo depois de sair do banheiro que não iria sofrer mais por Anne e nem deixaria Myle complicar ainda mais a situação, então ficou calado mesmo.

Myle suspira e olha para Jack pelo espelhinho, ela queria entender porque tudo era difícil, porque era complicado, se Anne estava em outra porque ele não dava uma chance para ela?

– Hey, o posto. - Ela cutuca Jack.

Jack olhou ela pelo espelhinho e parou a moto frente ao posto.

– Prontinho Myle Bodegard.

– Não vai responder a minha pergunta? - Myle desce da moto, tira o capacete e olha para ele.

– Qual Myle? - Jack olha ela tirando o capacete.

– Tem certeza que não se importa? - Ela engole seco olhando para ele.

– Não. Você quer seguir em frente, então siga. Quem sou pra te questionar isso... Mas ao mesmo tempo que você dá um passo adiante com atitudes assim você volta prá trás de novo. - Jack desabafa.

– Volto pra trás? Jack abre os olhos, eu te amo cara, mas não posso ficar dando murro em ponta de faca, insistir nisso é jogar sal na ferida, é sofrer e chorar toda a noite por algo que eu nunca vou ter. Você também pode seguir em frente, mas a Anne sempre vai estar la e você sempre vai voltar pra trás. - Myle desabafa e chora.

– Myle meu desejo era poder pegar você assim. - Ele pega ela trazendo-a pra perto - E poder dizer que é com você que quero ficar, mas meu coração não me deixa. Eu sofro pela An e sofro ainda mais por te fazer sofrer, porque sei pelo que passa então em minha mente é como se eu sofresse 2 vezes... - Ele segura uma lágrima - Eu só queria fazer vocês felizes. Sinto muito se não consigo. - Jack coloca a mão na cabeça e se afasta, realmente Myle havia ligado o botão para que tudo estava tentando fugir viesse a tona.

– Desculpa Jack, mas eu precisava falar, eu precisava te mostrar como eu me sinto, eu não queria te fazer sofrer, não mesmo. Eu não devia ter falado nada, desculpa Jack. - Myle se afasta dele e caminha para o posto, ela vai passando a mão no rosto limpando as lagrimas do rosto. "Burra!"

Jack sentou-se do lado da moto. E chorou descontroladamente, realmente gostaria de ver a felicidade ruiva até mais que a dele. Desejava que ela o superasse, mesmo que ele nunca fique com Anne.

Myle chega à loja de conveniência do posto e compra umas garrafas de cerveja. Seus olhos estavam vermelhos e sua maquiagem um pouco borrada. Ela paga pela bebida e não se importa com o olhar da atendente para ela. Ela pega suas compras e sai da loja. Ela opta por não ir para a casa de Adam, ela vai para a entrada dos fundos da república e senta na escada. Ela suspira e abre uma garrafa de cerveja e bebe.

Jack vai até a sua casa e após muito choro por Myle vai encarar sua outra ferida. "Precisa doer para cicatrizar". Ele estaciona a moto e vai para a casa. Ele abre a porta e deixa os capacetes no canto da sala como de costume.

Anne estava deitada no sofá da sala debaixo de um edredom, ela mudava a TV varias vezes de canal, ela nem se importava com o que estava passando, sua cabeça não saía da Fire, ela queria saber o que tinha acontecido aquela noite, principalmente com Jack.

– Oi. - Jack sente essa fala rasgar sua garganta.

Jack passa reto e decide pegar algo para comer, só aguardando ela se manifestar e isso não demoraria.

– Oi. - Anne continua a mudar os canais e se recusa a olhar para Jack.

– Como foi à noite? - Anne desliga a TV e se senta no sofá olhando para Jack de longe.

– Memorável. "Como posso te conhecer tanto". E sorri, pegando o leite e colocando num copo.

Ele bebe o leite e só aguarda ela estourar de vez.

– Que bom. Parabéns pela estreia. - Ela sorri.

– Obrigado. - e tira o smoking, estava suado, já ia partir para o banheiro, mas gostaria de dar um choque de realidade em Anne.

– Não gostei de ver aquele beijo Jack. - Anne se levanta e olha para ele.

– E? - Jack olha ela incrédulo.

– E eu não gostei, você não trabalha lá para beijar as clientes e sim para servir bebidas a elas. - Ela fala séria para ele.

– Ok. Mas, mantenho o "é"?

– Não se faça de idiota Jack, sabe muito bem o que eu quis dizer!

– O que quis dizer... Desde de lá da boate, não tô entendendo o que você quer com essas "atitudes". Me conte? - Ele olha ela firme. Quando Jack falava dessa forma era impossível não levá-lo a sério.

– Eu estou com ciúmes de você! - Ela grita e coloca a mão na boca. - Não, não é isso.

Ele não contém o sorriso vitorioso.

– Opa... Agora repita a si mesma isso aí que você acabou de falar.

– Eu sei bem o que falei! - Ela bufa e caminha para o quarto esbarrando nele.

– Não, não sabe... - Ele pega ela pelo braço - Mais vai saber... Vai saber que mesmo que não perceba essas atitudes são de uma garota indecisa e confusa. O que pensa que eu sou? Você me dispensa, mas persiste nessas tentativas de me iludir com falsas esperanças. Isso dói, Anne. Dói.

– A verdade é que nem eu mesma sei o que fazer Jack! - Anne olha para ele. - Eu amo o Leon, sempre amei sem nem conhecer ele, mas você, depois daquele banho, não é a mesma coisa, eu não sei o que estou sentindo por você, odeio ver essas mulheres em cima de você, odeio ver a Myle em cima de você! - Ela se solta dele. - Eu não deveria me sentir assim, mas não sei o que fazer e não quero te fazer sofrer.

– Olha, realmente eu cansei. Estou esgotado disso... E é triste pensar que tanto eu como Leon damos 100% a você é só ficaremos com 50%. Eu não quero isso e também não quero jogar nossa amizade num ventilador, mas eu acabei de conversar com Myle e deixei claro que meu coração é seu, mas e você seria madura o suficiente prá dizer de quem é? - Jack questiona

– Não, não sou, porque eu não sei de quem meu coração é.

– Tchau. - Jack vai saindo dali. E no extremo da raiva o rapaz sai dali e vai indo para o quarto.

– Tchau. - Anne vai para seu quarto e bate a porta. "Burra, burra, burra! Pra que foi insistir nisso Anne? Pra que?!" Ela se joga na cama e abraça o travesseiro.

Myle depois de beber as cervejas resolveu que era hora de ir dormir, ela jogou as garrafas no lixo e entrou em casa, ela foi até o banheiro, tomou um banho e foi direto para seu quarto. Ela deitou na cama e dormiu, dessa vez sem chorar antes, apenas abraçou seu travesseiro e dormiu.


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Notas finais do capítulo

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