Try escrita por Kashmyra


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Sim, o baile ainda não acabou. (bailes demoram, ok?)
Não, eu não estou enrolando.
Sim, parei na melhor parte.
Aproveitem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/460427/chapter/7

Será que eu poderia interromper essa dança, para começar outra? - Hans se colou na nossa frente e uma de suas mãos foi para meu ombro

–Você não está vendo que eu estou dançando? Não tem o direito de atrapalhar. -Aron falou fuzilando Hans com os olhos.

–Eu sei por isso mesmo, tenho que livrar a rainha de uma má companhia. - Ele se pois na frente de Aron o intimando.

–Como se você não fosse uma. -Aron o empurrou

–Melhor que você. -Ele o empurrou de volta.

–Chega!- Falei, me ponto no meio dos dois. - Estou aqui, se vocês não perceberam, e eu decido com quem eu vou dançar. - A briga dos dois atraiu vários olhares. Estava constrangida. -E, por favor, não façam escândalo. Sussurrei.

–Desculpe Alteza. Os dois falaram juntos.

Olhei ao redor, as pessoas estavam à espera da minha decisão. Eu simplesmente olhei sem saber o que fazer para aquelas mãos estendida na minha frente. Se eu recusasse a mão de Hans, iriam achar que eu gosto Aron, e se eu recusasse a de Aron, iriam achar que eu gostava de Hans. Eu estava numa bela de uma enrascada. Não, eles não iriam achar isso.

–E então?-Aron cortou o silêncio. -Com que a vossa alteza vai dançar?

Queria sumir dali, estou tão envergonhada. Dois homens estavam brigando pela minha mão. Nunca tinha sido disputada assim, só quando quiseram me matar, ai sim.

–Vou tomar algo,dançar me deu uma cede. Passei no meio dos dois, tentado ser mais gentil possível. Eles ainda estavam com as mãos estendidas. Aron me olhava com dúvida, e Hans com as sobrancelhas semi cerradas. Fiquei com um pouco de remoço por ter sido tão rude. Mas, eu não queria dançar de jeito nenhum com Hans. Mas não poderia recusar. Seria falta de respeito da parte de uma rainha.

Servi um pouco de vinho -receita original de Arendelle- na minha taça, estava muito nervosa, quem sabe eu não poderia relaxar? Ultimamente tinha me estressado tanto, com a chegada de Hans, com a minha mancada com Anna, e agora com Rose. Meu mundo virou de cabeça para baixo. Aron mexeu comigo como ninguém havia mexido antes, exceto uma pessoa. Eu estava perdendo o medo de Hans, depois que ficamos sozinhos naquela sala, e eu consegui me controlar e não cometer nenhuma besteira, percebi que não seria tão difícil a convivência com ele. Era só contar até três e pronto.

Servi mais uma taça, eu não queria perder a compostura, mas o vinho era tão bom, fazia tempo que eu não tomava um desses.

–Acha que não está exagerando Elsa?

Virei-me e vi Kristoff, ele veio para perto de mim e tirou a taça com delicadeza da minha mão e pôs na mesa.

–Haa Kristoff, se soubesse o que estou passando... -Lamentei, mas sabia que ele estava certo.

–Eu sei muito bem, não se preocupe, seja o que for, eu e Anna vamos estar ao seu lado. -Ele sorriu, não pude deixar de retribuir, era por esse motivo que ele é meu melhor amigo.

–E então... Você não estava dançando com Anna?

–Estava. -Ele falou carrancudo, cruzou os braços sobre o peito e encarou um ponto no salão. Segui seus olhos. Não acreditei no que estava acontecendo.

–Como isso aconteceu?- Perguntei ficando pasma com o que via.

–Ele foi lá, convidou ela para dançar, e ela simplesmente aceitou!

Eu não conseguia crer no que estava vendo, Anna e... Hans? Um calor subiu pelo meu rosto e sem querer cerrei os punhos. Ela não parecia feliz, mas eles estavam juntos. Justo ela.

–Elsa, por favor, controle-se. -Ele disse colocando a mão no meu ombro, a mesa onde eu estava apoiada agora pouco, congelará.

–Me desculpa... Não entendo, por quê? Perguntei retoricamente, sabendo que ele também não tinha uma explicação.

–Eu também não entendo, se eu perder Anna para ele de novo... Eu... Não sei o que sou capaz de fazer com aquele príncipe de meia tigela. A raiva era evidente na sua voz, mas ele também parecia... Magoado. Por que Anna fez isso?

–Calma Kristoff, vou resolver isso. -Sai batendo o pé e indo na direção onde estavam Anna e Hans.

Atravessei o salão em disparada, mas sempre que eu tentava chegar perto, os funcionários paravam para conversa comigo, para me cumprimentar, e eu não podia ignora-lós. Parecia que as pessoas adivinharam que eu estava ocupada, pois não me deixavam sozinha por um minuto.

Quando finalmente consegui escapar de uma mulher que me parou para contar por que escolheu Arendelle, fui para o lugar onde tinha os visto eles pela ultima vez, perto da parta de saída. Procurei mais não achei. Não estavam lá. Amaldiçoei a mulher que me interrompeu, eu sei que ela não tinha a intenção, mas mesmo assim me prejudicou.

Fui para o pátio do castelo, lá fora tinha o dobro de pessoas que tinha no salão, suspirei, minha busca por Anna seria mais demorada do que eu tinha imaginado.

Alguns minutos haviam se passado, mas para mim pareceu horas. Meu rosto já estava dolorido de tanto sorrir, eu não podia decepcionar eles, sendo grossa, ou ignorando, mas não podia conter a minha ansiedade de procurar ele, quero dizer eles. Só de pensar no que Hans poderia estar fazendo com Anna eu ficava nervosa, o que será que tinha dado em Anna? Será que ela ainda gostava dele? Não, isso não poderia ser ela amava Kristoff. Mas então, por qual motivo ela aceitou a dança com ele?

–Então foi isso que eu achei. Larin, uma cozinheira, terminou seu relato do que estava achando do castelo.

–Há legal. Preciso ir. Falei não querendo ser grossa.

–Algum problema rainha?-Ela perguntou preocupada.

–Queria saber onde Anna está. -Emiti o fato de estar procurando Hans também.

–Não sei se isso ajuda, mas agora pouco vi ela indo com um homem para o jardim, parecia ser o Guarda Geral a acompanhando. Ela tem muita sorte. Ele é lindo!-Falou animada.

–Obrigada Larin.-Agradeci, como assim Anna foi para o Jardim com Hans?

Tentei não correr. Tentativa falha. As palavras de Larin pipocavam em minha mente, Vi ela indo com um homem para o jardim, Ela tem muita sorte, parecia ser o Guarda Geral a acompanhando, Ele é lindo.

Cheguei ao Jardim arfando, tinha corrido rápido de mais, me sentei em um banco próximo, onde será que eles estavam? O jardim era uma área reservada só para membros da realeza, o que eles vieram fazer aqui?

–Me procurando Vossa Alteza?-Hans surgiu das sombras da árvore que estava na minha frente.

Dei um gritinho de espanto e pulei no banco.

–Oh, me desculpe se a assustei, foi muita impêtulancia da minha parte não anunciar a minha chegada. -Debochou

–Não me assustei, apenas não estava preparada.

–É você se assustou. -Ele riu

–Hunf. -Levantei-me do banco e arrumei meu vestido. -Eu estava à procura do senhor.

–Por quê? Mudou de idéia, e aceita dançar comigo?-Ele se aproximou.

–Não, vim saber por que estava dançando com Anna, você não tem mais nada com ela, sem falar que ela tem um pretendente, e ela está bem melhor assim. Joguei tudo já de cara, não queria ficar mais nenhum minuto com ele.

–A vossa alteza está com... Ciúmes?-Ele sorriu satisfeito, e se aproximou mais ainda.

Ruborizei violentamente, agradeci por estar escuro. Ele estava ficando cada vez mais perto. Eu com ciúmes? NUNCA!

–Mas é claro que não! Só quero proteger minha irmã de um homem igual você. Falei rispidamente ,seu sorriso desapareceu.

–Um homem...Igual... A mim?-Hans em poucos passos cobriu a distancia que nós separávamos, parece que toquei em um assunto delicado pois estava muito bravo. Agora ele estava na minha frente, conseguia sentir sua respiração, seu hálito tinha cheiro de vinho.

–Sim! Você tentou matar Anna!-Dei um passo para trás, e minhas pernas encontraram o banco, ele me olhava com raiva, e de repente toda aquela confiança que eu tinha de poder estar com Hans sem me preocupar foi embora.

–Eu não sou mais o mesmo!-Ele argumentou, aparentemente ele achava que eu iria acreditar, mas não acreditei.

–VOCÊ TENTOU ME MATAR!-Gritei, não podia mais esconder, meus olhos queimaram, eu não conseguia mais esconder o quanto eu o temia, eu havia ficado traumatizada. Empurrei seu peito para que ele ficasse longe de mim, porem ele segurou minhas mãos e as colou em seu peito de novo.

–O poder subiu minha cabeça.-respondeu arrependido.

Seus dedos acariciaram minha bochecha. Seus olhos encontraram os meus. Não pude deixar de ficar angustia, olhar aqueles olhos verdes me deixava com as pernas bambas, desviei o olhar.

–Me largue. Ordenei. Mas ele não me largou. -Estou mandando. -Após um pouco de resistência, ele soltou minhas mãos.

–Eu posso provar que mudei.-Clamou

–Eu não quero que me prove nada. -Respondi

Virei-me para ir embora, os procurei por horas, e acabo no ponto de partida de novo. Eu ainda iria achar Anna, e lhe perguntar o que estava acontecendo.

Mas antes que eu pensasse em fazer algo mais, Hans agarrou meu braço e me puxou de encontro ao seu peito, suas mãos desceram pela minha cintura até pararem no quadril, me prendendo ao seu corpo. Ele me pegou de surpresa e não pude fazer nada apenas senti de novo aquele arrepio que havia me atingido quando o vento entrou pela janela logo de manha, senti meu estomago embrulhar de novo. Fechei os olhos e prendi minha respiração, contei até três. Senti seu nariz roçar minha bochecha e fazer um caminho até meu ouvido, então ele falou com aquela sua voz rouca:

–É minha obrigação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Serio, estou amando escrever essa fic, espero que vocês também estejam gostando de ler!
"Quando você vai parar de parar na melhor parteee?"
Nunca, por que senão perde a graça :D