Try escrita por Kashmyra


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer imensamente a : Millettic , Bia , Oslifhaler por ter deixado recomendações tão legais, não sabe quanto estou feliz! E principalmente a DanyellaRomanoff, estou imensamente agradecida pela sua recomendação, meu olho ficou até embaçado(não estou brincando) , muito obrigada



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–Hans?- Perguntei atônica. Como ele sabia que estávamos aqui? Aron levantou-se rapidamente, e seguindo seu exemplo levantei também. Aquela sensação de estar traindo alguém invadiu meu peito. Rapidamente eu já estava suando, não sabia o que fazer. Por que estava assim? Era apenas Hans.

–O que você estava pensando em fazer? –Perguntou raivosamente. Primeiro pensei que a pergunta era para mim, então quando fui responder que estava apenas em um piquenique, -O que era obvio que não- Aron adiantou-se:

–Eu estava prestes a beija-lá, mas como sempre, você estraga tudo. - Corei com sua resposta.

–O quê? –Perguntou espantado. -Isso é sério, Elsa?- Virou-se para mim.

Não conseguia responder, minha boca estava travada. Senti um dor horrível, e quando eu olhei pela primeira vez em seus olhos, eu murchei. Era como se eu sentisse a sua dor. Calma Elsa, que dor? Ele só estava bravo por outro homem estar em seu lugar. Que Aron estragou seus planos. E que não seria tão fácil assim aplicar seu golpe, igual fez com Anna. Sem pensar duas vezes respondi:

–Sim

Qualquer emoção que estava no seu rosto agora se perdeu com a minha resposta. Fiquei tensa com o silêncio que se seguiu entre nós três. Até que Hans cortou o gelo entre nós.

–Você sabe quem é o pai dele?- Perguntou.

Hans estava delirando. Não entendi a pergunta, o que isso tinha ver?

–Não se atreva. – Aron se pós na minha frente. O que Hans disse o deixou bem perturbado, pois seu sorriso típico não estava mais ali.

–Você sabe quem é a mãe dele?

Essa eu sabia! Antes de Aron responder me apressei:

–Dália.

Hans gargalhou, gargalhou tanto que me assustei. Por que ele estava fazendo essas perguntas? Não tinha nada a ver com o que estava acontecendo. ”Ele é perigoso.” As palavras soaram em minha mente. Será que os pais de Aron eram alguém perigoso? Comecei a ter uma leve desconfiança dele.

–Para de rir!- Aron advertiu

–Vem fazer. -Disse Hans.

Foi tudo tão rápido que só pude ver Hans no chão com a mão na boca.

–Aron!-Gritei assustada.

Corri até Hans, para ver seu estado, coloquei minha mão em seu rosto e o virei, sangue escorri pela sua boca. Uma onda de culpa invadiu meu peito. Eu havia causado isso. Com toda a força que eu poderia fazer, arranquei uma parte do tecido do meu vestido do, e embolei em minha mão, pressionei em seu lábio. Hans gemeu de dor.

–O que deu em você? –Gritei com Aron.

– Desculpa Elsa, não queria fazer isso... Mas ele me provocou. -Tentou se explicar. Ele passava a mão freneticamente pelo cabelo, e aquele encanto que eu havia sentido por ele, estava começando a se esvair.

–Ele está com medo que eu conte seu segredinho!-Provocou Hans levantando-se ainda com o tecido na boca.

–Parece que você gostou, que tal levar mais um?-Aron respondeu arregaçando as mangas e estalando seus dedos. Apavorei-me. Teria que agir rápido antes que acontecesse alguma coisa mais seria.

–Hans pare de provocar, e Aron ninguém vai bater em ninguém aqui. - Falei

– Medroso. -Hans desafiou.

–O que você disse?- Aron perguntou furioso.

–Isso mesmo que você ouviu.

Então Hans partiu para cima de Aron, dando um soco em seu nariz. Eu gritei apavorada com o som que veio. Cobri a minha visão para não ver como ficou o rosto de Aron. Quando os abri de novo, vi os dois trocando socos e estavam abraçados? Não. Aron estava enforcando Hans. Mas logo depois ele conseguiu se livrar e acertou um soco em sua barriga os dois cambalearam para trás, mas ainda trocando olhares fulminantes.

–Chega! Por favor, chega!- Supliquei, não queria ver mais a briga, não suportava mais ver os dois se destruírem.

Hans acertou um soco no queixo de Aron que cambaleou para trás. Não eu não ia mais ficar vendo isso.

–CHEGA!-Gritei o mais alto possível e a atenção deles vieram não para mim, mas para a barreira de gelo que se ergueu entre os dois. Meus braços estavam estendidos, na frente do corpo, a barreira havia funcionado. Eles pararam de brigar.

Olhei para os dois lados, a força do impacto da barreira fez os dois caírem no chão. Não sabia quem ajudar, Hans ou Aron? Antes que eu pudesse decidir, ouvi sons de empregados chegando, deviam ter ouvido a barulheira que os dois fizeram, e principalmente meu grito.

–O que ouve aqui Alteza?-Joana vinha em disparada para onde nós estamos.

E agora? O que eu iria dizer? Como iria explicar que os dois estavam brincando por minha causa?

–Senhorita, você parece muito nervosa, quer um chá?

–Não obrigada Jacques. Apenas os leves para dentro e cuide de seus ferimentos.

Agora um total de sete empregados, e mais de 10 enxeridos estavam no jardim , alguns foram cuidar deles. Três ajudando Hans e três Aron, enquanto Jacques estava ao meu lado me entupindo de perguntas.

–Não sei o que houve-Menti. -Cheguei e eles já estavam assim.

–Hum, muito suspeito. –Jacques coçou o queixo.

Dei uma ultima olhada nos dois, estavam sentados, um longe do outro, sendo cuidados pelos empregados.

–-

O chá de camomila era meu preferido. Estava quente, eu tremia, mas não era de frio, deveria ser a culpa, ansiedade, pois nunca sentia frio.

Como um dia tão bonito e feliz se tornou em um com violência? Hoje eu daria meu primeiro beijo, mas como sempre Hans estraga tudo, porem uma coisa que ele havia dito me deixou intrigada. Por que ele perguntou quem era os pais de Aron? O que isso tinha haver? Será que era algo ligado ao seu passado? Ou alguma coisa pior?

Não conseguia me concentrar, a curiosidade estava me matando, uma parte de mim queria ir até Hans e perguntar o que estava acontecendo, a outra queria acreditar que Aron não tinha nada a ver, que Hans estaria mentindo. Mas eu sabia de alguma forma que não estava.

–Alteza quer mais chá?- perguntou Aurey

–Não obrigada, como eles estão?

–Estão bem, achamos que Aron quebrou o nariz, mas não está assim tão grave, e Hans está bem, só com algumasarranhões. -disse ela dando de ombros e recolhendo as xícaras.

–Que bom que estão bem. -falei aliviada.

–Acho bom da sua parte, ir visita-lós. -Disse Rose chegando à sala.

–Eu estava cogitando essa possibilidade, não precisa ensinar o padre a rezar missa Rose. –Falei, mas nem sequer pensava nessa possibilidade.

–Como quiser Alteza. -Disse Rose.

Levantei-me apressada, não gostava de ficar na mesma sala que Rose, ela era uma má companhia, sem falar que sempre botava defeito em mim, ou no meu reinado.

Quem eu iria visitar primeiro? Decidi por Aron, pois minha conversa com Hans seria demorada.

Quando cheguei em seu quarto, hesitei, não estava igual hoje de manhã, não queria encontrar tanto assim Aron , bati três vezes na sua porta. Esperei alguns minutos até ouvir uma voz, baixa, vir de dentro da sala.

–Pode entrar

Abri sua porta e o vi deitado em sua cama, com o nariz enfaixado.

–Olá. -disse meio sem graça.

–Oi. -Ele disse

–Está bem? – perguntei, mesmo sabendo que não estava nada bem.

–Na medida do possível. -respondeu amargo.

–Eu passei aqui para ver como você está eu não queria que isso tivesse acontecido... – Sentei em sua cama, e comecei a falar, mas ele me interrompeu:

–Não tem problema, alias , fui eu que comecei.

–Por que ele estava te ameaçando? O que isso tem haver?-Fui direto ao ponto.

–Eu não sei, Hans esta maluco.

–Qual é o nome do seu pai?-Perguntei.

–Jo... Jones. -Ele gaguejou.

–Você não está mentindo certo?

–Claro que não-Ele sorriu.

Algo ali estava me cheirando mal, no fundo do meu coração, eu sabia que ele estava mentido. Sabia que estava escondendo alguma coisa e não queria me falar.

–Então... Onde estávamos?-Ele sorriu e pegou minha mão.

O beijo! Havia esquecido que estávamos prestes a nos beijar. Mas não sabia se era isso que eu queria. Não tinha mais tanta certeza.

–Desculpe... -Tirei minha mão da sua. -Eu não sei se quero. -Eu estava sendo sincera. Seu olhar mudou, devia estar arrasado, ou amaldiçoando Hans.

–Elsa, se foi pelo soco, por favor, ele me provocou... -Tentou contornar a situação.

–Tenho que ir. -Disse me levantando da cama. –Melhoras. -Cheguei à porta, dei uma ultima olhada para trás, ele estava olhando para mim, decepcionado.

Não iria pedir desculpas, pois eu não estava errada. Eu me dava conta agora da grande tolice que eu iria fazer. Beijar um homem que acabou de conhecer? Isso não é coisa que se faça. Acho que agora podia entender Anna, por ter se apaixonado em um dia. Estava ficando com saudades, ela sim saberia o que fazer. Mas ela não estava aqui, teria que me virar.

Era vez de visitar Hans.


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Notas finais do capítulo

Quem aqui é TEAM Hans ou TEAM Aron?
Façam suas apostas!