A Alegria de Suzumiya Haruhi escrita por MarcJunpei


Capítulo 3
Capítulo 2




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Naquela noite, como prometido, Koizumi me ligou pedindo para encontra-lo na esquina da minha casa, pois ele passaria de carro para me levar a algum lugar que eu precisava ver. Sempre que ando com Koizumi nesse carro preto, sinto como se eu fizesse parte da Yakuza ou coisa do tipo. Ainda bem que minha mãe nunca presenciou esse tipo de saída ridícula, pois acho que ela teria a impressão de que eu teria virado mais um daqueles delinquentes juvenis.

“Alguma pista sobre o “por que” de estarmos saindo?” – Falou o mestre do óbvio.

“Haruhi está irritada pelo que aconteceu nos jogos e você deve estar passando por momentos difíceis com os espaços restritos, certo?” – Falei sério, mas ainda sim sarcasticamente...

“Não precisaria ser um grande detetive para saber disso, não é? De qualquer forma, eu quero te mostrar como as coisas mudaram um pouco desde a última vez que entramos nesses espaços restritos.”

Novamente adentrei com Koizumi naquele local que tantas más lembranças me trazia.

Quando chegamos ao local, fiquei um pouco aterrorizado com o tamanho da massa negra que parecia se estender no parque onde tínhamos participado da olimpíadas da brigada.

“Qual a dimensão exata disso?” – Perguntei com preocupação.

“Ele se estende exatamente por todos os limites do parque. Pelo jeito, Suzumiya-san achou que este era um local especial por alguns motivos. Mas o mais interessante está dentro dele.”

Chegando lá, consegui contar 6 daqueles gigantes azuis disformes. Diferentemente da minha expectativa inicial, eles não estavam promovendo nenhuma bagunça avassaladora. Na verdade, um deles estava quebrando uma parte do parque solitariamente, mas parecia estar um pouco desprovido de força. O restante bem...

“Venha comigo, e não se preocupe, não vamos correr perigo. Se você pudesse me dizer quais sentimentos cada um destes celestiais estão representando, qual seria sua resposta?” – Questionou Koizumi enquanto nos aproximávamos do primeiro colosso.

Este tinha uma aparência bastante melancólica. Ele estava definitivamente...

“Triste, esse representaria tristeza eu acho.”

“Acho que é bem por aí mesmo” – Respondeu Koizumi.

O próximo mirava o nada como se estivesse pensando em algo de forma profunda.

“Arrependido talvez”

“Minha mesma impressão! Você realmente é bom nisso...” – Koizumi começou a sorrir levemente enquanto seguíamos até o próximo celestial...

Este terceiro montava e desmontava um brinquedo do parque. Ele parecia estar...

“Confuso?”

“Concordo com você” – O esper falou e avistamos a próxima criatura correndo...

Ele estava dando voltas ao redor do parque. Diferentemente dos outros, esse parecia estar com bastante energia...

“Ele parece bastante feliz no meu ponto de vista” – Comecei a me preocupar com objetivo daquele passeio...

O quinto dos gigantes azuis era o que eu tinha notado primeiramente. Sobre esse, eu tinha certeza da minha resposta...

“Raiva...”

“Esse é o tipo mais fácil de definir, não é? Agora o mais interessante está escondido ali próximo ao lago...” – Koizumi apontou a direção enquanto seu sorriso crescia mais largo...

O próximo gigante estava olhando em direção à água e vez ou outra fitava o céu. Por um momento eu percebi que ele parecia suspirar. O que diabos isso significava?

“Eu não tenho ideia...” – Pra falar a verdade eu não quis ter ideia...

“Sério? Você entendeu os outros tão bem até aqui. Tem certeza que não quer chutar?” – Apenas balancei a cabeça em negação. – “Entendo...Bem, de qualquer forma, acredito que estes celestiais representem um pouco do que Suzumiya-san passou hoje na nossa atividade em conjunto...Não existem motivos para nos preocuparmos tanto com esse espaço restrito, uma vez que, nós da Organização, não enfrentaremos nenhuma resistência para destruir nossos amigos aqui...” – Koizumi então entalhou seu sorriso mais mentiroso no rosto e começou...

“Ok! Agora vamos direto ao assunto que me fez trazer você até aqui...” – Claro que tinha coisa escondida... – “Na verdade eu quero te pedir um favor...Você já fez algo assim anteriormente, mas por precaução e preocupação, eu vou reforçar algo que acredito que você já esteja pensando em fazer...Você poderia, por favor, se acertar com Suzumiya-san?” – Essa história novamente? Por que apenas eu sou o culpado. Por que você não pede pra ela se acertar comigo? Eu não fiz nada de errado...Se ela tem problemas com minhas amizades eu não posso fazer nada...

“Sei que você não fez nada demais, mas você sabe como Suzumiya-san é...Ela ainda não alcançou uma maturidade em que consiga fazer algo assim por iniciativa própria...”

“Ela tem que aprender sozinha Koizumi, eu não vou fazer nada...” – Falei começando a ficar irritado...

“Pense bem nisso, eu não sei quais serão as consequências em longo prazo. Além disso, Sasaki-san é uma amiga sua, o que põe certa responsabilidade nos seus ombros” – O que? Às vezes penso que, se vou ser declarado culpado por crimes que eu nem cometi, eu deveria realiza-los pra pelo menos valer a pena sofrer a sentença...Eu não tenho culpa se Haruhi fica fantasiando minha relação com Sasaki além do que existe. E caso existisse algo, ela também não tem o direito de ficar limitando minha liberdade. Não é como se eu e Haruhi tivéssemos uma relação que me impedisse de ficar admirando outras garotas por ai...

“Eu estou cansado e preciso ir para casa...” – Falei com chateação.

“Tudo bem, então feche os olhos” – Disse Koizumi...

Eu senti uma sensação diferente enquanto tentávamos sair daquele espaço restrito.

“Abra os olhos, temos um problema...” – Koizumi apontava para o céu.

Tudo continuava da mesma cor. As nuvens por algum motivo começaram a correr um pouco mais rápido do que o habitual.

“O que está acontecendo?” – Perguntei já prevendo o pior...

“Eu não faço ideia...A única coisa que sei é que estamos presos aqui...Além disso, essa agitação...Eu acho que Suzumiya-san está tendo um pesadelo...” – Embora escondesse seu sentimento real sobre a situação por trás de um sorriso enigmático, eu sabia que Koizumi estava preocupado.

“O que vamos fazer agora? Você tem alguma solução?”

“Acredito que a maneira normal de sairmos seria destruir todos os celestiais”

“Então chame seus outros amigos espers...”

“Não posso fazer isso...Como achei que a situação estava controlada, pedi para eles nos aguardarem lá fora enquanto nós conversávamos. Dado que não podemos sair daqui, provavelmente eles não vão conseguir entrar também. Este foi um erro de cálculo sem dúvida...”

“E agora? Você consegue dar conta de todos sozinho?” – Questionei enquanto começava a ficar ansioso...

“Pra falar a verdade, não tenho certeza, mas enquanto todos estiverem pouco agressivos como agora, eu posso derrota-los com um golpe e poupar energia.” – Um plano simples certo? – “Entretanto, se eu falhar, mesmo que apenas uma vez, talvez não tenhamos como escapar daqui...” – Nada é fácil né?

Sem muitas opções, Koizumi avançou em direção ao primeiro gigante, o que estava triste, lançando uma daquelas esferas rubras em direção ao pobre coitado. Dessa vez, eu acho que ele colocou muita energia no seu ataque, pois tudo que vi foi o monstro azul se desintegrar como papel pelo simples aproximar da massa vermelha que agora o atingia.

Eu o acompanhei, porém, me esgueirando pra manter minha presença oculta nos meio das árvores do parque. Ele correu rapidamente para atacar o segundo celestial. Este era o que estava confuso. O resultado foi o mesmo...

O terceiro era o que eu achei estar arrependido. Novamente, o gigante azul não esperava por aquilo e foi pego de surpresa. Eu já estava comemorando nossa saída daquele lugar, entretanto...

“Temos que tomar cuidado com os próximos...Um deles está com raiva afinal...” – Falou Koizumi com uma expressão preocupada.

Ele está certo. O monstro que está com “não-sei-qual-expressão”, está próximo ao irritado. Além disso, o alegre está correndo ao redor do parque...

“Acho que você deve atacar o que está parado, e eu te aviso sobre qualquer movimento suspeito dos outros.”

“Concordo. Então está decidido...” – Nesse momento, ele correu em direção ao monstro que estava próximo ao lago. A distância, ele lançou a esfera brilhante em direção ao celestial que parecia suspirar.

Naquele momento eu pressenti o perigo...O gigante irritado notou Koizumi e avançou pra cima dele com toda velocidade...

“Koizumi, atrás de você!!”

“Eu já imaginava algo assim...” – Koizumi estava de costas para mim nesse momento. Quando ele se virou pra visualizar o celestial que corria para ataca-lo, pude ver seu trunfo escondido. Uma esfera gigante nasceu da mão esquerda de Koizumi impedindo o contato entre a mão do ser disforme e o seu corpo. Bem quando eu estava aliviado e achava que a vitória estava próxima, eu percebi um vulto passando por cima da minha cabeça muito velozmente. O celestial que estava alegre agora estava furioso e, só me dei conta do total dos acontecimentos quando vi ele acertando Koizumi em cheio...

“Koizumi!!!” – Gritei, saindo em disparada assim que meu cérebro organizou umas poucas ideias.

Munido de uma coragem proveniente de algum lugar extremamente obscuro, eu segurei Koizumi que havia sido lançado pela força da criatura e me coloquei a correr para achar um local seguro.

Eu não tinha pensado em pra onde exatamente iríamos, portanto, o que aconteceu, durante minha corrida cega, foi uma queda em uma espécie de buraco que existia entre algumas árvores...

“Koizumi, você está bem?” – Sempre achei essa pergunta idiota em situações como essa, mas era a forma de mostrar que eu me importava...

“Acho que sim, uhg...” – Ele não estava nada bem, seu corpo parecia estar doendo bastante... - “Eu devia ter previsto algo assim, não consigo mexer minhas pernas...”

“E agora?” – Pergunta genérica. Na verdade eu já estava contemplando a possibilidade de ficarmos presos ali, até sermos mortos pelo monstro que agora estava destruindo o local atrás da gente.

“Temos uma última saída...Mas vou precisar de você...Meu corpo está péssimo e eu estou me sentindo um lixo fisicamente. Contudo, eu ainda tenho energia psíquica para produzir um ataque suficiente pra acabar com aquele celestial...” – Como o faz-tudo da Brigada SOS, eu não esperava por algo menos cliché... – “Abra sua mão...” – Ele pousou sua mão direita em cima da minha e começou a criar uma esfera rubra... – “Você deve ataca-lo com isso, acerte a cabeça...Você só tem uma chance, portanto meu destino e o seu estão em suas mãos.” – Palavras encorajadoras... – “Para lançar a bola basta você fazer este movimento. Ressalto que seu alcance não vai ser tão grande, por isso você precisa ataca-lo a uma distância razoável...Eu diria a uns 3 metros no máximo...” – Koizumi falou enquanto gesticulava com um dos braços.

Eu me coloquei de pé e fiquei admirando a energia que rodopiava na minha mão. Eu estava me achando o verdadeiro “herói-por-acaso” que insiste em surgir nas histórias fantásticas que eu gostava de lê. Mas não era hora de pensar nisso...

Olhando para fora do buraco em que estávamos escondidos, eu vi que o monstro se concentrou em nos procurar perto do lago. Este estava a alguns passos do lugar onde eu e Koizumi caímos. Eu pude ver alguns reflexos no lago...

“É isso! Koizumi? Se eu entrar na água com essa bola, ela se apaga?”

“Não. Não é como se ela fosse de fogo” – Respondeu ele tentando parecer descolado...

“Ok, então eu já tenho um plano...Eu vou entrar no lago e surpreender o celestial assim que ele estiver próximo...”

“Gostei desse plano, eu sabia que você tinha talento pra esse tipo de coisa...” – Você está me provocando? – “De qualquer forma, recomendo tomar cuidado com o oxigênio embaixo d’água...” – Meu plano infalível tinha um problema afinal...

“Ok!” – Suspirei e, assim que reuni coragem suficiente, parti para dentro do lago.

A água estava gelada e horrivelmente escura. Para minha sorte o brilho azul da criatura me guiou...

Quando eu estava chegando próximo ao celestial, ele pareceu desconfiar da luz que emergia do lago e virou-se em minha direção como se me esperasse.

Por algum tempo eu paralisei meus movimentos, mas eu não ia aguentar muito mais. Ele ainda estava distante do meu alcance...

“Aqui garoto!!!” – Eu ouvi a voz distante de Koizumi chamando a atenção do monstro.

Naquele momento de distração ele se aproximou a uma distância suficiente. Eu emergi do lago e imitei os movimentos de Koizumi para lançar a esfera certeiramente na cabeça do celestial...

Ele rapidamente se dissipou virando pó e eu ouvi o som de algo se quebrando. O céu tinha voltado ao normal, assim como o restante do parque.

Ao sair ensopado daquele lago, a primeira pessoa que vi foi Mori-san...

“Onde está Koizumi-kun?” – Por favor finja que se preocupa comigo também...

De longe ouvi a voz de Arakawa-san...

“Encontrei ele! Venham, rápido!”

“Você está péssimo...” – Falou Mori-san com um rosto que parecia de preocupação.

“Não se preocupem eu estou bem, graças ao nosso amigo aqui...” – Respondeu Koizumi apontando para mim. Não pude deixar de senti um leve orgulho. Não é todo dia que eu consigo salvar quem vive me tirando de enrascadas.

“Muito obrigado por seus serviços Kyon-kun” – Essa era Mori-san, que falava polidamente.

“Nós iremos providenciar um transporte para deixa-lo em casa...” – Completou Arakawa-san.

Eu apenas balancei a cabeça em afirmação...Estava muito cansado para discutir qualquer coisa naquele momento.

Me despedi dos três e assim que cheguei em casa corri diretamente para o banheiro. Se minha mãe visse a situação das minhas roupas ela iria acabar comigo. Além disso, ela com certeza tiraria conclusões erradas sobre a vida que eu ando levando...

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No dia seguinte Haruhi voltou a me evitar...Quanta criancice! O que você espera que eu faça? Me jogue aos seus pés? Pode ficar esperando sentada...

Enquanto o clima estava pesado entre nós, uma parte lá no fundo do meu ser ainda esperava que aquele problema se resolvesse sozinho. Uma coisa que notei foi que ela parou de usar o colar “SOS” que eu havia dado...

Koizumi não havia aparecido no colégio de manhã e eu estava realmente preocupado com ele. Mas aquele incidente foi algo isolado, não é como se todos os espaços restritos fossem ser daquele jeito a partir de agora, certo?

Com esse pensamento em mente continuei minha rotina de esperar que Haruhi aprendesse a resolver seus problemas e voltasse a falar comigo...

Durante o almoço, Koizumi deu as caras e me procurou...

“Ontem foi uma noite e tanto não?” – Falou ele parecendo miserável...

“Nem me fale...Como você está?”

“Bem melhor, tive alguns ferimentos leves, mas nada que me impedisse de estar aqui hoje...”

Acredito que a Organização tenha suas tecnologias secretas para cura de ferimentos, pois de outro modo eu não esperaria que Koizumi aparecesse por aqui hoje...

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Após as aulas, na sala do clube, eu troquei alguns olhares com Haruhi, mas no fim das contas todo mundo estava mal com a situação. O único que se dignou a falar algumas palavras comigo foi Koizumi...

“Como eu previa, as coisas estão piorando...Ontem a noite teimaram em aparecer novos espaços restritos.” – Começou Koizumi com um sorriso estranho no rosto... – “Eu sei que por mim você não fará nada, mas considere a si mesmo quando pensar se vai ou não fazer as pazes com Suzumiya-san.” – Se isso era pra me incentivar, o efeito foi o contrário. Contudo, depois de ontem vou pensar mais profundamente no assunto...

Haruhi, do nada, saiu do estado em que parecia se encontrar e após investigar a sala com os olhos, ela falou...

“Koizumi-kun aconteceu algo? Você parece miserável hoje...Acho que vou levar você para a enfermaria”

“Não precisa Suzumiya-san, eu estou me sentindo bem, de verdade...” – Koizumi respondeu enquanto piscava para mim. Por algum motivo fui eu que comecei a me sentir miserável...

“Eu insisto, venha, os outros podem ficar aqui e cuidar da Brigada enquanto eu aguardo te examinarem.” – Continuou Haruhi enquanto o empurrava para a enfermaria. Repentinamente, toda empatia que eu tinha pela situação de Koizumi virou fumaça diante dos meus olhos. Infelizmente eu não podia fazer muita coisa...Ele apenas se despediu dando uma leve gargalhada e acenando diretamente para mim enquanto parecia analisar minha expressão...

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Naquela noite, após o clube, eu já estava próximo a minha casa quando avistei uma silhueta conhecida no meio do escuro.

“Olá novamente Kyon!” – Sasaki me recebeu com sua expressão suave de sempre...

“Oi” – Embora eu tentasse transpirar tranquilidade, minha farsa podia ser facilmente notada por ela...

“Eu queria conversar algumas coisas com você. Se importa?” – Apenas assenti e rumamos ao banco de uma praça que ficava próxima a minha casa. Eu estava com uma preocupação estranha, e ela não tinha nada haver com o que Sasaki ia falar. Quando eu me analisei internamente, descobri que eu estava com medo de Haruhi pegar a gente naquela situação. O por que disso? Eu não sei, mas provavelmente eu não queria aprofundar meus problemas.

“Antes de ir para o assunto que quero discutir com você, tenho uma notícia nova sobre minha vida. Você lembra sobre a declaração que eu disse ter recebido de um garoto do meu colégio? – Como não? Você veio aqui fazer eu me sentir pior? – “Não é nada disso” – Ela sorriu levemente e suspirou... – “Eu decidi que vou aceitar os sentimentos dele. Ontem no parque, era nisso que eu estava pensando. Eu sei que parece egoísta da minha parte estar falando disso agora, mas na verdade o que eu queria falar com você é mais ou menos sobre o mesmo tipo de assunto...” – Apenas balancei a cabeça permitindo ela continuar...

“Kyon, como sua amiga próxima, eu queria te perguntar...Como vai sua vida amorosa?” – Que questão embaraçosa...A verdade é que eu nunca me concentrei em encontrar uma resposta pra essa pergunta. Acho que sou daquelas pessoas que preferem ser levadas pelo vento...

“Acho que eu não avancei em nada nesse aspecto da vida, por isso não sei se vou ter muito o que debater com você...” – Respondi um pouco depressivamente.

“Sério? Você sempre me pareceu alguém que se importava com isso.” – Eu me importo sim, mas acho que eu estou me importando sozinho...

“Bem, na verdade eu não acho que estou nessa fase sabe?” – Sendo sincero eu queria que a primavera chegasse logo para mim, eu estou ficando um pouco cansado de ser solitário. Mas essa não é minha prioridade. Na verdade, eu nem sei quais são minhas prioridades...

“Interessante, pois você tem uns bons amigos e no meio deles algumas presenças femininas bem atraentes...” – Sasaki argumentou com seu sorriso padrão...

“Você está enxergando apenas a superfície. Veja bem, Asahina-san é uma viajante do tempo e por isso não pode se envolver amorosamente com ninguém. Nagato é uma alien que está longe de se parecer com um ser humano. Tsuruya-san não é alguém que me ache tão interessante assim. Inclusive a resposta dela, quando eu perguntei sobre o que ela notava da minha persona, foi bem decepcionante de alguma forma. E por fim, Haruhi...Bem eu admito que, por vezes, eu me surpreendo com alguns bons comportamentos dela, mas no fim a personalidade e o gênio dela são tão ruins...E ainda por cima ela vive dizendo que amor não existe e coisas do gênero...Eu nunca me envolveria com alguém do tipo dela...” – Apesar de minha resposta séria, a reação de Sasaki foi uma leve gargalhada...

“Desculpe, mas você mesmo acredita no que fala sobre Suzumiya-san? Ontem eu tive uma impressão bem diferente, quando vi vocês trabalhando juntos”. – Vamos lá! Koizumi contratou você para colocar mais peso na minha consciência? – “Pra falar a verdade, eu tenho um pouco de ciúmes da relação de vocês. Parece ser tão divertido viver ao lado de Suzumiya-san. Estou enganada?”- Não, você não está – “De qualquer forma, eu apenas me preocupei com você, não quero que confunda minhas intenções ou encare minhas divagações como conselhos.” – Ela sorria divertidamente.

“Kyon, eu reparei que Suzumiya-san e você não estavam bem quando saímos do parque, você já resolveu isso?” – Fiz um sinal negativo com a cabeça. – “Ah esse meu amigo cabeça dura... Aposto que ela vai ficar bastante feliz se você tomar essa iniciativa...”

“Ok, vou pensar nisso...” – Respondi serenamente.

Sasaki se despediu e saiu na direção contrária a minha...

Voltei para casa decidido a fazer as pazes com Haruhi, afinal já eram dois me pressionando...


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