Namoro de brincadeira escrita por Thay


Capítulo 10
Demarcação de território


Notas iniciais do capítulo

Então gente, ainda não é a Thay aqui :( (podem chorar)
Mas ela me falou que talvez daqui uma semana consegui usar a internet de novo e dai vai responder seus comentários. Yeeeeey
Então, provavelmente eu que sou burra, mas quando tava lendo o capitulo na parte que vai ter uma conversa por internet eu fiquei meio perdida para entender quem é quem, então fiz assim: A pessoa que tem as falas escritas em negrito vai ser a pessoa do sexo masculino( q eu nao vou falar quem é pq podem considerar spoiler) e a pessoa que tem as falar só com italico é a gabi mesmo.
Só isso, aproveitem :)



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Os dois se encaravam duramente e eu ali no meio não sabia se chorava ou ria, porque fugir eu não ia conseguir. Abaixei a cabeça e rezei para que aquilo não fosse verdade.

Porém, mesmo rezando não funcionou. Os dois estavam ali, eu estava no meio, algumas pessoas em volt já começavam a encarar e ninguém parecia entender nada. O que eu faço? Eu que não vou começar a falar algo, porque não quero que comecemos uma conversa. Bem, que os dois podiam virar cada um para um lado e sair andando como se nada tivesse acontecido né? Sim, eles podiam, porém não o fizeram.

–Ah, então você é o namorado. – Mateus foi o primeiro a pronunciar algo. – Eu não me lembro de você, você conheci a Gabi do objetivo?

–Gabi? Por que ele te chama de Gabi? – essa pergunta foi dirigida a mim, mas eu ainda não conseguia pronunciar qualquer palavra então apenas levantei os ombros como quem não entendia nada. – Não, eu sou vizinho dela, mas também estudo no objetivo.

–Pera, você é o Gabriel? Eu te conheço de nome. O “amigo” da Gabi. – Mateus respondeu fazendo aquele gesto com as mãos que imitam aspas, que eu fingi não entender o porquê. – Prazer. Mateus.

Ele, então, estendeu a mão para Gabriel como se tivessem acabado de se esbarrar na rua e iriam se tornar amigos. Eu fiquei encarando Mateus com um sinal de interrogação quase estampado na cara. Tudo bem que eles ainda não tinham motivos para brigar, mas eu não queria que eles fossem amigos. Provavelmente, Biel vai responder com uma grosseria extrema e eu vou adorar.

–Prazer. – Meu querido namorado assinou sua sentença de morte quando respondeu o cumprimento de Mateus.

–Desculpa pelo puxão que eu dei na Gabi. Eu achei que você fosse um estranho e tals.

–Logo imaginei. – Mentira. Dava para perceber quando Biel mentia, eu percebia, mas agora todos percebiam porque a dúvida ainda estava exposta em cada musculo de seu rosto. – Mas, eu posso saber, qual esse assunto que vocês tem pendente?

Eu só levantei o olhar até Mateus e arregalei os olhos em forma de desespero. Ele não podia falar a verdade, porque daí Biel faria quinhentas perguntas, terminaria comigo e todos descobriram tudo que aconteceu. Isso definitivamente não poderia acontecer. Mateus parecia rir da e na minha cara. Eu não conseguia saber o que ele responderia, ele poderia falar tudo e nada acontecer para ele, mas eu sofreria, ou ele podia não contar e ficar falando que eu “devia” para ele e conseguir algumas coisas. Acho que eu já sei o que vai acontecer.

–Nada de importante, só estava contando o que aconteceu no meu final de semana, sabe essas coisas? – por um lado eu iria agradecer ele, por outro eu acabei de virar escrava dele.

–Então porque o puxão e o grito?

–É que ela pediu três sorvetes e saiu correndo, mas eu não tenho como pagar, então ela precisa voltar e pagar. – Eu queria muito rir dessa desculpa, mas se eu risse Biel iria perceber que é mentira, então me contive. –Namorada gulosa a sua, né? – agora ele ria então eu sorri.

–É, realmente a minha namorada é bem gulosa. – Biel respondeu me puxando pela cintura para perto dele. Isso que é demarcação de território.

–Sim. – Mateus riu, abaixou o rosto ainda rindo e então voltou a me olhar, daquele jeito que todas as meninas deliram, até mesmo eu que tenho namorado. Que horror falar isso. – Bom, já que você não é um estranho, acho que eu vou embora né? Foi um prazer te conhecer.

–Também. – Biel respondeu me apertando forte.

–Espero que a gente se esbarre mais por aí. – Sinto que essa foi uma frase mais para mim do que para Biel, mas eu só acho.

–E o sorvete, você não precisa de dinheiro? – Biel ainda consegue se fazer de bom samaritano. Eu amo meu namorado.

–Não, eu estava brincando. Eu tenho dinheiro sim, não se preocupem.

Mateus virou e entrou novamente na sorveteria. Biel segurou minha mãe e me puxou para o caminho contrário, que seria de volta para casa. Não acho que Biel tenha ficado bravo, mas desconfiado sim. Ele não falou nada enquanto não chegávamos no portão da vila. Eu também não queria começar um assunto sobre isso, acabaria mal para mim, mas eu também não conseguia para de pensar nisso. Será que vai ficar muito mal se eu não falar nada? Ah, como eu odeio esses momentos de indecisões onde você tem poucas opções e a única coisa que consegue fazer é pensar nas consequências dessas opções.

–De onde você conhece ele? – Essa é fácil de responder e não vai causar nada demais.

–Ele estudou comigo há uns dois anos.

–É ele aquele cara que voltava a pé com você?

–Você tem boa memória. – Eu sabia que ele conhecia o cara que voltava comigo, só não imaginava que ele iria reconhece-lo depois de dois anos.

–Não é só boa memória, Gabi. Falam bastante dele por aí. – Isso pode soar estranho, mas Biel realmente parecia ‘preocupado’. – Você sabe que ele só faz bosta com gente que não é nenhum pouco admirável?

–Ei, ei, calma Biel. Eu tenho meu pai para falar essas coisas. – ri querendo quebrar o clima, mas não funcionou. Biel ainda me olhava com cara de preocupado e eu sem perceber tirei o sorriso do rosto. – Onde você quer chegar?

–Não quero que você fique andando com esse cara.

–Biel eu não sou amiga dele assim, não se preocupe. Mas também não é legal ficar bancando o pai.

–Não quero bancar o pai, quero ser seu namorado.

–Então para de exagerar. Não é porque eu ando com gente que fuma, que eu vo fumar. Você me conhece, sabe que eu não sou influenciável.

–Não to falando nisso. – ele relaxou um pouco. – Eu sei que você tem sua opinião sobre drogas e beber exageradamente, e eu a amo por isso.

–Então por que ... – Eu parei quando dei conta que eu mesma sabia a resposta, e sorri. – Você achou que ele estava me seduzindo e eu trocar você por ele?

–Não assim também, mas...

–Mas você ficou com ciúmes?

–Ah Gabriela vai para casa.

Ele respondeu e virou as costas para mim. Eu sorria que nem uma boba, muitas devem achar super irritante seu namorado ter ciúmes de você, claro que quando é exagerado eu também acho, mas um pouquinho é sempre bonitinho. Eu o agarrei pelos ombros e fiquei nas pontas dos pés para conseguir o abraçar pelo pescoço sem enforca-lo. Ele cruzou os braços na frente do peito como se fosse lutar contra aquilo ou querendo dizer que aquilo não o afetava. Dei um beijo em seu pescoço e encostei a cabeça em seu ombro de um modo que ele conseguisse me olhar pelos cantos dos olhos.

–Sabia que normalmente é a garota que é a ciumenta da relação?

–Ah vá cagar Gabriela. – ele respondeu tentando se livrar de mim, mas eu apenas o apertei mais forte.

–Eu te amo, você não precisa ter ciúmes de mim, ta bom?

–Quem disse que eu estou com ciúmes? – ele retrucou e eu o soltei e comecei a rir.

–Se isso não é ciúmes é o que?

–É preocupação em perder território.

–Agora eu sou território?

–Cansei de brigar já Gabriela.

–Ta bom, ta bom. – respondi agarrando –o agora de frente e dando-lhe um selinho. – Dessa vez eu me rendo, mas só dessa vez.

–Sem graça. – ele respondeu retribuindo meu beijo.

Agora nós já nos beijávamos e tudo voltava ao normal. Biel não tinha motivos para ter ciúmes, eu nunca iria trai-lo. Eu o amava e disso eu tenho certeza. Nos já estávamos namorando há uma semana, um recordo pessoal, pelo menos um recorde para um namoro sem brigas sérias. Nós nos dávamos realmente bem, éramos feitos um pra o outro, ele confia em mim e eu nele. Eu não assumia, mas precisava dele. Só ele entendia tudo, literalmente tudo, que acontecia comigo. Larissa sempre me ajudava, mas com Biel é diferente. Ele sempre está perto e parece sempre saber os motivos de tudo que eu sinto, sem nem mesmo eu falar. Além de que é o cara mais gentil, carinhoso, romântico e atencioso que um dia eu vá conhecer. Ele conquista qualquer uma. Mas não conquista só com sua beleza ou seu corpo, ele conquista corações com seu coração. Não sei como alguém poderia dar um pé na bunda nele, acho que eu não nunca conseguiria.

Quando entrei no meu quarto parece que aquela sensação boa e de pessoa apaixonada sumiu. Minha cabeça voltou a fervilhar com as minhas milhões de hipóteses para o que poderia acontecer agora. Essa é uma das consequências de se ler muitos romances policiais, seu imagina fica mais fértil e seu cérebro mais rápido e seu coração sofre mais com ansiedade.

Meu celular vibra no bolso do meu shorts. Quando liga a tela, juro que fiquei surpresa com o curto período de tempo q ele aguentou sem falar comigo, mas também fiquei nervosa com a rota que iria tomar nossa conversa, com toda a certeza que eu não queria ter aquela conversar.

“Precisamos conversar.” Um pouco grosso, não?

“Sim senhor, capitão. Estou as ordens.”

Primeiro de tudo, seu namorado não me pareceu muito o tipo de cara difícil de enganar, o que me deixou mais decepcionado com você. Enrola-lo seria fácil pra caralho.”

“você realmente gosta de brigar comigo né?”

“Não é brigar, só acho que você ficar mais interessante brava e irritada”. Que bosta de resposta é esse meu Jesus? O que ele quis dizer com interessante? Eu estou chocada com essa resposta, de verdade.

“Não entenda mal, só quis dizer que é mais legal.”Oi? Agora sim eu não entendi.

“esquece. Enfim, acho que você me deve um favor não.” E chegou a parte que eu não queria que chegasse.

“Por quê?”

“Como assim por quê? Eu poderia ter contado pro seu namorado que você ficou uma tarde inteira na minha casa e até me beijou, ele gostaria de saber disso?”

Foi nessa hora que uma luz veio até mim e eu me dei conta que estava me preocupando a toa, ele não tinha nada contra mim. Por que mesmo que ele conseguisse provar que eu o tinha beijado, o que seria difícil, eu ainda não namorava naquela hora daquele dia, então eu não estava errada.

“E por que isso me intimidaria? Eu não namorava ainda naquele dia?”

“Há quanto tempo você ta namorando?”

“Hoje fez uma semana” Tudo bem que foi ontem, mas melhor dizer hoje.

Nossa, então você é rápido. Mal me beijou, já começou a namorar no dia seguinte.” Eu provavelmente ficaria irritante pelo que eu me conheço, mas eu estava me divertindo com isso.

“O que? Você achou que a gente passaria de um beijo?”
“Não é isso, é só que você é rápida”

“Você achou que a gente passaria de um beijo. Você quis me beijar de novo. Na verdade, você ainda quer me beijar de novo.”
“Não posso dizer que não.”
Ok, eu nunca achei que ele iria admitir assim.

“Sinta-se elogiada por sinal, eu não pego qualquer uma.”

“HAHAHAHHAHAH vou fingir que acredito. “

“Olha, o papo ta bom, mas eu tenho que ir.”

“Fico magoado por que eu to certa?”
“Hoje você ta com um fogo né? Você vai arranjar briga e depois vai pedir pra sair.”

“Você não me conhece”

Talvez alguns pensem que eu tenha exagerado um pouco, mas foi bem divertido. Talvez eu tenha assinado minha sentença de morte, mas ainda achei divertido.


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Notas finais do capítulo

Gente, então, posso ta querendo me meter demais (mas a thay me passo a senha dessa porra então eu vou me meter mesmo, foda-se), mas eu queria que vocês dessem ideia para "movimentar" essa fic. Pensem em algo, bolem algo bem legal e mandem nos comentários. Pode ser um cap extra escrito por outra personagem da escolha de vocês, uma festa diferente que a gabi organize, alguma ideia que vocês tiverem para a história, mas algo assim bem animador e diferente. E não se preocupem que eu faço a Thay escrever e encaixar o cap aqui. Só deem ideias!!!! Agora q eu to aqui, meu objetivo é deixar isso de agrado com vocês, afinal os leitores são os mais importante para uma história.



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