Benjamin das águas escrita por The Following Statue
Notas iniciais do capítulo
Aqui está o capitulo 2. Espero que gostem.
Leila não parava de pensar quem poderia ser aquele que havia encontrado na beira das margens. Deitada no sofá da sala olhava para o teto, apreensiva e pensativa, após ter se satisfeito com o almoço. “Vou tirar um breve cochilo, nunca estive com tanta preguiça...” e seus olhos se fecharam lentamente, docemente. Estava em um sono profundo. Notou que estava perdida no meio da mata, olhava e olhava e estava perdida dentro de um mato alto e perigoso. Quando de repente, pode ouvir o som da flauta do menino novamente. Era doce e sutil, mas o menino não estava em lugar algum, nem perto da arvore, nem perto dela. Então, ela se sentou em uma pedra bem grande, presa ao chão lamacento, e passou a mão em um matinho perto dela. Tudo era tão calmo e tranqüilo, assim como sua madrasta havia lhe dito, era o lugar mais perfeito que havia conhecido. Mas foi ai que, tudo se desfez. Um urro de dor manchou aquele momento perfeito e Leila levantou desesperada para saber o que estava acontecendo. Já não podia mais ouvir o som da flauta, só os berros de alguém desesperado. Quando caiu em si, notou que tudo estava pegando fogo muito rápido pelos matos altos, e viu aquele fogo, chegando perto e chegando perto e mais perto. Mas... foi tarde demais quando notou que já estava cercada de flamas ardentes ao seu redor e vinham com fome para cima dela. Seus braços começaram a pegar fogo e Leila gritou desesperada: “Alguém me salva! Eu to pegando fogo! Eu vou morrer!”, mas as suas palavras realmente não saíram de sua boca, e o fogo consumava o corpo da jovem. Quando em sua frente, andando entre o fogo, apareceu a sombra de uma criança, indo na direção dela. Foi quando ela acordou bruscamente, olhando o lugar que estava antes: A sua casa, na sala, deitada no sofá. Foi o sonho mais estranho que ela já viu. Despertada, pode ouvir de novo o som suave da flauta que o menino tocava. Ergueu a cabeça pela janela e viu que ele estava lá de novo, sentado na mesma posição, debaixo da mesma arvore, tocando o mesmo instrumento de antes.
– Pai, eu to saindo, okay?
Ninguém á respondeu. Mesmo assim, a teimosa jovem saiu pela porta da frente que já estava aberta, e foi atrás do menino sentado debaixo da arvore. Ela foi devagar e com calma, para que o menino não a percebesse. Quanto mais perto chegava, mais doce e alta a melodia ficava, então pode contemplar da beleza do outro jovem concentrado em sua música. Ele não parecia alto, muito menos musculoso ou forte. Tinha uma aparência boa, era bem magro e sua expressão facial ao tocar a pequena “flauta” era tranqüila, ele era loiro e usava um gorro verde em sua cabeça.
– Sabia que é feio ficar espionando os outros, tanto de longe e tanto de perto?
As palavras do jovem e sua música interrompida assustaram a pobre jovem repentinamente.
– M-Me desculpe, eu só estava ouvindo você tocar a sua flau...
– ... Ocarina.
E mostrou o objeto em suas mãos. Parecia uma flauta, porem pequenina e parecida com um vaso de cerâmica, apesar do objeto ser feito de madeira.
– Por favor, não confunda uma flauta com uma Ocarina, elas são diferentes.
– Tudo bem.
Os olhos do jovem eram azuis, mas não tão claros e nem tão escuros. Então, chamou Leila para perto, fazendo um sinal para “vir” com a mão direita.
– Venha até aqui.
– Eu?
– Tem alguém mais aqui do que eu e você?
A resposta parecia um tanto grosseira, mas mesmo assim ela veio para perto do jovem loiro. Surpreendentemente, havia uma pedra grande perto do menino, travada ao chão, então a jovem não hesitou em sentar nela, ficando de frente para o rapaz.
– Qual é o seu nome?
– Sem informações sobre mim a não ser que você me de suas informações primeiro.
“Nossa, mas que rude!” pensou Leila rapidamente.
– Okay, eu me chamo Leila. Agora, você vai ter que me dizer o seu nome.
– Benjamin.
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Espero que tenham gostado da parte 2, a parte 3 pode demorar um tempo, quero fazer algo bom. Até a próxima.