– Garoto insolente! – Hades golpeou a parede de seus aposentos – Ele sempre me pertenceu, desde o minuto de seu nascimento e agora vem com essa historia de “Nunca fui seu”. Quem ele pensa que é?!

A porta de madeira foi aberta, sorrateiramente três homens adentraram no quarto de Hades.

– O senhor precisa de algo senhor Hades? – perguntou o moreno

– Sim, eu preciso de algo Aiacos.

– E o que é?

– Preciso que você vá para a Alemanha.

– E para que meu senhor?

– Preciso que você faça uma coisa para mim.

– Meu senhor, estamos perto de uma guerra, não pode mandar ele pra outro país.

– Está questionando minhas ordens Radamanthys?

– Estou apenas fazendo um comentário meu senhor...

– Preste atenção, Aiacos é o esperto, por isso não me seria tão útil no campo de batalha

– Se o senhor diz... – o loiro encolheu os ombros e voltou a ficar em silencio.

– Bom, quero todos preparados, essa guerra pode ser uma das mais difíceis que já enfrentamos.

– Eles são apenas vampiros. – Minos disse

– Mesmo assim, eles estão mais fortes que a ultima vez. Não os subestime, nunca!

– Sim senhor. – disseram os três em coro

– Agora saiam, eu irei repousar.

Os três homens se retiraram, no silencio da noite Hades ficou a pensar em sua vingança.

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– Pai eu ainda não acredito nisso. – Hyoga era abraçado por Milo enquanto o francês se sentou na beira de sua cama

– Calma meu filho. – o loiro tentava a todo custo acalmar o filho

– É tudo culpa minha, eu não consegui salvar o Shun.

– Você não tem culpa de nada, é tudo culpa do Hades.

– Minha também, agora o Shun tá apaixonado por outro.

– Amor... não fique assim, a gente vai dar um jeito.

– Você está parecendo uma mãe. – comentou Camus tirando um risinho do filho

– Parecendo o que? – o loiro olhou assassino para o marido.

– Não brigue com ele. – o russo pediu

– Claro, não brigue comigo. – o ruivo disse debochado

– Mais tarde a gente conversa... – o grego ameaçou

– Mãe, pega um copo de água pra mim? – pediu Hyoga

– Claro. – Milo respondeu prontamente e depois parou para pensar – Hey... me chamou de que?

– Nada! – com isso os três caíram numa risada gostosa, mesmo rindo, por dentro o coração de Hyoga gritava, ele não sabia como mas sabia que Shun precisava dele.

“Eu vou te salvar Shun, custe o custar!”

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– Meu amor, estou tão ansioso...

– Eu também Dimitri.

– Eu mal posso esperar para me casar com você. Juro que lhe farei feliz.

– Você sabe o que é felicidade?

– C-claro que sei. Por que essa pergunta agora?

– É que... uma pessoa que não sabe o que é a verdadeira felicidade não pode fazer outra feliz.

– Er... – o moreno engoliu seco e ficou quieto apenas observando Shun brincar com um dado, um dado do qual o menor não tirava do lado onde estava o numero dois.

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– Isso é mesmo verdade? – Mú sorriu esperançoso

– É, realmente algo mudou, não sabemos o que, mas mudou. – Shion sorriu

– Então há chance de a gente... – a fala do indiano foi interrompida por Ikki e Kagaho que entraram no lugar eufóricos

– Shion, Dohko... Alemanha! – fênix disse

– Como assim? – o chinês perguntou

– A solução para tudo está na Alemanha.

– Do que você está falando? – o indiano perguntou

– Há uma coisa, ou melhor, alguém na Alemanha que pode mudar tudo. – Kagaho explicou

– E como sabem disso? – Mú questionou

– Eu vi. Hades mandou um de seus soldados mais espertos para lá com a missão de vigiar um homem.

– Um homem? – Shion perguntou confuso

– Sim. Tem um homem lá que pode terminar com tudo. Eu preciso ir para lá. – o leonino disse

– O que temos a ver com isso? Diga a seus pais, não serei eu a te mandar para um lugar perigoso.

Como um raio, o moreno atravessou a casa e foi até o quarto onde estavam seus pais, ele se deparou com uma cena nada agradável que resolveu deletar de sua memória, logo em seguida contou tudo aos pais e Matteo disse prontamente:

– Nem se eu tivesse doido.

– Ah pai! Mas...

– Matteo tem razão, não deixaremos você ir só. – Dite disse

– Poisé, eu tenho razão.

– Por isso nós vamos com você.

– Isso... – o italiano se virou para o marido – Vamos?

– Vamos.

– Valeu pais! Vou ir arrumar minhas malas... – assim como surgiu o mais novo saiu correndo

– Arrume um helicóptero, não quero ir de avião. E avise pro seu filho que só iremos amanhã a noite.

– Tá...

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Ikki já havia esvaziado suas gavetas e jogava suas roupas freneticamente dentro das malas, o namorado chegou e ficou o observando da porta.

– Então você vai mesmo?

– Sim, eu irei.

– Sentirei saudades...

– Calma, eu não vou agora.

– Mas vai. Sentirei saudades.

– Por que não vem junto?

– Vou ficar aqui. Uma guerra se aproxima, eles precisarão de mim, já vocês se viram sozinhos e enfrentarão apenas um homem.

– Está certo. Te amo.

– Eu sei... – o maior lhe deu língua

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O dia parecia voar, logo que amanheceu Aiolos bateu a porta do quarto do irmão mais novo.

– Aiolia! Acorda pedaço de gente!

– Só mais cinco minutos.

– Levante já!

– Não quero ir pra escola mãe...

– Porra Aiolia! Levanta daí!

– Quer ajuda? – Misty saiu do banheiro

– À vontade.

– Levante-se daí! – o loiro virou o colchão jogando o esposo no chão

– Oi? Que foi? Acordei!

– Que demora... vai arrumar suas coisas, saímos em uma hora.

– Saímos pra onde?

– Para o Brasil. ( N/A: Quem me dera! T.T)

– O que vamos fazer lá? Resumidamente.

– Ataque. Deba. Mulher com medo. Nós. Viagem. Chutar traseiros.

– Ok... explica isso direitinho para mim.

– Atacaram a casa do Deba, disseram que iam voltar. A mulher dele esta com medo, vamos lá pra dar apoio, quando os desgraçados aparecerem nós vamos chutar a bunda deles até a lua. Agora arrume-se, espero lá embaixo.

O sagitariano saiu do quarto e deixou o casal a só.

– Amor... eu já.. fiz sua mala.

– Ah, obrigada amor.

– Boa viagem.

– Calma, ainda tenho uns minutos.

– Quanto mais cedo partirem melhor, o Aldebaran precisa de apoio.

– Tá bom.

O leonino tomou banho, fez sua higiene matinal e desceu as escadas com as malas que o marido já havia lhe feito.

– Olha, se cuide e não se preocupe.

–Pedir pra eu me cuidar normal, ok, me cuidarei. Agora pedir pra que eu não me preocupe já é sacanagem...

– Eu ficarei bem. Eu volto logo, prometo.

– Vou confiar em você.

O casal chegou até a sala onde Aiolos estava com o marido e o filho, Shura estava ditando a lista do que o esposo poderia fazer e o que não poderia fazer.

– Entendeu senhor Aiolos? – o espanhol perguntou ao fim do discurso

– Sim senhor.

– Te amo tá? Fica bem...

– Ficarei, e eu também te amo muito.

– Toma cuidado pai. – até Seiya que se fazia de machão abraçou o pai com os olhos marejados

– Você quer me fazer chorar né moleque? – o grego disse choroso

– Não gente, isso não é uma despedida. – Shura disse já com algumas gotas de sangue se juntando na extremidade de seus olhos

– É, o Shura tem razão. – Aiolos afastou um pouco o filho e colocou a mão sobre seus ombros – Arrebenta quantos puder, por mim.

– Sim senhor.

Após se despedirem de todos os irmãos partiram rumo ao aeroporto.

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A noite outra vez se fazia presente. Era uma bela noite de lua crescente, poucas estrelas iluminavam aquele belo céu, Shun estava em seu quarto, era simples pois este não aceitara nada luxuoso da parte de Dimitri, este estava consigo em seus aposentos conversando.

– Olha foi bom conversar, mas agora eu lhe deixarei descansar meu Shun... e faltam apenas duas noites, meu coração parece querer voltar a bater.

– Eu estou imensamente feliz.

– Eu vou indo está bem? Nos vemos pela manhã. – o moreno logo saiu

O garoto de cabelos verdes se deitou, não conseguiu sequer fechar os olhos, resolveu se levantar e tomar um copo de água, a qual estava sobre uma mesinha que ficava perto da janela. Antes de tocar o copo sua força sumiu e seus joelhos encontraram o chão frio, ele começou a tossir como se quisesse colocar algo para fora, por um milésimo de segundo seus olhos voltaram ao normal e um sussurro saiu de sua boca:

– Hyoga...

Em seguida seus olhos retornaram ao negro e aquele olhar perdido se instalou, o jovem se levantou sem tomar sua água deitou-se e dormiu.

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O russo não conseguia dormir, ele sentia que sem Shun não era a mesma coisa, tê-lo entre seus braços... “Não! Pare de pensar nisso, você tem que pensar em como salvar o Shun e não se lamentar.”

– Isso se ele quiser mesmo ser salvo... – o russo estava sentado sobre sua janela observando o belo céu noturno quando seus pensamentos foram interrompidos por uma voz, ou melhor, a voz. Ele conhecia tão bem aquele tom aveludado e calmo de se falar.

“Hyoga...” Era, definitivamente era ele. Shun o chamara, ele não estava louco.

Aquilo que pareceu ser só um nome para muitos era uma mensagem para o loiro, ele notou sim que a voz do mais novo estava sofrida, mas se focou na mensagem. O russo abriu um mapa sobre sua escrivaninha, pegou um marca texto e começou a rabiscar algumas coisas, ao terminar sorriu.

– Eureca! – “Obrigado Shun. Eu vou fazer de tudo para te salvar.”

O loiro correu até a sala, lá estavam Saga, Kanon, Milo, Camus, Kárdia, Degél, Kagaho e Shina jogando o que parecia ser pôker enquanto Shura, Mime, Misty, Alberich e Seiya olhavam

– O que está fazendo acordado essa hora mocinho? – seu avô lhe perguntou mesmo estando de costas para si

– Eu descobri o que vai acontecer daqui duas noites! – todos largaram as cartas e pararam o que estavam fazendo para encarar o russo.

– Seiya, vai chamar o pessoal que está na biblioteca.

Em questão de segundos, literalmente, estavam os que restaram na casa ali reunidos.

– Então o que foi que descobriu? – Mú perguntou curioso

– Primeiramente, o Dimitri quer se casar com o Shun daqui duas noites porque já será lua cheia, mas não será uma lua cheia qualquer...

– Lua sangue! – interromperam Dohko e Shion em um uni solo

– Exato. A cada uma geração ocorre essa lua de sangue, os lobisomens estarão mais fortes por causa da lua cheia, mas Hades quer fazer isso na lua de sangue porque ele quer transformar o Shun num deles.

– Isso é terrível. – Shina disse

– Não é tudo... é Hyoga? – Shiryu perguntou e recebeu um abano de cabeça negativo – Sabia, pelo que já li sobre a lua de sangue... ela pode ser usada para ressuscitar os mortos.

– Isso, eles querem trazer de volta todos os guerreiros deles que morreram durante todas as guerras que foram travadas. E mais, descobri o por que de o Shun estar daquela forma. É um feitiço que o próprio Hades jogou nele, por isso ele fica física e mentalmente diferente, ele se tornará Hades se não impedirmos.

– Quebrar um feitiço, estragar um ritual e atrapalhar um casamento? Estou dentro. – Kárdia disse

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– Raios! – praguejou Hades

– O que houve meu pai? – Dimitri entrou no local

– Os Jamanthy estão apostos, eles estão dispostos a estragar meus planos...

– O senhor não vai deixar, não é mesmo?

– Claro que não deixarei.

– Só lhe digo uma coisa, se estragar meu casamento...

– O que vai fazer? Não sabe mais o seu lugar? Preste muita atenção... eu sou a bota, você o inseto. Então não se meta em meu caminho.

O moreninho trincou os dentes e saiu do lugar furioso com seu pai e consigo mesmo por não ter coragem de desafiá-lo.

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– Nós atacaremos amanhã à noite. – Milo disse

– Essa sim será a ultima...

Toc!Toc! Alguém bateu a porta.

– Será que essa povo não sabe o que é campai... – Shura abriu a porta e ao olhar quem era não se conteu – Puta que pariu.

– Quem tá aí? – Milo veio verificar quem era e arregalou os olhos – O que fazem aqui...?

– Bom...

– Viemos nos juntar a vocês.

– Nunca confiaríamos em vocês.

– Eu disse que iria me juntar a vocês, eu não estou do seu lado, só estou contra Hades agora.

– Por acaso enlouqueceu Radamanthys?

– Louco eu sempre fui, idiota não mais.

– Diga-me, por que deveria confiar em você e no Minos?

– Porque nós sabemos dos planos de Hades e estamos dispostos a contar pra vocês...? – o albino perguntou irônico.

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– Milo, você enlouqueceu?! – perguntaram Camus e Kárdia

– Não.

– Como quer colocar um, um não, dois lobisomens dentro de casa assim?

– Eu posso ler suas mentes, eles realmente querem ajudar. Vamos dar essa chance a eles, caso não dê certo os mataremos.

– O Milo está certo... – Degél se manifestou

– Como é?! – os três perguntaram em coro

– Vamos dar uma chance a eles, esses dois podem ser aliados importantes.

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Ao voltarem para a sala se depararam com Kanon e Radamanthys puxando o cabelo um do outro enquanto Saga tentava separar os dois com a ajuda de Minos. Os aquarianos e escorpianos não deixaram de achar a cena hilária e soltaram uma risada sonora atraindo a atenção de todos.

– Er... – Milo tentou falar, mas voltou a rir

– Ele quis dizer que vocês são... – até Camus que era mais serio se deixou levar e começou a rir junto com o marido

– Bem-vindos... – Degél falou já controlado

– Então quer dizer que é assim...? – o albino perguntou ao colega

– Acho que sim.

– Do que vocês estão falando?

– E no final de tudo... o leão se torna um cordeiro. – respondeu Radamanthys

– Adoro cordeiro assado! – Seiya disse sem nenhum pudor

– Isso lá é coisa que se diga Seiya?! – Shiryu o repreendeu

– Desculpe...

– Ah, Milo, Camus... não os incomodaremos mais... – o loiro de sobrancelhas grossas disse

– Como assim? – perguntou o casal

– É que... nessa reviravolta acabamos nos encontrando.

Os dois homens que acabaram de chegar deram as mãos o que deixou todos de boca aberta, o único que conseguiu se manifestar foi Misty e este só conseguiu dizer três palavras:

– Ai... meu... Zeus!

Continua...