Último Desejo escrita por JúhChan


Capítulo 1
Minha felicidade!


Notas iniciais do capítulo

Oii.... (se alguma leitora de Soba ni Iru né ver isso, acho que vou ser acertada com tudo quanto é tipo de coisa)
Tive essa ideia do nada, e se não escrevesse, provavelmente o cap de SNIN sairia uma merd*
Boa leitura!! Espero que gostem... e desculpe se tiver algum erro... Ninguém é perfeito...
Essa foi a música que usei para me inspirar.. se quiserem ouvir enquanto leem a fic...
http://www.youtube.com/watch?v=TU6ZAS8OZLk
^^



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A tarde de primavera estava agradável, principalmente com a brisa fresca entrando pela janela do carro, nem uma música tocava no CD player e, o celular permanecia desligado repousando sobre o painel do automóvel. Apenas apreciava o silencio enquanto a brisa o refrescava. Fazia exatamente seis horas que percorria a interestadual que ligada o estado de Califórnia ao de Nevada.

Ficar sentado dirigindo, enquanto presta atenção apenas na estrada, já estava deixando Sasuke Uchiha entediado, o rapaz de 22 anos que cursa o terceiro ano de direito, possuidor de uma beleza rara com seus olhos negros e cabelos da mesma tonalidade que os olhos no estilo bagunçado que tirava o fôlego das moças de quase toda universidade que frequenta.

Foi diminuindo a velocidade quando algo, ou melhor, uma pessoa lhe chamou a atenção. O sinal que ela fazia deixava claro que necessitava de uma carona. Mas ao analisá-la dos pés a cabeça, resolveu acelerar o carro. Afinal, quem em sã consciência pinta o cabelo de rosa?

Com certeza uma maluca drogada! – pensou.

Mas uma coisa inesperada aconteceu. A moça de cabelos róseos abaixou-se e pegou algo que estava perto de seus pés.

Uma carona, por favor!

A placa improvisada, escrita com letras cursivas foi levantada acima da cabeça.

O cenho do rapaz se franziu, não estava com a mínima vontade de aturar gente desconhecida dentro de seu carro, porém pela maneira desesperada que ela balançava a placa, fez Sasuke repensar em sua próxima ação. E com um suspiro foi diminuindo a velocidade de seu carro mais uma vez com a ponta de arrependimento cutucando o seu peito.

Parou o carro próximo a ela que veio em direção do mesmo com um sorriso. Pressionou o botão que fez a janela do banco passageiro da frente baixar.

-Poderia me dar uma carona até o estado de Nevada? – perguntou a moça debruçando-se sobre o espaço da janela.

-Estou indo para lá, entre. – Sasuke respondeu reparando no decote da blusa.

Agradeceu com um sorriso e entrou no carro. Um estranho cheiro de terra molhada tomou conta de seus sentidos e com as sobrancelhas arqueadas desviou o seu olhar para a moça de estranhos cabelos róseos.

-Algum problema? – a rosada questionou ao sentir os olhos negros sobre si.

Sendo desperto pela voz dela, Sasuke voltou sua atenção à estrada.

-Nenhum. – falou mudando a marcha do carro. –Coloque o cinto.

Depois do curto dialogo, o silêncio voltou a reinar no carro que estava com as janelas fechadas e o ar condicionado ligado. Sem nenhum barulho a não ser do motor, a moça de cabelos róseos acabou encostando a cabeça no vidro e adormecendo.

Um suspiro escapou de seus lábios quando reparou sua acompanhante havia dormido, será que a rosada não temia por sua vida? Pedindo carona para estranhos e adormecendo dentro de um carro dirigido por uma pessoa que ela nunca tinha visto na vida?

Cada louco com suas loucuras. – falou em pensamento e sem perceber desviou sua atenção para os cabelos róseos que para ele eram pintados. Reparou que até a raiz do cabelo estava rosa, indicando que recentemente foi pintando. Tem dinheiro para pintar o cabelo, mas para uma passagem de ônibus ou avião não, vai entender a mente das mulheres!

Mas Sasuke tratou de espantar tais pensamentos quando sua atenção foi prendida com a imagem do rosto sereno da moça adormecida refletida no vidro. Ela dormia tão profundamente que Sasuke ficou observando por um bom tempo, porém tudo foi quebrado quando a buzina de um caminhão o despertou.

Estava invadindo a pista contrária.

-Porra, eu não quero morrer! Não agora! – falou alto e em bom som.

Apertou os dedos no volante e o virou com certa brutalidade e por pouco não causa um acidente automobilístico em uma estrada quase deserta. A buzina soou longamente e o motorista do caminhão mostrou o dedo do meio quando viu o Uchiha.

Por sorte o rapaz pensou rapidamente e tinha puxado o freio de mão a tempo de o carro conseguir fazer algo a mais que retornar a sua pista. Quando tudo se acalmou e Sasuke conseguiu respirar normalmente, desceu os olhos pelo seu corpo verificando se não tinha nenhum machucado e suspirou aliviado, desviou sua atenção à moça que parecia que não havia se mexido um centímetro, fez a mesma coisa que tinha feito em si e arregalou os olhos ao reparar que ainda dormia profundamente.

Pelo menos está intacta! – pensou. Não queria pensar na possibilidade de ter se metido em uma grande encrenca se não tivesse agido rapidamente.

Foi tirado de seus devaneios quando a viu se remexer como se estivesse com frio e em outro segundo um par de olhos verdes brilhantes o encarando.

-Já chegamos? – coçou os olhos e logo em seguida bocejou.

O cheiro de terra molhada se fez presente mais uma vez e ele arqueou as sobrancelhas. Não choveu o dia inteiro, então por que sentia esse cheiro?

A rosada esperava a resposta que não vinha então olhou em volta e percebeu que ainda estava na interestadual parada.

-Pelo visto ainda não. – concluiu em voz baixa, mas o moreno ouviu e se deu conta que deveria estar dirigindo e não com o carro parado, apenas com o motor ligado.

-Em duas horas estaremos lá. Pode voltar a dormir. – informou já com o carro em movimento.

-Cansei de dormi, estou com fome. – falou fuçando a bolsa que descansava em seu colo.

-Só não vá fazer sujeira. – ficaria irado se farelo de biscoito ou qualquer coisa do gênero sujasse seu precioso carro.

-Não se preocupe, eu só como sorvete! – e dentro da bolsa retirou um pote do dito cujo.

Assustado, Sasuke pisou fundo no pedal do freio, fazendo com que o corpo da rosada fosse para frente e voltasse.

-Quem em sã consciência carrega um pote de sorvete dentro da bolsa, sabendo que vai derreter? – perguntou surpreso encarando o pote de sorvete de napolitano. (N/A: eu não sei se tem esse sabor nos EUA, mas sorvete de sabor único é sem graça)

-Não é só um pote de sorvete, são três! – os olhos do rapaz se arregalaram. –Uma que é viciada em sorvete! – respondeu a pergunta retórica dele em tom brincalhão e logo em seguida mostrou a língua em um ato infantil.

-Só não fala bagunça. – avisou massageando as têmporas.

-Você não quer? – ofereceu, mas Sasuke negou com um gesto de cabeça. –Oba, sobra mais pra mim! – vibrou e levou a primeira colher cheia de sorvete dos três sabores à boca. –Isso tá’ muito bom! – falou de boca cheia.

Balançou a cabeça de um lado para o outro em reprovação e pôs-se a concentrar na estrada. Por alguns minutos o silencio mais uma vez reinou dentro do carro, porém foi quebrado pela rosada que já estava com o pote de sorvete pela metade.

-A propósito meu nome é Sakura. – apresentou-se depois de engolir uma boa quantia de sorvete.

-Sasuke. – falou mecanicamente olhando para estrada.

-O que fará em Nevada? – perguntou curiosa, admirando com os olhos brilhantes o perfil do rapaz.

-Fui convidado para a despedida de solteiro de um amigo da faculdade.

-Bom, eu já vivi um sonho hollywoodiano e agora está na hora de viver na cidade do pecado, Las Vegas!

Sasuke lançou um olhar torto à Sakura que apenas rui.

-Viver em Las Vegas nem pensar, mas tenho alguns assuntos pendentes lá.

-Que tipo? – quis saber.

-Alguns clientes me devem. – mandou uma piscadela e depois riu. Deixando Sasuke confuso.

-Sakura quantos anos você tem? – perguntou intrigado após a fixa ter caído.

-Oras! Não se pode mais zoar que já é mal interpretada. Estou brincando Sasuke, pode ficar tranquilo que não sou uma garota de programa! Sou apenas uma adolescente de dezessete anos que se rebelou contra os pais e fugiu de casa em um ato de rebeldia. – garantiu.

-Posso saber por que se rebelou?

-Seguindo regras e alcançando as expectativas impostas pelos pais é enjoativo, eu só queira ser livre como as minhas amigas que não tinham horário para tudo escrito e pregado em seu quarto.

-Até para ir ao banheiro?

-Até para ir ao banheiro.

-Seus pais são estranhos. – concluiu, segurando o riso. Afinal que tipo de pais estipula um horário para tudo que a filha deve fazer?

-São mesmo. – e gargalhou acompanhada de Sasuke.

Em um determinado momento, Sasuke olhou para o céu e uma careta desgostosa se formou em seu rosto.

-Merda! Vai chover.

-Era de se esperar, estava fazendo um calor que não é normal na primavera. – Sakura também encarou o céu onde nuvens carregadas tomavam conta do azul. –Eu adoro a chuva!

-Eu também.

-Não gosto do silêncio.

-Eu o aprecio.

Com um bico infantil nos lábios, Sakura encarou o CD player, mas sua expressão facial mudou quando uma ideia veio em sua mente. Abriu a bolsa e buscou a ‘’coisa’’.

-Vai aprontar o quê?

-Sou uma santa Sasuke, por isso não apronto!

-E eu nasci ontem, essa sua cara de criança travessa não engana ninguém!

Os olhos verdes brilharam quando sua mão, dentro da bolsa, encontrou a ‘’coisa’’.

-Se prepare para odiar o silêncio.

Mostrou o pequeno objeto em sua mão.

-Um pen-driver? O que você pensa que... – interrompeu-se ao perceber o que ela pretendia fazer.

Em um movimento rápido Sasuke bateu de leve na mão da garota que soltou o objeto e o encarou surpresa. A eletricidade que passou pelos corpos de ambos fez com que os olhares se prendessem. Como os verdes brilhantes podiam ser tão profundos? E os negros faziam com que Sakura visse um céu sem estrelas e sem Lua, isso era possível?

Um arrepio passou pela sua nuca ao sentir Sasuke acariciar sua bochecha delicadamente. O calor que emanava daquele gesto a fez corar, dando mais destaque às esmeraldas que brilhavam mais que a própria Paris.

-Você é linda. – as palavras saltaram da boa de Sasuke sem sua permissão.

A essa altura do campeonato, o carro estava parado no acostamento com os faróis piscando, enquanto dentro do mesmo as respirações de dois jovens se mesclavam.

Sasuke pode mais uma vez inalar o cheiro de terra molhada que até agora nunca imaginou que poderia ser tão delicioso, mas de onde vinha? Com a outra mão desprendeu o seu cinto de segurança e depois a da rosada para logo em seguida pousá-la na cintura fina de modo possessivo.

Vendo-se livre do sinto de segurança, Sakura sorriu e rodeou os braços finos em volta do pescoço do moreno, cortando a pouca distancia entre eles.

O beijou foi, na verdade, um roçar, mas quando Sasuke apertou a cintura da rosada e movimentou seus lábios sobre os dela pedindo por mais não precisou fazer de novo, pois Sakura permitiu que ele aprofundasse o beijo.

E então a luta de línguas começou, o moreno explorava cada canto da boca da rosada, querendo mais e mais provar do doce sabor que ela tinha. Por outro lado, Sakura tentava acompanhar Sasuke naquela dança sensual que só fizera três vezes em sua vida.

Sentiu seu corpo sendo levantado e logo em seguida acomodado no colo de Sasuke. Este a abraçou pela cintura e mordeu seu lábio inferior de um modo sexy, foi descendo os beijos, primeiro no queixo e depois no pescoço, onde chupou deixando uma marca ali e sorriu quando o tímido gemido saiu dos lábios da rosada.

Voltou sua atenção para os olhos verdes que adquiriram uma tonalidade mais escura, mostrando todo o desejo dela.

-Acho melhor nós pararmos por aqui, ou então vou acabando fazendo uma besteira. – falou e viu a expressão decepcionada estampada no rosto dela. –Tenho 22 anos, se descobrirem que transei com uma menor de idade sou preso.

O encanto foi quebrado e Sakura abaixou a cabeça envergonhada, o que estavam prestas a fazer era errado e depois poderia pesar para o lado de Sasuke, e ela jamais se perdoaria se algo acontecesse a ele por sua culpa. De repente seu peito se apertou e ela teve que conter as lágrimas. Mas não iria chorar, não quando sua felicidade estava bem a sua frente. Algo se agitou dentro dela e ela arregalou os olhos. Sim! Sasuke era sua felicidade, ela nunca se sentiu tão feliz como se sentiu quando as mãos do moreno a tocavam e era beijada por ele de uma forma tão encantadora.

-Quem disse que você está me forçando a algo? – a voz um pouco chorosa quebrou o silencio instalado ali. Sem pensar duas vezes, Sasuke puxou o rosto dela para que ela o encarasse. –Até onde eu sei, você deveria me forçar a transar contigo para ser um estupro ou pedofilia. E você, Sasuke não fez nada disso. – falou encarando os olhos negros que desde a primeira vez que seus olhos encontraram com os dele tinha gostado.

-Você tem ideia do que está dizendo? – questionou.

-Sim, eu tenho Sasuke! Além do mais, eu sou uma rebelde lembra? – respondeu com um sorriso contagiante.

-Lembro sim. – e a abraçou pela cintura, trazendo para mais perto de si.

Com um breve selinho, Sakura correspondeu ao abraço, o deixando apoiar o queixo no topo de sua cabeça.

O que está acontecendo comigo? – questionou em pensamentos. Seduzi uma adolescente, mas parece que ela não percebeu isso, agora estou a abraçando enquanto a vejo sorrir como se nada tivesse acontecido.

-Sakura, você tem ideia como está a minha cabeça neste exato momento? – pensou em voz alta.

-Confuso, porque deve estar achando que me seduziu só para eu entregar minha virgindade a você e quando chegarmos à Nevada a primeira coisa que fará é se livrar de mim o mais rápido possível. – respondeu normalmente.

-Você lê mentes por algum acaso?

-Não, mas é muito fácil descobrir o que as pessoas estão pensando. – respondeu apoiada no peitoral do moreno. –Ei, sabia que dá para ouvir seu coração batendo? Ele parece estar calmo, o ritmo em que ele bate é muito bom, melhor que o meu sorvete! – riu.

-Quer o ver acelerar? – perguntou.

-Como?

Dane-se! Problema é meu se estou a seduzindo, a culpa é dela por ser muito linda!

-Desse jeito. – aproximou-se o suficiente parar encarar as esmeraldas brilharem em felicidade e as bochechas ficarem carmim.

Selou os lábios em um beijo carinhoso, mas ao mesmo tempo cheio de desejo. Umas de suas mãos subiam e desciam, fazendo um carinho delicioso nas costas da rosada enquanto a outra apertava sugestivamente a cintura dela. Em resposta, Sakura puxava os cabelos da nuca do Uchiha ou até mesmo passava a unha levemente no pescoço causando arrepios no mesmo. Mordeu o lábio inferior da rosada mais uma vez antes de desviar sua atenção para o pescoço que sem pudor algum o lambeu, passou a língua lentamente por toda a extensão deste fazendo Sakura soltar um gemido prazeroso, se deleitando com as correntes elétricas que passavam por todo seu corpo.

Com certa pressa o moreno retirou a regata que ela usava. Quando os seis médios da rosada foram expostos com apenas o sutiã cor de pele os cobrindo, os olhos negros brilharam em puro desejo. Confiante, Sasuke apalpou o seio esquerdo, o massageando por sobre o sutiã. O deleite em que Sakura caiu, fez com que Sasuke grunhisse em puro prazer.

Querendo devolver as carícias deliciosas, Sakura deslizou as mãos pelas extensões dos braços do Uchiha, arranhando de leve. Chegou à barra da camisa que ele vestia e com a ajuda dele se livrou dela, o tronco com músculos nas medidas certas alcançaram a visão da rosada que corou.

-Pode tocar. – alfinetou Sasuke sorrindo de canto.

Deu um fraco soco no peitoral do rapaz e ambos riram.

Selaram os lábios mais uma vez, deixando que o desejo que sentiam falar mais alto. Sem que Sakura percebesse, Sasuke baixou o banco do passageiro e a depositou ali para em seguida ficar sobre ela, sem as bocas desgrudarem. Ela arfou ao sentir as mãos ágeis em suas costas desfazendo o encaixe do sutiã.

Sem aviso prévio, Sasuke abocanhou o seio direito desprotegido. Um gemido ecoou por todo o carro. Sorriu de canto com o resultado, e propositalmente pressionou-se sobre ela.

-Eu quero você. – falou Sakura quando algo duro pressionou seu centro. Suas mãos voaram para o cós da calça jeans que ele usava e rapidamente o botão foi desfeito e o zíper abaixado. Desajeitado pelo pequeno espaço, Sasuke a ajudou a tirar a calça e logo em seguida a cueca, o deixando livre.

-Com calma Sakura. A primeira vez deve ser importante.

-Quando se tem um deus grego a sua frente, isso é a última coisa que se pensa. – contrapôs. –Mas, por favor, não faça doer tanto. – o abraçou. –Não gosto de sentir dor. – falou contra o ombro dele.

Riu com o ato infantil dela, pegou o rosto da rosada entre suas mãos e olhou fixamente em seus olhos.

-Prometo. – prometeu selando os lábios. À medida que o beijo se tornava intenso as mãos passeavam pelos corpos, conhecendo cada canto. –Você é linda! – elogiou quando se levantou para apreciar a visão do corpo sem nenhuma peça o cobrindo, suado e com as maçãs dos rostos vermelhas.

Sakura não sabia quando Sasuke tinha retirado suas últimas peças que impendiam um contato maior entre seus corpos. O viu pegando uma camisinha no porta-luvas e sorriu.

Melhor prevenir do que remediar. – pensou.

Os lábios se encontraram, Sasuke explorou cada canto da boca dela e foi se deitando sobre ela.

-Pronta? – sussurrou a pergunta com a voz rouca pelo desejo bem perto do ouvido dela que se arrepiou.

-Nasci pronta! – respondeu sentindo os beijos deliciosos em seu pescoço, mas todo aquele deleite foi interrompido quando não pôde conter um doloroso gemido. Sasuke se forçava para dentro dela, tomando cuidado ao máximo, porém a dor da primeira vez seria inevitável.

-Sakura... – a chamou e parou com o ato.

-Lembre-se, eu nasci pronta. – respondeu com um sorriso em meio à careta de desconforto. –Me complete Sasuke!

Causar dor era a última coisa que ele pretendia fazer com ela, e por isso a abraçou enquanto se forçava, mais uma vez, para dentro.

E quando Sakura atingiu o maior ponto de prazer, sua mente nublou e não conseguia controlar as batidas aceleradas de seu coração que estava inundado de felicidade. Sasuke também não estava diferente. Rapidamente ele inverteu as posições, deixando que a rosada descansasse sobre si.

Deitada usando o ombro do Uchiha como apoio, fazia círculos imaginários em seu peito causando casuais arrepios.

-Você está bem? – perguntou enquanto passava a mão na lateral do pequeno corpo.

-Melhor impossível! – respondeu. De repente um barulho estranho soou pelo carro e Sasuke pode ver as bochechas carmim.

-Está com fome? – achou graça da repentina vergonha dela.

-Eu só como sorvete. – apontou para a janela.

-Está chovendo. – constatou o obvio. –E agora? – perguntou encarando os grossos pingos de chuva.

-Esperamos a chuva diminuir para continuar. Sasuke desliga o ar condicionado. – mandou se aconchegando mais ao corpo do moreno.

Esticou-se o máximo que pode conseguindo desligá-lo, e logo em seguida esticou-se para o bando de trás alcançando uma manta.

-Por que você carrega isso? – perguntou curiosa enquanto sentia o tecido cobri-la.

-Nunca se sabe o que pode acontecer em uma interestadual. – e piscou com um sorriso maroto. Em resposta ela apenas desferiu um leve soco na costela do rapaz. –Você não disse que estava com fome?

-Bom, se você quiser me ver resfriada é só falar que eu saio do carro.

-Não seja boba. – e a puxou mais para si, começou um cafuné nos cabelos róseos macios. –Fala a verdade, seu cabelo é pintado né? – mas a resposta não veio. Sentiu uma respiração calma batendo contra a sua pele e quando olhou para baixo se deparou com Sakura adormecida traquilamente. –Você não existe.

Estranhamente o cheiro de terra molhada invadiu seus sentidos, ele desviou os olhos para fora. Agora poderia dizer que aquele cheiro agradável tinha alguma explicação. E foi com esse cheiro de terra molhada que deixou o sono tomar conta de si.

Os raios de sol ultrapassavam de leve, batendo diretamente no rosto do Uchiha que despertou. Os momentos do dia anterior passaram como flashes em sua mente e com um sorriso a chamou. Porém a voz feminina não respondeu e o peso do corpo dela não estava sobre si.

Vai ver ela foi lá fora. Para um momento sozinha já que ontem ela perdeu a virgindade. – deu de ombros. Vestiu-se rapidamente e saiu do carro desligado, havia acordado em plena madrugada, pois tinha se esquecido de desligá-lo – a procura da estranha rosada viciada em sorvete.

Já tinha procurado pelos arredores do carro e não a encontrou, não havia lugar para servir de esconderijo, então para onde a rosada viciada em sorvete se meteu? Cansado de procurá-la, voltou para o quarto irritado consigo mesmo, como poderia ter transado com uma desconhecida? Dentro dele já sabia que na manhã seguinte ela não estaria ali para ele apreciar as bochechas coradas.

Bateu com uma força desnecessária a porta do motorista e deixou que a tombasse para frente, até que sua testa encostasse-se ao volante. Socou o painel fazendo todo o carro tremer.

-Cadê você Sakura?

De repente algo pontudo bateu contra sua nuca. Levou a mão até lá e sentiu a textura do papel passar pelos seus dedos enquanto deslizava até o fim de suas costas. Rapidamente o pegou.

Era uma carta.

Meio clichê, não? – arqueou as sobrancelhas quando reparou que na parte do remetente estava o escrito o nome da rosada viciada em sorvete com letras cursivas e grandes.

Abriu o envelope e desdobrou a carta.

Sasuke, quando você estiver lendo estar carta, significa que eu já fui. Literalmente! Já até posso imaginar sua cara irritada por sair à procura de mim pelos arredores e também como deve estar por dentro, perguntando-se por que eu sumi. Você deve me odiar. *marca de uma lágrima*

Só que o meu tempo acabou. Agora estou bem longe de você. Eu queria muito ter acordado ao seu lado e seguir para Nevada para o meu sonho na Cidade do Pecado, mas isso não irá acontecer.

E sabe por quê?

Eu estou morta.

Não fique assustado, mas esclarecendo uma coisa: sim, você deve contato com um fantasma. Por favor, não entre em pânico!

Vou explicar melhor essa situação. Eu morri há dois meses nessa estrada estava indo para Nevada com os meus pais, que a propósito não são malucos como tinha dito antes, eles eram pais normais. Um caminhão desgovernado tinha invadido a nossa pista e bateu de frente, só o motorista sobreviveu. Meus pais foram para o Céu, mas eu fiquei.

Parece que eu tinha algo para fazer antes de ir pra lá. Estranho não? Mas então, eu vaguei por essas estradas até você me encontrar e me dar uma carona. No começo eu achava que o meu ‘’assunto pendente’’ era chegar em Nevada, mas quando fizemos o primeiro contato eu soube que não tinha ido para o Céu pelo simples fato de não ter encontrado a felicidade igual os meus pais.

Isso mesmo Sasuke, você é minha felicidade! Agora eu posso ir para o Céu sentindo que o meu último desejo foi realizado.

Obrigada. *marca de lágrima*

Você me fez sentir completa em poucos minutos convivendo contigo e me mostrou o que pode ser o amor.

Obrigada, o que você fez por mim, mesmo que inconscientemente, não tem preço.

Antes que o meu tempo realmente acabe, posso pedir uma única coisa antes de ir para lá?

Sasuke balançou a cabeça, com o coração apertado.

Seja muito feliz ao lado da mulher da sua vida. A ame muito, e nunca a magoe. Tenha filhos lindos como você e os ame muito também!

Eu nunca vou me esquecer de você. Sempre ficarei de olho em você lá de cima para ter certeza que você não fará nenhuma besteira, principalmente acidentes automobilístico. Eu sei que você quase bateu o carro ontem, eu vi só fingia que dormia e também espero que continue apreciando o cheiro de terra molhada que, aliás, era eu! Não sei explicar, mas era eu. Era o cheiro que mais gostava.

Última coisa: os meus cabelos são naturais, quando bebê sofri uma mutação na melanina que deixou os meus cabelos assim. Estranho, não?

*outras marcas de lágrimas*

Bom, acho que chegou a hora. Adeus Sasuke...

Com carinho, Sakura Haruno.

P.S. é bom que você demore em vir pra cá, minha felicidade.

Apertou o papel entre os dedos. Lágrimas silenciosas escorriam de seus olhos. Então ela se foi? Sem o último beijo? Sem o último abraço?

-Sakura... – murmurou com a voz arranhada.

De repente o cheiro de terra molhada invadiu seus sentidos e ele rapidamente levantou a cabeça à procura dela, mas nada encontrou.

Só sabia que ela estava ali pedindo para que ele prossiga com sua vida. E ele faria isso por ela, pois ele é a felicidade dela.

Fungou e respirou fundo, ligou o carro e deu a partida. Sasuke realizaria o último desejo dela.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam??
O final foi triste, mas foi única coisa que veio... T.T
Esperando os reviews... Beijos e até breve! ;D