Um começo diferente escrita por Lola Carvalho
Notas iniciais do capítulo
Conforme o combinado, ontem eu postei no meu blog (lola-carvalho.blogspot.com) e hoje aqui *-*
E eu quero agradecer à recomendação da fic que a Carolzinha fez *-* Quase chorei na hora que li :') Obrigada *.* S2
Boa leitura!
O dia amanhecera mais belo, ou era apenas impressão da pequena Teresa?
Era dia de aula, e ela estava confiante que este seria o último dia que ela estaria proibida de falar com Patrick. Além de ser véspera de seu aniversário.
Levantou mais cedo, tomou um banho e decidiu que deixaria seus cabelos secarem naturalmente, para que ficasse levemente ondulados.
Desceu para o café da manhã antes que Kim, e encontrou seu... Pai já sentado, lendo a sessão de esportes.
– Bom dia! Está bonita... – disse Greg
– Obrigada – ela sorriu – Onde está a mamãe?
– Não estava se sentindo bem, resolveu ficar mais um tempo na cama.
– Ah... – Greg a observou por um tempo enquanto ela preparava seu sanduíche, até quebrar o silêncio
– Quer saber de um segredo?
– Claro! O que é?
– Você me disse para pedir ajuda ao Alex, para ver se Kim estava mentindo...
– Mas isso não é um segredo. É um fato.
– O segredo é... – ele se aproximou mais dela e sussurrou a continuação em seu ouvido – Que eu não preciso de ajuda.
Teresa sorri, porém antes que ela pudesse dizer alguma coisa, Kim e os meninos entraram na cozinha.
– Bom dia – disseram todos
– Bom dia – respondeu Teresa
– Kim... – chamou Greg – sabe, eu estava aqui conversando com a Teresa e... Ela estava novamente tentando me convencer de que ela não beijou o Patrick...
– Pare de mentir, Teresa... – disse Kim
– Mas eu não estou mentindo! – A morena entrou na brincadeira
– Eu vi você beijando ele... – Kim coça a ponta do nariz
– Foi um beijo na bochecha – Teresa se defende
– Não foi não – Kim toca em sua boca – foi um beijo de verdade... Na boca.
– Interessante – diz Greg pensativo – Eu não sei como não prestei a atenção nisso antes...
Antes que a conversa prosseguisse, batidas desesperadas se ouvem desde a porta da sala. Greg levanta-se para atende-la.
– Gregory! – exclama exasperado o homem do outro lado da porta
– Alex? O que faz aqui uma hora dessas?
– O Patrick... – tentava dizer o homem ofegante
– Calma, calma... Entre, sente-se aqui. James, vá pegar um copo de água para o senhor Jane – ordenou Greg
Alex respirava fundo diversas vezes, tentando recuperar o fôlego. Bebeu a água que lhe fora trazida e agora, mais calmo, ele pôde continuar:
– O Patrick fugiu...
– Como? – intrometeu-se Teresa
– Eu acordei de manhã e ele não estava mais lá.
– E como sabe que ele fugiu, e não foi... – Gregory não conseguiu dizer a palavra “sequestrado”
– Ontem Maggie voltou, e pediu para se encontrar comigo... Eu fui, mas não contei para Patrick. Quando eu cheguei em casa ele já tinha descoberto que eu tinha mentido para ele, então eu contei a verdade sobre a mãe dele. Ele ficou super furioso comigo, e agora ele fugiu...
– E você não sabe onde ele pode estar? – perguntou Greg
– Não faço a menor ideia... Ele pode estar em qualquer lugar!
– Talvez eu... – começou Teresa tímida, conseguindo a atenção de todos – Talvez eu saiba onde ele está...
...
Patrick não demorou muito para chegar ao seu primeiro destino: A árvore dele e de Teresa.
Sentou-se aos pés dela, retirou da mochila um caderno, um envelope e uma caneta.
Era hora de dar adeus a Teresa. Dizer que ele sempre a amaria.
Mas como se despedir de alguém que tem tanta importância e significado, como Teresa?
As palavras simplesmente não saíam... A ideia de nunca mais vê-la era terrível.
Eram quase sete quando ele conseguiu escrever a carta.
Pequena, porém significativa.
Ele guardou de volta em sua mochila as coisas que retirara e a colocou em suas costas, para poder subir na árvore e colocar o envelope no lugar que ele e Teresa costumavam ficar.
Sentou-se um minuto para observar o nascer do Sol, mas quando pensou em descer, ouviu o barulho de um motor de carro, ficando cada vez mais próximo.
“Droga!” ele pensou.
O motor do carro foi desligado, e ele pôde ouvir vozes de lá de baixo.
– Acho que ele pode estar aqui – ele conhecia aquela voz... Teresa. Ele não pôde não sorrir com isso – PATRICK? – ela gritou e correu até a árvore, conseguindo vê-lo sentado lá em cima
– Filho! – gritou seu pai – Filho, desça... Vamos conversar!
– Eu não quero conversar! – Patrick disse
Muito tempo fora desperdiçado tentando convencer Patrick a descer. Até que Greg teve uma ideia, e chamou de canto Alex para conversar:
– Alex... Eu tenho uma ideia. Patrick está chateado, vamos deixa-lo sozinho por um tempo...
– Sozinho? Enlouqueceu? – exaltou-se Alex
– Calma... Vamos sair daqui e deixar Teresa... – ambos olharam para a menina
– Eu?
– Tem mais alguma Teresa aqui? Aliás, tem mais alguém aqui? – era verdade, as outras crianças haviam ido para escola sob os cuidados da vizinha
– Mas eu... Posso falar com ele? – perguntou a menina
– Você tinha razão, Teresa... Kim estava mentindo. Tente convencer Patrick a descer e conversar com o senhor Jane, está bem? Nós estaremos esperando vocês em casa...
– Ok...
Alex agradeceu a Teresa e ele e Greg entraram no carro e se foram dali.
A menina respirou fundo, e então caminhou os passos que a separava da árvore.
– Não vou descer! – disse Patrick sem olhar para baixo
– Não estou pedindo para você descer... Estou subindo – disse a menina
– Teresa? – ele sorriu – O que faz aqui?
– Fiquei preocupada com você... – ela se ajeitou do lado dele
– Obrigado. E desculpe... Eu te deixaria um carta – ele balançou o envelope para ela
– Acho que não será mais necessário...
– Eu ainda vou embora! – ele afirmou
– Para onde?
– Vou atravessar o país até chegar na Califórnia...
– E como pretende fazer isso? Quero dizer... Com que dinheiro?
– Tenho algumas economias, e além do mais, posso ganhar dinheiro lendo a mente das pessoas...
– Mas Patrick... Por quê?
– Estou cansado de ter alguém sempre no comando das nossas vidas... Imagina só, Teresa, nunca precisaríamos ter deixado de nos falar se não tivéssemos nenhuma autoridade sobre nós
– Estamos nos falando agora – constatou ela – e não aja como se isso fosse por minha causa. Alex nos contou sobre sua mãe – Ela pegou no ponto fraco... O ponto que ele estava tentando escapar.
– Meu pai quer que eu converse com ela... Que eu deixe ela se explicar – ele parou para respirar fundo – Que tipo de explicação, no mundo, possa justificar uma mãe abandonar seu próprio filho?
– Talvez não justifique... Mas torne perdoável.
– O que quer dizer? – pela primeira vez ele a olhou nos olhos
– Ontem eu tive uma conversa com Greg... Nós havíamos brigado por causa daquela história do beijo, e porque ele não acreditava em mim... Quando eu perguntei o porquê dele acreditar na Kim e não em mim, ele disse que era porque Kim era filha dele. Logo eu presumi que ele não me considerava como filha... Eu parei de trata-lo como pai, mas aí, conversando com ele ontem ele me explicou que ele e Kim sempre foram muito próximos, e que ela nunca havia mentido para ele.
– Moral da história? – perguntou o menino confuso
– Não justificou, mas tornou perdoável... Eu voltei a trata-lo como pai – Patrick permaneceu pensativo por algum tempo – Olha, não estou fazendo isso apenas porque quero que você não fuja, e fique aqui... Estou fazendo isso porque acho que vai ser melhor para você! – ela pegou na mão dele antes de continuar – Você mesmo já disse que sentia falta da sua mãe... Por que não tentar? Apenas dê uma chance...
– Você... – ele respirou fundo mais uma vez – Acho que você está certa... Não tenho nada a perder, não é? – Teresa sorriu
– E ainda pode ganhar muito!
Ambos desceram da árvore e foram caminhando até a casa de Teresa, de mãos dadas e sorrisos nos rostos.
Patrick Jane estava de volta.
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Awwwwwwwwnnnnnn *-* Que fofinho s2
O que que vcs acharam? :3
Eu morri de fofura com a conversa dos dois (Patrick e Teresa), e antes morri de rir do Greg desmascarando a Kim :P
No próximo capítulo ela vai levar uma... Ops... Melhor eu não contar, hehehehe :P
Beijinhos