Como Deve Ser escrita por Uzumaki_Ayame


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que ninguém lê o prólogo, mas eu queria fazer um. Tipo, é meio universo alternativo, mas ainda é o universo de naruto. Haverá modificações, mas não é exatamente igual ao que Masashi Kishimoto criou.



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Comentário do narrador:

Eu não faço muita idéia de quando foi que tudo começou. Para alguns foi em tal momento. Para outros, foi depois.que.Judas.perdeu.as.botas. Eu, da forma que escolho, contarei a história, não como se estivesse acontecendo agora, mas com as informações que acumulei ao decorrer do tempo. Afinal, quando tudo começou de verdade, eu nem sequer tinha nascido, ou meus pais tinham se casado. Sendo assim, meu personagem na história não pensará da mesma forma que eu pensaria.

            Por que esse jeito chato de contar?É porque eu e essa criança não somos a “mesma pessoa”.O tempo passa, as coisas mudam, e todos mudam. Eu, você, com o passar do tempo amadurecemos emocionalmente e intelectualmente.

 

 

Como deve ser

 

Prólogo

 

 

            Seria algo lá perto dos quarenta ou cinqüenta, ou sessenta anos atrás. Ninguém de fato se lembra. Havia um homem. Ele era forte, e ele não foi corrompido pelo mundo. Talvez o típico amigo sincero. Falava demais às vezes. Eu não tinha nascido ainda nem nunca tinha visto, mas soube, um dia desses da minha vida – na companhia de amigos e de garrafas de alguma coisa alcoólica, vazias –, que ele tinha sido um bom homem.

            E esse bom homem morava num lugar, numa vila, especificamente, num ponto no interior do país. Era uma vila, e era pequena, mas não significava que não era bem organizada ou de pouca influência.

            Eram tempos difíceis, o país estava sofrendo várias ameaças de guerras, vindas de todos os lados, e mesmo vilas ou países aliados não eram tão confiáveis. Os motivos das guerras que podiam acontecer era muito vagos, e apenas alguns pesquisadores ou envolvidos conseguiam por as mãos em alguma explicação. E, é claro, não eram todos os envolvidos que sabiam.

            Voltando ao assunto: o homem de antes. Ele era, como eu já disse, um carinha legal, e por aí vai. Mas, como sempre foi e sempre será, por trás de um grande homem, tem que existir uma grande mulher.

            Essa mulher se tornou a coisa mais importante para ele. Era costume casar muito cedo naquela época. Não fiquem chocados, mas eles se casaram quando ela tinha uns quinze anos, e ele, dezessete. Eram coisas naqueles dias que, assim que ficassem fisicamente amadurecidos, que deviam se casar.

            Claro, a vida toda dele não era só para ela. Ela era o seu maior compromisso, mas não o único. Ele havia feito um compromisso de proteger a vila, sendo, de todos, o mais forte. Tinham sido feitas várias análises, e os mais velhos e os mais sábios se reuniram várias vezes, pensando no que seria o mais seguro para todos.

            Ele se tornou à autoridade máxima depois dos Senhores Feudais. O vilarejo e todos que nele moravam estavam em suas mãos.

            Em homenagem ao nome do país, sua posição tinha sido nomeada: Hokage, escrito como “fogo” e “sombra”.

           Como a quarta pessoa a assumir essa responsabilidade, passava várias horas do dia com seu antecessor, o Terceiro, e com o seu responsável, de quando era menor, outro homem bom.

            Durante sua administração, a vila conseguiu se manter a salvo, passando longe de um conflito direto. O clima de tensão entre as vilas foi se amenizando, alianças eram formadas, e os números de aliados subia rapidamente.

            Mas nem todos gostavam disso.

            Anos passavam. A menina de quinze anos tinha crescido, e, naquele momento, estava grávida. Poucos de fora da vila ainda não reconheciam a mesma, e o número de mortes por assassinos de outros lugares diminuiu mais do que qualquer um esperava.

            Então, aconteceu numa noite.

            Era noite de verão. O calor abafando as respirações e a umidade enferrujando as lâminas das armas.

            Destruindo tudo com a maior facilidade, um yôkai com forma de raposa dourada surgiu como que do nada, e, sem limites ou restrições, se pôs a matar todos que pudesse. No ar, nove grandes caldas pomposas e idênticas uma à outra balançavam.

            E o rugido que escapava pela parede de dentes ecoou sobre todas as casas.

            Temendo palas vidas que tinham lutado tanto para proteger, bastava que tivesse condições de lutar para que se postassem diante do yôkai, pondo suas vidas como escudo.

            O quarto hokage, usando de todos os meios que dispunha, derrotou a raposa demônio, à custo de muitos que morreram. O demônio então se encontrava na forma de sua pura essência, uma sombra vermelha pairando no ar.

            Como se não bastasse que a vila que tanto protegeu e cuidou tivesse sido arrasada daquela forma, vieram lhe contar às lágrimas: “Sinto muito, Kushina morreu”, e seu filho, que tinha nascido naquela noite, foi entregue aos seus braços.

            Depois dessa noite que o monstro tingiu de vermelho, ninguém nunca mais viu o hokage. Uns dizem que ele morreu, outros que fugiu da vila para viver num lugar onde ninguém o conhecia. Uma coisa é certa: ele deixou seu filho para trás.

            Pouco depois de encontrada a criança, algo horrível foi descoberto: dentro do bebê, fundido à sua alma, seu subconsciente, estava a raposa demônio, viva, tentando se soltar.

            Sem uma família, o pequeno passou de mãos em mãos de pessoas que o viam como a própria raposa, que matara tantos e destruíra tanto. Cresceu sendo odiado, o filho do homem bom e da boa mulher.

            Cresceu e, cresceu com o preconceito, morando sozinho, pois não tinha quem o quisesse. À custos muito altos conseguia pequenas coisas, e tinha que aprender sozinho tudo que a vida tinha a oferecer.

            Muito tempo se passou, e agora, com o selo que o prendia ao demônio daquela noite distante, mais fraco, ele inverteu o jogo. Agora ele era a pessoa que ele construiu em sua história.

            Ele era tudo o que lutou tanto para ser.

            E, no presente momento, era pai.

            Meu pai.

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do prólogo! O primeiro capítulo vai sair logo!



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