Teresa acorda no meio da noite, está numa floresta, a fogueira ainda está acesa, do seu lado está Clare, inteira, ilesa, respirando. A morte de Clare, a vingança e o despertar de Teresa, tudo fora um sonho.

Teresa:- Entendo... teria sido um sonho, um aviso, uma premonição?

Teresa rapidamente se levanta e pega sua espada.

Teresa:- Então você realmente está aqui... apareça logo, Irene!

Teresa pensa consigo, teria sido a presença de Irene, seu Youki; e o estado de alerta de Teresa, que se mantém ativo mesmo enquanto dorme, que se sincronizaram e permitiram que Teresa sonhasse aquilo.

Irene:- Eu vim te dizer uma coisa...

Teresa:- Nem precisa! Veio me alertar sobre a segurança de Clare, não é?

Os olhos de Irene estalam.

Irene:- Então você já sabe?

Teresa:- Sim, não se preocupe, sei até mesmo que a Organização te mandou até aqui com aval para matar Clare, mas isso eu não vou permitir! Prepare-se!

Com o diálogo das duas, Clare acorda.

Irene:- Tudo isso é verdade, exceto por uma coisa... não pretendo matar Clare!

Irene joga sua espada para trás, caindo bem longe dali.

Teresa:- Por isso, eu não esperava... Você também vai desertar...

Irene:- Eu não poderia matá-la, Teresa, mesmo que quisesse, muito menos matar um humano, ainda mais uma criança, uma menina, tão inocente...

Irene começa a derramar algumas lágrimas.

Teresa:- Irene!... Você ainda tem emoções... Logo você que sempre foi tão dura, tão inflexível, e tão fria.

Irene escondia com todas as suas forças suas emoções, talvez mais do que sua espada de Luz, essa era sua verdadeira notável habilidade, nunca havia perdido sua cabeça em nenhuma batalha, sempre pensando racionalmente qual seria a melhor estratégia para vencer seus inimigos. Logo ela demonstrava muitos sentimentos ali. Tristeza, medo, desespero, esperança, até mesmo um pouco de amor, de auto-entrega.

Teresa:- Irene você nunca quis me matar... entendo... depois de tudo que passamos você deduziu isso, que um dia teria que me matar... e você se renunciou a seguir o mesmo caminho que muitas das números 1 seguiram... por isso você nunca quis estar no topo, você tinha potencial para ser superior até mesmo a mim, mas você suprimiu isso tudo e buscou se afastar do topo!

Irene:- Você entende agora, Teresa...

Teresa:- Você queria que Priscila me derrotasse porque assim ela se tornaria a nova número 1, e você seria a número 2, agora que ela foi destruída e eu estou sendo caçada, cedo ou tarde você será nomeada número 1. Agora que o topo lhe é inevitável, você desertará... ainda não te entendo completamente...

Irene:- Lembre-se, lembre-se daquele dia e tudo lhe será mais claro.

Teresa:- Aquele dia...

Fim do capítulo 3.