Crazy escrita por Myla Oliveira


Capítulo 9
Ponto fraco




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POV – Scorpius Malfoy

– Tenho que te levar para casa – disse a Rose que levantou a cabeça do meu peito e me encarou.

– Por quê?

– Para ganhar pontos com seu pai – disse rindo e ela revirou os olhos voltando a deitar.

– Se for por isso, não precisa se preocupar, não ganharia pontos com ele nem se me deixasse em casa dez minutos depois de me buscar.

– Ele é tão difícil assim? – perguntei acariciando seu cabelo.

– Não exatamente, ele só é mal-humorado – ela falou dando de ombros – Ele tem raiva do mundo, sabe? Me culpa todos os dias pela minha mãe ter ido embora.

– Mas não é culpa sua.

– Eu duvido disse as vezes, sabia? – ela falou em um tom magoado e eu me apoiei nos cotovelos e ela sentou me encarando confusa.

– Você não tem culpa, Rose. Ela foi embora por ele ser um bêbado, não pode ter nada haver com você, você era uma criança!

– Então por que ela me deixou? – perguntou ela com as sobrancelhas erguidas – Se eu não tenho culpa, por que ela me deixaria com um bêbado?

– Eu não sei – confessei abaixando os olhos – Mas, eu tenho certeza que não tem nada haver com você!

– Tudo bem – disse ela dando de ombros – Não vou mais discutir.

– Vamos lá, está tarde – disse me levantando e ela se levantou também.

– Pensei que eu escolheria tudo hoje – disse ela fazendo beicinho, com as mãos na cintura. Sorri jogando a cabeça para trás, aquilo me matava.

– É, mas já ta tarde – disse e ela bufou se abaixando para pegar a bolsa.

– Tudo bem, você ganhou – disse ela começando a andar – Vou para casa!

– Ei, ei, ei – disse indo atrás dela e puxando seu braço.

– O que? – perguntou ela mordendo o lábio para não rir – Pensei que quisesse que eu fosse embora.

– Não tão rápido – disse segurando sua cintura e a puxando para mais perto, até que nossos corpos ficassem colados.

– O que você vai f... – eu a impedi de falar e a beijei. Ela respondeu prontamente e deixou que a bolsa caísse novamente no chão e sua mão voou para o meu cabelo. A apertei mais contra mim e ela puxou meu cabelo e desceu os dedos lentamente pala minha nuca, senti-me arrepiar e me separei dela que riu – Não aguenta o tranco, Malfoy?

Revirei os olhos e ela fez beicinho novamente.

– Não faz isso – disse ela fingindo estar triste e eu mordi o lábio a analisando.

– Não faz isso, você – disse balançando a cabeça.

– O que eu estou fazendo? – perguntou ela inocentemente e eu respirei fundo jogando minha cabeça para trás novamente, minhas mãos ainda estavam eu sua cintura e as dela em minha nuca – Scorpius? – sussurrou ela ficando na ponta dos pés para chegar perto da minha orelha – O que eu fiz?

– O que você fez? – perguntei rindo.

– Aham – ela falou simplesmente e eu a encarei, ela ficou em seu tamanho normal e me encarou com as sobrancelhas erguidas.

– Você não fez nada, não é Rose? – perguntei e ela concordou com a cabeça sorrindo feito uma criança sapeca.

– É – concordou ela.

– Qual seu ponto fraco? – perguntei a encarando.

– Não tenho ponto fraco – ela afirmou convicta.

– Todo mundo tem.

– Mas eu não – disse ela dando de ombros.

– Vou ter que descobrir? – perguntei e ela negou com a cabeça.

– Você não ousaria – disse ela rindo e tombando a cabeça para o lado.

– Tem certeza? – perguntei e ela me encarou desafiadora.

Passei a língua sobre os meus lábios rindo.

– Vamos lá, Malfoy – disse ela passando os dedos pela minha nuca para que eu ficasse arrepiado novamente.

– Você é má, Weasley – disse apertando sua cintura e roçando meus lábios nos dela. Beijei sua bochecha e desci para o seu pescoço, a senti arrepiar e agarrar meu cabelo com fora, me afastei dela surpreso e ri – Não tem ponto fraco, não é?

– Eu quero ir embora – disse ela emburrada e eu ri roçando meus lábios em seu pescoço novamente – Sai.

– Tudo bem – disse rindo e ela pegou a bolsa e bateu em mim com ela – Calma, ruivinha.

– Estou muito calma, acredite – disse ela bufando e eu segurei seu rosto entre as mãos.

– Tudo isso só por que achei seu ponto fraco?

– Você não tinha que achar meu ponto fraco – disse ela dando de ombros.

– Mas você achou o meu – disse e ela deu um sorriso maroto.

– Não foi à coisa mais difícil do mundo, sabe – disse ela e eu franzi as sobrancelhas.

– O seu também não foi assim tão difícil – disse e ela me amostrou a língua.

– Essa conversa de ponto fraco está bem chata – disse ela revirando os olhos.

– Meu ponto fraco não é a nuca, sabia? – perguntei e ela me encarou séria.

– É sim, porque eu...

– Não – disse negando com a cabeça – Eu só me arrepiei por sua causa, nunca fiquei assim antes. Você é meu ponto fraco.

– Todos falam isso – disse ela revirando os olhos.

– Eu to falando a verdade – disse a encarando – Não me arrepio tão facilmente – ela me encarou como se duvidasse e eu sabia que com ela seria diferente, ela tinha sofrido demais, sido muito desiludida pelo amor e eu teria que conseguir a confiança dela aos poucos – O que quer que eu faça para você acreditar em mim?

– Não sei – disse ela dando de ombros e olhando para o chão.

– Vou tentar até conseguir – disse e ela levantando o rosto para mim.

– Eu sei que tenho problemas com relacionamentos – disse ela dando novamente de ombros – Eu acho que tenho o coração de gelo, sabe?

– Todo gelo derrete uma hora ou outra – disse tocando afetivamente em seu nariz com a ponta do dedo – E eu faço questão de ser eu a derreter esse gelo.

– Só não quebre meu coração – sussurrou ela e eu a beijei.

– Nunca.

*****

Deixei Rose em casa e fui para minha própria, entrei fazendo o máximo de silencio e espiei em volta, já estava tudo escuro e eu subi as escadas indo para o meu quarto.

– E aí? – perguntou alguém assim que eu acendi a luz e eu dei um pulo para trás.

– Você tem que parar de fazer isso! – disse irritado.

– Você sabia que eu estava aqui, cara – disse Alvo dando de ombros.

– Sabia que você estava aqui a umas cinco horas atrás – disse revirando os olhos e me jogando na cama.

– É, mas eu não disse que iria embora – disse ele e eu ergui os braços em rendição.

– Ta legal.

– E então, como foi? – perguntou ele.

– A gente foi em todos os brinquedos, cantamos...

– Cantaram?

– Sim, ela pediu para eu cantar com ela e eu cantei – disse sorrindo com a lembrança.

– Que fofo – disse ele sorrindo e então ficou sério – O que mais?

– Nós nos beijamos – disse sorrindo novamente com os olhos fechados.

– Ahn?

– Beijo na boca, Alvo – disse bufando e o encarando.

– Eu sei o que é beijo na boca – disse ele.

– Tem certeza?

– Eu já beijei uma garota, valeu? Você já viu!

– Ta, cara, ta – disse rindo e ele bufou.

– Mas como vocês se beijaram?

– De língua – respondi franzindo as sobrancelhas.

– Ah, vai se fuder! – disse ele irritado me tacando uma almofada.

– O que?!

– Eu não perguntei se foi de língua! – disse ele bufando – Quero saber como foi! Você a agarrou? Se bem que eu acho bem mais fácil ela te agarrar e tudo mais...

– Aconteceu – disse dando de ombros – Ela ficou com ciúmes de uma menina e eu também fiquei com ciúmes do cara idiota que toca violão.

– Ai já que vocês ficaram com ciúmes decidiram se beijar – disse ele.

– É, foi por aí – disse dando de ombros – Eu prometi que não iria decepcioná-la.

– Estão namorando?

– Ficando, eu acho – disse fazendo uma careta – Mas mesmo assim.

– Tudo bem, se decepcioná-la eu mato você – disse ele e eu arregalei os olhos – O que?! Você pode ser meu melhor amigo mas ela é minha prima!

– Okay, agora me deixa dormir.

– Ta, vou para o quarto de hóspedes – disse ela dando de ombros e saindo do quarto – Boa noite.

– Boa.


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