Crazy escrita por Myla Oliveira
POV – Scorpius Malfoy
– Tenho que te levar para casa – disse a Rose que levantou a cabeça do meu peito e me encarou.
– Por quê?
– Para ganhar pontos com seu pai – disse rindo e ela revirou os olhos voltando a deitar.
– Se for por isso, não precisa se preocupar, não ganharia pontos com ele nem se me deixasse em casa dez minutos depois de me buscar.
– Ele é tão difícil assim? – perguntei acariciando seu cabelo.
– Não exatamente, ele só é mal-humorado – ela falou dando de ombros – Ele tem raiva do mundo, sabe? Me culpa todos os dias pela minha mãe ter ido embora.
– Mas não é culpa sua.
– Eu duvido disse as vezes, sabia? – ela falou em um tom magoado e eu me apoiei nos cotovelos e ela sentou me encarando confusa.
– Você não tem culpa, Rose. Ela foi embora por ele ser um bêbado, não pode ter nada haver com você, você era uma criança!
– Então por que ela me deixou? – perguntou ela com as sobrancelhas erguidas – Se eu não tenho culpa, por que ela me deixaria com um bêbado?
– Eu não sei – confessei abaixando os olhos – Mas, eu tenho certeza que não tem nada haver com você!
– Tudo bem – disse ela dando de ombros – Não vou mais discutir.
– Vamos lá, está tarde – disse me levantando e ela se levantou também.
– Pensei que eu escolheria tudo hoje – disse ela fazendo beicinho, com as mãos na cintura. Sorri jogando a cabeça para trás, aquilo me matava.
– É, mas já ta tarde – disse e ela bufou se abaixando para pegar a bolsa.
– Tudo bem, você ganhou – disse ela começando a andar – Vou para casa!
– Ei, ei, ei – disse indo atrás dela e puxando seu braço.
– O que? – perguntou ela mordendo o lábio para não rir – Pensei que quisesse que eu fosse embora.
– Não tão rápido – disse segurando sua cintura e a puxando para mais perto, até que nossos corpos ficassem colados.
– O que você vai f... – eu a impedi de falar e a beijei. Ela respondeu prontamente e deixou que a bolsa caísse novamente no chão e sua mão voou para o meu cabelo. A apertei mais contra mim e ela puxou meu cabelo e desceu os dedos lentamente pala minha nuca, senti-me arrepiar e me separei dela que riu – Não aguenta o tranco, Malfoy?
Revirei os olhos e ela fez beicinho novamente.
– Não faz isso – disse ela fingindo estar triste e eu mordi o lábio a analisando.
– Não faz isso, você – disse balançando a cabeça.
– O que eu estou fazendo? – perguntou ela inocentemente e eu respirei fundo jogando minha cabeça para trás novamente, minhas mãos ainda estavam eu sua cintura e as dela em minha nuca – Scorpius? – sussurrou ela ficando na ponta dos pés para chegar perto da minha orelha – O que eu fiz?
– O que você fez? – perguntei rindo.
– Aham – ela falou simplesmente e eu a encarei, ela ficou em seu tamanho normal e me encarou com as sobrancelhas erguidas.
– Você não fez nada, não é Rose? – perguntei e ela concordou com a cabeça sorrindo feito uma criança sapeca.
– É – concordou ela.
– Qual seu ponto fraco? – perguntei a encarando.
– Não tenho ponto fraco – ela afirmou convicta.
– Todo mundo tem.
– Mas eu não – disse ela dando de ombros.
– Vou ter que descobrir? – perguntei e ela negou com a cabeça.
– Você não ousaria – disse ela rindo e tombando a cabeça para o lado.
– Tem certeza? – perguntei e ela me encarou desafiadora.
Passei a língua sobre os meus lábios rindo.
– Vamos lá, Malfoy – disse ela passando os dedos pela minha nuca para que eu ficasse arrepiado novamente.
– Você é má, Weasley – disse apertando sua cintura e roçando meus lábios nos dela. Beijei sua bochecha e desci para o seu pescoço, a senti arrepiar e agarrar meu cabelo com fora, me afastei dela surpreso e ri – Não tem ponto fraco, não é?
– Eu quero ir embora – disse ela emburrada e eu ri roçando meus lábios em seu pescoço novamente – Sai.
– Tudo bem – disse rindo e ela pegou a bolsa e bateu em mim com ela – Calma, ruivinha.
– Estou muito calma, acredite – disse ela bufando e eu segurei seu rosto entre as mãos.
– Tudo isso só por que achei seu ponto fraco?
– Você não tinha que achar meu ponto fraco – disse ela dando de ombros.
– Mas você achou o meu – disse e ela deu um sorriso maroto.
– Não foi à coisa mais difícil do mundo, sabe – disse ela e eu franzi as sobrancelhas.
– O seu também não foi assim tão difícil – disse e ela me amostrou a língua.
– Essa conversa de ponto fraco está bem chata – disse ela revirando os olhos.
– Meu ponto fraco não é a nuca, sabia? – perguntei e ela me encarou séria.
– É sim, porque eu...
– Não – disse negando com a cabeça – Eu só me arrepiei por sua causa, nunca fiquei assim antes. Você é meu ponto fraco.
– Todos falam isso – disse ela revirando os olhos.
– Eu to falando a verdade – disse a encarando – Não me arrepio tão facilmente – ela me encarou como se duvidasse e eu sabia que com ela seria diferente, ela tinha sofrido demais, sido muito desiludida pelo amor e eu teria que conseguir a confiança dela aos poucos – O que quer que eu faça para você acreditar em mim?
– Não sei – disse ela dando de ombros e olhando para o chão.
– Vou tentar até conseguir – disse e ela levantando o rosto para mim.
– Eu sei que tenho problemas com relacionamentos – disse ela dando novamente de ombros – Eu acho que tenho o coração de gelo, sabe?
– Todo gelo derrete uma hora ou outra – disse tocando afetivamente em seu nariz com a ponta do dedo – E eu faço questão de ser eu a derreter esse gelo.
– Só não quebre meu coração – sussurrou ela e eu a beijei.
– Nunca.
*****
Deixei Rose em casa e fui para minha própria, entrei fazendo o máximo de silencio e espiei em volta, já estava tudo escuro e eu subi as escadas indo para o meu quarto.
– E aí? – perguntou alguém assim que eu acendi a luz e eu dei um pulo para trás.
– Você tem que parar de fazer isso! – disse irritado.
– Você sabia que eu estava aqui, cara – disse Alvo dando de ombros.
– Sabia que você estava aqui a umas cinco horas atrás – disse revirando os olhos e me jogando na cama.
– É, mas eu não disse que iria embora – disse ele e eu ergui os braços em rendição.
– Ta legal.
– E então, como foi? – perguntou ele.
– A gente foi em todos os brinquedos, cantamos...
– Cantaram?
– Sim, ela pediu para eu cantar com ela e eu cantei – disse sorrindo com a lembrança.
– Que fofo – disse ele sorrindo e então ficou sério – O que mais?
– Nós nos beijamos – disse sorrindo novamente com os olhos fechados.
– Ahn?
– Beijo na boca, Alvo – disse bufando e o encarando.
– Eu sei o que é beijo na boca – disse ele.
– Tem certeza?
– Eu já beijei uma garota, valeu? Você já viu!
– Ta, cara, ta – disse rindo e ele bufou.
– Mas como vocês se beijaram?
– De língua – respondi franzindo as sobrancelhas.
– Ah, vai se fuder! – disse ele irritado me tacando uma almofada.
– O que?!
– Eu não perguntei se foi de língua! – disse ele bufando – Quero saber como foi! Você a agarrou? Se bem que eu acho bem mais fácil ela te agarrar e tudo mais...
– Aconteceu – disse dando de ombros – Ela ficou com ciúmes de uma menina e eu também fiquei com ciúmes do cara idiota que toca violão.
– Ai já que vocês ficaram com ciúmes decidiram se beijar – disse ele.
– É, foi por aí – disse dando de ombros – Eu prometi que não iria decepcioná-la.
– Estão namorando?
– Ficando, eu acho – disse fazendo uma careta – Mas mesmo assim.
– Tudo bem, se decepcioná-la eu mato você – disse ele e eu arregalei os olhos – O que?! Você pode ser meu melhor amigo mas ela é minha prima!
– Okay, agora me deixa dormir.
– Ta, vou para o quarto de hóspedes – disse ela dando de ombros e saindo do quarto – Boa noite.
– Boa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!